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MOCAMBIQUE E O ESTADO NOVO

O presente tema da-se no inicio do seculo XX, em que o ambiente politico porugues, apos a
fundacao da republica desenrolava-se num autentico fracasso financeiro, marcada por
dificuldades economicas, instabilidade politica, social e militar. Perante esta crise, os
politicos republicano do pais encontram-se inaptos para a resolucao dos problemas do pais e
doutro lado os militares golpeam o estado, implantando assim o denominado ‘’Estado
Novo’’, um estado que se apoiava sobretudo das suas colonias e de modo especifico
Moçambique que era uma das colonias mais ricas. Portanto denominamos Estado Novo, este
fenomeno portugues, ao golpe dado por esta rebeliao de militares e a posterior implantacao
de um novo sistema.

Advento de Salazar

Segundo Malyn Newitt(2012), apos o golpe dado pelos militares ou generais que derrubou o
governo republicano em 1926, passaram-se quatro anos em que os generais apelavam cada
vez mais pelo Professor Antonio Antonio de Oliveira Salazar da Universidade de Coimbra.

Em 1928 chamaram o mesmo, Salazar, para resolver problemas financeiros, tomando assim o
cargo de Ministro das financas, em 1930 passou já a controlar o governo como Ministro das
colonias e posteriormente 1932 tornou-se Primeiro-Ministro ate 1968.

Em conformidade com Malyn Newitt (2012), Salazar e o professor Marcelo Caetano,


elaboraram uma nova constituicao e criaram e uma estrutura ideologica que iria controlar os
assuntos portugueses durante quarenta anos seguintes. Salazar e o Caetano aprenderam muito
com o fascismo contemporaneo.

Para eles, Moçambique simbolizava tudo o que existia de errado no regime republicano- caos
administrativo, falta de políticas financeiras e económicas coerentes, inflação e uma moeda
sem valor, domínio estrangeiro e fraqueza e humilhação internacional. (Newitt, 2012, pg.390)

Por mais que o desenvolvimento economico de Portugal, por meio das colonias, fosse o
âmago da sua missao, Salazar tinha o objectivo de estabelecer a autonomia nacional. Onde o
propro desenvolvimento de Portugal deveria ser autofinanciado e as colonias libertas do
pesadelo do dominio dos estrangeiros.

Como afirma Malyn Newitt (2012), a imagem que salazar queria dar era de uma sociedade
assente nos principios catolicos da autoridade e da família, do progresso economico planeado
alcancados sobretudo com os recursos internos, da neutralidade firme e da independencia
nacional, e de uma missao civilizadora em Africa como afirmada na sua nova constituicao
aprovada para Moçambique em 1933:

Salazar era um fascista que governava um estado-policia, em que nele toda liberdade era
reprimida, a pobreza institucionalizada e o povo africano reduzido automaticamente à mao de
obra forcada e a servidao. Como consta em (Newitt, 1995, pg. 391), os quarenta anos de
regime portugues, foi para eles um longo pesadelo, em que posteriormente 1974 retomaram
os rumos da sua historia,que tinham sidos obrigados a abondonar em 1926.

Com o objectivo de tornar o Porrtugal numa economia industrializada, Salazar efectuou a


seguinte estrategia: as colonias e as metropoles tinha de se unir numa ona de escudo, e assim
constituindo um sistema economico fechado, com o objectivo de alcancar um elevado nivel
de autosuficiencia. Dentre as colonias, tres delas eram vitais para essa estrategia, como
Angola, S. Tome e Moçambique.

A nova constituicao social

Conta Newitt (2012), que muito antes de Salazar, houve pessoas que chegaram a conlclusao
que era necessario uma reforma e analise e minunciosa da posicao da constituicao e da lei
publica das colonias, dentre essas pessoas, Joao Belo iniciara uma serie de reformas,
divulgando Bases Organicas da administracao colonial e o Estatuto politico civil e criminal
dos indigenas.

Newitt (2012), Baseando-se nestes o noutros decretos do regime monarquico e republicano,


os ministros de Salazar elaboraram uma serie de displomas que definiam a posicao
constitucional das colonias, os diplomas mais importantes foram o acto colonial de 1930 e
constituicao portuguesa, a Carta organica, divulgadas para cada colonia em 1933.

Esta Legislacao transformou as colonias numa entidade legal única com a sua propria
metropole, que era parte do estado Portugues, haveria entao uma lei e uma cidadania comuns,
apesar de permanecer ainda a distincao entre indigenas e não-indigenas, porem somente o
não-indigena que gozava da cidadania plena, e isso não excluia a responsabilidade de
civilizar os indigenas e incorpora-los na cultura portuguesa.

A Carta Organica a primeira constituicao escrita que Moçambique recebeu, se dividia em


quatro partes intitulada Garantias Gerais, Os Indigenas, O Sistema Politico e Administrativo,
e Garantias Economicas Financeiras. No sentido lato esta carta teve como objectivo reforcar
as relacoes das colonias com a metropole, acabar com a autonomia financeira das colonias e
restabelecer a politica tradicional, na qual distinguia o indigena e o não-indigena. Portantao
neste ambito Moçambique pela primeira vez tornou-se num estado unitario.

A politica economica

segundo Newitt (2012), as medidas economicas tomadas por Salazar destinavam-se a


estabilizar o escudo e as moedas coloniais, isto e, as colonias punham-se em servico com o
intuito de estabilizar a economia da Metropole, neste caso Moçambique sendo uma das
colonias mais ricas de Portugal, disponibilizava materias-primas e Mao-de-obra ao servico da
economia portuguesa.
Salazar estava decidido a reduzir a dependência de Portugal da importação de
alimentos, matérias-primas e produtos Industriais. Enquanto se faziam planos para o
desenvolvimento industrial do país. Planos esses que incluíam o crescimento do
mercado colonial, as colonias eram incumbidas da missão de fornecer as matérias-
primas e os géneros alimentícios (Newitt, Malyn, 2012, pg.396).

Neste âmbito, desencadeou-se um crescimento do plano da produção de colheitas tropicai ,


que iria constituir peaça chave do planeamento económico. A nova estratégia seria usada
naaa produção de algodão e arroz .
As políticas de Salazar têm sido descrita com frequência como neo-mercantilistas, mas
não se verificava uma relação complementar nítida entre a economia metropolitana e as colónia
que produziam colheitas essencialmente tropicais (Newitt,.Malyn, 2012, pg. 399).

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