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Sumário
Lei 10.826/06 – estatuto do desarmamento ..................................................................................................... 3
Pontos iniciais ................................................................................................................................................ 3
Introdução ..................................................................................................................................................... 4
O que é sinarm?............................................................................................................................................. 4
Pontos principais do sinarm ...................................................................................................................... 6
Registro de arma de fogo .............................................................................................................................. 6
Requisitos para adquirir uma arma de fogo .................................................................................................. 7
Certificado ..................................................................................................................................................... 7
Principais pontos acerca do certificado..................................................................................................... 7
Porte de arma de fogo ................................................................................................................................... 9
Dos crimes e das penas (artigos 12 ao 21) .................................................................................................. 11
Posse irregular de arma de fogo (art 12) ................................................................................................. 11
Omissão de cautela (art. 13).................................................................................................................... 12
Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido (art. 14) ......................................................................... 13
Disparo de arma de fogo (art. 15) ........................................................................................................... 14
Posse ou porte de arma de fogo de uso restrito (art. 16) ....................................................................... 14
Comércio ilegal de arma de fogo (art. 17) ............................................................................................... 16
Tráfico internacional de arma de fogo (art. 18) ...................................................................................... 16
Crimes insuscetíveis de liberdade provisória .......................................................................................... 17
Considerados crimes hediondos (lei nº 13.964/2019): ........................................................................... 17
Munição apreendida ............................................................................................................................... 17
Cabe ao comando do exército (art. 23) ................................................................................................... 17
Destruição dos objetos apreendidos ........................................................................................................... 17
Vedações (art. 26)........................................................................................................................................ 18
Jurisprudência em teses nº102 ................................................................................................................... 19
Vai cair na sua prova........................................................................................................................................ 22
Questões .......................................................................................................................................................... 25
Bateria extra de questões................................................................................................................................ 33

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LEIS ESPECIAIS
LEI 10.826/06 – ESTATUTO DO DESARMAMENTO
PONTOS INICIAIS
Nos 7 pontos abaixo você terá acesso aos mais diversos tipos de questões já cobradas
em provas.

1. O estatuto do desarmamento é fruto de uma evolução legislativa


De 1997 em diante foi considerado crime aquele portasse arma em
desconformidade legal, antes não era.

2. É uma norma penal em branco heterogênea.


• Armas
• Munições Decretos 5.123/04 e 3.665/00

3. Todos os crimes são de ação penal pública Incondicionada

4. Todos os crimes são afiançáveis (com exceção do artigo 16º)


Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em
depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar,
remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo,
acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em
desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Observação: Pode ser liberado sem o pagamento de fiança.

5. Competência
• Regra: Justiça estadual
• Exceção: Quando for interesse da união
Exemplo: Tráfico internacional de armas

6. Qual é o bem jurídico tutelado?


• A incolumidade pública
- Paz social
- Bem-estar social da comunidade
7. Natureza dos crimes
• Crime de perigo abstrato (perigo pressendido)
Sem dúvidas essa é umas perguntas mais questionadas em provas da área
policial, afinal iremos trabalhar diretamente com esse tipo de crime.

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INTRODUÇÃO
- Sujeito Passivo: Coletividade;

- Competência:
-- Regra: Justiça estadual;

-- Exceção: Justiça Federal:


--- Atingir o interesse da União;
--- Crime de tráfico internacional de armas (Art 18 do Estatuto);
Porte Ilegal de arma de fogo por militar -> Competência da Justiça Militar.

- Todos os crimes desse Estatuto são de Perigo Abstrato:

-- A redação normativa indica apenas a conduta, sem qualquer menção ao resultado.

- Objetos jurídicos:

-- Mediato: Segurança Pública e paz social (Incolumidade pública);

-- Imediato: Patrimônio, vida, liberdade, integridade física, honra.


- Ação penal: Pública Incondicionada.

- Fiança e Liberdade provisória:

-- todos os crimes admitem liberdade provisória.


O QUE É SINARM?
O Sistema Nacional de Armas - Sinarm, instituído no Ministério da Justiça, no âmbito da
Polícia Federal, com circunscrição em todo o território nacional, é responsável pelo controle
de armas de fogo em poder da população, (ou seja, armas de uso permitido) conforme
previsto na Lei 10.826/03 (Estatuto do Desarmamento).
SINARM + REGISTRO
- Sistema Nacional de Armas;
- Órgão vinculado à PF -> Departamento de PF é subordinado ao MJ;
- Responsável pelo registro das armas de fogo em território nacional
- Exceto:
- As das forças armadas e auxiliares
- Exército, Marinha e Aeronáutica
- Polícias Militares e Corpo de Bombeiros
- Bem como as que constem em registros próprios:
Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (SIGMA)

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I. REGISTRO DE USO RESTRITO
- Comando do Exército (responsável pelo SIGMA).

II. DISTINÇÕES ENTRE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO, RESTRITO E PROIBIDO


1) Permitido
- As armas de fogo semiautomáticas ou de repetição que sejam:
a) de porte, cujo calibre nominal, com a utilização de munição comum, não atinja,
na saída do cano de prova, energia cinética superior a mil e duzentas libras-pé ou
mil seiscentos e vinte joules;

Exemplo: revólver (repetição) e a pistola (semiautomática).

b) portáteis de alma lisa;

Exemplo: podem ser transportadas por uma pessoa (espingarda, fuzil e carabina).

c) portáteis de alma raiada, cujo calibre nominal, com a utilização de munição


comum, não atinja, na saída do cano de prova, energia cinética
superior a mil e duzentas libras-pé ou mil seiscentos e vinte joules;

Exemplo: Não possui raias (ranhuras) no interior do seu cano.

2) Restrito
- As armas de fogo automáticas, de qualquer tipo ou calibre, semiautomáticas ou de
repetição que sejam:

a) não portáteis;
- Elas precisam ser transportadas por mais de uma pessoa, com a utilização de veículos,
automotores.

b) de porte, cujo calibre nominal, com a utilização de munição comum, atinja, na


saída do cano de prova, energia cinética superior a mil e duzentas libras-pé ou
mil seiscentos e vinte joules; - sejam fixadas em estruturas permanentes.

c) portáteis de alma raiada, cujo calibre nominal, com a utilização de munição


comum, atinja, na saída do cano de prova, energia cinética superior a mil e
duzentas libras-pé ou mil seiscentos e vinte joules;
3) Proibido
a) as armas de fogo classificadas como de uso proibido em acordos ou tratados
internacionais dos quais a República Federativa do Brasil seja signatária;

b) as armas de fogo dissimuladas, com aparência de objetos inofensivos.


- São armas que por definição são proibidas no país, além daquelas dissimuladas (caneta
revólver).

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PONTOS PRINCIPAIS DO SINARM
• É gerido pela PF
• Controla as armas de fogo da população
• Previsão legal – artigo 2º
Art. 2º Ao Sinarm compete:
I – identificar as características e a propriedade de armas de fogo,
mediante cadastro;
II – cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas
no País;
III – cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as
renovações expedidas pela Polícia Federal;
IV – cadastrar as transferências de propriedade, extravio, furto,
roubo e outras ocorrências suscetíveis de alterar os dados cadastrais,
inclusive as decorrentes de fechamento de empresas de segurança
privada e de transporte de valores;
V – identificar as modificações que alterem as características ou o
funcionamento de arma de fogo;
VI – integrar no cadastro os acervos policiais já existentes;
VII – cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive as
vinculadas a procedimentos policiais e judiciais;
VIII – cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como
conceder licença para exercer a atividade;
IX – cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas,
varejistas, exportadores e importadores autorizados de armas de
fogo, acessórios e munições;
X – cadastrar a identificação do cano da arma, as características das
impressões de raiamento e de microestriamento de projétil
disparado, conforme marcação e testes obrigatoriamente realizados
pelo fabricante;
XI – informar às Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do
Distrito Federal os registros e autorizações de porte de armas de fogo
nos respectivos territórios, bem como manter o cadastro atualizado
para consulta. Parágrafo único. As disposições deste artigo NÃO
ALCANÇAM as armas de fogo das Forças Armadas e Auxiliares, bem
como as demais que constem dos seus registros próprios

REGISTRO DE ARMA DE FOGO


O Certificado de Registro (CR) de Arma de Fogo expedido pela Polícia Federal, precedido
de cadastro no SINARM, autoriza seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no
interior de sua residência ou no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o
responsável legal pelo estabelecimento ou empresa.
Art. 3o É obrigatório o registro de arma de fogo no órgão
competente.
Parágrafo único. As armas de fogo de uso restrito serão registradas
no Comando do Exército, na forma do regulamento desta Lei.

