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Resumos de História

- O Estalinismo:
A governação de Joseph Stalin na União Soviética foi caracterizada por uma
abordagem centralizada e autoritária da economia e da política. Na economia, ele
implementou o sistema de planejamento centralizado conhecido como o "Comunismo
de Estado", onde o Estado controlava todos os aspetos da produção e distribuição de
bens. Isso incluía a coletivização forçada da agricultura e a industrialização acelerada,
acompanhada por uma intensa campanha de repressão contra os camponeses e a
classe trabalhadora.

Na ação política, Stalin liderou uma intensa repressão contra dissidentes políticos,
incluindo purgas massivas de funcionários do Partido Comunista e do governo, além de
campanhas de terror contra a população em geral. Ele estabeleceu uma cultura de
medo e obediência que durou até sua morte em 1953. Stalin também buscou expandir
o poder soviético no exterior, liderando a União Soviética na Segunda Guerra Mundial
e posteriormente estabelecendo regimes comunistas em países da Europa Oriental.

Em resumo, a governação de Stalin foi marcada por um rigoroso controle estatal da


economia e uma abordagem autoritária e repressiva da política, que resultou em uma
época de intensa opressão e privação para a população soviética.

- O “New Deal”
O "New Deal" foi um programa de reformas econômicas e sociais implementado pelo
presidente Franklin D. Roosevelt nos Estados Unidos da América durante a "Grande
Depressão" dos anos 30. Ele teve como objetivo ajudar a população americana a
superar as dificuldades geradas pela crise econômica, incluindo o alto nível de
desemprego e a queda do poder de compra.

O New Deal representou uma mudança significativa na abordagem do Estado


americano em relação à economia. Antes da crise, a filosofia econômica dominante no
país era a de que o mercado deveria ser deixado livre para se autorregular. No
entanto, com a magnitude da crise da "Grande Depressão", a administração Roosevelt
entendeu que era necessária uma intervenção direta do Estado para ajudar a
economia a se recuperar.

Como resultado, o New Deal incluiu medidas como a criação de agências


governamentais para fornecer emprego e apoio financeiro às pessoas em necessidade,
a regulamentação financeira para evitar futuras crises econômicas, e a reforma social
para proteger os grupos mais vulneráveis da sociedade. Essas medidas representaram
uma ampliação significativa da presença do Estado na economia americana e na vida
das pessoas, e foram vistas como um passo importante na construção de uma
economia mais justa e equilibrada.
- A Frente Popular
A formação de coligações de Frente Popular foi uma resposta ao surgimento e
afirmação de forças de extrema-direita na Europa nos anos 30. Estas coligações
reuniram partidos de esquerda, incluindo comunistas, socialistas e radicais, com o
objetivo de combater o crescimento do fascismo e da extrema-direita, que ameaçavam
as democracias na Europa.
Na França e na Espanha, por exemplo, a Frente Popular foi formada como uma
coligação eleitoral de partidos de esquerda com o objetivo de combater o crescimento
de forças de extrema-direita, como o Partido dos Trabalhadores Franceses na França e
os levantes militares na Espanha. Embora a Frente Popular tenha ganho as eleições em
1936 na França, ela não foi capaz de implementar suas políticas devido à oposição dos
conservadores e dos militares. Na Espanha, a Frente Popular levou à Guerra Civil
Espanhola, que terminou com a vitória do regime fascista liderado por Francisco
Franco.
A formação de coligações de Frente Popular foi uma tentativa de unir forças de
esquerda na luta contra o fascismo e a extrema-direita, mas muitas vezes enfrentou
obstáculos políticos e militares. No entanto, ainda assim, representou uma resposta à
ameaça crescente do fascismo na Europa dos anos 30.

- O Estado Novo
O Estado Novo português foi um regime antiliberal, conservador, nacional-colonialista
e corporativista que governou Portugal de 1933 a 1974. O regime foi estabelecido pelo
chefe do Estado, António de Oliveira Salazar, que buscou fortalecer o poder do Estado
e restaurar a ordem econômica e política após uma década de instabilidade política e
social.
O Estado Novo foi antiliberal porque restringiu a liberdade individual e a democracia,
controlando a imprensa, monitorando a oposição política e reprimindo qualquer forma
de dissentimento. Além disso, o regime implementou políticas conservadoras que
reforçaram a tradição e a autoridade, incluindo a moralização da sociedade e o
fortalecimento do papel da igreja católica.
O Estado Novo também foi nacional-colonialista, pois buscou consolidar o domínio
colonial português sobre as suas colônias e expandir o prestígio da nação portuguesa
no mundo. Além disso, o regime implementou políticas corporativistas, estabelecendo
um sistema de representação corporativa em que os trabalhadores, empresários e
outros grupos de interesse eram representados por sindicatos e corporações
controladas pelo Estado.
O Estado Novo também se aproximou do modelo fascista italiano, compartilhando
características como a concentração de poder no Estado, a repressão da oposição
política, a celebração da nação e da tradição, e a promoção do nacionalismo. No
entanto, ao contrário do regime fascista italiano, o Estado Novo não cultivou uma
cultura de guerra e conquista territorial. Em vez disso, procurou estabelecer uma
relação de cooperação com outros países e manter a paz.

