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Orlando
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Universidade Mussa Bin Bique
Faculdade de gestão e contabilidade
Orlando
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Índice
Considerações Iniciais......................................................................................................................3
3. A cultura.......................................................................................................................................7
4. Politica colonial..........................................................................................................................10
Considerações Finais......................................................................................................................16
Bibliografia.....................................................................................................................................17
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Considerações Iniciais
Características gerais de Moçambique no colonial: Economia, Política, Cultura, constitui o tema
deste trabalho. Os portugueses chegaram a Moçambique em 1498 e voltaram novamente em 1505
para a sua fixação onde alterar a forma ou tradição do sistema de administração africano,
mantendo controlo efectivo da colónia social, política e económica, maximização do lucro
através da exploração colonial, criando um sistema de administração que favoreceu os
colonialistas. Nesta era, por exemplo a política económica colonial de Moçambique
desempenhou um papel importante na evolução da economia do país e, constituiu um importante
legado histórico do qual a sociedade moçambicana não se pode dissociar.
E para que se garantisse o alcance deste objectivo foi necessário traçar-se alguns objectivos
específicos que se resumem nos seguintes:
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1. Características gerais de Moçambique no tempo colonial
Moçambique é um país da África Austral, situado na costa do Oceano Índico, com cerca de 20
milhões de habitantes (2004). Foi uma colónia portuguesa, que se tornou independente em 25 de
Junho de 1975.
Estas famílias receberam subsídios do governo colonial para iniciarem a nova vida em
Moçambique.
No cômputo geral, este foi o contexto interno que marcou a economia colonial em Moçambique
deste período.
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suas riquezas para a metrópole foi determinante na implementação e operacionalização dos
Planos de Fomento. A viragem da economia colonial em Moçambique reajustou a outrora
política económica baseada na concessão de parte das regiões Centro e Norte de Moçambique
para a actuação das companhias majestáticas e arrendatárias. A partir de 1930, Portugal assumiu-
se como uma potência, promulgando um conjunto de disposições e medidas proteccionistas a seu
favor, visando alterar o quadro negativo que pesava a sua economia.
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Os Planos de Fomentos foram uma resposta da economia do Estado Novo na relação com as
colónias que fortemente, privilegiou o sector agrário. Contudo, apesar deste facto, os outros
sectores tais como: a indústria, o turismo, transportes e comunicação também foram importantes
na economia colonial. Por exemplo, no sector de turismo as estatísticas de 1973 indicam que o
país acolheu cerca de 400 000 turistas vindos de diversos pontos do mundo, resultando uma
receita de 510.000 contos.
3. A cultura
Segundo Fanon, a ontologia negra na história da segregação foi sempre algo feito por outrem. O
negro não podia sê-lo senão em face do branco. Contudo, ele não tinha resistência ontológica aos
olhos do Branco.
Era ao mesmo tempo responsável pelo meu corpo, responsável pela minha raça, pelos
meus antepassados. Passei sobre mim um olhar objectivo, descobri a minha negridão, os
meus caracteres étnicos, e furaram-me os tímpanos a antropofagias, a debilidade mental, o
feiticismo, as taras raciais, os negreiros, e sobretudo, sobretudo… (Fanon, 1975, p. 124)
Em certo momento o preto era tomado como ‘canibal (selvagem), cruel, ou seja, indivíduo
bárbaro’. Em situações de sofrimento, hora de frio, o preto gemia de frio e os meninos
brancos julgavam que ele tivesse raiva de os comer. Esta experiência foi impar para o
negro (p. 64).
Na visão do autor, essa recusa e humilhação epidérmica racial, não podia ser superada partindo
dum complexo inato, mas afirmar-se como negro, já que os outros hesitam dar uma solução.
Então o que restava era fazer-se conhecer como homem, homem negro.
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O negro devia se retirar a culpa de escravo de ‘ideia’ que os outros tinham – e ainda têm – sobre
ele, mas afirmar-se. Portanto, já havia chegado a hora de demolir os preconceitos de afirmações
falsas a todo o custo.
Do negro nada outra coisa se espera senão exigir que seja preto e bom preto e, expressar-
se em língua do preto. Qualquer comportamento que saia dos estereótipos criados, logo
causa desconfiança no colonizador: [...] naturalmente, assim como um judeu que gasta
dinheiro sem pensar é suspeito, um homem preto que cita Montesquieu deve ser melhor
observado [...] Quando um negro fala de Marx, a primeira reacção é sempre a mesma:
‘Nós trouxemos você até o nosso nível e agora você voltou-se contra seus benfeitores.
Ingratos! Obviamente nada poder ser esperado de você (p. 35).
Eis que desta confusão de imagens que liga o negro ao mal, à fealdade e à preguiça, surge no
próprio negro a vontade de fugir da analogia imposta pelo eurocentrismo. O branco ao incitar ou
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impedir que o negro não fale a sua língua de preto, está a encerrar o negro e a perpetuar uma
situação conflitual em que o branco invade o negro de corpos estranhos extremamente tóxicos.