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REQUISITOS PARA ADQUIRIR UMA ARMA DE FOGO
1. Efetiva necessidade

2. Idoneidade
- Certidões criminais e eleitorais
- Não estar respondendo a:
- Inquérito policial
- Processo criminal
3. Ocupação lícita e residência fixa/certa

4. Capacidade técnica e aptidão psicológica


TEXTO DE LEI
Art. 4º Para adquirir arma de fogo de USO PERMITIDO o interessado
deverá, além de declarar a efetiva necessidade, atender aos seguintes
requisitos:
I - comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões
negativas de antecedentes criminais fornecidas pela Justiça Federal,
Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar respondendo a inquérito
policial ou a processo criminal, que poderão ser fornecidas por meios
eletrônicos;
II – apresentação de documento comprobatório de ocupação lícita e
de residência certa;
III – comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica
para o manuseio de arma de fogo, atestadas na forma disposta no
regulamento desta Lei

CERTIFICADO
E como será a posse da arma? Pode ser de qualquer jeito?
- Claro que não!

Para ter a arma de fogo, deverá atender esses requisitos:


• Nome determinado (o de quem passou pelos critérios acima)
• Arma indicada
• É instransferível
• A munição tem que ser do mesmo calibre (não pode nem superior, nem inferior)

PRINCIPAIS PONTOS ACERCA DO CERTIFICADO.


• Uso permitido
• Válido em todo o território nacional
• Área rural = residência
Considere toda a área de extensão rural do imovel

• Caminhão não é considerado residência ou local de trabalho, e sim um


instrumento de trabalho. Logo, é porte.

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• Somente "POSSE" -> Circunscrição:
- Residencial | Titular ou responsável
- Empresarial |
• Maiores de 25 anos
• Ocupação lícita
• Residência certa
• Capacidade técnica + Aptidão psicológica
*Autorização: "Precário" -> Prazo
TEXTO DE LEI
Art. 5o O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em
todo o território nacional, autoriza o seu proprietário a manter a
arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou
domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho,
desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo
estabelecimento ou empresa. (Redação dada pela Lei nº 10.884, de
2004)
§ 1o O certificado de registro de arma de fogo será expedido pela
Polícia Federal e será precedido de autorização do Sinarm.
§ 2o Os requisitos de que tratam os incisos I, II e III do art.
4o deverão ser comprovados periodicamente, em período não inferior
a 3 (três) anos, na conformidade do estabelecido no regulamento
desta Lei, para a renovação do Certificado de Registro de Arma de
Fogo.
§ 3o O proprietário de arma de fogo com certificados de registro
de propriedade expedido por órgão estadual ou do Distrito Federal
até a data da publicação desta Lei que não optar pela entrega
espontânea prevista no art. 32 desta Lei deverá renová-lo mediante
o pertinente registro federal, até o dia 31 de dezembro de 2008, ante
a apresentação de documento de identificação pessoal e
comprovante de residência fixa, ficando dispensado do pagamento de
taxas e do cumprimento das demais exigências constantes dos incisos
I a III do caput do art. 4o desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.706,
de 2008) (Prorrogação de prazo)
§ 4o Para fins do cumprimento do disposto no § 3o deste artigo, o
proprietário de arma de fogo poderá obter, no Departamento de
Polícia Federal, certificado de registro provisório, expedido na rede
mundial de computadores - internet, na forma do regulamento e
obedecidos os procedimentos a seguir: (Redação dada pela Lei nº
11.706, de 2008)
I - emissão de certificado de registro provisório pela internet,
com validade inicial de 90 (noventa) dias; e (Incluído pela Lei nº
11.706, de 2008)
II - revalidação pela unidade do Departamento de Polícia
Federal do certificado de registro provisório pelo prazo que estimar
como necessário para a emissão definitiva do certificado de registro
de propriedade. (Incluído pela Lei nº 11.706, de 2008)
§ 5º Aos residentes em área rural, para os fins do disposto
no caput deste artigo, considera-se residência ou domicílio toda a
extensão do respectivo imóvel rural (Incluído pela Lei nº 13.870, de
2019)

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PORTE DE ARMA DE FOGO
- O que significa? = Levar consigo

- Regra: PROIBIDO
- Exceção:
- Rol do artigo 6, "Caput"
- Leis próprias (Loman, Lompu, Lome etc)
- Membros do MP e Magistratura (exemplos).

I. AGENTES PÚBLICOS (DETRO E FORA):

1) Forças armadas (Art. 142, CF) -> MAE (Marinha, aeronáutica e exército)
2) Órgãos de Segurança Pública (Art. 144, CF)
3) Polícias Legislativas (Art. 51, IV, e 52, III, CF) (C.D. + Senado)
4) GSI/PR
- Agentes operacionais da ABIN
- Agentes de Segurança Presidencial
5) Guardas Municipais (Restrito ao Estado)*
- Capitais de Estado
- Municípios com mais de 500 mil habitantes
Porte de Arma foi aberto a toda e qualquer guarda municipal ADIs 5948 e 5538
julgadas pelo STF em 2021.

II. AGENTES PÚBLICOS APENAS EM SERVIÇO

1) Guardas Municipais (Restrito ao estado)


- Com mais de 50 mil habitantes e menos de 500 mil habitantes
- Regiões metropolitanas*
Porte de Arma foi aberto a toda e qualquer guarda municipal ADIs 5948 e 5538
julgadas pelo STF em 2021.

2) [Guardas Prisionais] e Portuárias


- Poderão ter o porte fora de serviço (Art. 6º, §1º B)

3) Auditoria Fiscal Federal Tributária e trabalhista


- Auditor Fiscal da RFBR
- Analista da RFBR
- Auditor Fiscal do TRABALHO

4) Agentes de segurança do poder judiciário e do MP, MPE, MPU


III. PARTICULARES

1) Empresas de segurança privada e transporte de valores


- Porte em nome da empresa
- Apenas em serviço
- Competência da PF

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2) Caçador para subsistência
- Residente em área rural
- Competência da PF

3) Atiradores, caçadores e colecionadores (CACs) - Desporto


- Registro e porte de trânsito (abacaxi);
- Competência do COMANDO DO EXÉRCITO
OBSERVAÇÕES:
1. Portar uma arma de fogo de porte municiada, alimentada e carregada, pertencente a seu
acervo cadastrado no Sigma;

2. Durante o trajeto entre o local de guarda autorizado e os de treinamento, instrução,


competição, manutenção, exposição, caça ou abate;

3. Por meio da apresentação do Certificado de Registro de Arma de Fogo e da Guia de Tráfego


válida.

IV. ESTRANGEIROS NO BRASIL

1) Responsáveis pela segurança de cidadãos estrangeiros em visita ou sediados no Brasil


- Autorização do porte -> Ministério da Justiça*

2) Representantes estrangeiros em competição de tiros:


- Registro e porte de trânsito -> COMANDO DO EXÉRCITO

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DOS CRIMES E DAS PENAS (ARTIGOS 12 AO 21)
1) Bem jurídico tutelado
- Segurança Pública e paz social (incolumidade pública <> incolumidade individual)

2) Ação penal
- Pública incondicionada

3) Normal penal em branco (Decretos nº 5.123/2004 e nº 3.665/2000)


- Arma de fogo, acessório e munição
- De uso permitido
- De uso restrito ou proibido

4) STF, ADI 3.112 - Informativo 465 STF = Parágrafos únicos dos art. 14 e 15; e o art. 21
(INCONSTITUCIONAIS)

5) Crime hediondo: Lei nº 13.497/2017


- Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito (Art. 16)
- Comércio ilegal de armas de fogo -> Policial disfarçado
- Tráfico internacional de arma de fogo + Acessório + munição [Inafiançável]

6) Não há delito qualificado:


- Apenas crimes nas modalidades simples e majoradas (Art. 19 e 20)

*Art. 12 - [POSSE] irregular de arma de fogo de USO PERMITIDO + registro vencido


- Cabe a apreensão da arma, mas não há crime, apenas irregularidade administrativa.

POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO (ART 12)


- [POSSE] irregular de arma de fogo de USO PERMITIDO
- NÃO É Porte / De uso restrito ou proibido.
- Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.:

- Sujeito ativo: Comum

- Conduta: Possuir* ou manter*

- Delimitação espacial: Em sua residência ou local de trabalho (Titular ou responsável)


[Caminhão não é (STJ): Residência / Local de trabalho]

- Objeto material: De uso permitido


- Arma de fogo
- Acessório
- Munição
- Elemento normativo jurídico
- Em desacordo com determinação legal ou regulamentar

- Elemento subjetivo: Doloso

- Consumação e tentativa: Permanente e admite tentativa

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- Crime de médio potencial ofensivo:
- Pena mínima: até 1 ano (SURSIS PROCESS)
- Pena máxima: +2 anos

- "Abolitio criminis" temporária ou "vocatio legis" indireta: 2 prazos

*Até 23/10/2005 (Súmula 513, STJ)


- Posse de arma de fogo de uso permitido (Art. 12)
- E de uso permitido com identidade suprimida (Art. 16, IV)

*Até 31/12/2009 (Art. 20 da lei 11.922/09)


- Apenas a POSSE de arma de fogo de uso permitido

OMISSÃO DE CAUTELA (ART. 13)


- "Caput": Culposo
- Parágrafo único: Doloso
- Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa.

I. "CAPUT"

- Sujeito do crime: Próprio (ativo) e comum (passivo mediato)


- Menor de 18 anos
- Deficiente mental <> físico

- Objetivo material: Apenas arma de fogo


Se a questão vier com algum acessório...já marque como errado.

- Elemento subjetivo:
- É a CULPA na modalidade de negligência com conduta OMISSIVA de "deixar".

- Consumação e tentativa:

- Crime de PERIGO, instantâneo (com apoderamento)


Não precisa gerar lesão/consequências graves para ser configurado.

- NÃO admite a tentativa (omissivo puro/próprio e culposo).

- Concurso material: Art. 13 + outro se ocorrer

II. PARÁGRAFO ÚNICO

- Sujeito ativo: Próprio (proprietário ou responsável legal)

- Objetivo material: Arma de fogo, acessório ou munição

- Elemento subjetivo e conduta:


- É o dolo de:
- Deixar de registrar B.O.

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- Deixar de comunicar à PF (Omissivo próprio/puro)

- Consumação e tentativa:
- Crime e prazo, na medida em que se consuma 24 horas do efetivo conhecimento do
SUMIÇO.

PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO (ART. 14)


I. CARACTERÍSTICAS
- Sujeito ativo: Comum
- Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

- Conduta: 13 verbos (tipo misto alternativo, vago)


Pode ser chamado de crime de conduta múltipla

- Objetivo material:
- Arma de fogo |
- Acessórios | Uso permitido
- Munição |

II. OBSERVAÇÕES
1) Arma desmuniciada: É CRIME

2) Arma com defeito parcial: É CRIME


Arma inidônea: depende
- Municiada: É CRIME
- Desmuniciada: CRIME IMPOSSÍVEL
- Com munição deflagrada ou percutida ou com defeito -> Crime impossível
Comprovada por Laudo Pericial

- Fiança policial: É possível (ADI: 3.112) => Pena máxima de até 4 anos

- Concurso de crimes:
1) Roubo e porte
- Logo após: Crime único
- Momento distinto (contexto diverso): concurso de crimes

2) Homicídio e porte
- Mesmo contexto: crime único
- Contexto diverso: Concurso de crimes

3) Pluralidade de armas
- Do mesmo porte: Crime único
- Portes diferentes: Concurso de crimes

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DISPARO DE ARMA DE FOGO (ART. 15)
CARACTERÍSTICAS
- Sujeito ativo: Comum
- Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

- Elemento subjetivo: Doloso


Tem que ter o dolo específico de unicamente atirar em via pública, se for outra
a intenção...a depender da situação será aplicado o princípio da consunção.

- Condutas: Disparar arma de fogo ou acionar munição

- Cabe tentativa

- Delimitação espacial:
- Lugar habitado ou adjacência
+
- Via pública ou em sua direção
O crime é consumado no disparo

- Crime subsidiário: ... desde que não tenha finalidade de outro crime...
*ABSORÇÃO:
- Mesmo contexto (consunção): Crime único
- Contexto diverso: Concurso de crimes

• *CRIME DE PERIGO ABSTRATO (STF) -> Prescinde (não precisa) comprovação da


lesividade ao bem jurídico tutelado
ESQUEMA

- Local habitado
- Disparar - Adjacências Concurso de crimes
- Acionar - Via pública Fica o crime + específico
- Direção a ela

POSSE OU PORTE DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO (ART. 16)


I. CARACTERÍSTICAS
- Sujeito ativo: Comum
- Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

- Elemento subjetivo: Doloso

- Conduta: 14 verbos (tipo misto variado)

- Objeto material:
- Arma de fogo
- Acessório | Uso restrito ou proibido
- Munição

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- Crime de mera conduta

- É inafiançável, mas pode ser liberado sem fiança.

Numeração raspada? = uso restrito

II. PARÁGRAFO ÚNICO -> Princípio da Especialidade


- De uso restrito/proibido
- De uso permitido

1) Suprimir identificação/característica de arma de fogo*

2) Fraude processual em arma de fogo*

3) Ceder à criança ou adolescente*

4) Artefato explosivo ou incendiário*


- Resp. 1.627.028-SP (2017)
- Gás lacrimogêneo | NÃO SÃO CONSIDERADOS
- Spray de pimenta |
5) Adulterar características de arma ou recarregar munição

6) Produzir, recarregar, reciclar -> Munição ou explosivo

TEXTO DE LEI
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019):
I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de
identificação de arma de fogo ou artefato;
II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la
equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins
de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial,
perito ou juiz;
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou
incendiário, sem autorização ou em desacordo com determinação
legal ou regulamentar;
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo
com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação
raspado, suprimido ou adulterado;
V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de
fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente; e
VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou
adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo.
§ 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo
envolverem arma de fogo de uso proibido, a pena é de reclusão, de 4
(quatro) a 12 (doze) anos.

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COMÉRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO (ART. 17)
- Pena - reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, e multa.
- Comercial
- Industrial
- Serviços

PARÁGRAFO ÚNICO
- Irregular
- Clandestina
- Residencial (Armeiro)

Considerado Hediondo + Inafiançável

• Aumento de pena da metade se a arma de fogo, acessório, ou munição for de uso


proibido ou restrito.

TRÁFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO (ART. 18)


- Competência de julgamento: Justiça Federal
- Pena: reclusão, 8 a 16 anos (pode chegar a 24 anos);

- Condutas:
- Importar | <> Contrabando
- Exportar |
- [Favorecer] <> Facilitação ao contrabando
- Agentes públicos
*Aumento de pena: +1/2
- Quanto ao objeto: De uso restrito ou proibido (Art. 19)

- Quanto ao sujeito:
- Art. 6º
- Art. 7º | Art. 14 ao 18
- Art. 8º
- Agente reincidente específico em crimes dessa natureza:
a) Porte Ilegal de Arma de Fogo;
b) Disparo de Arma de Fogo;
c) Posse ou Porte Ilegal de Arma de Fogo de Uso Restrito;
d) Comércio Ilegal de Arma de Fogo;
e) Tráfico Internacional de Arma de Fogo.
Considerado Hediondo + Inafiançável

• Aumento de pena da metade se a arma de fogo, acessório, ou munição for de uso


proibido ou restrito.

