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790/0001-95
Número de referência
ABNT NBR 9452:2023
71 páginas
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CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL – CREA-RS - CNPJ 92.695.790/0001-95
© ABNT 2023
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Sumário Página
Prefácio...............................................................................................................................................vii
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Tipos de inspeção...............................................................................................................6
4.1 Inspeção cadastral..............................................................................................................6
4.2 Inspeção rotineira...............................................................................................................7
4.3 Inspeção especial................................................................................................................7
4.4 Inspeção extraordinária......................................................................................................8
5 Critérios de classificação das OAE...................................................................................8
5.1 Parâmetros de avaliação das OAE....................................................................................8
5.1.1 Parâmetros estruturais.......................................................................................................9
5.1.2 Parâmetros funcionais........................................................................................................9
5.1.3 Parâmetros de durabilidade...............................................................................................9
5.2 Critérios de definição das notas de classificação...........................................................9
Anexo A (normativo) Roteiro básico e ficha para inspeção cadastral............................................13
A.1 Documentos iniciais.........................................................................................................13
A.2 Parte I – Cadastro..............................................................................................................13
A.3 Parte II – Anomalias..........................................................................................................22
A.4 Classificação da OAE.......................................................................................................23
A.5 Croqui da obra...................................................................................................................24
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G.3 Legenda..............................................................................................................................63
Anexo H (informativo) Orientações para a identificação de danos e manifestações
patológicas em pontes, viadutos e passarelas em aço.................................................66
H.1 Princípio.............................................................................................................................66
H.2 Danos e manifestações patológicas típicas...................................................................66
H.2.1 Corrosão............................................................................................................................66
H.2.2 Revestimento de proteção superficial............................................................................66
H.2.3 Ligações e conexões........................................................................................................67
H.2.4 Fadiga.................................................................................................................................68
H.2.5 Esforços excessivos.........................................................................................................68
Anexo I (informativo) Tecnologia BIM aplicada às inspeções de OAE...........................................69
Figuras
Figura C.1 – Fluxograma de gerenciamento de uma OAE.............................................................29
Figura G.1 – Nomenclatura de longarinas (perfis simples) no eixo da rodovia ou ferrovia.......52
Figura G.2 – Nomenclatura de longarinas em estrutura celular no eixo da rodovia ou
ferrovia (almas internas e externas)................................................................................52
Figura G.3 – Nomenclatura de mesoestrutura e infraestrutura no eixo da rodovia ou ferrovia...... 53
Figura G.4 – Nomenclatura de elementos em travessia inferior (passagem transversal inferior)
ao eixo da rodovia ou ferrovia.........................................................................................53
Tabelas
Tabela 1 – Classificação da condição da OAE segundo os parâmetros estrutural,
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funcional e de durabilidade..............................................................................................10
Tabela 2 – Modelo de ficha de classificação da OAE......................................................................12
Tabela A.1 – Modelo de ficha de inspeção cadastral......................................................................14
Tabela A.2 – Tipologia da estrutura..................................................................................................19
Tabela A.3 – Sistemas construtivos.................................................................................................20
Tabela A.4 – Natureza da transposição............................................................................................21
Tabela A.5 – Materiais........................................................................................................................21
Tabela B.1 – Modelo de ficha de inspeção rotineira.......................................................................25
Tabela B.2 – Modelo de quadro-resumo de inspeção rotineira.....................................................28
Tabela D.1 – Modelo de ficha de inspeção especial........................................................................33
Tabela E.1 – Caracterização dos elementos estruturais segundo relevância
no sistema estrutural........................................................................................................37
Tabela E.2 – Pontes, viadutos e passarelas em concreto – Nota de classificação da
OAE segundo parâmetros estruturais para elemento principal, secundário e
complementar previstos na Seção 5...............................................................................38
Tabela E.3 – Pontes, viadutos e passarelas em concreto – Nota de classificação da OAE
segundo parâmetros estruturais previstos na Seção 5................................................40
Tabela E.4 – Pontes, viadutos e passarelas em aço e mistas – Nota de classificação da
OAE segundo os parâmetros estruturais para elemento principal, secundário e
complementar previstos na Seção 5...............................................................................41
Prefácio
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
A ABNT NBR 9452 foi elaborada no Comissão de Estudo Especial de Execução e Inspeção de Estruturas
Especiais de Concreto, Mistas, de Alvenaria e de Pedra (ABNT/CEE-169). O 1º Projeto de Revisão
circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 03, de 22.03.2023 a 24.04.2023. O 2º Projeto de
Revisão circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 10, de 18.10.2023 a 16.11.2023.
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A ABNT NBR 9452:2023 cancela e substitui a ABNT NBR 9452:2019, a qual foi tecnicamente revisada.
Scope
This Standard establishes the requirements for carrying out inspections on bridges, viaducts and
footbridges made of concrete, steel or mixed steel and concrete, and for the presentation of the results
of these inspections. In the case of mixed steel and concrete works, the structural elements in concrete
are subject to the inspection bases corresponding to the concrete works. Similarly, for steel elements,
the inspection fundamentals corresponding to steel works apply.
1 Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos para a realização de inspeções em pontes, viadutos e passarelas
de concreto, aço ou mistas de aço e concreto, e na apresentação dos resultados destas inspeções.
No caso de obras mistas de aço e concreto, aos elementos estruturais em concreto, aplicam-se os
fundamentos de inspeção correspondentes às obras de concreto. De maneira análoga, aos elementos
em aço, aplicam-se os fundamentos da inspeção correspondentes às obras de aço.
2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).
ABNT NBR 16694, Projeto de pontes rodoviárias de aço e mistas de aço e concreto
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3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 16230 e os seguintes.
