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Índice

1.Introdução............................................................................................................................2

1.2.Objectivos.........................................................................................................................2

1.3.Geral.................................................................................................................................2

1.4.Específicos........................................................................................................................2

1.5.Metodologia......................................................................................................................2

2.História Colonial de Moçambique.......................................................................................3

2.1.Ocupação Militar de Nampula..........................................................................................3

2.2.Antecedentes.....................................................................................................................3

3.Política Colonial 1900-1930................................................................................................4

5.1.O Nacionalismo na Guiné-Bissau e Cabo Verde.............................................................7

6.Conclusão............................................................................................................................9

7.Referências Bibliográficas.................................................................................................10
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1.Introdução

O presente aborda sobre História colonial de Moçambique, ilustrando aspectos inerente o


decurso, das acções coloniais no território africano onde Portugal detinha suas provinciais
ultramarinas como era chamadas as antigas colónias portuguesas, relativamente na Ocupação
Militar em Nampula, Política Colonial 1900-1930, Principais Países Africanos a Alcançar a
Independência na década 1960, Movimentos de Independências nos países que constituí as
antigas ex-províncias ultramarinas portuguesas, analisando fases da guerra e causas.

1.2.Objectivos

1.3.Geral

 Compreender história colonial de Moçambique.

1.4.Específicos

 Descrever a ocupação militar de Nampula;


 Identificar a política Colonial de 1900-1930;
 Mencionar os principais países Africanos a alcançar a independências na década 1960
e movimentos de independências nas ex-províncias ultramarinas portuguesas.

1.5.Metodologia

Para efectivação do trabalho foi possível a consulta de vários manuais que fala sobre o tema
exposto.
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2.História Colonial de Moçambique

2.1.Ocupação Militar de Nampula

No litoral setentrional de Moçambique ocorreu, por conseguinte, uma secular misceginação


biológica e cultural de homens maometanos, patriarcais e escravocratas, com mulheres
macuas, por norma parentes dos dirigentes políticos de comunidades matricêntricas.

2.2.Antecedentes

Nas vésperas da expansão imperialista, o Norte de Moçambique apresentava a seguinte


situação política:

 De Moma a Memba os reinos afro-islâmicos da costa, aliados aos chefes macuas dos
Imbamelas, Marrovene e Mulai, dominavam toda a região. Apoiados em sucessivas
alianças e na religião, procuravam manter a todo o custo a sua autonomia. Possuíam
uma tradição militar resultado do tráfico de escravos;
 No hinterland (interior), a Oeste da Ilha de Moçambique, era area de dominio da
confederaçao das chefaturas macuas Namarrais;
 De Memba ao rio Messalo, ocupando todo o Vale do rio Lúrio, dominavam as
poderosas chefaturas macuas dos Chacas, Érati e Meto;
 Nos planaltos interiores do Cabo Delgado, dominavam os Macondes, que souberam
utilizar o meio ecológico como principal arma de combate;
 No Niassa, os Ajauas, os Nguni, os Nyanja, os Lómwes, entre outros faziam valer os
seus direitos de soberania e independência;
 Prática clandestina da escravatura na região apesar da sua abolição;
 Os portugueses, em pequeno número, viviam instalados no Ibo, Mossuril, ilha de
Moçambique e em Quelimane.

Os Estados islâmicos da costa ( Xeicadod, Quitangonha, Reino de Sancul, Xeicado de


Sangage e Sultanato de Angoche), em aliança com os pequenos reinos macuas do interior
conseguiram, até ao fim do século XIX, resistir à dominação portuguesa. Com uma técnica
que, já naquela época, era considerada de guerrilha. Deixa claro que, à actividade puramente
comercial dos islamizados se seguiu a conversão dos chefes políticos à religião exógena e, a
partir deles, dos elementos mais significativos da estrutura social. Todavia, as práticas
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correntes sempre foram pronunciadamente sincréticas, com profunda influência das crenças
tradicionais na magia, na feitiçaria maligna e no culto dos antepassados.

Sem dúvida, que esses núcleos se estabeleceram, inicialmente, nas ilhas próximas do litoral,
facilmente defensáveis, a exemplo do que haviam feito em Pate, Pemba, Zanzibar, Mafia,
Quílua, Moçambique e Angoche.

