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Manual de iniciação no Departamento de Tiro CMVM

1 - Introdução

1.1 O presente Manual destina-se à padronização dos procedimentos de instrução


para todos os CANDIDATOS a INICIANTE ao esporte do Tiro no Departamento de Tiro do
CMVM, devendo ser seguido por TODOS que pretendam nele ingressar, sem exceção, mesmo
aqueles que já são sócios do CMVM, mas que nunca frequentaram os nossos estandes de tiro,
ou que já sejam atiradores em outras agremiações.

2 – Seleção dos Candidatos

2.1 Depois de selecionado e aprovado, dentre os pretendentes cadastrados, o


candidato deverá apresentar a documentação mínima exigida (Certidões negativas, RG,
Atividade Profissional, Renda mínima – conforme Estatuto do Clube – e outros).

3 – Período de Experiência

3.1 O CANDIDATO terá quatro 04 (quatro) sessões de treinamentos, aos domingos,


não necessariamente seguidos, podendo ser intercalados, porém não excedendo 60
(sessenta) dias, ocasião em que receberá INFORMAÇÕES BÁSICAS sobre SEGURANÇA (Safety)
em Estande de Tiro, Manuseio de arma de fogo, DISCIPLINA, Normas Especiais, Regulamento
Interno, Estatuto do CMVM e, principalmente, sobre a história do Departamento de Tiro e a
sua filosofia de funcionamento, além de noções teóricas e teste prático de tiro.

3.2 As datas das atividades serão previamente informadas pelo Departamento, bem
como o Instrutor designado para cada iniciante.

3.3 O CANDIDATO pagará o valor de R$ 300,00 (trezentos reais) a título de ajuda de


custo, uma vez que o Departamento não possui fins lucrativos, para fazer face à instrução,
dos quais 50% serão destinados ao instrutor responsável pelo iniciante, e os outros 50%
destinados ao Departamento de Tiro, para a manutenção dos aparelhos e aquisição de
material. O pagamento deverá ser feito em dinheiro, antes do início do período de
experiência.

3.4 Não concluído o período de experiência, por impossibilidade ou desistência do


iniciante, o valor pago não será devolvido.
3.5 Farão jus a 50% de desconto (valor referente ao repasse para o Departamento), os
Militares das Forças Armadas, e outras Autoridades, conforme a conveniência da
Administração.

4 – Teste de Tiro

4.1 Está prevista uma fase intermediária, facultada a participação pelo iniciante. Nessa
fase, em alvo padrão IPSC efetuar 35 (trinta e cinco) disparos a 05 (cinco) metros de distância
para revólver e 06 (seis) metros para pistola. Nesse primeiro estágio, o iniciante deverá
acertar no mínimo 32 (trinta e dois) disparos na zona “alfa” (zero) para passar à próxima fase.
Não atingindo o número mínimo de acertos, naquele dia, o iniciante deverá refazer o teste,
no máximo mais duas vezes, nas semanas seguintes. Errando mais de três vezes, antes do 35º
disparo, o iniciante poderá continuar os demais que faltarem a título de treinamento.

4.2 Vencida a primeira fase, em alvo padrão IPSC efetuar 35 (trinta e cinco) disparos
na zona “alfa” (zero) a 10 (dez) metros de distância para revólver e 12 (doze) metros para
pistola. Qualquer marca fora da zona “alfa” desqualificará o CANDIDATO naquele dia,
devendo refazer o teste tantas vezes quanto forem necessárias nas semanas seguintes. Uma
vez errando, antes do 35º disparo, o iniciante poderá continuar os demais que faltarem a
título de treinamento.

4.3 Os disparos deverão ser efetuados “um a um”, sendo a arma municiada somente
com um cartucho a cada disparo, obrigando o CANDIDATO a fazer 35 (trinta e cinco) disparos
em um tempo não superior a 60 minutos.

4.4 Os disparos serão efetuados em “ação dupla” nos revólveres.

4.5 Em pistolas serão na ação primaria da arma, ou seja: se for modelo de ação dupla
(ex.; PT-100, PT-58, etc). Em caso de modelos “híbridos” ou modelo 1911 (ex.: Glock, Imbel)
em modo ação simples.

4.6 O iniciante que já possuir uma arma, legalmente adquirida (possuir C.R. válido com
Porte de Trânsito ou arma de fogo registrada em seu nome e com Porte emitido pela P.F., ou
Porte Funcional), poderá utilizá-la no teste, podendo ser revólver ou pistola. Caso não possua
uma arma própria, deverá realizar todas as fases do teste com revólver calibre .38pol.

4.7 Após 04 (quatro) tentativas frustradas no teste a 10m, utilizando revólver, o


iniciante poderá optar por utilizar pistola, devendo passar o alvo para 12m de distância.

4.8 Após as 08 (oito) semanas previstas, se o NOVATO não lograr êxito em ser
aprovado no teste e se tornar um ASPIRANTE, ele poderá fazer o teste em ação simples tanto
no revólver quanto na pistola. Para tanto, o iniciante terá que se associar ao CMVM para
continuar os testes.
5 - Instrutores

5.1 Todo o processo deverá ser acompanhado de perto por um Instrutor credenciado
pelo Departamento (Oficial de Segurança), devendo o NOVATO realizar qualquer atividade
somente sob comando deste, e a qualquer momento poderá ser interrompido pelo Instrutor,
para fins de orientar, modificar, verificar, corrigir, etc.