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CRIMES INSUSCETÍVEIS DE LIBERDADE PROVISÓRIA
- Previstos nos artigos 16, 17 e 18

- Declarados INCONSTITUCIONAIS pelo STF (ADIN 3.112-1)

CONSIDERADOS CRIMES HEDIONDOS (LEI Nº 13.964/2019):


- A posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso PROIBIDO (APENAS § 2º do Art. 16)
- Comércio ilegal de armas de fogo
- Tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição

MUNIÇÃO APREENDIDA
- Regra: Configura fato típico

- Exceção (STJ e STF):


- Apreensão ínfima (muito pequena) (1, 2, 3, 4...)

- Pode levar ao reconhecimento de atipicidade da conduta


CABE AO COMANDO DO EXÉRCITO (ART. 23)
- Propor ao Presidente da República
- Edição de ato normativo acerca da classificação:
- Legal
- Técnica
- Geral
- Definição das armas de fogo e demais produtos controlados de usos:
- Proibidos, restritos, permitidos, obsoletos, de valor histórico.

- Autorizar e fiscalizar a:
- Produção, exportação, importação, desembaraço alfandegário e o comércio de armas
de fogo e demais produtos controlados,

- Inclusive o registro e o porte de trânsito de arma de fogo de colecionadores, atiradores


e caçadores.

- Estabelecer condições para a utilização de réplicas e simulacros de armas, destinados


à instrução, ao adestramento, ou à coleção de usuário autorizado.

- Autorizar, EXCEPCIONALMENTE, a aquisição de armas de fogo de uso restrito.

DESTRUIÇÃO DOS OBJETOS APREENDIDOS


- Deverão ser encaminhados pelo juiz competente ao Comando do Exército;

- No prazo máximo de 48h, para destruição ou posterior doação aos órgãos de segurança
pública ou às Forças Armadas.

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VEDAÇÕES (ART. 26)
- São vedadas a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de:
- Brinquedos, réplicas e simulacros de armas de fogo, que com estas se possam
confundir.

- Excetuam-se da proibição as réplicas e os simulacros:


- Destinados à instrução, ao adestramento, ou à coleção de usuário autorizado,
nas condições fixadas pelo Comando do Exército.

São proibidas, mas não É CRIME.

18
JURISPRUDÊNCIA EM TESES Nº102
1) O crime de posse irregular de arma de fogo, acessório ou munição de uso permitido (art. 12
da Lei n. 10.826/2003) é de perigo abstrato, prescindindo de demonstração de efetiva situação
de perigo, porquanto o objeto jurídico tutelado não é a incolumidade física e sim a segurança
pública e a paz social.

2) O crime de porte ilegal de arma de fogo, acessório ou munição de uso permitido (art. 14 da
Lei n. 10.826/2003) é de perigo abstrato e de mera conduta, bastando para sua caracterização
a prática de um dos núcleos do tipo penal, sendo desnecessária a realização de perícia.
3) O art. 14 da Lei n. 10.826/2003 é norma penal em branco, que exige complementação por
meio de ato regulador, com vistas a fornecer parâmetros e critérios legais para a penalização
das condutas ali descritas.

4) O crime de disparo de arma de fogo (art. 15 da Lei n. 10.826/2003) é crime de perigo


abstrato, que presume a ocorrência de dano à segurança pública e prescinde, para sua
caracterização, de comprovação da lesividade ao bem jurídico tutelado.

5) O crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito (art.
16, caput, da Lei n. 10.826/2003) é crime de perigo abstrato, que presume a ocorrência de dano
à segurança pública e prescinde, para sua caracterização, de resultado naturalístico à
incolumidade física de outrem.

6) A abolitio criminis temporária prevista na Lei n. 10.826/2003 aplica-se ao crime de posse de


arma de fogo de uso permitido com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação
raspado, suprimido ou adulterado, praticado somente até 23/10/2005. (Súmula n. 513/STJ)
(Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/1973 – TEMA 596)

7) São atípicas as condutas descritas nos arts. 12 e 16 da Lei n. 10.826/2003, praticadas entre
23/12/2003 e 23/10/2005, mas, a partir desta data, até 31/12/2009, somente é atípica a
conduta do art. 12, desde que a arma de fogo seja apta a ser registrada (numeração íntegra).

8) A regra dos arts. 30 e 32 da Lei n. 10.826/2003 alcança, também, os crimes de posse ilegal
de arma de fogo praticados sob a vigência da Lei n. 9.437/1997, em respeito ao princípio da
retroatividade da lei penal mais benéfica.

9) A forma qualificada do art. 10, § 3º, IV, da Lei n. 9.437/1997, que foi suprimida do
ordenamento jurídico com o advento da Lei n. 10.826/03, não tem o condão de tornar atípica a
conduta, mas apenas de desclassificar o delito para a forma simples, prevista no caput do
dispositivo legal mencionado.

10) Não se aplica o princípio da consunção quando os delitos de posse ilegal de arma de fogo e
disparo de arma em via pública são praticados em momentos diversos e em contextos distintos.

11) A simples conduta de possuir ou de portar arma, acessório ou munição é suficiente para a
configuração dos delitos previstos nos arts. 12, 14 e 16 da Lei n. 10.826/2003, sendo inaplicável
o princípio da insignificância.

12) Independentemente da quantidade de arma de fogo, de acessórios ou de munição, não é


possível a desclassificação do crime de tráfico internacional de arma de fogo (art. 18 da Lei de

19
Armas) para o delito de contrabando (art. 334-A do Código Penal), em respeito ao princípio da
especialidade
JURISPRUDÊNCIA EM TESES Nº108
1) O simples fato de possuir ou portar munição caracteriza os delitos previstos nos arts. 12, 14
e 16 da Lei n. 10.826/2003, por se tratar de crime de perigo abstrato e de mera conduta, sendo
prescindível a demonstração de lesão ou de perigo concreto ao bem jurídico tutelado, que é a
incolumidade pública.

2) A apreensão de ínfima quantidade de munição desacompanhada de arma de fogo,


excepcionalmente, a depender da análise do caso concreto, pode levar ao reconhecimento de
atipicidade da conduta, diante da ausência de exposição de risco ao bem jurídico tutelado pela
norma.

3) Demonstrada por laudo pericial a inaptidão da arma de fogo para o disparo, é atípica a
conduta de portar ou de possuir arma de fogo, diante da ausência de afetação do bem jurídico
incolumidade pública, tratando-se de crime impossível pela ineficácia absoluta do meio.

4) A conduta de possuir, portar, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo, seja de uso
permitido, restrito ou proibido, com numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação
raspado, suprimido ou adulterado, implica a condenação pelo crime estabelecido no art. 16,
parágrafo único, IV, do Estatuto do Desarmamento.

5) O crime de comércio ilegal de arma de fogo, acessório ou munição (art. 17 da Lei n.


10.826/2003) é delito de tipo misto alternativo e de perigo abstrato, bastando para sua
caracterização a prática de um dos núcleos do tipo penal, sendo prescindível a demonstração
de lesão ou de perigo concreto ao bem jurídico tutelado, que é a incolumidade pública.

6) O delito de comércio ilegal de arma de fogo, acessório ou munição, tipificado no art. 17, caput
e parágrafo único, da Lei de Armas, nunca foi abrangido pela abolitio criminis temporária
prevista nos arts. 5º, § 3º, e 30 da Lei de Armas ou nos diplomas legais que prorrogaram os
prazos previstos nos referidos dispositivos.

7) Compete à Justiça Federal o julgamento do crime de tráfico internacional de arma de fogo,


acessório ou munição, em razão do que dispõe o art. 109, inciso V, da Constituição Federal, haja
vista que este crime está inserido em tratado internacional de que o Brasil é signatário.

