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ECONOMIA ……………………………………………………………………………
CONTABILIDADE NACIONAL
É o conjunto de operações que permite apurar o valor das diversas
grandezas macroeconómicas (produto, despesa e rendimento) de um país,
durante um determinado período de tempo, através de um sistema de
contas (contas nacionais).

A contabilidade nacional visa:


® quantificar a atividade económica de um país
® efetuar comparações no tempo e no espaço
® prever tendências económicas
® permitir a tomada de decisões com base em informações rigorosas
® estabelecer comparações internacionais

Setores Institucionais
Dentro dos setores institucionais existem
 unidade institucional – é uma unidade produtiva que dispõe de poder
de decisão autónoma e possui contabilidade
organizada, apresentando os mesmos objetivos e
comportamentos económicos, isto é, têm um
comportamento económico similar.
O que é?
Obtém-se quando se agrega um conjunto de entidades institucionais com
características e comportamentos semelhantes.

> Sociedades Não Financeiras

® inclui todas as sociedades públicas ou privadas que têm


residência em território nacional, cuja principal atividade é a
produção de bens e serviços comercializáveis não financeiros.
> Sociedades Financeiras

® abrange todas as entidades residentes públicas ou privadas cuja


principal função é a prestação de serviços financeiros, como seja
as instituições de crédito ou as seguradoras.

> Administração Pública

® inclui as entidades públicas como seja a Administração Central


(ministérios, secretarias de Estado, direções gerais), a
Administração Regional (Regiões Autónomas dos Açores e da
Madeira) e a Administração Local (Câmaras Municipais, Juntas de
Freguesia e Segurança Social).
as suas principais funções são:
 prestação de serviços não comercializáveis para satisfazer
necessidades coletivas
 efetuar a redistribuição de rendimentos no país

> Famílias

® todos os indivíduos na sua função de consumidores e de


empresários em nome individual

> Instituições sem fim lucrativo ao serviço das Famílias

® engloba as entidades privadas que não têm fins lucrativos e cuja


principal função é a prestação de serviços às Famílias de âmbito
social, cultural ou recreativo
IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social)

> Resto do Mundo


® é o setor que agrega todas as instituições que não residem em
território nacional mas que estabelecem relações económicas
com as unidades residente no país
inclui ─ Estados-Membros e instituições e órgãos da UE
países terceiros e organizações internacionais não
residentes na UE
Território Económico
É o espaço geográfico em relação à qual o país dispõe de direitos
exclusivos sob domínio económico de uma única administração pública.

É composto por:
® espaço terreste e aéreo, águas territoriais e a plataforma continental
® zonas francas
® enclaves territoriais no estrangeiro, bem como as embaixadas,
consulados e bases militares
® jazigos de petróleo ou de gás natural situados em águas internacionais,
cuja exploração é feita por unidades residentes no território
® meios de transporte marítimos ou aéreos de bandeira ou pertencentes
a agentes residentes

Unidades Residentes
É todo o agente económico que mantém residência fixa em determinado
território há pelo menos 1 ano, exercendo uma atividade económica. Não
é necessário ter nacionalidade desse país para ser considerado residente.

Unidades não Residentes


São as unidades residentes noutros territórios económicos ou unidades
que realizam uma atividade económica reconhecida no país por um
período inferior a 1 ano.

Ramos de Atividade
Agrupa todas as unidades produtivas que exercem uma atividade
económica idêntica ou similar.
Unidade de produção homogénea – são as unidades produtivas que
utilizam o mesmo processo
produtivo ou processos semelhantes
na produção dos seus produtos
– é identificada pelas suas entradas
(inputs), pelo processo de produção
e pelas saídas de produtos (outputs)

Óticas de cálculo do valor da produção


Ótica do Produto – dá a conhecer o conjunto de bens e serviços que
foram produzidos durante um certo período de tempo
(1 ano)

