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História e Geografia de Portugal – 6º Ano


Salazar e o Estado Novo

Nome: _________________________________________________

Data: ___/___/___ Salazar e o Estado Novo

Uma nova constituição e um novo regime

Em 1928, o Presidente Óscar Carmona convidou o Prof. Oliveira Salazar

para ser seu Ministro das Finanças.

Salazar aceitou o cargo com a condição de ficar responsável por fiscalizar

as despesas de todos os ministérios.

Em 1933, Salazar foi nomeado chefe do Governo e sob sua orientação fez

se uma nova constituição.

A Constituição de 1933 instaurou em Portugal um novo regime, designado


por Estado Novo.

Na Constituição
estão

os princípios do Estado
Novo.

Por exemplo,
continuavam a

existir quatro órgãos de

soberania.

A Assembleia
Nacional

perdeu poderes, que se

concentraram no chefe
do

governo, que era Salazar.

Nas eleições para a

Assembleia Nacional, apenas

concorria a União Nacional, o único partido político autorizado e que apoiava o

governo.

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A política das obras públicas

Em poucos anos o Estado conseguiu acumular grandes reservas de

dinheiro. Deste modo, não precisava de pedir empréstimos a países estrangeiros.

Este equilíbrio foi possível graças:

∙ Ao aumento de impostos

∙ A diminuição de despesas com educação, saúde e assistência social.

Por outro lado, durante a II Guerra Mundial, Portugal exportou volfrâmio e


produtos agrícolas para os países envolvidos no conflito. Este grande aumento

das exportações também contribuiu para o enriquecimento do país.

As obras públicas:

O dinheiro acumulado no Banco de Portugal foi investido num conjunto de

obras públicas:

∙ Novas estradas e pontes - como a Ponte da Arrábida no Porto e a Ponte

Salazar sobre o Tejo.

∙ Novos edifícios públicos – tribunais, estações de correios, quartéis e

bibliotecas.

∙ Escolas primárias Liceus e universidades.

∙ Grandes barragens hidroeléctricas.

∙ Hospitais – como o de Santa Maria em Lisboa e o de São João no Porto.

As indústrias têxteis, siderúrgicas e de conservas do Porto, Lisboa e Setúbal

também registaram um crescimento considerável.

O turismo foi outro setor económico que cresceu, fruto de campanhas de


promoção das tradições portuguesas no estrangeiro.

Este crescimento não foi suficiente e o desemprego mantinha-se. Muitos

portugueses emigraram, principalmente para França e Alemanha.

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As restrições à Liberdade

Salazar como chefe do governo controlava todos os ministérios. De Salazar

dependia todas as decisões por isso diz-se que governou em ditadura.

A Censura

Durante os anos de ditadura em Portugal:

∙ Não havia liberdade de expressão.

∙ Todos os portugueses eram controlados.


∙ Foi criada uma comissão de “censura prévia” que tinha como função

examinar revistas, jornais, filmes, teatro, etc. e “cortar” tudo o que

pudesse prejudicar o governo.

∙ As pessoas não se podiam reunir nem associar em sindicatos ou

federações.

∙ Foi proibido o direito ao voto.

O Partido único

Não era permitido a formação de partidos políticos, todos aqueles que

quisessem intervir nas atividades políticas do País tinham de pertencer à União

Nacional.

A União Nacional era o único partido existente – partido do Governo.

A Polícia Política

A polícia política era a PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado) que

perseguia, prendia, torturava e até matava os opositores políticos de Salazar. As

cadeias mais violentas para os presos políticos eram: Caxias, Peniche e Tarrafal

(Cabo Verde).
A Legião Portuguesa:

A Legião Portuguesa, criada em 1936, era uma organização militar

composta pelos mais fanáticos adeptos do Salazarismo, e tinha como função

defender o regime contra a “ameaça comunista”.

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A Propaganda do Estado:

Para garantir e manter o apoio da população o regime salazarista

organizou um sistema de propaganda ao Estado Novo:

∙ No ensino utilizavam-se livros obrigatórios nos quais se elogiava o regime

de Salazar.

∙ Em 1936 criou-se a Mocidade Portuguesa, à qual tinham de pertencer

todos os jovens entre os 7 e os 14 anos de forma a desenvolverem o

espírito de obediência ao Estado Novo.

∙ Através da imprensa (jornais, rádio e televisão) e de cartazes mentalizava-

se a população das vantagens que o Estado Novo lhes

dava.
Cartazes de propaganda ao
Estado Novo

∙ Organizaram-se conferências, congressos, exposições de forma a provar

ao mundo que Portugal, sob o governo de Salazar, retomava a glória de

épocas passadas e criar na população a ideia de um “Império Colonial

Português”.

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