8) O crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, tipificado no art. 18


da Lei n. 10.826/03, é de perigo abstrato ou de mera conduta e visa a proteger a segurança
pública e a paz social

9) Para a configuração do tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição não basta
apenas a procedência estrangeira do artefato, sendo necessário que se comprove a
internacionalidade da ação.

20
10) É típica a conduta de importar arma de fogo, acessório ou munição sem autorização da
autoridade competente, nos termos do art. 18 da Lei n. 10.826/2003, mesmo que o réu detenha
o porte legal da arma, em razão do alto grau de reprovabilidade da conduta.

21
VAI CAIR NA SUA PROVA
ESTATUTO DO DESARMAMENTO (LEI FEDERAL 10.826/2003)
PARTE ADMINISTRATIVA (ART. 1 AO 11A)
- OBJETIVO:
- Dispõe sobre:
- REGISTRO |
- POSSE | De Armas de fogo + munição
- PORTE |
- COMÉRCIO |
- Dispõe sobre o SINARM
- Dispõe sobre Crimes
- Dá outras providências
*O estatuto versa apenas sobre ARMAS DE FOGO:
- Armas brancas -> Contravenção

NORMA PENAL EM BRANCO


- Definições de:
- Arma de fogo, acessório e munições |
- De uso permitido, restrito ou proibido| Não define o que são.
- Artefatos explosivos ou incendiários |
- Ver: DECRETOS Nº 5.123/2004 e 3.663/2000]

22
23
Fonte: Lei bizurada + Qconcursos

24
autorização para portá-la, comete
QUESTÕES infração penal, independentemente
de se comprovar que uma pessoa
ESTATUTO DO DESARMAMENTO determinada ficou exposta a uma
1. Banca: CESPE (MPE-RO) situação de perigo.
Com fundamento na Lei n.º b) Na hipótese de porte de arma
10.826/2003 e no entendimento do absolutamente inapta a efetuar
STJ a respeito da matéria, assinale a disparos, o fato é considerado típico,
opção correta. porque se presume o risco em prol
a) Para a configuração do crime de da coletividade, apesar de não haver
porte ilegal de arma de fogo de uso exposição de alguém a uma situação
permitido, é necessária a concreta de perigo.
comprovação pericial da c) O crime de deixar de observar as
potencialidade lesiva da arma cautelas necessárias para impedir
b) Segundo a jurisprudência do STJ, que menor se apodere de arma de
desde 2005, não é possível conceder fogo que esteja sob sua posse admite
o benefício da extinção da tentativa.
punibilidade aos detentores de arma d) O porte ilegal de arma de fogo de uso
com numeração raspada ou permitido é inafiançável e hediondo,
suprimida, mesmo que sendo irrelevante o fato de a arma de
voluntariamente façam a entrega do fogo estar registrada em nome do
artefato. agente.
c) Para a configuração do crime de e) No crime de comércio ilegal de arma
posse ilegal de arma de fogo de uso de fogo, a pena é aumentada se a
restrito, é suficiente o porte de arma arma de fogo, acessório ou munição
de fogo com numeração raspada, for de uso permitido.
independentemente de ser a arma de 3. Banca: CESPE (TJ-RN)
uso restrito ou proibido. Em relação aos crimes de violência
d) É atípica a conduta de porte ilegal de doméstica e aos crimes definidos no
munição de uso permitido, em razão Estatuto de Desarmamento, no CDC e
de ausência de ofensividade a bem no CTB, assinale a opção correta.
jurídico tutelado. a) Se, após trâmite regular da ação
e) Conforme jurisprudência penal, o magistrado julgar
sedimentada no STJ, a posse e o porte parcialmente procedente a acusação
ilegal de arma de fogo foram e condenar o réu como incurso
abarcados, temporariamente, somente nas penas do latrocínio,
pela abolitio criminis. acolhendo tese defensiva de
2. Banca: CESPE (TJ-SE) absorção do crime de porte ilegal de
Com relação ao Estatuto do arma pelo de latrocínio, terá ele
Desarmamento, Lei n.º 10.826/2003, aplicado o princípio da consunção.
assinale a opção correta.
a) O agente que perambula de b) Pratica o crime de lesão corporal
madrugada pelas ruas com uma qualificada pela violência doméstica
arma de fogo de uso permitido, sem o agente que agride fisicamente sua
esposa, caso em que deve incidir a

25
circunstância agravante decorrente dessa majorante para o crime de
da prática do delito contra o cônjuge. comércio ilegal de arma de fogo.
c) De acordo com o CDC, constitui d) O delito de posse ou porte ilegal de
crime, punido apenas na modalidade arma de fogo de uso restrito é
dolosa, a omissão de dizeres ou insuscetível de liberdade provisória.
sinais ostensivos sobre a nocividade e) É possível a aplicação de penas de
ou periculosidade do produto na sua prestação pecuniária nos delitos de
embalagem, invólucro, recipiente ou violência doméstica e familiar contra
publicidade. a mulher.
d) Aquele que, ao trafegar com seu 5. Banca: FGV (PC-AM)
veículo em via pública, avista sua ex- No dia 22 de fevereiro de 2022, José
namorada e atira o carro na direção foi abordado por guarnição policial
dela, com a intenção de lesioná-la, militar, enquanto conduzia veículo
causando-lhe ferimentos leves, automotor em via pública,
pratica crime previsto no CTB. em blitz regularmente realizada. No
interior da mala do veículo foram
e) Conforme o entendimento
encontradas vinte e cinco munições
jurisprudencial que considera o de fuzil calibre 7.65, de marcas
porte ilegal de arma de fogo crime de variadas.
perigo abstrato, para a consumação Conduzido à unidade de polícia
do delito, é necessária a judiciária, durante a lavratura do seu
demonstração do efetivo caráter auto de prisão em flagrante,
ofensivo da arma transportada pelo confessou estar trabalhando para
Carlos e Eduardo, tendo pleno
indivíduo.
conhecimento do material que
4. Banca: CESPE (TJ-BA) transportava, mas que a contratação
Considerando a jurisprudência dos e o destino final teriam sido
tribunais superiores acerca dos delitos determinados pelos dois.
previstos na Lei n.º 10.826/2003 e na Lei Analisando a hipótese, sobre o
n.º 11.340/2006, assinale a opção crime de porte de arma de fogo, na
correta. modalidade transportar, é correto
afirmar que
a) De acordo com a jurisprudência do
STJ, o porte de arma de fogo é crime a) não admite coautoria ou
de perigo abstrato, razão pela qual o participação.
porte de arma desmuniciada b) admite participação por instigação,
representa conduta típica. mas não coautoria.
b) O delito de disparo de arma de fogo c) admite participação por
estará configurado mesmo que seja induzimento, mas não coautoria.
praticado em local isolado, d) admite participação material, mas
desabitado e afastado de vias não coautoria.
públicas. e) admite coautoria ou participação.
c) Sobre o delito de tráfico 6. Banca: FGV (PC-AM)
internacional de arma de fogo Assinale a alternativa incorreta.
incidirá causa de aumento de pena se a) A Sexta Turma do Superior Tribunal
a arma de fogo, acessório ou munição de Justiça (STJ) concedeu liberdade a
forem de uso restrito, não havendo um homem cuja prisão preventiva
previsão legal expressa de aplicação

