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Mudanças na Europa
Em abril 3 de 1939 Francisco Franco faz um discurso no qual conclama: “Espanhóis, alerta!
Espanha segue em guerra contra todo inimigo do interior e do exterior”. A propaganda
utilizada de forma unilateral pelos vencedores contra los rojos∗∗ Pode-se afirmar que foi um
período aproveitado por aqueles que faziam parte do lado vencedor para conseguirem mais
facilmente acesso a cargos públicos e diversas sinecuras. O exílio de intelectuais, de técnicos e
de mão de obra qualificada, resultou da mudança do pessoal da Administração Governamental
e trouxe à Madri núcleos populacionais originários das províncias que haviam sido “zona
franquista” durante a guerra, bem como de outras zonas empobrecidas da Espanha.
O Franquismo
A economia
Política exterior
Esse apoio, mais ideológico do que militar de Franco aos regimes fascistas,
acarretou à Espanha um período de isolamento internacional, marcado pela
sua ausência com relação ao Plano Marshall e pela sua falta de
representação na Organização das Nações Unidas (ONU).
Fortes mudanças na conjuntura mundial
Franco tentou uma aproximação com Churchill (estadista britânico), na
expectativa da Espanha ser convidada a intervir numa futura organização
mundial. A ONU condenou o regime de Franco, aconselhando a retirada de
embaixadores do país, em 1946.
Somente em 1955 a Espanha tornou-se parte da ONU. Já a aproximação
com os Estados Unidos aconteceu antes, em 1953.
Os meios idealizados por Franco para alcançar a simpatia e a proteção dos
dois países, e as consequentes vantagens dessa aliança, incluíam a
estabilização da institucionalização governamental, inclusive através de
uma “aproximação” com a monarquia exilada. Era preciso, também, que o
“nacional-sindicalismo” fosse esquecido, de modo que essas pequenas
alterações formais fizessem com que o regime fosse apresentável frente às
potências ocidentais.
Políticas internas
Em 1947, teve início uma propaganda laudatória do regime, com slogans que
promoviam um clima de medo ao comunismo, relembrando sempre os
horrores rojos, além de exaltar as vantagens proporcionadas por Franco aos
comerciantes, proprietários, católicos, mulheres, entre outros.
No mesmo ano, Franco outorgou a Lei de Sucessão, criando o Conselho do
Reino e o Conselho da Coroa, e regulando o mecanismo de sucessão que, em
definitivo, dependia inteiramente de Franco, que podia, inclusive, retificar o
nome de seu sucessor designado até seu último dia de vida.
Agosto de 1948 ocorreu um encontro entre Don Juan, herdeiro legítimo do
trono espanhol, e Franco, a bordo do iate “Azor”.
em novembro de 1948, o futuro rei Juan Carlos retornou para a Espanha para
fazer seus estudos em seu próprio país, sob a tutela de Franco.
a década de 50, a política espanhola sofreu mudanças, ainda que não
essenciais: as econômicas, com a mudança da burguesia agrária pela burguesia
comercial e financeira como bloco dominante; as sociais, um crescimento
irregular da população, o êxodo rural em direção às cidades adquiriu um
caráter massivo e a diminuição demográfica ocorrida em áreas inteiras, como
Castilla, Aragón, Galícia interior, entre outras. Ocorreu um abismo entre os
salários reais e a condição de vida da população, o que ocasionou greves em
algumas cidades, como Bilbao, no País Basco.