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Índice

1.Introdução.....................................................................................................................................2
2. Formas de Resistência Africana..................................................................................................3
3. Exemplos de resistência na África do Norte................................................................................3
3.1 Resistência em Marrocos.......................................................................................................3
3.2. Resistência em Egipto...........................................................................................................4
3.3. Resistência em Argélia..........................................................................................................4
4. Exemplos de resistência na África Oriental.................................................................................5
4.1 Resistência em Tanzânia........................................................................................................5
4.2 Resistência em Senegal..........................................................................................................6
4.3 Resistência em Somália.........................................................................................................7
5. Exemplos de resistência na África Austral..............................................................................7
5.1 Resistência em Moçambique.................................................................................................7
5.2 Resistência em Namíbia.........................................................................................................8
6. Conclusão..................................................................................................................................10
7. Bibliografia................................................................................................................................11

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1.Introdução

Neste presente trabalho falarei sobre as formas e os exemplos de resistência em África. A


África foi por muitos anos dominada pelas colónias não conseguindo desta forma criar as suas
próprias bases de desenvolvimento, mais vários esforços foram envidados até que em 1960, o tão
conseguido ano foi conhecido como ano africano, esta foi a década em que a maioria dos povos
africanos ficaram independentes, mas claro depois de várias batalhas travadas.

A Resistência Africana foi uma Resistência armada, que começou nos finais do século
XIX e princípios do século XX, e era levada a cabos por homens que executavam o trabalho
forçado. Esta resistência teve como formas de luta o confronto, aliança e a submissão temporária.

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2. Formas de Resistência Africana

Pode se destacar três formas de Resistência :

 confronto militar directo;


 A não-cooperação;
 Aliança diplomática.

 Confronto militar directo : os africanos optaram por esta forma de resistência, como
reacção às ofensivas militares ou presença de militares europeus nos seus territories. 

 A não-cooperação: consistia no abandono das regiões ocupadas pelos colonos europeus


por parte dos africanos, como forma de não se sujeitarem à exploração colonial. Outra
forma de não cooperar com o regime colonial consistiu no incitamento que os líderes
africanos faziam ao seu povo para não produzir os produtos procurados pelos europeus,
tais como: o óleo de palma, o algodão, a copra, a madeira, entre outros.

 Aliança diplomática: consistiu na assinatura de acordos entre os chefes africanos e os


europeus, dado que os primeiros tinham como objectivo manter as suas soberanias: por
vezes para resolver conflitos internos; noutros casos como forma de evitar a conquista de
determinado território africano por uma outra potência europeia.

3. Exemplos de resistência na África do Norte

3.1 Resistência em Marrocos

Durante muito tempo  Marrocos foi cobiçado pelos espanhóis conseguiram em 1893
derrotar o Rei Hassan-1.estenderam as suas conquistas ate Melila.
Ao mesmo tempo que os Espanhóis ocupavam territórios, os franceses tomaram na parte
sul de Marrocos, em 1899,aqui a ocupação Francesa enfrentou uma forte resistência dos lideres
locais.

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Porém , a força militar dos Franceses era enorme para derrotar a resistência em 1901. Na
tentativa de manter a sua independência o jovem sultão de Marrocos Abel al-Aziz pediu apoio
britânico e alemães, estes aconselharam-no a aceitar submeter-se aos Franceses. Mais a sul a
resistência contra a dominação dos franceses foi liderada por Mulay Idrisse, um governador do
sultão al-Aziz. Outro líder de resistência importante foi o xeique americano que , entre 1909 e
1926 decretou a jihad(guerra santa) contra penetração espanhola em Rif-no norte Marrocos.

3.2. Resistência em Egipto

O ano de 1954 assinou o fim definitivo do domínio britânico sobre o Egipto. Situação que
se arrastava por sete décadas, desde os finais do século XIX quando o país dos faraós caiu sobre
o controle da sua Majestade Britânica. Neste tempo todo, dois movimentos nacionalistas lutaram
para alcançar a independência nacional: o partido Wafd, liderado até 1927 por Saad Zaghlul,
considerado pai da nação, e, bem depois, pelo Movimento dos Oficiais Livres, fundado em 1949
pelo coronel Gamal Nasser, que concretizará o sonho dos nacionalistas, tornando o Egipto livre
da presença estrangeira.

3.3. Resistência em Argélia

A conquista francesa da Argélia ocorreu entre 1830 e 1847. Usando uma diplomacia
ligeira em 1827 por Hussein Dey, o governante otomano da Regência de Argel, contra o seu
cônsul como pretexto, a França invadiu e prontamente tomou Argel em 1830, e rapidamente
assumiu o controle de outras comunidades costeiras. Em meio a conflitos políticos internos na
França, as decisões foram tomadas várias vezes para manter o controle sobre o território e forças
militares adicionais foram trazidas ao longo dos anos seguintes para acabar com a resistência no
interior do país.

