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Fafe

município e cidade de Portugal

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Fafe é uma cidade portuguesa, situada no distrito de Braga, Região do Norte e sub-
região do Ave (uma das sub-regiões mais industrializadas do país), com uma população
de 15 703 habitantes , com uma área urbana de 7,50km², correspondente à freguesia
com o mesmo nome, e com uma densidade populacional de 2093,7 hab/km²
Fafe

Município de Portugal

Praça 25 de abril, em Fafe


Gentílico Fafense

Área 219,08 km²

População 50 633 hab. (2011[1])

Densidade 231,1  hab./km²


populacional

N.º de freguesias 36

Presidente da Raul Cunha (PS)


câmara municipal

Fundação do 1513
município
(ou foral)

Região (NUTS II) Norte

Sub-região (NUTS Ave


III)

Distrito Braga
Província Minho

Orago Nossa Senhora de


Antime (orago do
concelho)

Feriado municipal 16 de Maio


(Feiras Francas de Fafe)

Código postal 4820 - _550__ Fafe

Sítio oficial www.cm-fafe.pt

É sede de um município com 219,08km² de área e 50 633 habitantes (2011),[1] uma


queda de 3,4% em relação aos Censos de 2001. O concelho está subdividido em
25 freguesias[2] e é limitado a norte pelos municípios de Póvoa de Lanhoso e Vieira do
Minho, a leste por Cabeceiras de Basto e Celorico de Basto, a sul por Felgueiras e a
oeste por Guimarães.
O nome Fafe deve-se ao facto de que, desde o início da formação de Portugal, D.
Henrique de Borgonha, conde do Condado Portucalense, [1] , ao qual já pertencia
este território, doou as atuais terras a um nobre de nome "D. Fafes". Mais tarde a terra
foi chamada de Montelongo, porém, foi alterada para Fafe, homenagem às "Terras de D.
Fafes - Fafe

História

Como qualquer outro concelho do Vale do Ave, Fafe teve grande propensão para a
emigração. Na realidade, o século XIX marcou as terras de Fafe, sobretudo com a forte
incidência emigratória para o Brasil, na época a terra mais apropriada, à procura de
fortuna. Muitos destes emigrantes transportariam para Fafe as suas economias (muitas)
aplicando-as na construção de belos edifícios e palacetes.

Os anos sessenta marcaram outra fase de grande emigração, nomeadamente na corrida


para os países da Europa onde a mão-de-obra era escassa - Alemanha, França, Bélgica,
Suíça e Luxemburgo. Em menor escala, a África do Sul, o Canadá e a Venezuela
receberam emigrantes destas terras, ainda que para o Brasil se fossem registando
amiudadas deslocações. O movimento emigratório operou grandes transformações nos
"usos e costumes" dos fafenses, de um modo particular no pensamento, na economia e
na cultura, que permitiu um significativo progresso no crescimento económico, fruto
das transferências de capitais e sua aplicação.

Estas mudanças e a "importação" de culturas e pensamentos diferentes, operaram


realizações de vulto, sendo disso um bom exemplo a têxtil do Bugio e a Companhia de
Fiação e Tecidos de Fafe, que ao tempo, foram pioneiras em organização, gestão e
produção, constituindo grandes pólos de emprego e riqueza local, bem como grande
atracção demográfica, na medida em que na freguesia de Fafe se instalou gente de
diversas zonas do concelho e de concelhos vizinhos. Graças à instalação da têxtil, o
concelho sentiu o crescimento da sua riqueza e, por conseguinte, viu melhorar o poder
económico das famílias.[3]
Até 1840 o concelho tinha a designação de Montelongo ou Monte Longo, havendo
registos que em 1801 teria 7 573 habitantes

Arquitetura brasileira
 Hospital de São José de Fafe

Devido à emigração para o Brasil, a arquitetura fafense teve as suas primeiras


influências das terras de Vera Cruz. O maior exemplo disso é o Hospital São José de
Fafe. O edifício do Hospital de Fafe deve a sua construção ao financiamento dos
“Brasileiros de Torna – Viagem”, e emigrantes no Brasil, sendo uma réplica
arquitectónica de outro, existente no Rio de Janeiro e propriedade da Sociedade
Portuguesa de Beneficência dessa cidade, com estatutos aprovados em sessão da
Assembleia geral de 17 de Maio de 1840.
Um grupo de emigrantes residentes na cidade do Rio de Janeiro decidiu, em 8 de Abril
de 1858, promover a construção, à época, na Vila de Fafe, de um Hospital de Caridade.
Em 6 de Janeiro de 1859 foi inaugurada o lançamento da primeira pedra e, em 19 de
Março de 1863 é inaugurada a primeira fase de construção.
A Irmandade de São José ou da Misericórdia foi fundada em 23 de Março de 1862, com
a finalidade de o administrar, conforme o que estava determinado pelo comissão de
donatários e fundadores.

A construção do hospital de São José da Misericórdia de Fafe é iniciada quatro meses


depois da inauguração do Hospital Beneficência do Rio de Janeiro, inaugurado no dia
16 de Setembro de 1858, constituindo o de Fafe uma réplica quase fiel. A construção do
Hospital de Fafe, além de ser uma cópia do edifício brasileiro, constitui mais uma
demonstração da estreita ligação e vínculos da comunidade dos ausentes no Rio de
Janeiro, com os residentes, da altura, Vila de Fafe.[6]

O edifício da Casa da Cultura de Fafe, anterior Escola Industrial de Fafe, o Edifício do


"Ex-Grémio", o Edifício do Club Fafense bem como edifícios no Centro da Cidade (sito
na Praça 25 de Abril) também são exemplos da arquitetura brasileira

O concelho de Fafe está dividido em 25 freguesias:[2]


 Aboim, Felgueiras, Gontim e Pedraído
 Agrela e Serafão
 Antime e Silvares (São Clemente)
 Ardegão, Arnozela e Seidões
 Armil
 Cepães e Fareja
 Estorãos
 Fafe
 Fornelos
 Freitas e Vila Cova
 Golães
 Medelo
 Monte e Queimadela
 Moreira do Rei e Várzea Cova
 Passos
 Quinchães
 Regadas
 Revelhe
 Ribeiros
 Santa Cristina de Arões
 São Gens
 São Martinho de Silvares
 São Romão de Arões
 Travassós
 Vinhós

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