3.1
inspeção estrutural
conjunto de procedimentos técnicos e especializados que compreendem a coleta de dados necessários
para a formulação de um diagnóstico e os procedimentos recomendados para restituir os requisitos
de segurança, de funcionalidade e de durabilidade da estrutura
3.2
ponte
estrutura destinada à transposição de obstáculo, à continuidade do leito normal de uma via, cujo
obstáculo é constituído por um canal aquífero, por exemplo rio, mar, lago, córrego etc.
3.3
viaduto
estrutura destinada à transposição de obstáculo, à continuidade do leito normal de uma via, cujo
obstáculo é constituído por rodovia, ferrovia, vale, grota, contorno de encosta etc.
3.4
passarela
estrutura destinada exclusivamente à travessia de pedestre e/ou de ciclista sobre obstáculo natural
ou artificial
3.5
pontilhão
ponte ou viaduto de vão único com comprimento igual ou inferior a 6 m
3.6
passagem superior
obra (viaduto ou passarela) sobre a via de maior importância, destinada a permitir o cruzamento de
duas vias em níveis diferentes, sem interferência do tráfego de uma sobre a outra
3.7
passagem inferior
obra sob a via de maior importância, destinada a permitir o cruzamento de duas vias em níveis
diferentes, sem interferência do tráfego de uma sobre a outra
3.8
comprimento
dimensão que se encontra no eixo de orientação do fluxo da carga móvel sobre a superestrutura
3.9
largura
dimensão perpendicular ao comprimento no plano horizontal da superestrutura
3.10
gabarito (horizontal e vertical)
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modelo geométrico que fixa as dimensões da seção transversal, para a livre circulação na via
3.11
obra de arte especial
OAE
estrutura classificada como ponte, pontilhão, viaduto, passagem superior, passagem inferior ou passarela
3.12
superestrutura
conjunto de elementos destinados a receber as cargas permanentes e acidentais, e transferi-las à
mesoestrutura ou diretamente à infraestrutura. A superestrutura contempla em si os seguintes elementos:
— laje (inclusive de OAE em arco, extradorso, capeada, pênsil e estaiada), e placa de pré-laje;
— viga longarina;
— viga transversina (exceto quando em caráter de cortina de contenção de aterro dos encontros);
— elementos de ligação ou conexão (incluindo chapas, soldas, rebites e/ou parafusos de alto desempenho);
— estais;
— treliça;
— viga caixão;
3.13
mesoestrutura
conjunto de elementos destinados a receber as cargas provenientes da superestrutura e transferi-las
à infraestrutura. A mesoestrutura contempla em si os seguintes elementos:
— pilar;
— aparelho de apoio;
3.14
infraestrutura
conjunto de elementos destinados a receber as cargas provenientes da mesoestrutura ou diretamente
da superestrutura e transferi-las ao substrato. A infraestrutura contempla em si os seguintes elementos:
— viga alavanca;
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— tubulão;
— sapata;
— estaca;
— bloco de transição.
3.15
elementos de encontro
elemento de transição entre o aterro e a OAE, situado nas extremidades, e que tem função de suporte,
de arrimo do solo etc. O conjunto contempla os seguintes elementos:
— encontro;
— laje de aproximação;
— cortina;
— muro de ala
3.16
elemento principal
P
elemento estrutural cujo dano pode ocasionar o colapso parcial ou total da obra
3.17
elemento secundário
S
elemento cujo dano pode ocasionar ruptura localizada em apenas parte de um vão
3.18
elemento complementar
C
elemento cujo dano não causa comprometimento estrutural à OAE, apenas funcional. Contempla
elementos funcionais de segurança, de drenagem, de transição de estrutura, encontro, sinalização,
como por exemplo:
— contratrilho;
— pavimento;
— junta de dilatação;
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— buzinote (barbacã/dreno);
— pingadeira;
— sinalização importante;
3.19
anomalia
dano ou manifestação patológica que causa descaracterização de um elemento ou sistema integrante
da OAE em relação à sua concepção original
3.20
diagnóstico
resultado da atividade de identificação da natureza de uma anomalia
3.21
patologia
estudo técnico e especializado do fator ou conjunto de fatores que geram determinada anomalia, bem
como das alterações por esta trazida ao elemento em análise e à OAE
3.22
modelagem da informação da construção
BIM
building information modeling
conjunto de tecnologias, processos e políticas, que, quando integrado, possibilita o planejamento,
criação, construção e operação de um empreendimento
NOTA Sustentados pelos pilares parametrização, colaboração e interoperabilidade, os modelos BIM são
capazes de realizar fluxos de trocas de informações entre os profissionais, ainda que utilizem diferentes
ferramentas de trabalho, ao longo do ciclo de vida de um empreendimento.
3.22.1
ciclo de vida
conjunto de fases de um empreendimento típico da construção civil, que abrange, entre várias
atividades, as principais: planejamento; elaboração de projetos autorais; construção; operação,
manutenção e descomissionamento
3.22.2
modelo BIM
modelo virtual de representação de um empreendimento que contém informações gráficas e não gráficas
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NOTA O modelo BIM representa uma base de dados fundamentada na programação orientada a objetos
e, neste contexto, os objetos possuem uma classificação específica, propriedades e relacionamentos.
3.22.3
modelo BIM (As-Is)
modelo BIM que representa um empreendimento que se encontra na fase operacional do ciclo de vida
(originalmente não concebido em BIM)
NOTA Pode ser desenvolvido a partir do processo de captura da realidade, por levantamento manual ou
por nuvens de pontos.