Pela sua privilegiada situação, fertilidade e salubridade, mereceram preferência algumas das
ilhas de Quirimba, principalmente Quissiva, Materno e Macaloe ou Mahato. Saqueadas pelos
Portugueses, em 1522, conseguiram restabelecer parte da sua prosperidade, servindo de
escala aos veleiros que contrabandeavam com Angoche. Mas, pouco a pouco, nelas se foram
estabelecendo Portugueses e aportuguesados

A ofensiva anti-portuguesa desencadeada pelos Árabes Omanitas, nos finais do Séc. XVII e
princípios do Séc. XVIII, provocou a destruição da maioria desses estabelecimentos.

Os portugueses, comandados por Mouzinho de Albuquerque fracassaram nas primeiras


tentativas de 1896 e 1897 para dominar a Macuana devido a formação das confederações
pelos chefes locais, adoptando assim estratégias comuns de dominação.

Os grandes Amwene Macua e os Xeiques, explorando a grande coesão social e ideológica


que a linhagem dava as confederações guerreiras, mobilizaram uma guerra popular usando
como estratégia de luta o confronto, fazendo a guerrilha (wita) ou razia (otiman) e a
diplomacia em alguns casos.

Somente as crianças, mulheres, doentes e velhos decrépitos não iam aos campos de batalha.
Destacaram-se os seguintes chefes de resistência na província de Nampula: Mucutu-Munu,
Khomala, Kuphula, Molid Volay e Mussa Quanto, entre outros. Em 1905 os portugueses
esboçaram um novo plano de ocupação que consistia na penetração a partir da costa pelos
vales dos rios Lúrio, Mecuburi, Monapo, Mongicual, Meluli e Ligonha.

Com apoio de alguns chefes tradicionais em conflito com alguns esclavagistas da costa, tem
lugar a ocupação de Nampula, da costa ao interior do norte para o sul. Destruindo as unidades
políticas existentes, estabelecem a capitania-Mor de Nampula. A partir de 1907, montam a
administração colonial.
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3.Política Colonial 1900-1930


Com a derrota militar dos chefes locais, o governo da Província pode finalmente organizar a
administração do território, com a instituição do Regulado. O governo recrutava membros da
aristocracia indígena como Régulos, Depois, com a nova constituição portuguesa em 1933,
Salazar e os seus braços nas colónias transportaram para África (e Índia) a repressão mais
brutal sobre os indígenas, ao mesmo tempo em que incentivávamos seus cidadãos mais
pobres a emigrarem para essas terras.

Portugal, tendo beneficia pouco dessa ajuda, optou por copiar o modelo de reconstrução da
Europa, em que o Estado concentrava os seus esforços no desenvolvimento de infra-
estruturas económica criando, assim, a base para a industrialização capitalista do sector
privado.

É nesse contexto que, a partir do início da década 50, surgiram os Planos de Fomento em
Portugal. Assim o primeiro plano que abrangia o período de 1953 á 1958, encontrava-se na
construção de infra-estrutura económicas, o segundo, que englobava o período de 1959 à
1964, dava enfâse à industrialização: o plano de fomento intercalar, de 1965 à 1967, visava
dar apoio especial aos sectores de exportação: o terceiro plano de fomento, de novo, focava o
desenvolvimento industrial e compreendia o período de 1968 à 1973. Por ultimo, o quarto
plano, de 1974 à 1979, também contemplava o processo de industrialização.

No âmbito geral, os Planos de Fomento tinham como objectivos:

 Elevar o nível de vida dos portugueses;


 Assegurar aos portugueses novas e melhores oportunidades de emprego;
 Modernizar a técnica e o equipamento na agricultura e nas industrias daquele tempo,
com a absorção de braços em condições suficientemente remuneradoras através da
colonização interna, da colonização interna, da colonização ultramarina e da
instalação de novas industrias.

