.. História .……………………………………………………………………..

− Estado Novo:
A 1ª República portuguesa teve o término após o golpe militar de 28 de
maio de 1926, orientado pelo exército e apoiado por republicanos
moderados, monárquicos integralistas e católicos.
Aa instabilidade económica, social e política que caracterizou a Ditadura
Militar (1926-1930) começou a ser ultrapassada com a vitoria de Óscar
Carmona que escolheu para Ministro das Finanças, António Oliveira de
Salazar.
Salazar impos condições chamadas de “ditadura financeira”. O primeiro
orçamento ficou marcado pelo equilíbrio das contas públicas. O
restabelecimento da ordem financeira valeu-lhe o reconhecimento do
público.
Entre 1930 e 1933 foram lançados os alicerces da nova ordem política, as
leis e instituições do Estado Novo, inspirado no fascismo italiano:
® Ato Colonial (1930)
® Organização da União Nacional (1930)
® Estatuto do Trabalho Nacional (1933)
® Constituição (1933)
® Secretariado de Propaganda Nacional (1936)

Princípios ideológicos:
 Antipartidarismo
 Antiparlamentarismo
 Antiliberalismo
 Autoritarismo
 Antidemocrático e Repressivo
 Colonialismo
 Conservadorismo
 Nacionalismo
 Corporativismo
Com as seguintes características:
® exaltação da História da pátria e dos seus heróis
® preservação das tradições culturais e artísticas de cada região do país
® catolicismo como religião oficial
® valorização do estilo de vida português (rural)

Estado Repressivo
Salazar fez uso de meios de repressão para controlar a informação, evitar
a contestação e a dissidência política. Foi aplicada a censura à imprensa, à
rádio e ao cinema. A polícia política vigiava e perseguia os opositores
sendo estes enviados para prisões e campos de concentração.
Havia várias instituições e meios que permitiam o enquadramento de
massas, até o ensino.

 Economia submetida a Imperativos Políticos

> Prioridade à estabilidade financeira

® melhor administração dos dinheiros públicos

® diminuição de despesas
® aumento das receitas Rigor Orçamental

Criação de novos impostos

> Defesa da ruralidade

exaltou a importância da agricultura

a aposta na ruralidade foi considerada essencial para relançar a economia,
para garantir a autarcia, diminuir a dependência face ao estrangeiro e
contribuir para o aumento das exportações.

> Corporativismo
 impor a supremacia do Estado
 garantir a colaboração entre as classes para anular a luta de classes
 defender o “Interesse Nacional” e o “Bem Comum” – Unidade Nacional

> Obras Públicas

Duarte Pacheco (ministro das Obras Públicas) empreendeu um programa

ao abrigo da lei de Reconstituição Económica para modernizar o país,
impulsionar o desenvolvimento económico e reduzir o desemprego.
Apostou-se nas infraestruturas – estradas, pontes, hospitais, escolas –,
nos meios de comunicação e equipamentos públicos.

> Condicionamento Industrial

A Indústria não era uma prioridade, daí o seu atraso.

A política industrial permitiu a intervenção do Estado na economia sendo
feita a imposição de regras. Foi uma política centralista e dirigista.
® impediu a concorrência
® aumentou a burocracia
® protegeu empresas (interesses monopolistas)
® favoreceu a concentração industrial
® limitou a modernização

> Política Colonial

Salazar exaltou o passado histórico nacional como fundamento e

legitimação do Império Colonial Português – política ultramarina.
® proclama a vocação colonial de Portugal
® promove a missão civilizador dos portugueses
® promove meios que servem de propaganda (Exposição Colonial
Portuguesa e Exposição do Mundo Português em 1940)

Ato Colonial – 1930

Criação do secretariado de Propaganda Nacional (SPN) – 1933

Projeto Cultural do Regime

O SPN concebeu um projeto totalizante ao nível da cultura. Exaltou as
realizações do regime, procurou ligar a imagem do chefe, do país e do
Estado à tradição, à História, à exaltação da pátria e dos valores nacionais.
Desenvolveu-se a “Política do Espírito”, para elevar o nível cultural dos
portugueses, valorizar o espírito nacional e a cultura popular.
O regime participou em inúmeras exposições e foram promovidos
festivais, concursos e criados prémios literários e artísticos, com o intuito
de propagandear o regime.