Ótica do Rendimento – mostra como os rendimentos do trabalho e do


capital gerados na atividade produtiva são
distribuídos pelos diversos agentes económicos

Ótica da Despesa – apresenta o modo como foram aplicados os


rendimentos disponíveis

ÓTICA DO PRODUTO
Problema da Múltipla Contagem
® É o problema que deriva da possibilidade de se contabilizar mais do
que uma vez o valor dos consumos intermédios

Método dos Valores Acrescentados


O valor da produção obtém-se somando os valores acrescentados de
todas as unidades produtivas e esse valor designa-se por Valor
Acrescentado Bruto (VAB).
 valor acrescentado – é o valor que totalmente gerado ao longo
de um processo produtivo e que
corresponde à riqueza efetivamente criada
 bruto – porque engloba o montante dos encargos suportados
com a reposição do capital fixo que entretanto sofreu
desgaste durante o processo produtivo
VAB = Produção Total - Consumos Intermédios

Método dos Produtos Finais


É feito a partir da contabilização das vendas dos produtos de consumo
final, isto é, só serão contabilizados aqueles que já não vão ser alvo de
mais transformações pois destinam-se ao consumo.
Produto = Valor final das vendas

Produção
O valor da produção corresponde ao valor das vendas dos bens e serviços
produzidos num determinado período de tempo.

PRODUTO
Representa o valor da riqueza criada por todas as unidades institucionais
num determinado período de tempo.
Podemos calcular diversos tipos de Produto:
® Interno ou Nacional
® Líquido ou Bruto
® a preços de mercado ou a custo de fatores
® a preços constantes ou a preços correntes

 Produto Interno = Produto Nacional + SRRM


 Produto Nacional = Produto Nacional - SRRM
 SRRM = Rendimentos recebidos do RM - Rendimentos enviado para
RM
 Produto Bruto = Produto Líquido + Consumo do Capital Fixo (CCF)
 Produto Líquido = Produto Bruto - CCF

 Produto a pm = Pcf + Impostos indiretos - Subsídios à exploração


 Produto a cf = Ppm – Impostos indiretos – Subsídios à exploração

Produtos a preços correntes


É o produto contabilizado aos preços do ano em causa, isto é, a preços
nominais, incluindo o valor da inflação.

Produto a preços constantes


É o produto valorizado aos preços de um ano-base, permitindo calcular a
evolução real (em quantidade) da economia pois retira o efeito da
inflação.

ÓTICA DO RENDIMENTO
É o estudo da forma como o valor criado pela produção é utilizado na
remuneração dos fatores trabalho e capital, intervenientes no processo
produtivo.
 PIBcf = Remuneração do Trabalho + Remuneração do Capital
Excedente Bruto de Exploração (EBE)
 PIBpm = PIBcf + Impostos sobre a produção e importação - Subsídios à
exploração
Impostos Líquidos de Subsídios

 PNBpm = RNB = PIBpm + SRRM

 Rendimento Disponível dos Particulares = Rendimentos Primários +


Rendimentos Secundários – Impostos diretos e Contribuições Sociais
ÓTICA DA DESPESA
É a forma como se aplica os rendimentos resultantes do processo
produtivo, tendo em conta o seu destino e utilização, isto é, a partir das
despesas efetuadas.
 Consumo total – representa as despesas de consumo num país
> consumo privado – é o conjunto das despesas das Famílias,
Empresas e Instituições sem fins lucrativos ao
serviço das Famílias realizados na satisfação
das duas necessidades cm excesso da aquisição
de habitação
> consumo público – despesas efetuadas pelo Estado, necessárias
ao funcionamento da Administração Pública e
das necessidades coletivas da população
 Investimento ou FBC – destina-se à reposição ou ampliação da
capacidade produtiva do país e corresponde às
despesas com equipamento e instalações que
assegurem a produção futura e também inclui a
aquisição de habitação
> FBCF – corresponde à despesa que faz aumenta a capacidade
produtiva de uma economia e inclui às despesas efetuadas
pelas Empresas e pelo Estado e a aquisição de habitação
pelas Famílias
> VE – traduz as alterações no valor das existências em armazém
entre o início e o final do ano; se a variação for positiva
significa que houve um aumento das existências, o que
corresponde a um aumento da riqueza
 Exportações – corresponde à venda de bens e serviços realizada pelas
unidades residentes desse país às unidades não
residentes
aparecem como componente da despesa pois
constituem produto realizado no país tendo, por isso,
havido custos em território nacional com a sua
produção
 Importações – representam as despesas com a aquisição de bens e
serviços efetuadas pelas unidades residentes num país
exterior
terão de ser deduzidas pois os gastos com a sua
produção foram suportados pelas Empresas dos
respetivos países, isto é, países de origem

