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Índice

1. Introdução ................................................................................................................................... 1

2. A Luta dos Estados Africanos contra a Ocupação Imperialista .................................................. 2

2.1. Generalidades ........................................................................................................................... 2

2.2. Alguns Exemplos de Resistências ........................................................................................... 2

2.2.1. Resistência Zulu (África do Sul)........................................................................................... 2

2.2.1.1. A Resistência na Namíbia .................................................................................................. 3

2.3. As Lutas de Resistência à Ocupação Colonial em Moçambique ............................................. 3

2.3.1. A Resistência no Sul de Moçambique .................................................................................. 4

3. Conclusão.................................................................................................................................... 5

4. Referências Bibliográficas .......................................................................................................... 6


1. Introdução

A introdução do presente trabalho, visa abordar e desenvolver taxativamente conceitos


relacionados com “a Luta dos Estados Africanos contra a Ocupação Imperialista”, onde, ir-se-á
dentro do mesmo debruçar os diversificados subtítulos relacionados dos quais citam-se alguns
Exemplos de Resistências, as fases da Conquista do Território, a Resistência na Namíbia, as
Lutas de Resistência à Ocupação Colonial em Moçambique, a Resistência no Sul de
Moçambique e as frentes das operações militares portuguesas contra o império de Gaza

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2. A Luta dos Estados Africanos contra a Ocupação Imperialista

2.1. Generalidades

O processo de ocupação territorial, exploração económica e domínio político do continente


africano por potências europeias teve início no século XV e estendeu-se até metade do século
XX.

A partir de 1890, com a partilha da África, as potências europeias foram ocupando e explorando
as diferentes regiões africanas. Esta situação provocou alguns episódios de resistência armada,
mas foi a expropriação do africano das suas terras férteis que originou conflitos profundos que
persistiram, em muitos casos, até ao fim do período colonial.

A escravatura e depois o recrutamento da mão-de-obra para o trabalho forçado nas plantações em


Moçambique, Brasil, Cabo Verde e São Tomé e para as obras públicas e fazendas originaram a
reacção dos africanos, que resistiam mediante a lentidão no trabalho, o roubo e a destruição de
bens, ferramentas, e o assassinato de colonos e feitores.

A cobrança de impostos e jornadas de trabalho mais ou menos longas precipitaram algumas


revoltas em África). Daí que a conquista da África tenha provocado fortes resistências nativas.
As mais célebres foram as guerras zulus, travadas no séc. XIX, pelo Rei Chaka, que reinou de
1818 a 1828 no território do Natal, na África do Sul, contra os ingleses e os colonos brancos
boers. Os Ashantis, os Matabeles e outras tribos ofereceram também grande resistência aos
europeus em África.

2.2. Alguns Exemplos de Resistências

Vejamos agora algumas das resistências que foram oferecidas aos colonizadores em África.

2.2.1. Resistência Zulu (África do Sul)

Em 1652, os holandeses atingiram o extremo sul do continente africano, ou seja, a região do


Cabo. Por ser uma região de grande importância para a navegação, em 1795 também passou a ser
ocupada pelos britânicos. Insatisfeitos com a situação, entre 1835 e 1843, os colonos de origem
holandesa, alemães e franceses, que eram uma minoria, abandonaram a região, deslocaram-se

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para o interior (Great Trek) e estabeleceram-se no Natal, na região do Transvaal e Orange. Em
1843, a região do Natal acabou tornando-se colónia da coroa britânica.

A exploração dessas riquezas exigia uma mão-de-obra barata, com salários muito baixos, o que
não agradou muito à aristocracia e muito menos à população zulu, que se levantava contra os
ingleses.

Por isso, para estes conseguirem alcançar os seus objectivos, que era a exploração das jazidas de
diamantes para o desenvolvimento do capital mineiro britânico, era necessário invadir o território
e submeter a população. Dessa forma, Orange passou a ser uma área de confronto de interesses
entre os residentes (nativos) e os novos imigrantes (britânicos).