3.22.4
plano de execução BIM
PEB
documento subjetivo às especificidades de cada projeto, que registra as diretrizes para execução
e entrega de um modelo BIM, com o detalhamento das informações requeridas, objetivos do modelo,
fluxos de trabalho multidisciplinares envolvidos e tudo mais que for preciso para esclarecer demandas
3.23
serviços de engenharia
atividades e/ou processos de trabalho relacionados a um projeto ao longo do seu ciclo de vida, por
exemplo, projeto, orçamento, construção, manutenção, inspeção e demolição
3.24
classe portante
classificação da obra de acordo com as ações acidentais a que ela esteja adequada
3.25
sistema de gestão da manutenção
conjunto de processos que permitem o planejamento e o controle de atividades específicas de
manutenção, englobando recursos como inspeções, avaliações das condições de segurança
estrutural, durabilidade e funcionalidade, agendamento de reparos e monitoramento, visando garantir
a segurança, prolongar a vida útil e minimizar os riscos de falhas
4 Tipos de inspeção
Os trabalhos de inspeção devem ser realizados por equipe técnica de engenharia civil e áreas correlatas,
sob a supervisão do administrador da OAE, através do seu engenheiro gestor responsável, conforme
as diretrizes adotadas para a inspeção das pontes e viadutos que estiverem sob sua jurisdição. Estas
diretrizes devem estar em conformidade com os requisitos estabelecidos nesta Norma.
a) cadastral;
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b) rotineira;
c) especial;
d) extraordinária.
É a primeira inspeção realizada na OAE, e deve ser efetuada após a conclusão de sua implantação
ou assim que se integra a um sistema viário. Deve também ser realizada quando houver alterações na
configuração da obra, como modificações em suas dimensões, reforço ou mudança no sistema estrutural.
A inspeção cadastral deve conter no mínimo as informações do roteiro básico apresentado no Anexo A,
que são:
O registro fotográfico de caracterização da estrutura deve ser constituído pelo menos por uma
vista geral, pelas vistas superior, lateral e inferior de todos os tramos que compõem o tabuleiro,
de todos os elementos da mesoestrutura e da infraestrutura, quando aparentes, e os detalhes julgados
necessários. As fotos devem permitir a visualização da situação, aspecto geral e esquema estrutural.
Deve conter também o registro das anomalias detectadas que comprometam as condições estruturais,
funcionais e de durabilidade da obra. As fotos da obra devem ser datadas. O registro fotográfico deve
ser apresentado juntamente com os dados coletados em conformidade com o roteiro apresentado
no Anexo A.
Para OAE ferroviárias de classificação 4 ou 5 (de acordo com os requisitos de segurança estrutural,
funcionalidade e durabilidade) inseridas em malha ferroviária operacional e concessionada, que
possuam sistema de gestão de manutenção, permite-se que a periodicidade seja extendida para até
2 anos.
A inspeção rotineira deve conter no mínimo as informações do roteiro básico apresentado no Anexo B,
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que são:
A inspeção especial deve ter uma periodicidade de 5 anos, podendo ser postergada para até 8 anos,
desde que se enquadre concomitantemente aos seguintes casos:
A inspeção especial deve ser pormenorizada e contemplar mapeamento gráfico e quantitativo das
anomalias de todos os elementos aparentes e/ou acessíveis da OAE, com o intuito de formular
o diagnóstico e os procedimentos recomendados para restituir os requisitos de segurança estrutural,
de funcionalidade e de durabilidade da estrutura.
Pode ser necessária a utilização de equipamentos especiais para acesso a todos os componentes da
estrutura, lateralmente e sob a obra e, se for o caso, internamente, no caso de estruturas celulares.
1) a inspeção anterior indicar uma classificação de intervenção em curto prazo (notas de classificação 1
e 2, conforme a Tabela 1) nos seus parâmetros de desempenho estrutural e de durabilidade;
Para elementos submersos, a inspeção subaquática deve ser realizada conforme o Anexo F.
A inspeção extraordinária é gerada por uma das demandas não programadas a seguir, associadas ou não:
a) necessidade de avaliar com mais critério um elemento ou parte da OAE, podendo ou não ser
gerada por inspeção anterior;
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A inspeção extraordinária deve ser apresentada em relatório específico, com descrição da obra, identificação
das anomalias, incluindo mapeamento, documentação fotográfica e terapia recomendada. Pode ser
necessária a utilização de equipamentos especiais para acesso ao elemento ou parte da estrutura.
Para elementos submersos, a inspeção subaquática deve ser realizada conforme o Anexo F.
Para todas as inspeções, o fluxograma do Anexo C orienta os passos decisórios a serem realizados.
As OAE devem ser avaliadas segundo os parâmetros estrutural, funcional e de durabilidade, de acordo
com as referências citadas nesta Norma.
Os parâmetros estruturais são aqueles relacionados à segurança estrutural da OAE, ou seja, referentes
à sua estabilidade e capacidade portante, sob o critério de seus estados-limite últimos e de utilização.
Sob o ponto de vista de prioridades de ações de recuperação, é frequente estes parâmetros serem
objeto de maior atenção, notadamente quando a obra apresenta sintomatologia já visualmente
detectável de desempenho estruturalmente anômalo.
Por parâmetros funcionais entendem-se aqueles aspectos da OAE relacionados diretamente aos
fins a que ela se destina, devendo, para tanto, possuir requisitos geométricos adequados, como:
visibilidade, gabaritos verticais e horizontais. Deve proporcionar também conforto e segurança a seus
usuários, apresentando, por exemplo, guarda-corpos íntegros, ausência de depressões e/ou buracos
na pista de rolamento e sinalização adequada.
Para pontes ferroviárias sem acesso ao público, a ausência de guarda-corpos não pode ser considerada
na avaliação do parâmetro funcional.
Designam-se por parâmetros de durabilidade aquelas características das OAE diretamente associadas
à sua vida útil, ou seja, com o tempo estimado em que a estrutura deve cumprir suas funções em serviço.
Deste modo, estes parâmetros vinculam-se à resistência da estrutura contra ataques de agentes
ambientais agressivos. Exemplificam-se como anomalias associadas à durabilidade, ausência
de cobrimento de armadura, corrosão, fissuração que permite infiltrações, erosões nos taludes de
encontros, entre outras.