Os Planos de Fomento das colónias sempre foram concebidos dentro de uma perspectiva de
subordinar os interesses das colónias aos da metrópole. A colónia era vista como fonte de
acumulação para o processo de industrialização em Portugal, e no caso concreto de
Moçambique como colónia, tinha de assumir o papel de:

 Produzir matérias-primas baratas para a indústria portuguesa (exemplo: algodão,


açúcar, etc.);
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 Ganhar divisas para a metrópole, através da exportação de mão-de-obra, dos saldos


dos serviços de transportes de mercadores em trânsito, da venda de matérias-primas
no mercado mundial-caju, etc;

Fornecer um mercado seguro para os produtos industriais de Portugal, e permitir ao mesmo


tempo a migração de portugueses para as colónias. Nestas condições não é difícil
compreender que, uma grande parte dos planos de fomento nas colónias visava criar as infra-
estruturas económicas para a exploração colonial, e em particular apoiando o
desenvolvimento da económica capitalista colonatos.

Os Planos de Fomento eram também caracterizados por ser parciais e restritos aos grandes
investimentos a efectuar pelo Estado na agricultura, nas vias de comunicação e nos meios de
transportes, e aos investimentos a fazer pelos particulares com o auxilio directo e indirecto do
Estado não so na agricultura e nos meios de transportes, como também na instalação de novas
industrias e no desenvolvimento das existentes.

Os planos de Fomento tinham um duplo carácter imperativos, em relação aos investimentos


exclusivamente públicos, indicativos, no que respeitava aos investimentos de natureza
privada.

Na década de 1950, o governo colonial lançou os Planos de Fomento para as colónias,


incluindo o financiamento à construção de infra-estruturas (principalmente as que estavam
relacionadas com o comércio regional, como os portos e caminhos de ferro) e à fixação de
colonos. O I Plano de Fomento, relativo aos anos 1953-1958, previa um investimento em
Moçambique de 1.848.500 contos, com 63% destinados às infra-estruturas e 34% ao
“aproveitamento de recursos e povoamento". Ao abrigo
desteinvestimento,em1960játinhamsidoinstaladasno colonato do Limpopo 1400 famílias,
apenas na década de 1960 se deu início a alguma industrialização.

4.Principais Países Africanos a Alcançar a Independência na década 1960

No final, da II Guerra Mundial, em África, apenas Etiópia, Libéria, África de Sul e Egipto
eram independentes e quando os anos 1950 chegaram ao fi m ainda só se lhes tinham juntado
Líbia, Marrocos, Sudão, Tunísia, Gana e Guiné-Conacri. Mas a vaga de independências de
1960, principalmente de colónias francesas, mostrou que a tendência era irreversível, e outros
como Mauritânia, Senegal, Mali, Costa do Marfim, Burkina Faso, Togo Benim, Niger,
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Chade, Camarões, República Democrática do Congo, Madagáscar, Somália, Gabão e R. C.


Africana.

5.Movimentos Revolucionários que Conduziram a Luta de Libertação nas Ex’s


Colónias Portuguesas.

Para além das várias acções de resistência ao domínio colonial, a última das quais culminou
com a prisão e deportação do imperador Gungunhana, a fase final da luta de libertação de
Moçambique começou com a independência das colónias francesas e inglesas de África. Em
1959-1960, formaram-se três movimentos formais de resistência à dominação portuguesa de
Moçambique:

• UDENAMO-União Democrática Nacional de Moçambique;

• MANU - Mozambique African National Union (à maneiradaKANUdoQuénia); e

•UNAMI-União Nacional Africana para Moçambique Independente.

Estes três movimentos tinham sede em países diferentes e uma base social e étnicas também
diferentes mas, em 1962, sob os auspícios de Julius Nyerere, primeiro presidente da
Tanzânia, estes movimentos uniram-se para darem origem à FRELIMO - Frente de
Libertação de Moçambique-oficialmente fundada em 25 de Junhode 1962.

5.1.O Nacionalismo na Guiné-Bissau e Cabo Verde

Tal como os outros territórios em África submetidos ao controlo de Portugal, a então


chamada ”Guiné portuguesa” e as ilhas de Cabo Verde foram, em 1951, constitucionalmente
incorporadas enquanto ”províncias ultramarinas” na metrópole portuguesa. Esta demarche,
que, no fundo, foi uma manobra do regime português destinada a perpetuar o domínio
colonial, não se traduziu em qualquer benefício para os habitantes desses territórios, antes
pelo contrário.

Foi fundado O PAIGC, inicialmente designado Partido Africano para a Independência (PAI),
foi formado em Bissau em Setembro de 1956, a FLING (Frente para a Libertação e
Independência da Guiné).