26
foi fundamentada na necessidade de autorizados de armas de fogo,
aprofundamento das investigações acessórios e munições.
sobre seu possível envolvimento c) realizar as modificações que alterem
com o tráfico de drogas. O colegiado as características ou o
acompanhou a relatora, ministra funcionamento de arma de fogo.
Laurita Vaz, para quem a prisão para d) identificar as características e a
averiguações é ilegal. "Não há, no propriedade de armas de fogo,
ordenamento jurídico, a previsão de mediante cadastro.
decretação de prisão preventiva com e) cadastrar os armeiros em atividade
a finalidade de produção de no País, bem como conceder licença
elementos probatórios para instruir para exercer a atividade.
causas criminais." 8. Banca: VUNESP (PC-SP)
b) O porte ou a posse de arma de fogo Aponte a alternativa incorreta.
de uso permitido com numeração,
a) São atípicas as condutas descritas
marca ou qualquer outro sinal de
nos arts. 12 e 16 da Lei n.
identificação raspado, suprimido ou
10.826/2003, praticadas entre
adulterado, tem natureza de crime
23/12/2003 e 23/10/2005, mas, a
hediondo.
partir desta data, até 31/12/2009,
c) O fato de a vítima ser figura pública
somente é atípica a conduta do art.
renomada não afasta a competência
12, desde que a arma de fogo seja
do Juizado de Violência Doméstica e
apta a ser registrada (numeração
Familiar contra a Mulher para
íntegra).
processar e julgar o delito.
b) A regra dos arts. 30 e 32 da Lei n.
d) De acordo com a jurisprudência
10.826/2003 alcança, também, os
pacífica do STJ, a ação penal relativa
crimes de posse ilegal de arma de
ao crime de lesão corporal resultante
fogo praticados sob a vigência da Lei
de violência doméstica contra a
n. 9.437/1997, em respeito ao
mulher é pública incondicionada.
princípio da retroatividade da lei
e) De acordo com a jurisprudência
penal mais benéfica. Assim, a abolitio
pacífica do STJ, a suspensão
criminis temporária pode retroagir
condicional do processo e a
para fatos ocorridos antes da edição
transação penal não se aplicam na
do Estatuto do Desarmamento.
hipótese de delitos sujeitos ao rito da
Lei Maria da Penha.
c) Não se aplica o princípio da
7. Banca: CESPE (PC-PB) consunção quando os delitos de
Conforme dispõe a Lei n. 10.826/2003 posse ilegal de arma de fogo e
(Estatuto do Desarmamento), é
disparo de arma em via pública são
previsto como competência do
SINARM, exceto: praticados em momentos diversos e
em contextos distintos.
a) cadastrar as apreensões de armas de
d) Independentemente da quantidade
fogo, inclusive as vinculadas a
de arma de fogo, de acessórios ou de
procedimentos policiais e judiciais.
munição, não é possível a
b) cadastrar mediante registro os
desclassificação do crime de tráfico
produtores, atacadistas, varejistas,
internacional de arma de fogo (art.
exportadores e importadores

27
18 da Lei de Armas) para o delito de surpreendido transportando em seu
contrabando (art. 334-A do Código caminhão revólver de uso permitido,
Penal), em respeito ao princípio da sem autorização e em desacordo com
especialidade. determinação legal ou regulamentar.
e) O crime de posse ou porte ilegal de 10. Banca: CESPE (PC-PB)
arma de fogo de uso restrito é Conforme dispõe o Estatuto do
hediondo, pois está no rol taxativo de Desarmamento (Lei n. 10.826/2003)
crimes previstos na Lei n. é correto afirmar que:
8.072/1990. a) as armas de fogo de uso permitido
9. Banca: CESPE (PC-PB) serão registradas no Comando do
Tendo como base as disposições Exército, na forma do regulamento
estabelecidas na Lei n.º 10.826/2003 da Lei.
e a jurisprudência do STJ e do STF b) a autorização para o porte de arma
acerca da matéria, assinale a opção de fogo de uso permitido, em todo o
correta.
território nacional, é de competência
a) Não afasta a tipicidade da conduta da Polícia Federal e somente será
criminosa o fato de a arma de fogo concedida após autorização do
apreendida ter sido declarada Comando do Exército.
absolutamente ineficaz por meio de c) incorre na mesma pena do tráfico
perícia realizada no curso da ação internacional de arma de fogo quem
penal. vende ou entrega arma de fogo,
b) O indivíduo que carrega consigo acessório ou munição, em operação
silenciador, desacompanhado de de importação, sem autorização da
qualquer arma de fogo ou munição, autoridade competente, a agente
não pratica crime, pois a essa lei não policial disfarçado, quando
prevê punição para a posse ou porte presentes elementos probatórios
de acessórios. razoáveis de conduta criminal
c) Não se admite a incidência do preexistente.
princípio da insignificância aos d) as armas de fogo apreendidas, após a
crimes previstos na referida lei, elaboração do laudo pericial e sua
ainda que seja apreensão de pouca juntada aos autos, quando não mais
munição desacompanhada de arma interessarem à persecução penal
de fogo, por se tratar de infrações serão encaminhadas pelo juiz
penais de perigo abstrato. competente ao Comando do
d) A pena referente ao delito de posse Exército, no prazo de até 12 (doze)
de arma de fogo de uso permitido, horas, para destruição, vendo
prevista no art. 12 da referida lei, é vedada qualquer forma de doação.
aumentada de metade se a conduta e) caberá ao Sinarm autorizar,
criminosa for praticada por excepcionalmente, a aquisição de
integrante de empresas de armas de fogo de uso restrito.
segurança privada e de transporte de
valores.
e) Configura o delito de porte de arma,
e não de posse de arma de fogo, a
conduta do caminhoneiro que seja

28
11. Banca: AOCP (PM-GO) e) Quando o tráfico de arma de fogo se
Considere os seis crimes listados a der com arma de fogo de uso restrito
seguir: ou proibido, a pena será aumentada
1. Tráfico internacional de arma de fogo, acessório da metade
ou munição (art. 18 da Lei nº 10.826/2003);
13. Banca: FUNDATEC
2. Injúria racial (art. 140, §3º, do Código Penal); (AGENTE PENITENCIÁRIO)
Genésio, integrante do quadro efetivo de
3. Furto qualificado pelo emprego de explosivo ou agente prisional, recebeu voz de prisão
de artefato análogo que cause perigo comum (art. em flagrante, ao ser surpreendido
155, §4º-A, do Código Penal); portando uma arma de fogo de uso
permitido com munição sobressalente.
4. Infanticídio (art. 123 do Código Penal); Ao chegar à Delegacia, foi constatado que
a arma se encontrava com a numeração
5. Associação para o tráfico de drogas (art. 35 da Lei de série adulterada, fato sabido por
nº 11.343/2006); Genésio. Com base no Estatuto do
Desarmamento e no caso narrado,
6. Tráfico de drogas privilegiado (art. 33, §4º, da Lei Genésio deverá responder por porte
nº 11.343/2006). ilegal de arma de fogo de uso:
Considerando o rol taxativo constante da a) Restrito com a pena aumentada.
Lei Federal nº 8.072/1990, bem como o b) Permitido e posse irregular de
entendimento dos Tribunais Superiores, munição.
são crimes hediondos ou equiparados os c) Restrito e posse irregular de
delitos indicados apenas em munição.
a) 1 e 3. d) Permitido, somente.
b) 1, 4 e 5. e) Restrito, somente.
c) 2, 5 e 6.
14. Banca: CESPE (PC-PB)
d) 1, 2, 3 e 5. Tendo como base a Lei n. 10.826/2003
e) 2, 3, 4 e 6. (Estatuto do desarmamento), a
12. BANCA: VUNESP (PM-SP) doutrina e jurisprudência, marque a
Com base na Lei n. 10.826/2003, alternativa correta:
julgue os itens: a) Aplicamos o princípio da consunção
a) O crime de disparo de arma de fogo é quando os delitos de posse ilegal de
crime de perigo concreto. arma de fogo e disparo de arma em
b) Para a configuração do tráfico via pública são praticados em
internacional de arma de fogo, momentos diversos e em contextos
acessório ou munição basta apenas a distintos.
procedência estrangeira do artefato, b) Deixar de observar as cautelas
sendo necessário que se comprove a necessárias para impedir que menor
internacionalidade da ação. de 18 (dezoito) anos ou pessoa
c) Porte de arma de fogo e munição portadora de deficiência mental se
constitui crime, porém portar apodere de arma de fogo ou munição
acessório é fato atípico. que esteja sob sua posse ou que seja
d) É hediondo o crime de porte ilegal de de sua propriedade.
arma de fogo de uso restrito. c) No crime de tráfico internacional de
arma de fogo, a pena é aumentada se