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A relevância dos problemas de durabilidade deve ser avaliada em conjunto com a agressividade do
meio em que se situam com o objetivo de inferir a velocidade de deterioração a eles associados.
A classificação da OAE consiste na atribuição da avaliação de sua condição, que pode ser excelente,
boa, regular, ruim, crítica ou emergencial, associando notas aos parâmetros estrutural, funcional
e de durabilidade.
Essas notas de avaliação devem variar de 0 a 5, refletindo a maior ou menor gravidade dos problemas
detectados.
A classificação deve seguir o estabelecido na Tabela 1, que correlaciona essas notas com a condição
da OAE e caracteriza os problemas detectados, segundo os parâmetros estrutural, funcional
e de durabilidade.
anomalias, que
comprometem sua vida
útil, em região de baixa
agressividade ambiental
2 Ruim Há danos A OAE possui A OAE apresenta de
comprometendo a funcionalidade moderadas a muitas
segurança estrutural visivelmente anomalias, que
da OAE sem aparente comprometida, com comprometem sua vida
risco iminente riscos de segurança útil, em região de alta
de colapso. Sua ao usuário agressividade ambiental
evolução pode levar
ao colapso estrutural.
A OAE apresenta
A OAE necessita
muitas anomalias, que
de intervenções
comprometem sua vida
significativas
útil, em região de baixa
agressividade ambiental
Tabela 1 (conclusão)
Classificação Condição Caracterização Caracterização Caracterização de
nota estrutural funcional durabilidade
No caso das inspeções especiais, que são mais detalhadas, e cada elemento da obra é inspecionado
e suas anomalias registradas, a classificação pode seguir o quadro referencial de classificação da
OAE constante do Anexo E.
A nota final de cada parâmetro considerado deve ser a menor nota atribuída aos componentes
estruturais (superestrutura, mesoestrutura, infraestrutura, elementos complementares e pista ou via
permanente).
Cabe ao inspetor atribuir as notas finais (estrutural, funcional e durabilidade), ficando a cargo do
engenheiro gestor responsável a tarefa de gerir a priorização das intervenções.
A nota final de cada parâmetro pode ser apresentada conforme o modelo apresentado na Tabela 2,
por componente estrutural e com uma classificação para cada um dos parâmetros considerados:
estrutural, funcional e de durabilidade, com base nas notas da Tabela 1.
Estrutural
Funcional NA NA
Durabilidade
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Anexo A
(normativo)
Nas inspeções cadastrais, devem ser coletados e apresentados, quando existentes, os dados relacionados
neste Anexo, cabíveis em cada caso, além de outros dados considerados importantes pelo responsável
pela inspeção.
No caso de OAE ferroviária, a ficha de inspeção cadastral deve ser adaptada de modo a constar
as seguintes informações:
e) tipo de fixação;
f) tipo de juntas;
g) existência de eletrificação;
i) espessura do lastro.
Devem ser registrados, também, quaisquer outros fatores que influenciem no acesso à OAE ou às
partes desta.
B – Características da estrutura
Comprimento total (m): Largura total (m):
Largura útil (m):
Tipologia estrutural
Sistema construtivo (ver aTabela A.3):
Natureza da transposição (ver a Tabela A.4): Material (ver a Tabela A.5):
Seção-tipo:
Longitudinal (superestrutura) (ver a Tabela A.2): Mesoestrutura (ver a Tabela A.2):
Ciclovia:
Barreira rígida e/ou defensa metálica e/ou contratrilhos:
Iluminação:
Sinalização:
Pintura:
C – Outros elementos
Proteção dos pilares:
Dolfins:
Gabaritos:
D – Características ambientais
Grau de agressividade ambiental (conforme a ABNT NBR 6118):
Fraca (rural, submersa): Moderada (urbana):
Forte (marinha, industrial): Muito Forte (industrial, respingos de maré):
Caracterização do curso d’água aplicável: Sim Não
Nome do curso d’água:
Histórico de inundação no local da OAE:
F – Recomendações terapêuticas
Funcional:
Justificativa:
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Durabilidade:
Justificativa:
Croqui
Planta do tabuleiro
Corte transversal
Detalhes adicionais
Identificação Identificação
Identificação Identificação
Identificação Identificação
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Identificação Identificação
Estaca escavada 3
Estaca pré-moldada 4
Estaca metálica 5
Estaca de madeira 6
Não identificado 7
Outras 8
Via de pedestre 8
Outras 9
a) na estrutura da OAE:
— desaprumo de pilares;
— flechas excessivas;
— disgregação do concreto;
— bloqueio;
— posicionamento inadequado;
— acúmulo de detritos,
— ruptura;
— fissuras;
— rasgos;
— esmagamentos;
— distorção excessiva;
— descolamentos da fretagem;
— descontinuidade de greide;
— falta de estanqueidade;
— ausência de contratrilho;
Anexo B
(normativo)
B.1 Geral
As inspeções rotineiras devem cadastrar as anomalias existentes, sugerindo terapias e classificando
a OAE segundo os parâmetros estrutural, funcional e de durabilidade.
A – Identificação e localização
Rodovia, ferrovia ou município: Sentido:
Obra (nome): Localização (quilômetro ou endereço):
B – Histórico das inspeções
Cadastral: Última rotineira:
Especial:
C – Descrição das intervenções executadas ou em andamento
Reparos:
Alargamento:
Reforços:
Outros:
PARTE II – Registro de manifestações patológicas
A – Elementos estruturais
Superestrutura:
Mesoestrutura:
D – Informações complementares
E – Recomendações terapêuticas
Durabilidade:
Justificativa:
Identificação Identificação
Identificação Identificação
Identificação Identificação
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Identificação Identificação
A Tabela B.2 apresenta um modelo com a síntese da classificação do conjunto das OAE vistoriadas.