- Enquadramento da população
O Estado Novo português buscou enquadrar a população através da propaganda e da
"política do espírito". A propaganda foi usada para reforçar a imagem do Estado Novo
como um regime forte, estável e benéfico para a nação, ao mesmo tempo em que
desqualificava e denunciava as ideias democráticas, liberais e socialistas. Além disso, a
propaganda também celebrava valores como a tradição, a religião, a família e a pátria,
a fim de promover a lealdade à nação e ao regime.

A "política do espírito" foi uma iniciativa cultural do Estado Novo, visando moldar o
comportamento da população e impor valores conservadores e nacionalistas. Esta
política incluiu a promoção da educação moral e patriótica nas escolas, a regulação dos
meios de comunicação e a produção de propaganda cultural.

Além da propaganda e da "política do espírito", o Estado Novo também usou


mecanismos repressivos para controlar a população. A polícia secreta e a censura
foram usadas para reprimir a oposição política, a dissidência e a liberdade de
expressão. Além disso, o regime manteve prisões políticas e usou a tortura para
intimidar e controlar aqueles que desafiassem o regime.

- O Modelo Económico
O modelo econômico do Estado Novo português era fortemente intervencionista e
autárquico, ou seja, o Estado controlava de forma centralizada a economia e buscava a
independência econômica do país.
Neste modelo, o Estado tinha um papel ativo na regulação e na direção da economia,
intervindo em setores-chave como a produção agrícola, a indústria e o comércio. Além
disso, o Estado controlava a moeda, as tarifas alfandegárias e a política monetária,
visando proteger a economia nacional.
A economia portuguesa estava submetida aos imperativos políticos do Estado Novo, o
que significa que as decisões econômicas eram tomadas com base nas prioridades
políticas do regime, em vez de serem guiadas pela lei da oferta e da procura.
O objetivo principal da política econômica do Estado Novo era ajudar a manter o poder
político do regime e garantir a estabilidade econômica do país. No entanto, esta
abordagem autárquica e intervencionista limitou o crescimento econômico e a
competitividade da economia portuguesa, ao mesmo tempo em que favorecia alguns
grupos econômicos em detrimento de outros.
- A irradiação do fascismo
A difusão do fascismo na Europa e em outros continentes durante a década de 1930
foi motivada por uma série de fatores, incluindo a crise econômica e política da época,
a insatisfação com a democracia liberal e a ascensão do nacionalismo e do militarismo.
Na Europa, países como Itália, Alemanha, Espanha e Portugal adotaram regimes
fascistas, enquanto outros países, como França e Grã-Bretanha, viram o crescimento
de movimentos fascistas e outros extremistas. Além disso, o fascismo também teve
uma presença significativa na América Latina, Ásia e África, onde grupos fascistas
surgiram como uma resposta ao colonialismo e à globalização.
A ideologia fascista, que valoriza o nacionalismo, o militarismo e a autoridade
autocrática, atraiu muitos seguidores, especialmente entre as classes médias
descontentes e as elites militares. O fascismo também se aproveitou da propaganda e
da manipulação dos meios de comunicação para expandir sua influência e conquistar
novos seguidores.

- A SDN
A Sociedade das Nações e os Estados democráticos foram incapazes de reconhecer e
impedir a ascensão do nacionalismo, do rearmamento e da formação de alianças
político-militares que deram origem a manifestações de imperialismo nos anos 30 do
século XX. A Sociedade das Nações, criada após a Primeira Guerra Mundial para
manter a paz mundial, foi ineficaz em lidar com as questões políticas e militares da
época, como a agressão italiana na Etiópia e a expansão alemã. Além disso, a
passividade dos Estados democráticos, que se recusavam a intervir na política
internacional, contribuiu para o aumento do nacionalismo e do militarismo.
A falta de ação dos países democráticos permitiu a exaltação dos nacionalismos, o
rearmamento e a formação de alianças político-militares que levaram à expansão
imperialista e à Segunda Guerra Mundial. O imperialismo, que se concentrou na
aquisição de territórios e no aumento do poder econômico e militar, foi um dos fatores
que contribuíram para a instabilidade política e militar da época e para a intensificação
da guerra.

- A mundialização da 2ª Guerra Mundial


A Segunda Guerra Mundial foi uma guerra mundial que envolveu a maioria das nações
do mundo, incluindo todas as grandes potências, organizadas em duas alianças
opostas: os Aliados e as Potências do Eixo. O conflito começou na Europa com o
ataque alemão à Polônia em 1 de setembro de 1939, mas rapidamente se espalhou
para outros continentes, incluindo a Ásia e a África.
A mundialização do conflito foi impulsionada por uma série de fatores, incluindo a
expansão imperialista, a crescente rivalidade entre as grandes potências, a guerra
econômica e a perda de confiança nas instituições internacionais. Além disso, a
intensificação da guerra na Europa e a entrada dos Estados Unidos na guerra após o
ataque japonês a Pearl Harbor em dezembro de 1941, levaram ao envolvimento global
do conflito.
A Segunda Guerra Mundial foi uma guerra global que teve um impacto profundo nas
nações e nas vidas das pessoas em todo o mundo. A guerra resultou em milhões de
mortes, destruição em larga escala e mudanças profundas na política e na economia
mundial. A vitória dos Aliados contra as Potências do Eixo significou o fim da guerra,
mas também levou a uma nova ordem mundial, com a formação da ONU e o início da
Guerra Fria.

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