29
a arma de fogo, acessório ou munição Sobre o Estatuto do Desarmamento,
forem de uso permitido. assinale a alternativa correta.
d) Compete à Justiça Federal o a) Caracteriza mera irregularidade
julgamento do crime de tráfico administrativa o porte ilegal de arma
internacional de arma de fogo, de fogo com registro de cautela
acessório ou munição. vencido.
e) O crime de tráfico internacional de b) O crime de porte de arma de fogo, na
arma de fogo, acessório ou munição, modalidade transportar, não admite
tipificado no art. 18 da Lei n. concurso de pessoas.
10.826/2003, é de perigo concreto e c) No comércio ilegal de arma de fogo, a
visa a proteger a segurança pública e pena é aumentada de um sexto se a
a paz social. arma de fogo, acessório ou munição
15. Banca: CESPE (PC-PB) for de uso proibido ou restrito.
Com base do Estatuto do Desarmamento, d) A apreensão de ínfima quantidade de
assinale a alternativa incorreta. munição desacompanhada da arma
a) O crime de disparo de arma de fogo de fogo não implica, por si só, a
(art. 15 da Lei n. 10.826/2003) é atipicidade da conduta.
crime de perigo abstrato, que e) No crime de tráfico internacional de
presume a ocorrência de dano à arma de fogo, a pena é aumentada de
segurança pública e prescinde, para dois terços se o agente for
sua caracterização, de comprovação reincidente específico em crimes
da lesividade ao bem jurídico dessa natureza.
tutelado. 17. Banca:VUNESP (PC-SP)
b) Responderá por omissão de cautela o Tendo por base a Lei n.
proprietário ou diretor responsável 10.826/2003 e a jurisprudência a
de empresa de segurança e seu respeito, julgue os itens:
transporte de valores que deixarem a) Mévio foi abordado por policiais
de registrar ocorrência policial e de civis de São Paulo e com ele foi
comunicar à Polícia Federal perda, encontrado uma pistola calibre
furto, roubo ou outras formas de 9mm. Mévio apresentou um registro
extravio de arma de fogo, acessório da arma de fogo que estava vencido.
ou munição que estejam sob sua Nesse caso Mévio não cometeu
guarda, nas primeiras 24 (vinte crime.
quatro) horas depois de ocorrido o b) Arma de fogo de funcionamento
fato. imperfeito não caracteriza crime de
c) Conforme entendimento do STJ, a porte ilegal de arma fogo, tratando-
posse de munição não é mais crime. se de crime impossível pela
d) O armeiro irregular responde por ineficácia absoluta do meio.
crime previsto no Estatuto do c) Constitui crime previsto no Estatuto
Desarmamento. do Desarmamento deixar de
e) Se o agente for reincidente em crime observar as cautelas necessárias
previsto no Estatuto a sua pena para impedir que menor de 18
poderá aumentar da metade. (dezoito) anos ou pessoa portadora
de deficiência mental se apodere de
16. Banca: IBFC (PC-BA)

30
arma de fogo, acessório ou munição abstrato, que presume a ocorrência
que esteja sob sua posse ou que seja de dano à segurança pública e
de sua propriedade. prescinde, para sua caracterização,
d) Constitui crime montar, em proveito de resultado naturalístico à
próprio ou alheio, no exercício de incolumidade física de outrem.
atividade comercial ou industrial, e) A abolitio criminis temporária prevista
arma de fogo, acessório ou munição, na Lei n. 10.826/2003 aplica-se ao
sem autorização ou em desacordo crime de posse de arma de fogo de
com determinação legal ou uso permitido com numeração,
regulamentar. marca ou qualquer outro sinal de
e) A posse de munição não constitui identificação raspado, suprimido ou
crime. adulterado, praticado somente até
18. Banca:VUNESP (PC-SP) 31/12/2009.
Aponte a alternativa incorreta. 19. Banca: UFMT (PM-MT)
a) O crime de posse irregular de arma No tocante aos aspectos gerais,
de fogo, acessório ou munição de uso bem como aos crimes em espécie
do Estatuto do Desarmamento, Lei
permitido (art. 12 da Lei n.
n. 10.836/2003, marque a resposta
10.826/2003) é de perigo abstrato, incorreta:
prescindindo de demonstração de
a) A empresa que comercializa armas
efetiva situação de perigo,
de fogo, acessórios e munições
porquanto o objeto jurídico tutelado
responde legalmente por essas
não é a incolumidade física, e sim a
mercadorias, ficando registradas
segurança pública e a paz social.
como de sua propriedade enquanto
b) O crime de posse irregular de arma
não forem vendidas.
de fogo, acessório ou munição de uso
b) O certificado de registro de arma de
permitido (art. 12 da Lei n.
fogo será expedido pela Polícia
10.826/2003) é de perigo abstrato,
Federal e será precedido de
prescindindo de demonstração de
autorização do Sinarm.
efetiva situação de perigo, porquanto
c) O Presidente do tribunal ou o chefe
o objeto jurídico tutelado não é a
do Ministério Público designará os
incolumidade física, e sim a
servidores de seus quadros pessoais
segurança pública e a paz social.
no exercício de funções de segurança
c) O crime de disparo de arma de fogo
que poderão portar arma de fogo,
(art. 15 da Lei n. 10.826/2003) é
respeitado o limite máximo de 50%
crime de perigo abstrato, que
(cinquenta por cento) do número de
presume a ocorrência de dano à
servidores que exerçam funções de
segurança pública e prescinde, para
segurança.
sua caracterização, de comprovação
d) A conduta de suprimir ou alterar
da lesividade ao bem jurídico
marca, numeração ou qualquer sinal
tutelado.
de identificação de arma de fogo ou
d) O crime de posse ou porte ilegal de
artefato equipara-se ao crime de
arma de fogo, acessório ou munição
posse ou porte ilegal de arma de fogo
de uso restrito (art. 16, caput, da Lei
de uso restrito.
n. 10.826/2003) é crime de perigo

31
e) Nas mesmas penas do crime de GABARITO
omissão de cautela incorrem o
1–C
proprietário ou diretor responsável
2–A
de empresa de segurança e 3–A
transporte de valores que deixarem 4–A
de registrar ocorrência policial e de 5–E
comunicar à Polícia Federal perda, 6–B
furto, roubo ou outras formas de 7–C
extravio de arma de fogo, acessório 8–E
9–E
ou munição que estejam sob sua
10 – C
guarda, nas primeiras 24 (vinte 11 – A
quatro) horas depois de tomar 12 – E
conhecimento do fato. 13 – A
14 – D
20. Banca: FGV (PM-AM)
15 – C
A respeito dos crimes previstos no
16 – D
Estatuto de Desarmamento (Lei n.
17 – D
10.826/2003 e suas alterações), é
18 – E
correto afirmar que:
19 – E
a) as armas de fogo de uso restrito 20 – B
serão registradas no Departamento
de Polícia Federal, na forma do
regulamento desta Lei.
b) é proibido o porte de arma de fogo
em todo o território nacional, salvo
exceções, para alguns agentes, como
o analista tributário.
c) a autorização para o porte de arma
de fogo de uso permitido, em todo o
território nacional, é de competência
do Comando do Exército e somente
será concedida após autorização do
Sinarm.
d) comete o crime omissão de cautela
aquele que deixa de observar as
cautelas necessárias para impedir
que maior de 70 anos se apodere de
arma de fogo de sua propriedade.
e) o delito de disparo de arma fogo
permite a punição por culpa.