O preto era pejorativamente assumido como aquele que cheira, preguiçoso. Daí, merecia ser
detestado. E o branco era tomado como um deus misericordioso em relação ao preto, um rico, um
belo e inteligente. No entanto, ao negro lhe restava despir-se do seu ego para entrar no santuário
branco, isto é, rejeitar-se e deixar-se alienar (Cfr. Ibidem, p. 63).
Em certos casos, o preto podia se casar com uma mulher branca ou ser oferecido, mas com
uma condição: ele deveria se resignar, negar-se, despir-se, isto é, rejeitar os da cor e se
considerar europeu. Ao vivenciar sua condição alienada, o colonizado busca fugir dos
estereótipos construídos na sociedade colonial. A primeira saída é a da assimilação, ou
seja, mudar de pele, tornar-se europeu; a segunda é a revolta aberta contra o colonizador,
revolta essa que pode transformar-se em revolução (p. 82-83).
Entre estes dois momentos, ocorre, como já afirmamos, a criação de uma contra-mitologia, um
‘racismo às avessas’ por parte do colonizado, que, apesar de ainda estar inserido dentro do
contexto colonial, apesar de ter um movimento de negação, torna-se dialecticamente afirmação da
identidade em construção.
Na sua tentativa de fugir do estereótipo colonizado, o negro encontra um modelo que lhe serve de
exemplo, um modelo tentador e muito próximo a ele, precisamente, o do colonizador. A primeira
ambição do colonizado será a de igualar-se a esse modelo prestigioso, de parecer-se com ele até
nele desaparecer.
A violência é intrínseca ao colonialismo, pois ele se baseia na expropriação da terra dos nativos,
na domesticação da força de trabalho, no canhão, na baioneta.
Os colonos sempre afirmaram que os nativos só entendem com chicotadas, só a força ensina-os.
O argumento escolhido pelo colonizado foi-lhe indicado pelo colono e, por uma irónica
reviravolta das coisas, o colonizado é quem agora afirma que o colonialista só entende à força. O
colonizado, desde pequeno, convivera com a violência, ele a conhecia. A situação colonial, por
sua fatalidade interior, convoca à revolta. Pois a condição colonial não pode ser suportada. Esta
violência começou a voltar-se contra o colonizador, ela tornou-se contra-violência, produziu a
recuperação da dignidade humana do colonizado.
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4. Politica colonial
De acordo com Pimenta (2005), refere que:
Apenas em Moçambique, no centro e no norte da colônia, é que Portugal cedeu seu domínio à
Companhia de Moçambique a partir de 1891, dado o fracasso das tentativas anteriores de
ocupação econômica dessas regiões.
Com a derrota militar dos chefes locais, o governo da Província pode finalmente organizar a
administração do território, com a instituição do Regulado. O governo recrutava membros da
aristocracia indígena como Régulos, encarregados da colecta do imposto-de-palhota, do
recrutamento de trabalhadores para a administração e da proibição da venda de quaisquer bebidas
alcoólicas que não fossem provenientes da Metrópole.
Para além disso e, na impossibilidade de impedir a migração de trabalhadores para as minas sul-
africanas, firmou um acordo, primeiro com a República Sul-Africana e, quando esta foi
submetida pelos britânicos, com a respectiva autoridade, regulamentando o trabalho migratório e
assegurando o tráfico através do porto de Lourenço Marques. No primeiro acordo, o governo da
Província recebia uma taxa por cada trabalhador recrutado; mais tarde, o acordo incluía a
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retenção de metade do salário dos mineiros, que era pago à colónia em ouro, sendo o montante
respectivo entregue aos mineiros no seu regresso, em moeda local.
Contudo, a historicidade do processo fez com que todos os modelos de gestão colonial sofressem
adequações ao que fora originalmente organizado, somente para efeitos de síntese é que sumario
aqui a descrição em tipos puros. Junto aos modelos de administração portuguesa e francesa
(direta) e ao britânico (indireta), o modelo no Congo foi misto, mas há aqui uma ressalva
importante a ser feita. O Congo no momento do colonialismo europeu não se originou como uma
colônia da Bélgica.
Desde a sua fundação, em 1885, era uma propriedade do rei Leopoldo II. Tornou-se uma
colónia da Bélgica apenas em 1909 por herança declarada pelo rei no seu testamento.
Obviamente que a estrutura colonial congolesa, de 1909 em diante, manteve o legado
institucional organizado anteriormente (que descreverei adiante em maior detalhe)
(Crowder, 2010, p. 89).
Tornou-se, então, uma colónia com práticas administrativas mistas (ora em intervenção directa e
extremamente violenta das práticas centralizadas das Companhias ou a acção do governo belga
em negociações directas com os chefes locais das populações nativas) momento em que todo o
continente passava por importantes transformações administrativas em geral, dados os limites de
expansão de muitas companhias majestáticas derivados em grande na incapacidade de enfrentar o
confronto insurrecional de inúmeros povos contra o processo de institucionalização das relações
capitalistas de produção.
