Você está na página 1de 6

Resumos História 12º ano

2º período 1º teste

Resumo pág 161 até 175

Da ditatura de Salazar ao Estado Novo

- De 1926 a 1933 a ditadura militar foi caracterizada por uma grande instabilidade política e
desentendimentos entre militares que provocava uma sucessiva mudança de governos e
presidentes: entre 1926 e 1932 houve 7 governos e 12 ministros das finanças. Entre 1926 e
1951 Oscar Carmona foi um dos impulsionadores da ascenção de Salazar, que se destacou
como ministro das finanças, pois pela primeira vez houve um saldo positivo no orçamento de
Estado. Deu-se o chamado milagre financeiro e Salazar foi chamdo de “pai da pátria”. Em 1932
foi nomeado chefe de governo. A partir de 1933 publicou o estatuto do trabalho nacional e a
Constituição de 1933 que consagrou um novo regime político- Estado Novo

Características do Estado-Novo

 Forte autoritarismo do Estado;


 Sujeição das liberdades indivíduais à Nação;
 Repudiou o liberalismo, a democracia e o Parlamentarismo;
 Caráter corporativo, conservador e nacionalista.

Apoiantes

 Católicos;
 Grandes proprietários agrários;
 Alta burguesia ligada ao comércio externo e colonial;
 Média e baixa burguesia;
 Monárquicos e simpatizantes dos ideais fascistas.

Conservadorismo e tradição

 Salazar defendia a triologia “Deus, pátria e família”, família remediada trabalhadora e


religiosa em que o chefe de família é o pai;
 Salazar crítica a sociedade urbana e indústrial e enalteceu o mundo rural;
 A mulher tinha um papel passivo no pontode vista económico, social, político e
cultural;
 Protegeu-se a religião católica com a Concordata e Acordo Missionário realizados em
1940 e com a revisão da Constituição em que a religião Católica era defendida como a
religião da nação portuguesa em 1951.
Culto do chefe e nacionalismo

 Salazar era considerado “salvador da pátria”, defendia um nacionalismo exacerbado


(exagerado) “Tudo pela Nação, nada contra a Nação”. Os portugueses tinham
qualidades ímpares como a grandeza da História, a ação evangelista e a integração
racial levada a cabo pelo Império Colonial.

Autoritarismo

 À semelhança do fascismo italiano, afirmou-se antiliberal, antidemocrático e


antiparlamentar. O presidente do concelho era o garante de um Estado forte e
autoritário.

Corporativismo

 À semelhança com o fascismo italiano, Salazar pretendia o fortaleciemento do Estado


através das corporações representadas por indivíduos que se agrupavam pelas suas
funções e interesses. Estas corporações eram um meio do Estado Novo controlar a
economia e as relações laborais.

O enquadramento das massas

O Estado Novo pode ser explicado por várias instituições e processos que conseguiram
enquadrar as massas e obter a sua adesão ao projeto do regime.

A primeira instituição foi o Secretariado da Propaganda Nacional (SPN), criado em 1933 por
António Ferro, desempenhou um papel crucial na promoção dos ideais do regime e na
preservação da cultura e das artes.

Em 1930, foi fundada a União Nacional para unir todos os cidadãos portugueses e apoiar as
atividades políticas do governo, com o objetivo de criar uma organização apartidária que
representasse uma ameaça significativa para a nação.

Por isso a unanimidade proposta no Estado Novo só foi possível com a eliminação dos
partidos políticos e severa restrição à liberdade de expressão. Em 1934, ocorreram as primeiras
eleições legislativas dentro do novo quadrilátero político, com os 90 membros eleitos
pertencentes à União Nacional.

Em 1936, o dogmatismo e a intransigência no Estado Novo cresceram devido à derrota da


Frente Popular em França e ao fim da Guerra Civil Espanhola. Fez-se crer que a ameaça
bolchevista pairava sobre o país e, consequente-mente, apertou-se o controlo sobre a
população. Os funcionários públicos foram obrigados a fazer prova da sua fidelidade ao regime
através de um juramento.