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BATERIA EXTRA DE 4. O registro de arma de fogo na PF,
mesmo após prévia autorização do
QUESTÕES SINARM, não assegura ao seu
proprietário o direito de portá-la.
ESTATUTO DO DESARMAMENTO
5. Samuel disparou, sem querer, sua
– 10.826/06 arma de fogo em via pública. Nessa
situação, ainda que o disparo tenha
As questões abaixo são
sido de forma acidental,
para assinalar como certa ou
culposamente, Samuel responderá
errada.
pelo crime de disparo de arma de
fogo, previsto no Estatuto do
Desarmamento.
1. Em uma operação da PRF, foram
encontradas, no veículo de Sandro,
6. Se, durante uma diligência, forem
munições de arma de fogo de uso
apreendidas armas de uso privativo
permitido e, no veículo de Eurípedes,
das forças armadas, a atribuição para
munições de uso restrito. Nenhum deles
apurar a infração penal será da
tinha autorização para o transporte
Polícia Federal, pois trata-se de
desses artefatos. Nessa situação,
armas proibidas.
considerando-se o previsto no Estatuto
de Desarmamento, Sandro responderá
7. Julgue o item abaixo, acerca da
por infração administrativa e Eurípedes
autorização do porte de arma de fogo.
responderá por crime.
No Brasil, existem dois tipos de
2. Julgue o item seguinte, referente a
autorização de porte de arma de fogo:
crimes de trânsito e a posse e porte de
uma é a autorização regional,
armas de fogo, de acordo com a
limitada ao território de um estado ou
jurisprudência e legislação
do Distrito Federal, cuja expedição
pertinentes.
compete à polícia civil da respectiva
Situação hipotética: Um policial
unidade da Federação; outra é a
militar reformado foi preso em
autorização nacional, cuja expedição
flagrante delito por portar arma de
compete à Polícia Federal.
fogo de uso permitido, sem
autorização legal e sem o devido
8. Considere que Armando, dentista,
registro do armamento. Assertiva:
tenha comprado um revólver calibre
Nessa situação, a autoridade policial
.38 e que, semanas depois, sua amiga
não poderá conceder fiança,
Júlia, empresária do ramo têxtil,
porquanto o Estatuto do
tenha-lhe revelado interesse em
Desarmamento prevê que o fato de a
adquirir a arma. Nessa situação, o
arma não estar registrada no nome do
revólver só poderá ser vendido
agente torna inafiançável o delito.
mediante autorização do Sistema
Nacional de Armas.
3. O porte de arma de fogo de uso
permitido sem autorização, mas
9. Considere que, em uma briga de
desmuniciada, não configura o delito
trânsito, Joaquim tenha sacado uma
de porte ilegal previsto no Estatuto
arma de fogo e efetuado vários
do Desarmamento, tendo em vista ser
disparos contra Gilmar, com a
um crime de perigo concreto cujo
intenção de matá-lo, e que nenhum
objeto jurídico tutelado é a
dos tiros tenha atingido o alvo. Nessa
incolumidade física.

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situação, Joaquim responderá tão será de competência do ministro da
somente pela prática do crime de Justiça.
disparo de arma de fogo.
15. O proprietário de comércio de médio
10. Para obter porte de arma de fogo de porte localizado em violento bairro
uso permitido, agente da Polícia da periferia da cidade que possua
Federal deve apresentar, entre outros arma regularmente registrada
documentos, comprovação de encontra-se autorizado a portá-la
capacidade técnica e de aptidão livremente, desde que no interior do
psicológica para o manuseio de arma estabelecimento, caso seja o
de fogo. responsável legal pela empresa.

11. A conduta de uma pessoa que 16. A posse de arma de brinquedo ou a


disparar arma de fogo, devidamente utilização de qualquer outro
registrada e com porte, em local ermo instrumento simulador de arma de
e desabitado será considerada fogo configura, segundo
atípica. expressamente previsto na norma de
regência, crime de porte de arma.
12. Considere a seguinte situação
hipotética. 17. O agente encontrado portando arma
Em uma operação policial, José foi de uso permitido com numeração,
encontrado com certa quantidade de marca ou qualquer outro sinal de
munição para revólver de calibre 38. identificação raspado, suprimido ou
Na oportunidade, um policial indagou adulterado estará sujeito à sanção
José sobre a autorização para portar prevista para o crime de posse ou
esse material, e José respondeu que porte ilegal de arma de fogo de uso
não possuía tal autorização e restrito.
justificou que não precisava ter tal
documento porque estava 18. O porte ilegal de munição, mesmo que
transportando munição não localizado o revólver
desacompanhada de arma de fogo. correspondente, configura crime
segundo a Lei do Desarmamento,
Nessa situação hipotética, a punível com reclusão e multa.
justificativa de José para não portar a
autorização é incorreta, e ele 19. Assustado com o aumento do número
responderá por crime previsto no de roubos em sua região, Haroldo,
Estatuto do Desarmamento. que vive em uma fazenda situada no
interior do estado do Amazonas,
13. Supondo que determinado cidadão decidiu adquirir de seu vizinho
seja responsável pela segurança de Moacyr uma arma de fogo de uso
estrangeiros em visita ao Brasil e permitido. A arma de Moacyr é
necessite de porte de arma, a devidamente registrada e Haroldo
concessão da respectiva autorização pretende mantê-la no interior de sua
será de competência do ministro da casa, com finalidade de proteger-se
Justiça. contra eventuais agressores. Nessa
situação, a compra da referida arma
14. Supondo que determinado cidadão efetuada por Haroldo precisa ser
seja responsável pela segurança de previamente autorizada pelo Sistema
estrangeiros em visita ao Brasil e Nacional de Armas (SINARM).
necessite de porte de arma, a
concessão da respectiva autorização

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20. Responderá pelo delito de omissão de
cautela o proprietário ou o diretor Nessa situação, caberá à autoridade
responsável de empresa de somente a apreensão da arma e das
segurança e transporte de valores munições e a imediata liberação de
que deixar de registrar ocorrência Alfredo, visto que, estando o
policial e de comunicar à Polícia armamento desmuniciado, não se
Federal, nas primeiras vinte e quatro caracteriza o crime de porte ilegal de
horas depois de ocorrido o fato, a arma de fogo.
perda de munição que esteja sob sua
guarda. 24. De acordo com entendimento do
Superior Tribunal de Justiça, o
21. No caso específico de tráfico simples fato de portar arma de fogo
internacional de arma de fogo, em de uso permitido com numeração
que a ação se inicie no território raspada viola o previsto no art. 16, da
nacional e tenda à consumação no Lei n.º 10.826/2003, por se tratar de
território estrangeiro, ou vice-versa, delito de mera conduta ou de perigo
a ação penal correspondente é abstrato, cujo objeto imediato é a
pública incondicionada e de segurança coletiva.
competência da justiça federal.
25. As armas de fogo apreendidas após a
22. Se um indivíduo imputável introduzir elaboração do laudo pericial e sua
no território nacional, sem juntada aos autos, quando não mais
autorização da autoridade interessarem à persecução penal,
competente, certa quantidade de serão encaminhadas pelo juiz
armas de brinquedo, réplicas competente à Secretaria de
perfeitas de armas de fogo de grosso Segurança Pública do respectivo
calibre, com o intuito de estado, no prazo máximo de 48 horas,
comercialização, e esse material for para destruição ou doação aos órgãos
apreendido no decorrer de uma de segurança pública ou às Forças
fiscalização rotineira de trânsito, Armadas, na forma da lei.
nessa situação, esse indivíduo deverá
ser responsabilizado por tráfico
internacional de arma de fogo.
GABARITO
23. Considere a seguinte situação 1E 15E
hipotética. 2E 16E
Alfredo, imputável, transportava em 3E 17C
seu veículo um revólver de calibre 38, 4C 18C
quando foi abordado em uma 5E 19C
operação policial de trânsito. A 6E 20C
diligência policial resultou na 7E 21C
localização da arma, desmuniciada, 8C 22E
embaixo do banco do motorista. Em 9E 23E
um dos bolsos da mochila de Alfredo 10E 24C
foram localizados 5 projéteis do 11C 25E
mesmo calibre. Indagado a respeito, 12C
Alfredo declarou não possuir 13E
autorização legal para o porte da 14E
arma nem o respectivo certificado de
registro. O fato foi apresentado à
autoridade policial competente.

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