As forças de resistência argelinas foram divididas entre as forças sob Ahmed Bey em
Constantina, principalmente no leste, e as forças nacionalistas em Cabília e no oeste. Os tratados
com os nacionalistas sob Abd El-Kader permitiram que os franceses concentrassem
primeiramente na eliminação da ameaça otomana restante, alcançada com a captura de

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Constantina de 1837. El-Kader continuou a dar uma dura resistência no oeste. Finalmente
dirigiu-se para o Marrocos em 1842 por uma ação militar francesa em grande escala, continuou a
travar uma guerra de guerrilha até que o governo marroquino, sob pressão diplomática francesa
na sequência da sua derrota na Primeira Guerra Franco-Marroquina, conduziu-o para fora de
Marrocos. Ele se rendeu às forças francesas em 1847.

Esta conquista terminou com a anexação da Argélia à República Francesa, com a criação dos
departamentos franceses na Argélia em 1848.

4. Exemplos de resistência na África Oriental

4.1 Resistência em Tanzânia

Entre 1880 e1914,o sultanato de zanzibar  exerceu uma grande influencia politica e
económica sobre o continente, chegando a rivalizar com os comerciantes arabes-swahilis fixados
na costa . o comercio de marfim e escravos fez surgir, na costa de Tanzânia, a cidade de Kilwa,
dominada pela cultura swahil.
A chegada dos Alemães nos finais do século XIX ameaçava os negócios dos árabes por
isso, trataram de organizar a resistência.
No interior da Tanzânia a resistência contra a ocupação alemã realizou-se em torno de chefes
como Hassan Bin Omar e Mkwawa.
Os povos da costa organizaram a sua resistência contra os alemães em volta de
ABUSHIRI descendente de um dos primeiros colonos árabes. Em 1888 as tropas de ABUSHIRI
incendiaram um navio de guerra alemão em TANGA e deram dois dias aos Alemães para
abandonarem a costa da Tanganica. Depois de Tanga as forças de ABUSHIRI atacaram Kilwa,
tendo morto os dois alemães que ali estavam e depois assaltaram Bagamoyo.
Em 1889 as tropas alemãs dirigidas por Hermann Van  Wissmann atacaram
ABUSHIRI tendo o obrigado a refugiar-se em UZIGUA, onde foi traído e entregue ao inimigo
no dia 13 de dezembro de 1889 e enforcado em Pangane.

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4.2 Resistência em Senegal

Numerosos reinos africanos do Senegal reagiram contra a dominação francesa. Em 1880,


os Soninke viviam em parte sob dominação francesa e participavam coercivamente na
construção de estradas e de linhas de telégrafos. Este trabalho era bastante esgotante e a
precariedade das condições de vida implicava altas taxas de mortalidade. Foi essa a origem de
pretextos voltado não só contra as humilhações diárias, mas em particular contra a dominação
estrangeira.

Mamadou Lamine chefe dos sonike, apoiado pelo princípio religioso que proibia os
muçulmanos viver sob uma autoridade não islâmica, desencadeia uma série de ataques contra os
franceses. Os Soninke condenavam os franceses e seus aliados africanos como Omar Penda e
alguns fazendeiros. Alguns Soninke ao serviço dos franceses aderiram ao campo de Mamadou
Lamine enquanto outros transmitiam informações aos franceses.

Em Julho de 1887 a aliança entre Gallienne e Ahmadu contra os Soninke, precipitou o


fracasso da revolta. Em Dezembro do mesmo ano, Lamine era finalmente abatido pelos
franceses, com ajuda de auxiliares africanos.Após a morte de Lamine, Lat-Dior-Diop seguiu em
frente com a resistência. Os franceses ao penetrarem no reino de Caior pautaram por estabelecer
pacto de amizade com a estrutura local de modo a que realizassem livremente o comércio na
região.

Em 1879, os franceses decidem construir uma linha férrea de Dakar a São Luís de modo
a que impulsionasse o comércio. Lat-Dior-Diop suficientemente esperto constata que o homem
que está de passagem não constrói, revoltasse e refugia-se para Baol. Os franceses substituem-no
pelo sobrinho Samba Laobé Fall de 24 anos.

Em 26 de Outubro de 1886, Diop realiza uma guerrilha contra os franceses, acabando por
cair nas rédeas do inimigo. Porém, foram as tenções internas da sociedade senegalesa bem como
a superioridade bélica francesa que condenaram o Senegal a uma infalível colonização.

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4.3 Resistência em Somália

Na segunda metade do século XIX, a Somália foi teatro das rivalidades coloniais entre a
Itália, o Reino Unido e a França. Com os olhos voltados para a Índia e outras regiões da Ásia, o
Reino Unido e a França trataram, no início da década de 1880, de se implantar na costa da
Somália, tendo em vista sua importância estratégica e comercial. Com a entrada em cena da
Itália, as três potências estenderam finalmente sua influência pelo interior e cada uma delas
estabeleceu um protetorado no país somali.

A partilha da Somália, praticamente terminada em 1897, desprezou os interesses


legítimos das populações e as privou da liberdade e da independência. Conscientes das
rivalidades existentes entre as potências europeias, os chefes somalis tentaram jogar umas contra
as outras. Assinaram tratados com esta e aquela potência colonial, na esperança de que a prática
diplomática lhes resguardasse a independência. Por exemplo, assinaram numerosos tratados com
os ingleses, nos quais lhes concediam pouca coisa.