A Mocidade portuguesa, inscrição obrigatória para jovens dos 7 aos 14 anos, tinha como
objetivo ideologizar a juventude, incutindo os valores nacionalistas e patrióticos do Estado
Novo. A Legião Portuguesa defendeu a herança espiritual da nação, o estado corporativo e o
medo bolchevista. Na década de 1940, contava com cerca de 20 mil associados, tendo a sua
filiação papel obrigatório para determinados cargos públicos. As organizações tinham uma
estrutura interna que lembrava os confederados italianos, vestindo uniformes verdes e
adotando a saudação romana.

O ensino, especialmente ao primário e secundário, foi controlado, com a expulsão dos


professores opositores e "livros únicos" oficiais, que veiculavam os valores do Estado Novo, em
relação aos princípios da doutrina e da moral cristã.

Enfim, nada parecia escapar à esfera do Estado Novo. Em 1935, surgiu o Fundo Nacional de
Alegria no Trabalho (FNAT), que controlava o tempo livre dos trabalhadores e proporcionava
atividades recreativas e educativas. Em 1936, foi criada a Obra das Mães pela Educação
Nacional, com o objetivo de formar "futuras mulheres e mães".

O aparelho repressivo do Estado

Como outros regimes ditatoriais, o Estado Novo rodeou-se de um aparelho repressivo que
amparava e perpetuava a sua ação.

A censura prévia na literatura, teatro, cinema, rádio e televisão cobria questões políticas,
militares, morais e religiosas, assumindo muitas vezes um caráter de uma ditadura intelectual.
A censura “azul ou vermelho” impediu a difusão de palavras e imagens “subversivas” à
ideologia do Estado Novo.

A polícia política, conhecida como Polícia de Vigilância e Defesa do Estado (PVDE), após 1945-
PIDE foi criada para capturar, torturar e matar opositores ao regime. A política política foi
altamente poderosa na vida nacional devido à protecção e impunidade dos seus membros, à
rede de desinformação e ao inspirador clima de terror.

As maiores vítimas foram militantes e apoiantes do Partido Comunista Português. Detidas, as


vítimas podiam permanecer sem acusação durante meses ou anos. Ameaças incomunicáveis e
nenhuma visita de familiares ou advogados foram recebidas. Os presos estavam detidos em
Caxias e Peniche, bem como no campo do Tarrafal, em Santiago, Cabo Verde.
Resumo Pág 195, 197, 198

Guerra civil Espanhola

Fev 1936- Triunfo da Frente Popular (forças de esquerda/republicanos):

Medidas:

 Decretrou a amnistia dos presos politícos;


 Laicização da Igrja do Estado;
 Decretou o direito à greve e ocupação de terras não cultiváveis;
 Aumento dos salários em 15%.

- Em julho de 1936 teve início um golpe militar contra o governo republicano, legitimamente
eleito. Eclodiu primeiro em Marrocos e estendeu-se depois às guarnições militares de toda a
Espanha, conduzindo a uma guerra civil que durou três anos. Esta guerra foi uma manifestação
do intenso confronto ideológico que marcou a década de 1930 e que opôs o fascismo, o
comunismo e a democracia liberal.

A Espanha enfrentou um conflito que opôs, durante três anos, dois grupos armados opostos
que lutaram pelo controlo do Estado:

 Republicanos: De um lado, o bloco dos republicanos, designados de “vermelhos” ou


“comunistas” pelos inimigos. Era constituído pelas forças políticas de esquerda, que
defendiam o governo da Segunda República. Apoiados pela URSS;

 Nacionalistas: No campo político oposto estavam os nacionalistas, os “fascistas”,


segundo os seus inimigos. Eram militares que se tinham sublevado contra o governo
republicano e que contavam com o apoio dos grupos de direita
contrarrevolucionários e antirrepublicanos. O conflito dividiu o país e dividiu as
famílias entre os que apoiavam os rebeldes e os que se mantinham fiéis ao governo
republicano. O uso da violência extrema foi generalizado. Estes eram apoiados por
Portugal, Alemanha e Itália.