Exportações líquidas = valor das exportações - valor das importações

Procura Interna – corresponde às despesas de todos os residentes para


suportar a produção de bens e serviços em território nacional. Abrange
assim o consumo total e o investimento
= Consumo Público + Consumo Privado + Investimento

Consumo Total FBCF+VE

Procura Global – representa o conjunto de despesas realizadas por


residentes ou não residentes na aquisição de bens e
serviços produzidos em determinado território
= Procura Interna + Exportações

Consumo Total do Investimento

Despesa Interna – representa as despesas realizadas pelas unidades


residentes e não residentes em bens e serviços
produzidos em território nacional deduzida no valor das
importações
= Procura Interna - Importações  PIB

Despesa Nacional – representa os gastos efetuadas por todas as unidades


por todas as unidades institucionais residentes num país e para calcular
adiciona-se ao PIB (ou DI) o valor do SRRM.
= PIB + SRRM
Despesa Interna
Taxa de Cobertura das Importações
= Exportações x 100
Importações

Atividade Económica Global


> unidades registadas – economia oficial

> unidades não residentes – economia não oficial ou economia paralela


® economia subterrânea
 atividades legais
 atividades ilícitas
® economia informal

Limitações da Contabilidade Nacional


- pela recolha de informações
 não regista o valor de qualquer atividade ilícita
 a economia subterrânea não é contabilizada
 o autoconsumo não é considerado
 não tem em conta a natureza dos bens produzidos e não avalia os
danos ambientais
 não reflete o bem-estar da população
 a economia informal também não é possível de ser contabilizado

- pela interpretação dos resultados


 o produto não permite detetar desigualdades na repartição do
rendimento e o acesso a bens e serviços básicos por parte de uma
parcela da população
 os valores do produto não traduzem a qualidade de vida da
sociedade, as condições de trabalho, a importância social dos bens
produzidos, nem o acesso a bens coletivos
As externalidades
São efeitos que a atividade produtiva exerce sobre terceiros, em medio e a
longa prazo, e que podem ser de carácter benéfico (positivas) ou
prejudicial (negativas).
® positivas: educação, investigação científica, construção de estradas e
pontes
® negativas: descargas poluentes, extração de lítio, produção de vernizes

RESUMO
Ótica do Produto
 PIBcf = VAB
 PIBpm = PIBcf + impostos - subsídios à exploração
 PIL = PIB - CCF
 PNB = PIB + SRRM // = PNL + CCF
 PNL = PIL + SRRM

Ótica do Rendimento
 PIBcf = Remuneração do trabalho + EBE
 PIBpm = PIBcf + impostos - subsídios à exploração
 PNBpm = PIBpm + SRRM
 Rendimento Disponível dos Particulares = Rendimentos Primários +
Rendimentos Secundários - impostos + subsídios à exploração

Ótica da Despesa
 Procura Interna = Consumo Total + Investimento
 Procura Global = Procura Interna + Exportações
 Despesa Interna = Procura Global – Importações // Procura Interna
+ Exportações líquidas
 Despesa Nacional = Despesa Interna + SRRM

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