Anexo C
(normativo)
Anexo D
(normativo)
D.1 Geral
A fase inicial da inspeção especial consiste da coleta das informações gerais do contexto em que está
inserida a obra, bem como da coleta de documentos e informes construtivos disponíveis conforme A.1
e da coleta das inspeções já realizadas na OAE.
Na inspeção especial pode ser utilizada, a critério do gestor da OAE, a tecnologia BIM conforme as
diretrizes da ABNT NBR 15965 e o Anexo I.
A inspeção especial deve ser composta pelos requisitos constantes em D.1 a D.5.
D.3 Localização
Informar a localização da OAE, conforme a seguir:
a) rodovia ou ferrovia;
b) nome da obra;
c) quilômetro (km);
d) coordenadas.
a) descritivo da obra;
d) histórico da obra;
D.5 Inspeção
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a) data da inspeção;
c) descrição das anomalias detectadas por elemento estrutural (vigas, transversinas, lajes, pilares
ou outro) com a devida caracterização;
f) inspeção individualizada dos elementos acessórios, tais como pavimento, juntas de dilatação,
aparelhos de apoio, guarda-rodas, guarda-corpos;
D.6 Ensaios
Sempre que forem realizados ensaios, registrar as informações a seguir:
a) localização em croqui;
d) normas de referência.
b) caso a análise estrutural seja realizada, deve ser apresentado o respectivo resumo. O memorial
de cálculo detalhado deve ser apresentado à parte;
b) estudos hidráulico-hidrológicos;
c) estudos geológicos/geotécnicos;
d) ensaios tecnológicos;
h) conclusões e recomendações.
3 – Vistoria
Data da vistoria:
Recursos de acesso utilizados:
4 – Descrição das anomalias
Superestrutura
Laje:
Vigas longarinas:
Vigas transversinas:
Seção celular:
Treliça:
Mesoestrutura
Vigas-travessas:
Pilares:
Elementos de travamento:
Aparelho de apoio:
Outros:
Funcional:
Justificativa:
Durabilidade:
Anexo E
(informativo)
E.1 Geral
Para todas as modalidades de inspeções, é necessário apresentar a classificação da condição da
OAE conforme a Tabela 2.
Este Anexo apresenta uma referência de classificação da OAE, considerando a relevância da anomalia
e o elemento estrutural onde esta foi detectada.
— elemento principal (P): cujo dano pode ocasionar o colapso parcial ou total da obra;
— elemento complementar (C): cujo dano não causa nenhum comprometimento estrutural, apenas
funcional na OAE.
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A Tabela E.1 apresenta informações para balizar a identificação dos elementos nas estruturas
convencionais, cabendo ao inspetor atribuir relevância em relação à concepção estrutural da OAE,
justificando eventuais divergências em relação à tabela a seguir apresentada.
Sistema estrutural
Elemento
Duas Estrutura
Laje Grelha Caixão Treliça
vigas aporticada
Longarina – P P P – P
Viga
Transversina S S S S – S
Superior P S S P S P
Laje
Inferior – – – S – P
Banzo inferior – – – – P –
Banzo superior – – – – P –
Superestrutura
Diagonais – – – – P/S –
Montantes – – – – P/S –
Treliça
Contraventamento – – – – S –
Longarina – – – – P –
Transversina – – – – S –
Ligações – – – – P –
Travessas P P P P –
Pilares P P P P –
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Mesoestrutura
Aparelhos de
P P P P –
apoio
Cortina S S S S –
Laje de
Encontros S S S S S
transição
Muros de ala S S S S S
Blocos P P P P P
Sapatas P P P P P
Infraestrutura
Estacas,
P P P P P
tubulões
Barreira rígida C C C C C
Complementares Guarda-corpos C C C C C
Contratrilho C C C C C
Trilho/Dormente P P P P P
Via permanente Lastro C C C C C
Fixações P P P P P
Quanto à classificação funcional, as avaliações ligadas aos gabaritos horizontal e vertical, devem
considerar as pistas existentes, a ocorrência de acidentes e sinais de impacto de veículos, a sinalização
existente e os critérios dos manuais e normas de projeto geométrico, como a classe da rodovia
e o volume de tráfego.
As Tabelas E.2 a E.9 apresentam os quadros referenciais de OAE com classificações para os
parâmetros estrutural, funcional e de durabilidade, respectivamente.
Convém considerar que, após realizada a inspeção em campo, tendo já atribuído preliminarmente
as notas conforme o previsto neste Anexo, uma análise mais detalhada deve ser feita em ambiente
de escritório ou laboratorial, visando confirmar e validar os resultados da observação feita em campo.