A partir da década de 1910 com a aguda repressão militar do estado metropolitano é que
investimentos privados puderam se organizar em larga escala, quando a borracha deixou de ser
colectada aleatoriamente no interior das matas, para ser colectada em fazendas. E a partir da
década de 1920, o sistema geral das administrações coloniais passaria por adequações
determinadas em grande parte pelas conjunturas políticas e económicas da Europa no período do
entreguerras (1919-1939).
O sistema britânico de administração indirecta foi que passou por mais adequações institucionais.
As colônias britânicas da África Ocidental (Nigéria, Costa do Ouro, Gâmbia e Serra Leoa), por
exemplo, desenvolveram formas administrativas indiretas com a incorporação dos chefes
tradicionais, percebidos pela metrópole como os “principais responsáveis pelos organismos
locais”, com quase as mesmas atribuições que um “conselho de condado na Grã-Bretanha, com a
pequena diferença de também se atribuir, a estes chefes, o encargo pessoal de promover a
justiça”.
Nessas colônias, o poder tradicional local ligava-se quase que diretamente ao poder
central da colônia, ao poder do governador-geral, sempre um britânico. Contudo, o real
poder estava com os funcionários da administração [os pequenos gestores-burocratas],
“mesmo que fossem teoricamente apenas conselheiros junto às ‘autoridades indígenas’”,
se definiam na prática como responsáveis pela “supervisão directa de numerosos aspectos
da administração dos negócios” (Pimenta, 2005, p. 69).
Apesar das distinções nas práticas administrativas das metrópoles sobre as colónias, um aspecto
estrutural define o processo na sua totalidade: em todas as experiências colonialistas a soberania
de grandes Companhias Majestáticas se fazia presente, algo como estados privados coordenados
pela lógica de investidores (acionistas) de um mercado financeiro já internacionalizado. Para
além das diferenças administrativas coloniais, se directas ou indirectas, o fato importante a
considerar é a soberania política e económica das Companhias Majestáticas por toda a África,
não importando se a experiência colonialista fosse de bandeira portuguesa, britânica, francesa ou
belga.
Isso significava que a extracção de minérios ou a produção de borracha deveria estar organizada
sob os fundamentos capitalistas de exploração da força de trabalho.
O grande papel histórico das Companhias Majestáticas foi o de organizar as condições gerais de
produção capitalista, mais especificamente as condições da proletarização do trabalhador
africano. Um dos exemplos de maior êxito nesse propósito deu-se com a experiência
administrativa da Companhia de Moçambique.
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africanas resistiram de modo implacável a essas novas condições de trabalho. Todas as
companhias estabelecidas em África viram-se diante de lutas devastadoras contra o seu
património e investimentos.
A Companhia de Moçambique foi a única que se manteve desde a sua fundação com autonomia
em todo o processo de colonização portuguesa. Manteve-se assim porque fora, desde sempre,
uma companhia controlada por capitais e investimentos britânicos. Portugal era apenas um
detalhe simbólico na formalidade administrativa.
O Estado Novo, após 41 anos de vida, é derrubado no dia 25 de Abril de 1974. O golpe que
acabou com o regime foi efectuado pelos militares do Movimento das Forças Armadas - MFA. O
golpe militar contou com a presença da população, cansada da repressão, da censura, da guerra
colonial e do abrandamento económico motivado pelo choque petrolífero de 1973. Ficou
conhecida por Revolução de 25 de Abril. Neste dia, diversas unidades militares comandadas por
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oficiais do MFA marcharam sobre Lisboa, ocupando uma série de pontos estratégicos. As
guarnições militares que supostamente eram apoiantes do regime renderam-se e juntaram-se aos
militares do MFA.
O regime caiu sem ter quase quem o defendesse. Os acontecimentos deste dia culminaram com a
rendição de Marcello Caetano, sitiado pelo capitão Salgueiro Maia, no Quartel do Carmo.
Foi uma revolução considerada "não-sangrenta" e "pacífica", sendo que no dia 25 de Abril
propriamente dito houve apenas quatro mortos, vítimas de disparos da polícia política, junto à sua
sede.
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Considerações Finais
Este trabalho incidiu sobre “Características gerais de Moçambique na era colonial: Economia,
Política, Cultura”. Em Moçambique, “o início da década de 50 foi marcado pelo desenvolvimento
dos colonatos”, motivada pela imigração da população branca vindo da metrópole. Trata-se de
famílias brancas oriundas da metrópole que tinham perdido suas terras em consequência do
advento da industrialização
O golpe que acabou com o regime foi efetuado pelos militares do Movimento das Forças
Armadas - MFA. O golpe militar contou com a presença da população, cansada da repressão, da
censura, da guerra colonial e do abrandamento económico motivado pelo choque petrolífero de
1973. Ficou conhecida por Revolução de 25 de Abril. Neste dia, diversas unidades militares
comandadas por oficiais do MFA marcharam sobre Lisboa, ocupando uma série de pontos
estratégicos.
O regime caiu sem ter quase quem o defendesse. Os acontecimentos deste dia culminaram com a
rendição de Marcello Caetano, sitiado pelo capitão Salgueiro Maia, no Quartel do Carmo.
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Bibliografia
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Cortez Editora.
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