PAI-Partido Africano para a Independência

FLING-Frente para Libertação da Guine


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MPD-Movimento para a Democracia

PAIC-Partido Africano para a Independência de Cabo Verde

O Nacionalismo em Angola

MPLA-Movimento Popular de Libertação de Angola

UNITA-União para Independência Total de Angola

FNLA-Frente Nacional de Libertação de Angola

UPA-União dos Povos de Angola

MINA-Movimento para a Independência Nacional de Angola

As Principais Causas são:

As ideias dos primeiros esboços doutrinários que muito influenciaram o despertar da


consciência revolucionária anticolonial em África provêm de duas correntes fundamentais: a
Negritude e o Pan-africanismo do princípio do século XX;

Outro grande foco de pensamento e difusão do anticolonialismo teve as suas origens em


metrópoles portuguesas, Lisboa e Coimbra, através de um projecto criado em 1944, a Casa
dos Estudantes do Império.

Esta procurava atrair as grandes elites coloniais a virem estudar para Portugal, uma vez que
em África não existiam Universidades. Esta instituição permitiu uma maior ligação entre os
estudantes das diversas colónias, como Guiné, Cabo Verde, Moçambique e Angola. (Afonso,
2010, p.46).

Principais Conflitos – Militares e Guerras nos Países Africanos

Em Angola:

Em Janeiro de 1961, revoltas camponesas, e nos dias 03-04 de Fevereiro, a salto a casa de
Reclusão Militar com objectivo libertar presos e lança-se acções de pequenos grupos de
guerrilhas.

Em Março de 1961, ocorreram assaltos a várias fazendas e postos administrativos do Norte,


na região dos Dembos e dos distritos do Congo. Esta região abrangia os distritos de Uije,
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Zaire e Quanza Norte e seria designada pelas autoridades militares portuguesas como a Zona
Sublevada do Norte (ZSN). Mais tarde a guerra em Angola estender-se-ia à selva equatorial
de Cabinda, e às savanas das Terras do Fim do Mundo, no Leste.

A UPA (União dos Povos de Angola), mais tarde FNLA (Frente Nacional de Libertação de
Angola), foi o movimento de guerrilha que desencadeou as acções de Março de 1961, nos
Dembos.

O êxito inicial conseguido pelas forças portuguesas, implicou o emprego de maior número de
forças de Portugal, mas as acções de guerrilha passaram a ser conduzidas de seguida pelo
MPLA, que conseguiu expandi-las não só pelo norte, como por Cabinda e pela UNITA a
Leste, dando-lhe uma dimensão nacional.

Na Guine Bissau e Cabo Verde:

Período de intensa mobilização política junto dos camponeses no sul da Guiné Bissau;

Na Guiné, a luta teve início em Janeiro de 1963, com o ataque ao quartel de Tite, sul de
Bissau, pelos guerrilheiros do PAIGC. Na Guiné, tal como em Angola, a guerra estendeu-se
por quase todo território, obrigando o governo português ao emprego de um elevado número
das suas forças.

Em Moçambique:

A Operação Nó Górdio 1969-197;

Em Moçambique, as acções armadas começaram em Setembro de 1964, quando os


guerrilheiros da FRELIMO realizaram a sua primeira acção atacando a localidade de Chai,
em Cabo Delgado. As suas acções estender-se-ão de Cabo Delgado, ao Niassa e a Tete, até
atingirem a região da Beira, no final da guerra.
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6.Conclusão

Como nota de conclusão do trabalho falar e reflectir sobre História Colonial de Moçambique,
é importante para compreendermos a presença portuguesa no nosso território assim como em
África desde os primeiro período até era de implantação das infra-estrutura, sociais,
económicas e politicas, além disso nos remente a pensar sobre o despertar da génese do inicio
da vontade de nos tornar independente.
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7.Referências Bibliográficas

AFONSO, Aniceto. Os Anos da Guerra Colonial: 1961-1975. Matosinhos, 2010.

NEWITT, M. A History of Mozambique. Hurst & Company. London, 1995.

RODRIGUES, R.C. As Assimetrias Especiais do Desenvolvimento Sócio-económico em


Moçambique. Universidade de Lourenco Marques, 1975.

WUYS, ME. Camponeses e Economia Rural em Moçambique. CEA. UEM, 1978.

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