2.2.1.1. A Resistência na Namíbia

Assim, a Namíbia, a partir de 1880, sofreu o domínio colonial alemão„ que enfrentou a
resistência de várias tribos locais. Os alemães missionários e comerciantes estavam interessados
em explorar a região da Namíbia, em particular o comerciante Luderitz, que pretendia ocupar
uma área florestal no litoral de território, no local do chefe Nama, em troca de armas, bebidas
alcoólicas e uma soma em dinheiro.

O líder dos namas, Hendrik Witbooi, deu-se conta do perigo que enfrentavam, pelo que procurou
fazer entender ao chefe dos hereros, Samuel Maherero, as verdadeiras intenções dos alemães,
que era ocuparem as terras e governarem o país, isto é, colonizar a Namíbia.

Com a derrota da Alemanha nessa guerra, a Namíbia passou a ser administrada pela Sociedade
das Nações. Mais tarde é colonizada pela África do Sul, país onde vigorava, nesse tempo, um
regime racista (apartheid). Em 21 de Março de 1990, o território tornou-se independente.

2.3. As Lutas de Resistência à Ocupação Colonial em Moçambique

Em Moçambique, a resistência prolongou-se por muitos anos. E embora dominados, a semente


de revolta nunca morreu.

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2.3.1. A Resistência no Sul de Moçambique

As campanhas militares de ocupação tiveram início no sul de Moçambique, em 1895. Nesta


região, os portugueses enfrentaram o império de Gaza, que compreendia uma vasta área que hoje
ocupa as províncias de Gaza, Inhambane, Maputo, Manica e Sofala.

Para os portugueses, era importante a destruição do Império de Gaza porque constituía uma base
forte para a colonização do território. Apesar dos “Tratados de Vassalagem” assinados por
Muzila e Ngungunhane, António Enes (comissário régio de Moçambique) não via com bons
olhos a relação que existia entre o Rei de Gaza (Ngungunhane) e a British South Africa
Company. Por isso António Enes traçou um plano para a conquista de Gaza.

O plano consistiu no seguinte:

 Impedir que Ngungunhane ganhasse forças no campo militar, convencendo-o de que não
haveria ataques ao seu território;

 Impedir que Ngungunhane se aliasse à Companhia de Moçambique porque, se isso


acontecesse, prejudicaria os interesses portugueses;

 Evitar o estabelecimento de negociações entre o império de Gaza e a British South África


Company.

Para início dos conflitos, os portugueses aproveitaram-se da disputa de terras da coroa de


Angolana, em Marracuene. O chefe Mahzule, de Magaia e o chefe Nuamantibjana, de Zixaxa,
uniram-se contra as ameaças militares portuguesas e travaram a Batalha de Marracuene (2 de
Fevereiro de 1895). Mas, devido à derrota imposta pela superioridade bélica do inimigo, os dois
chefes africanos refugiaram-se nas terras do imperador de Gaza (Ngungunhane). A recusa de
Ngungunhane, ao pedido dos portugueses, de entregar os dois exilados (chefes Mahazule e
Nuamantibjana) justificou as operações militares contra Gaza.

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3. Conclusão

O trabalho ora efectuado alcançou com êxito os seus objectivos. Deste modo, conclui-se que o
processo de ocupação territorial, exploração económica e domínio político do continente africano
por potências europeias teve início no século XV e estendeu-se até metade do século XX.

Deste modo, o desenrolar do trabalho facultou com que se entendesse que a invasão das regiões
africanas pelas potências europeias motivada pela procura de mão-de-obra, de mercados e de
matérias-primas, assim como a expropriação das terras férteis que pertenciam ao africano
provocaram episódios de resistências armadas.

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4. Referências Bibliográficas

 JAMISSE, Olga Judite  VIEIRA Eduarda. A Luta dos Estados Africanos contra a
Ocupação Imperialista. História para todos – 9ª Classe. ENM (Editora Nacional de
Moçambique. S.A)

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