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Em 1928, António de Oliveira Salazar foi convidado para a pasta das Finanças, impondo
condições para assumir o cargo, que equivaliam a uma ditadura financeira: controlar os
orçamentos dos diferentes ministérios e vetar qualquer aumento de despesa. O primeiro
orçamento ficou marcado pelo equilíbrio das contas públicas e Salazar foi considerado o salvador
da pátria. Restabeleceu a ordem financeira, através da diminuição da despesa e do aumento dos
impostos. Em 1930, assumiu a pasta das Colónias e a 5 de julho de 1932, foi nomeado presidente
do Conselho.
Ideologias
A LEGIÃO PORTUGUESA era uma organização paramilitar para adultos, cujo objetivo era lutar
contra o comunismo e manter a unidade do Estado. A adesão aos princípios do regime foi
conseguida com a obrigatoriedade de os funcionários públicos declararem a sua fidelidade ao
Estado Novo.
Para ocupar o tempo livre dos funcionários foi criada a Fundação Nacional para a Alegria
no Trabalho, em 1935, para garantir o desenvolvimento físico, moral e intelectual dos
trabalhadores. O enquadramento das mulheres fez-se com a MOCIDADE PORTUGUESA FEMININA e
com o movimento da Obra das Mães pela Educação Nacional, para reeducar a mulher, levando-a
para o lar novamente. Nestes, valorizava-se a educação na família e os papéis tradicionais.
Ensinava-se a cuidar dos filhos e dor lar, defendiam-se os bons costumes, a prática da caridade e
a colaboração com a escola na educação moral e cívica.
O controlo das finanças e o equilíbrio orçamental foram uma prioridade para o Estado
Novo. Quando Salazar ocupou a pasta das Finanças, a estabilização financeira e monetária era a
sua prioridade. Os orçamentos de 1928 a 1931 apresentaram um saldo positivo – o superavit, a
melhor gestão das contas públicas e a política de austeridade permitiram aderir ao padrão-ouro,
em 1931. Este foi conseguido sobretudo através da criação de novos impostos. Nos anos 30, as
contas públicas adquiriram uma maior solidez. A política intervencionista levada a cabo pelo
Estado, com vista a garantir a autarcia, com o capitalismo liberal, lançou as bases do
desenvolvimento económico.
→ A DEFESA DA RURALIDADE
A defesa da ruralidade foi uma das imagens de propaganda. Portugal era um país rural,
em que a maior parte da população ativa trabalhava no setor primário (agricultura). A aposta na
ruralidade permitiu relançar a economia, a par do equilíbrio financeiro. A valorização e o fomento
agrícola visavam garantir a autarcia, diminuindo a dependência face ao estrangeiro e aumentando
as exportações.
Em 1929, Salazar lançou a CAMPANHA DO TRIGO. Esta traduziu-se num aumento da produção
do cereal, permitindo abastecer os mercados interno e externo. Traduziu-se também numa
redução do desemprego rural e contribuiu para o desenvolvimento de setores industriais ligados
à produção agrícola. Salazar promoveu outras campanhas agrícolas: da vinha, da produção de
azeite, da cortiça, da batata e da fruta.
A política económica do Estado Novo ficou ainda marcada pelo PLANO DE FLORESTAÇÃO -
para converter terrenos áridos em terras aráveis - e pelo APROVEITAMENTO DE RECURSOS HIDRÁULICOS
- construíram-se barragens e canais para melhor irrigação dos solos.
→ OBRAS PÚBLICAS
INFRAESTRUTURAS :
Foi adotado o CONDICIONAMENTO INDUSTRIAL – uma política anticrise, consolidada com as leis de
1931 e de 1937. O atraso das estruturas produtivas era marcante e o setor secundário tinha pouco
peso na estrutura da população ativa de 30 a 40 anos. Tinha como OBJETIVOS:
Através do Estatuto do Trabalho Nacional, em 1933, o corporativismo foi adotado como forma de
organização económico-social. Assumiu-se como uma alternativa ao capitalismo liberal e ao
coletivismo socialista. Procurava a criação do máximo de riqueza e de produção, em equilíbrio
com os princípios de harmonia social e dos interesses do Estado.
→ A POLÍTICA COLONIAL
→ E STADO REPRESSIVO
O Estado Novo fez uso de meios de repressão para controlar a informação e evitar a
contestação e a dissidência política. A CENSURA foi um meio de repressão. Apesar de consagrada
a liberdade de expressão, na prática, o controlo da imprensa, da rádio e do cinema visava impedir
a difusão de ideologias contrárias ao regime. Os censores deviam identificar os conteúdos
considerados perigosos e, que por isso, eram cortados.
Júlio dos Reis Pereira: cunho de ingenuidade e de intimismo, pureza de cores, linhas e formas, e
carácter lírico; forte crítica social (surgem burgueses e prostitutas que revelam o decadentismo
da sociedade).
• Sarah Affonso: influenciada pela arte popular, com a temática popular e infantil;
simplificação gráfica e maior pureza das cores; temas: cenas de casamentos, ex-votos e
retratos da vida no campo; importância das tradições populares; paleta de cores eras
depurada, o traçado reduzido a elementos essenciais; deixou de pintar o povo, para pintar
como o povo.
Literatura: revista Presença como um meio de expressão (João Gaspar Simões, Branquinho da
Fonseca e José Régio), que continha nomes como Júlio, Mário Eloy, e Sarah Affonso; não se
identifica com a vida intelectual da capital; defesa de valores: originalidade e ingenuidade.
Arquitetura: princípios mais racionais e geométricos, com simplicidade e linhas direitas; Raul Lino
(cinema Tivoli), Jorge Segurado (casa da moeda), Cottinelli Telmo (expansão da universidade de
Coimbra) e Cassiano Branco (cineteatro Éden).
Música: Luís de Freitas Branco, com Segunda Suíte Alentejana; Lopes Graça, com Variações Sobre
um Tema Popular Português.