Nota de
Condição verificada na inspeção, segundo parâmetros estruturais
classificação
Nota de
Condição verificada na inspeção, segundo parâmetros estruturais
classificação
Tabela E.4 – Pontes, viadutos e passarelas em aço e mistas – Nota de classificação da OAE
segundo os parâmetros estruturais para elemento principal, secundário e complementar
previstos na Seção 5 (continua)
Nota de classificação
Condição verificada na inspeção segundo parâmetros estruturais Elemento onde foi constatada a anomalia
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Degradação ou ausência
1 2 3
de até 20 % de conectores
Degradação ou ausência
Ligações acima de 20 % de 0 1 2
conectores
Condição verificada na inspeção segundo parâmetros estruturais Elemento onde foi constatada a anomalia
Deformações localizadas
em elementos metálicos 3 3 3
comprimidos
Deformações localizadas
em elementos metálicos 4 4 4
tracionados
Deformações Flechas acima dos
limites conforme a 2 3 –
Superestrutura
ABNT NBR 16694
Deslocamento longitudinal 2 – –
Deslocamento transversal
2 – –
da estrutura
Tabela E.5 – Pontes, viadutos e passarelas em aço e mistas – Nota de classificação da OAE
segundo os parâmetros estruturais para elemento principal, secundário e complementar
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Instabilidade, desaprumo,
2 2 –
Estruturas rotação, recalque
de encontro Desalinhamento
2 2 –
ou desnivelamento
Mesoestrutura
Vigas transversinas
ou longarinas mal
Pilares 1 1 –
ou insuficientemente
apoiadas nos pilares
Recalque ou qualquer
Infraestrutura comprometimento 1 1 –
grave visível
Nota de classificação
Condição verificada na inspeção segundo parâmetros
Elemento onde foi constatada a anomalia
estruturais
Principal Secundário Complementar
Aparelhos de apoio
de neoprene com
pequenos rasgos na
3
camada superficial, sem
exposição das chapas
de fretagem
Aparelhos de apoio
metálicos com corrosão 4
superficial
Aparelhos de apoio
danificados ou
comprometidos gerando
alguma vinculação
sem causar grandes
3
esforços, recalques
diferenciais e sem
criação de cunhas de
ruptura ou fissuras no
Aparelhos de apoio a entorno
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Aparelhos de apoio
comprometidos,
gerando vínculos
imprevistos com cunhas 2
de ruptura
e recalques diferenciais
com fissuras
Aparelhos de apoio
danificados e/ou
totalmente rompidos,
dando origem a
esforços horizontais 2
e/ou travamento de
rotações, indesejáveis
no esquema estrutural
original
Ausência de aparelho 0 ou 1, conforme avaliação
ou elemento de apoio da concepção estrutural
a Recomenda-se, como elemento auxiliar para a classificação dos aparelhos de apoio, a consulta aos fabricantes,
relativamente à vida útil do aparelho de apoio, cabendo ao administrador da OAE a consideração desta informação
para tomada de decisão.
Tabela E.6 – Pontes, viadutos e passarelas em concreto, aço e mistas: classificação segundo
parâmetros funcionais previstos na Seção 5
Nota de
Condição verificada na inspeção, segundo parâmetros funcionais
classificação
Juntas
Berço danificado nas juntas de dilatação, gerando pequeno desconforto
3
ao usuário
Passeio rompido 1
OAE-Passarela
Guarda-corpo rompido ou inexistente 1
Nota de
Condição verificada na inspeção, segundo parâmetros de durabilidade
classificação
Buzinotes obstruídos 3
Drenagem do caixão inexistente ou insuficiente, com
2
acúmulo de água
Presença de água internamente às bainhas da armadura
1
protendida
Drenagem
Drenagem do tabuleiro totalmente inoperante 2
Deficiência e/ou danos nos sistemas de drenagem dos
2
taludes com carreamento de materiais
Deficiência e/ou danos nos sistemas de drenagem dos
3
taludes sem carreamento de materiais
Taludes dos encontros com erosão localizada ou
3
solapamento de material
Taludes dos encontros com erosão significativa 2
Taludes
Taludes dos encontros com erosão significativa, acarretando
1
desconfinamento da fundação
Taludes revestidos, com danos nos revestimentos 4
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Nota de classificação
Proteção
Proteção superficial insuficiente 2 3 4
mecânica
Anexo F
(informativo)
As inspeções subaquáticas devem ser consideradas como parte integrante das inspeções especiais,
quando realizadas em intervalos regulares ou extraordinárias, quando realizadas em situações
excepcionais decorrentes de alterações ambientais ou acidentes.
As anomalias detectadas na inspeção subaquática devem ser registradas por recursos de mídia, além
de toda documentação descrita no Anexo D.
Como toda a limpeza submersa é difícil e demorada, deve-se limitá-la à área do elemento estrutural
a ser inspecionado.
No caso de estrutura com mais de dez apoios submersos, pode-se, a critério do responsável pela
manutenção da OAE, fazer uma inspeção por amostragem, de acordo com as anomalias detectadas,
de forma que, findo o prazo de dez anos, todos os apoios submersos sejam inspecionados.
— a descrição, pelo mergulhador, em tempo real da anomalia que está sendo observada, permitindo
que o pessoal de apoio faça anotações e a gravação;
Anexo G
(informativo)
G.1 Princípio
Este Anexo apresenta a padronização da nomenclatura dos elementos estruturais das obras de arte
especiais e passarelas das rodovias e ferrovias situadas no eixo ou transversalmente à rodovia ou
ferrovia, para que as anomalias registradas durante as inspeções possam ser monitoradas ao longo
do tempo com mais acuracidade. Os critérios estabelecidos podem também ser adotados quando
houver projetos de adequação, recuperação e reforço das obras.
G.2 Nomenclaturas
A numeração dos elementos deste tipo de obra deve estar de acordo com os seguintes critérios
básicos:
b) na direção longitudinal à pista, a numeração deve ser crescente a partir da menor quilometragem
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G.2.1.1 Encontros
O encontro que estiver na posição de menor quilometragem deve ser denominado “encontro 01”
e o encontro à frente do observador deve ser denominado “encontro 02”.
Para as cortinas, seguir o mesmo critério, ou seja, “cortina 01” e “cortina 02”, respectivamente.
a) “muro de ala 01” (lado esquerdo) e “muro de ala 02” (lado direito), ambos do “encontro 01”;
b) “muro de ala 03” (lado esquerdo) e “muro de ala 04” (lado direito), ambos do “encontro 02”.
G.2.1.2 Apoios
a) os pilares devem ser numerados a partir da linha de apoio em posição de menor quilometragem,
crescente da esquerda para a direita, de maneira contínua até o último pilar da obra, mesmo que
haja mudança da linha de apoio;
b) as vigas de travamento entre pilares devem ser numeradas de cima para baixo, de maneira contínua
por linha de apoio;
c) as vigas-travessas devem ser numeradas a partir da primeira linha de apoio (incluindo as dos
encontros), de forma contínua para a obra toda.
G.2.1.3 Superestrutura
d) “viga transversina 01” e “viga transversina 02” (contínua, por vão ou para a obra toda);
f) laje inferior – sem numeração (identificação somente do vão), exceto em casos de caixões isolados.