Por outro lado, os somalis estavam armados apenas de lanças, arcos e flechas e, na época,
não tinham condições de importar armas de fogo e munições. No entanto, a resistência deles
durante o período da partilha manteve vivo o espírito nacionalista.

5. Exemplos de resistência na África Austral

5.1 Resistência em Moçambique

Quando Vasco da Gama chegou pela primeira vez a Moçambique, em 1497, já existiam
entrepostos comerciais árabes e uma grande parte da população tinha aderido ao Islão. Os
mercadores portugueses, apoiados por exércitos privados, foram-se infiltrando no império dos
Mwenemutapas, umas vezes firmando acordos, noutras forçando-os.

Os Mwenemutapas reinaram até finais do século XVII, altura em que foram substituídos
pela dinastia dos Changamira Dombos, outro grupo Shona que dominava o reino Butua,
contribuindo assim para a extensão territorial do império. As relações dos Changamiras com os
portugueses tiveram altos e baixos mas, em 1693, houve um levantamento armado em que os

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soldados portugueses que residiam na capital foram escorraçados, várias igrejas destruídas e os
portugueses impedidos, durante algum tempo, de ter acesso ao ouro e ao comércio com os reinos
indígenas.

Por essa altura, no entanto, os portugueses controlavam o vale do Zambeze e começaram


a interessar-se mais pelo marfim, empreendimento que levavam a cabo por acordo com os
estados Marave. O império dos Mwenemutapa, embora com menos poder económico, manteve-
se até meados do século XIX, altura em que foi desmembrado pelos Estados Militares que se
formaram como resistência dos prazeiros à administração portuguesa.

Com efeito, foi na Conferência de Berlim, na qual Portugal, juntamente com outros
Estados colonizadores, definiu aquilo que viriam a ser as fronteiras de Moçambique. A
dominação efectiva de Moçambique inicia-se em 1908, após a derrota do Imperador de Gaza, o
Rei Ngungunhana, que viria a ser deportado, juntamente com outros monarcas moçambicanos,
para os Açores, Portugal.

5.2 Resistência em Namíbia

A partir da década de 1880, a Namíbia sofreu o domínio da colonização Alemã. A essa


dominação opuseram-se quatro grupos populacionais Khoisan: os Namas, os Hereros, os Sans
e os Ovambos. Dentre estes grupos populacionais os que mais efectuaram resistência foram os
dois primeiros: Hereros e os Namas.

Os Hereros estavam organizados em principados separados e os Namas em clãs de


diferentes dimensões. Em 1883, um comerciante alemão Franz Luderiz recebeu do seu governo
a permissão para fazer tratados com os chefes africanos e comprar os seus territórios. Embora
os africanos não gostassem da presença de Luderiz na região por causa dos seus interesses,
Assim sendo, os alemães entraram na Namíbia a força reconhecendo Samuel Maherero como
chefe supremo, para esmagar a oposição a dominação colonial por parte dos outros chefes.

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Com a presença alemã, os africanos viram expropriadas as suas terras, sendo forçados a
aceitar trabalhos a troco de baixos salários nas fazendas ou minas de ouro. Em 1903, o
governador alemão temendo uma possível rebelião por parte dos africanos pela perda das terras,
decidiu criar reservas para ao Namas e os Hereros. Porém, essa atitude foi mal interpretada pelos
nativos pois temiam a expropriação definitiva das suas terras. Devido a interferência colonial
crescente, desencadeou-se uma resistência sucessivamente mais coesa em toda a Namíbia.

Jacob Murenga foi um dos últimos chefes da resistência a dominação colonial alemã na
Namíbia. Foi o mais forte e duradouro dos principais comandantes do sul. Na guerra de guerrilha
era efectivamente o mestre, abastecendo as suas forças nas fazendas com armas. Foi preso e
assassinado em coordenação com as autoridades do Cabo. Fracassada a resistência, os alemães
dominaram o território do sudoeste africano (Namíbia).

Em Junho de 1915, a última guarnição alemã teve que se render e a partir desse momento
a Namíbia ficou sob ocupação militar sul-africana e na sequência do tratado de Versalhes e da
SDN a Namíbia passou sob sistema de mandatos, sob administração da Inglaterra.

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6. Conclusão

Pode-se concluir que muitos países foram colonizados, alguns por franceses, portugueses
e ingleses. Alguns países tentaram resistir mais acabaram por aceitar a colonização. Podemos
também concluir que a resistência africana teve como formas de luta: o confronto, aliança e a
submissão temporária.

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7. Bibliografia

 http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Resistencia-No-Egipto/76015396.html

 http://icumbe.blogspot.com/2012/06/resistencia-africana-contra-ocupacao.html

 https://www.google.com/search?q=resistencia+em+africa&ie=utf-8&oe=utf-
8&client=firefox-b-ab

 https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Som
%C3%A1lia#Coloniza.C3.A7.C3.A3o

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