5.2 Os Instrutores são credenciados pela Administração do Departamento de Tiro,


observadas a sua capacitação, aptdão, antiguidade e disponibilidade para a supervisão dos
iniciantes, aos domingos.

5.3 Todos os Instrutores selecionados, independentemente da formação obtida em


outras instituições, deverão passar por um processo de nivelamento, ou seja, devem
participar de uma instrução ministrada pelo Departamento, a cargo do Assessor Técnico,
visando uma uniformidade na formação dos iniciantes no Departamento.

5.4 Cada Instrutor poderá ter sob sua responsabilidade, no máximo, 06 (seis)
candidatos. Na linha de tiro, cada Instrutor poderá supervisionar até 02 (dois) instruendos. A
quantidade total de instruendos na mesma linha de tiro será de, no máximo, 06 (seis).

5.5 O NOVATO deverá se valer das instruções ministradas para realizar os testes,
sendo que JAMAIS poderá inserir mais de uma MUNIÇÃO na arma durante toda a prova, tanto
em revólver quanto em pistola.

5.6 O NOVATO deverá observar e respeitar TODOS os Instrutores, assim como seus
colegas, sendo considerado GRAVE qualquer quebra de SEGURANÇA ou falta de urbanidade
para com os presentes e podendo, inclusive, ser NÃO admitido no Departamento, perdendo
os valores que foram pagos até então.

6 - Armamento

6.1 Não sendo possível ser realizado pelo Departamento, os Instrutores poderão
disponibilizar as armas aos seus instruendos, devendo tratar do aluguel diretamente com
eles, praticando valores dentro do mínimo razoável.

6.2 As armas fornecidas devem ser aquelas previstas para a utilização nos testes
práticos, não devendo possuir modificações que impeçam o seu uso em autodefesa, devendo
estar em boas condições de uso.

7 - Munições

7.1 Os iniciantes poderão adquirir munição “standard” no mercado, desde que de


forma lícita, para utilização nos testes.
7.2 Munições recarregadas só poderão ser disponibilizadas pelos instrutores ou
atiradores experientes do próprio Departamento, devendo ser indicada a sua composição e
estar dentro dos parâmetros exigidos neste manual para os testes práticos.

7.3 Toda Munição recarregada deverá ser utilizada única e exclusivamente para as
atividades no estande, sendo os estojos obrigatoriamente devolvidos ao final.

7.4 A perda de estojos deverá ser ressarcida ao Instrutor que fornecer a munição. No
caso de estojos racharem, o iniciante fica isento de ressarcir, uma vez que poderá haver estojo
com mais uso e sujeito à ocorrência desse fato.

7.5 A munição fornecida será padronizada da seguinte forma:

7.5.1 Calibre .38” – Ponta de chumbo (pintada ou não), com 158 grains e pólvora CBC
216 ou 219, com 3,8 grains.

7.5.2 Calibre .380” – Ponta de chumbo (pintada ou não), com 95 grains e pólvora CBC
216 ou 219 com 3,2 grains.

7.6 No caso do CANDIDATO possuir CR e estar apto a realizar a própria recarga, a


munição deverá possuir o mesmo padrão determinado pelo Departamento.

7.7 O valor do repasse das munições pelos Instrutores deverá ser administrado
individualmente junto aos seus instruendos, devendo o valor ser compatível com o praticado
por outras agremiações, não podendo exceder os valores de R$ 4,50 para revólver, R$ 4,00
para pistola .380 e R$ 4,50 para pistolas 9mm e R$ 5,00 para pistolas .40 e .45pol. (Conforme
tabela do Dep. de Tiro que pode sofrer reajustes de acordo com a variação do valor dos
insumos)

8 – Ingresso no Departamento

8.1 Após o período de experiência (até oito semanas), o CANDIDATO terá


obrigatoriamente que se associar ao CMVM, não sendo admitida a sua entrada nos estandes
sem o número de matrícula, e em dia com as mensalidades.

8.2 Após passar pela fase de NOVATOASPIRANTE, quando passará a realizar o exercício
contínuo do Frank Garcia de 5 e 10 metros.

9 – Frank Garcia

9.3 O exercício Frank Garcia consiste no seguinte procedimento:

9.3.1 5 Metros:

9.3.1.1 O Novato deverá demonstrar domínio das normas de segurança


do estande do CMVM; demonstrar domínio dos procedimentos
de segurança no uso de arma de fogo e das técnicas de tiro
tático com revolver ou pistola.

9.3.1.2 Com o alvo de círculos menores (~7 cm de diâmetro) do Frank


Garcia, a 5 metros de distância, atirando em pé e empunhando
a arma, acertar 90% dos tiros dentro das bolinhas; (ver Anexos
I e II)

9.3.2 10 Metros:

9.3.2.1 O Atirador deverá demonstrar domínio das normas de


segurança do estande do CMVM; demonstrar domínio dos
procedimentos de segurança no uso de arma de fogo e das
técnicas de tiro tático com revolver ou pistola.

9.3.2.2 Com o alvo de círculos maiores (~11 cm de diâmetro) do Frank


Garcia, a 10 metros de distância, atirando em pé e empunhando
a arma, acertar 90% dos tiros dentro das bolinhas; (Anexos I e
II)

10 - Disposições Gerais

10.1Os casos omissos neste Manual serão analisados pela Administração do


Departamento de Tiro.

Vila Militar-RJ, 21 de julho de 2020.

EVERSON DOS SANTOS


Assessor Técnico do Departamento de Tiro
Anexo I
Anexo II
2 disparo em cada – 4x Com recarga entre eles

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