G.2.1.4 Treliças
k) via permanente ferroviária (se houver, identificar cada trilho ou contratrilho da via permanente);
a) aparelhos de apoio: sem numeração (identificação do apoio e da viga longarina sob o qual está
posicionado);
NOTA No caso da inspeção especial, a numeração dos aparelhos de apoio pode ser efetuada de
maneira contínua para a obra toda.
b) “junta de dilatação 01” e “junta de dilatação 02” (contínua para a obra toda).
G.2.1.6 Pavimento
O pavimento não recebe numeração, sendo a identificação feita somente em função do vão.
G.2.1.7 Exemplos
As Figuras G.1 a G.9 exemplificam a nomenclatura estabelecida para obras de arte no eixo da rodovia
ou da ferrovia.
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PRATT WHOPPLE
WARREN HOWE
WARREN COMPOSTA
BALTIMORE
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Perspectiva
CANTONEIRA V. LONGARINA
BANZO INFERIOR
REBITE
CHAPA GOUSSET
MONTANTE
CORDA OU
BANZO INFERIOR CHAPA DE CONEXÃO
LATERAL
REBITE
V. LONGARINA 1 V. TRANSVERSINA 1
KM CRESCENTE CANTONEIRA
Planta inferior
APARELHO CONTRAVENTAMENTO CORDA OU
DE APOIO 1 INFERIOR BANZO INFERIOR TRELIÇA 1 CHAPA DE CONEXÃO
V. TRANSVERSINA 1
LACING
CORTE A-A
V. LONGARINA 1 DORMENTE
APARELHO CONTRAVENTAMENTO
DE APOIO 1 LONGITUDINAL SUPERIOR
TRILHOS
KM CRESCENTE
V. TRANSVERSINA 1 VIA
APARELHO CHAPA DE LIGAÇÃO
DE APOIO 2 DAS LONGARINAS
TRANSVERSINA 2
ENCONTRO 1 V. LONGARINA 2 ENCONTRO 2
GRAMPO OU FIXADOR
PLACA DE APOIO
CONTRATRILHOS
TIREFÃO
GRAMPO OU FIXADOR TRILHOS
PLACA DE APOIO
CHAPA ESPAÇADORA
DORMENTE
Corte
CANTONEIRA FLANGE OU MESA
SUPERIOR
CANTONEIRA
DE CONEXÃO
V. LONGARINA 2
V. LONGARINA 1
DIAFRAGMA
ALMA
FLANGE OU MESA
INFERIOR
REBITE CANTONEIRA
CORTE A-A
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ENRIJECEDOR
TRANSVERSAL ENRIJECEDOR ENRIJECEDOR
LATERAL LONGITUDINAL ALMA 1 VIA
KM CRESCENTE
Planta
INICIO DA PONTE
DIAFRAGMA
DE APOIO
ACESSO DIAFRAGMA ALMA 2 GUARDACORPO
ENCONTRO 1 APOIO INTERMEDIARIO
(APOIO 1) (APOIO 2)
GUARDACORPO
TRILHO
DORMENTE
LASTRO
PASSEIO
FURO
Corte ALMA
ENRIJECEDOR ALMA
LATERAL
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MESA INFERIOR
FUROS
ENRIJECEDOR ACESSO
LONGITUDINAL
ENRIJECEDOR LONGITUDINAL
MESA INFERIOR FURO
APARELHO DE APOIO
ESTRUTURA DE APOIO
CORTE A-A
Figura G.9 – Ponte metálica e/ou mista com seção do tipo celular no eixo de ferrovia
A numeração dos elementos deste tipo de obra deve estar de acordo com os seguintes critérios
básicos:
a) o observador deve se posicionar na direção da obra, de maneira que consiga visualizá-la à sua
frente e que seu lado esquerdo esteja no sentido da menor quilometragem;
c) por sua vez, na direção transversal da pista superior, a numeração deve ser crescente da esquerda
para a direita.
G.2.2.1 Encontros
O encontro mais próximo do observador (conforme o posicionamento básico indicado) deve ser
denominado “encontro 01” e o encontro que está à frente do observador deve ser denominado
“encontro 02”.
Para as cortinas, seguir o mesmo critério, ou seja, “cortina 01” e “cortina 02”, respectivamente.
a) “muro de ala 01” (lado esquerdo) e “muro de ala 02” (lado direito), ambos do “encontro 01”;
b) “muro de ala 03” (lado esquerdo) e “muro de ala 04” (lado direito), ambos do “encontro 02”.
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G.2.2.2 Apoios
a) os pilares devem ser numerados a partir da linha de apoio mais próxima do observador (conforme
o posicionamento básico indicado), crescente da esquerda para a direita, de maneira contínua até
o último pilar da obra, mesmo que haja mudança da linha de apoio;
b) as vigas de travamento entre pilares devem ser numeradas de cima para baixo, de maneira
contínua por linha de apoio;
c) as vigas travessas devem ser numeradas a partir da primeira linha de apoio (incluindo as dos
encontros), de forma contínua para a obra toda.
G.2.2.3 Superestrutura
d) “viga transversina 01”, “viga transversina 02” (contínua, por vão ou para a obra toda);
f) laje inferior – sem numeração (identificação somente do vão), exceto em casos de caixões
isolados.
g) “treliça 01”, “treliça 02” (contínua, por vão ou para a obra toda; numerar banzos, montantes,
diagonais, elementos de contraventamento, portais).
a) aparelhos de apoio: sem numeração (identificação do apoio e da viga longarina sob o qual está
posicionado).
NOTA No caso da inspeção especial, a numeração dos aparelhos de apoio pode ser efetuada
de maneira contínua para a obra toda.
b) “junta de dilatação 01”, “junta de dilatação 02” (contínua para a obra toda).