França e Inglaterra defendiam uma politíca de não intervenção, pois consideravam que era
uma luta entre fascismo e comunismo e que com a sua intervenção podia verificar-se uma
abertura para os regimes totalitários se imporem.

Hitler (Alemanha), Mussulini (Itália) e Salazar (Portugal) para além de terem ideologias
políticas semelhantes aos nacionalistas, tinham motivos estratégicos, tais como:

 Itália: Pretendia defender o seu dominio ao mediterrâneo ocidental;


 Alemanha: Testava o seu material bélico (tanques e aviões) para a segunda guerra
mundial;
 Portugal: Inicialmente partilhava a ideia de não intervenção, mais tarde apoia os
nacionalistas. Muito do armamento da Alemanha chegava a Espanha via Portugal.

1936- Pacto Anti-Komiten / Berlim – Tóquio

Resumo Pág 203 e 205


2º Guerra Mundial

1 setembro de 1939 a 1945 - Início da 2ª guerra Mundial, dividiu-se em dois grandes grupos:

Aliados Eixo
- França - Alemanha
- Inglaterra - Japão
- EUA - Itália
- URSS

Antecedentes

Como sabemos, as ditaduras espalharam-se no continete europeu, ao longo da década de 30.


Estas foram alimentadas pelos efeitos da Grande Depressão de 1929 que originou
desemprego e rotura económica e pela descrença na capacidade de a democracia
parlamentar solucionar os problemas.

 No Japão, o imperador Heroito exerceu o seu poder absoluto apoiado no absolutismo e


em 1931 o Japão invade a Manchúria.

 Em 1936 celebração do Pacto Eixo Roma – Berlim e também Berlim-Tóquio.

 Também em 1936 Itália conquista a Etiópia.

 Alemanha anciosa pela conquista do espaço vital vai remilitarizar-se, e em 1938 anexa
a Aútria e o território dos Sudetas (Republica Checa).

 França e Inglaterra empenhadas em preservar a paz, iam sedendo ao imperialismo


destes países.

 1 de setembro de 1939, invasão da Alemanha à Polónia e início da 2ª Guerra Mundial

Mundialização da Guerra – etapas

1ª fase de 1939-1942: As forças do eixo (Alemanha, Japão, e Itália), estenderam o seu dominío
à grande parte do mundo, nomeadamente da Europa. Após a invasão da Polónia assistiu-se à
chamada “guerra relâmpago” sobre a Europa. Em 1941 dá-se a entrada dos EUA e URSS na
guerra ao lado dos aliados, devido em parte, à distruição de Pearl Harbor pelo Japão.

2ª fase de 1942-1943: Nesta fase verifica-se uma contraofensiva dos aliados. É o momento de
viragem na guerra. Os aliados alcançavam vitórias nas seguintes batalhas:

- Batalha Midway-Pacifico em Junho de 1942;

- Batalha El Alamein em outubro e novembro de 1942;

- Batalha Guadalcanal-Pacifico em agosto de 1942 a fevereiro de 1943;

- Batalha Estalinegrado-URSS em agosto de 1942 a fevereiro de 1943.


3ª fase de 1943-1945: Anos desfavoráveis para o Eixo. A Europa é liberta e a Alemanha
aniquilada que capitula (pedir paz) a 8 de maio de 1945. Na Àsia dá-se a rendição do japão
como lançamento das duas bombas atómicas sobre Hisoshima e Nagasaki.

Consequências da Guerra

 Europa esgotada e destruída;


 Mortes e inválidos aos milhares;
 Aparecimento do mundo bipolar.

Confer

Você também pode gostar