No caso de pavimento rígido ou flexível e de piso de concreto (passarelas), não se aplica a numeração
(identificação somente do vão).
G.2.2.6 Exemplos
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As Figuras G.10 a G.16 exemplificam a nomenclatura estabelecida para obras de arte transversais
ao eixo da rodovia ou ferrovia.
Figura G.15 – Elementos de passarela com uma só viga (longarina) na travessia principal
(corte/volumétrico)
G.3 Legenda
Para o preenchimento das fichas de inspeção inicial e rotineira, todos os elementos das estruturas
devem ser registrados com sua denominação por extenso, ou seja, sem a utilização de códigos,
seguida da respectiva numeração, por exemplo, viga longarina 03, muro de ala 02, laje em balanço 01.
No caso dos relatórios de inspeção especial, diante da grande quantidade de informações e visando
facilitar a elaboração de desenhos e croquis, podem ser utilizados os seguintes códigos para
identificação dos elementos:
AA Aparelho de apoio
AB Abóbada
AL Muro de ala
AP Apoio
BL Balanço longitudinal
BR Barreira rígida
BZ Banzo
CO Cortina
DG Dente gerber
DI Diagonal
DM Defensa metálica
ET Estaca
EB Emboque
ENC Encontro
GC Guarda-corpos
GR Guarda-rodas
JD Junta de dilatação
LI Laje inferior
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LS Laje superior
LT Laje de transição
MT Montante
P Pilar
PA Parede
PC Piso de concreto
PF Pavimento flexível
PIL Pilone
PR Pavimento rígido
PS Passeio
SAP Sapata
TRE Treliça
TUB Tubulão
VL Viga longarina
VT Viga transversina
Anexo H
(informativo)
H.1 Princípio
Este Anexo fornece ao inspetor as orientações básicas para o reconhecimento e identificação de
danos e manifestações patológicas típicas dos elementos estruturais de aço em OAE.
H.2.1 Corrosão
a) corrosão uniforme;
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b) corrosão alveolar;
d) corrosão em fresta;
e) corrosão galvânica;
f) corrosão associada a fatores mecânicos (corrosão sob fadiga, corrosão sob tensão, corrosão-erosão).
Os defeitos estruturais comumente identificados nas estruturas em aço revestidas por esquema de
pintura orgânica de proteção superficial em OAE são os seguintes:
a) enferrujamento ou corrosão;
c) perda de aderência;
d) destacamento ou descascamento;
e) empolamento;
f) craqueamento ou fendimento;
Os principais tipos de anomalias comumente identificadas nas ligações e conexões das estruturas
de aço de OAE são:
— fissuras em furos;
— conector ausente;
— conector quebrado;
— conector deformado;
b) em ligações soldadas:
— fissuras;
— solda irregular;
H.2.4 Fadiga
É difícil a identificação visual da ocorrência da fadiga, mesmo após a manifestação de fraturas. Métodos
de ensaios não destrutivos, como líquido penetrante, partícula magnética e ultrassonografia, podem
auxiliar neste sentido, permitindo a detecção de trincas e descontinuidades no elemento estrutural.
Adicionalmente, métodos de análises teórico-experimentais, associados ao uso de instrumentações,
podem suportar a avaliação da vida residual e o desenvolvimento dos danos à fadiga.
A natureza da ocorrência dos esforços excessivos pode ser diversa e oriunda de cargas de utilização
e de ações excepcionais, como os danos por choques mecânicos, incêndios, utilizações inadequadas,
e outros fatores. Nesse contexto, os defeitos comumente identificados nas estruturas em aço em OAE
são os seguintes:
b) fraturas em soldas;
d) ruptura de elementos;
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e) deformações excessivas;
Anexo I
(informativo)
Este é um modelo virtual de representação de um empreendimento, que tem como finalidade promover
o gerenciamento integrado de informações em todo o seu ciclo de vida. Esta metodologia na inspeção
especial pode ser utilizada a critério do gestor da OAE e conforme as diretrizes da ABNT NBR 15965.
Na execução do BIM é necessário apresentar seu plano, de acordo com a Tabela I.1.
materiais
orientação), de forma estimada.
Geometria específica NI 3
Elemento, sistema ou montagem Definições de
específica determinados ND 3 materiais por meio de
geometricamente (dimensão, forma, códigos específicos
300 Representação
localização e orientação), com precisão. capazes de embasar
geométrica
a compatibilização
precisa
multidisciplinar, o
Visa essencialmente a gestão de projetos planejamento e a
e a extração precisa de quantitativos estimativa de custos
Geometria detalhada
Elemento, sistema ou montagem
NI 4
específica definidos geometricamente
ND 4 Informações suficientes
(dimensão, forma, localização e
orientação), com precisão e detalhamento Representação para embasar a execução
400 suficientes para pré-fabricação, além geométrica da obra e a manutenção
de execução de obra, montagem e precisa e do ativo no pós-obra
instalações criteriosas. detalhada (como manual, por
exemplo)
a) identificação do projeto;
d) padrões de entrega do modelo (formatos nativos e OpenBIM), com indicação do responsável pelo
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controle de qualidade;
e) representação gráfica e não gráfica, com níveis de detalhe (ND) e níveis de informação (NI);
g) estratégia de colaboração;
h) softwares (versões);
i) codificação de arquivos;
j) sistema de classificação;
k) fluxograma de processos;
l) cronograma.
O Modelo As-is de uma OAE se enquadra no nível máximo, pois reflete a realidade da estrutura como
está ou como foi encontrada. No entanto, a integridade deste modelo depende das informações contidas
no projeto as-built. A inexistência e/ou inconsistência deste modelo, demanda uma ponderação técnica
com o objetivo de avaliar a necessidade de modelagem de elementos ocultos nas estruturas, como
no caso das armaduras nos elementos estruturais em concreto armado e em concreto protendido,
e nas armaduras mistas.