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CONTEXTO HISTÓRICO

A Espanha perdurou-se em um cenário político perturbado desde a conquista da Europa por


Napoleão. Em 1808 Napoleão escolher a Espanha para dominar, que na época era governada pela
Casa Bourbon (f amília nobre europeia), quando a Família Bourbon abandonou o governo deixando o
país à mercê do exército f rancês, Napoleão colocou seu irmão, José Bonaparte, no poder. Nesse
cenário, o povo espanhol rebelou-se a começaram a surgir revoltas dentro do país, nada que
atormentasse Napoleão, porém a Inglaterra que travava disputas com o chef e de estado, f inanciou
um conf lito que se tornou sério e acabou balançando mais ainda o cenário político da Espanha.

Em 1813, França e Espanha assinaram um tratado e Fernando VII, da f amília Bourbon, voltou ao
poder da Espanha. Nessa época a Espanha ocorria um conf lito no seio Espanhol, entre a velha
nobreza espanhola e os liberais logo, houve uma guerra dentro do governo espanhol entre Carlos de
Bourbon (Monarquista absolutista) que def endia os Carlistas X Rainha Isabel II (Regime liberal) que
def endia os Cristinos. A Rainha saiu vitoriosa e em 1833 começou a era presidencial da Espanha,
que continuou dividida, essa era durou até 1868 e resultou em uma Espanha f alida.

Após esse período começou o Sexênio Revo lucionário, que durou dois anos, e f oi uma era onde
diversos grupos começaram a ter voz dentro da sociedade espanhola, visto que os sindicatos
estavam mais organizados. Como o governo estava muito desorganizado a solução encontrada f oi a
coroação do rei italiano Amadeu I em 1870, já que os nobres eram todos aliados na Europa, porém
como a Espanha estava quebrada e perdendo cada vez mais colônias Rei Amadeu I abdicou em
1873. A última opção f oi reestabelecer a 1ª República Espanhola, que f oi muito turbulenta , tendo
aproximadamente 5 presidentes em menos de dois anos.

Em 1874 o General Arsenio Martinez (Pró -monarquista) que era chef e do exército espanhol, usou
seu poder para reestabelecer a dinastia Bourbon, com o Rei Af onso XII. Entretanto a proposta de
tranquilidade f oi por “água abaixo” com os republicanos insatisf eitos com a realeza ditando regras em
um período de miséria. Durante todo o período em que Af onso governou a Espanha nutria revoltas
internas, mas se mantia calada sobre as revoltas externas, até mesmo durante a 1ª Guerra Mundial,
em que a Espanha f oi o único país a anunciar a gripe espanhola (que não era espanhola). O governo
do Rei apesar de ter tranquilizado um pouco a política, não agradava muitos os cidadãos espanhóis.
Com o plano armado o General Miguel Primo de Rivera y Orbaneja comandante de grande parte dos
quartéis espanhóis, muito insatisf eito com o governo do rei resolve começar um caso de amor com o
rei visando um golpe, que acontece em 13 de maio de 1923, o general vira ditador e esti ngue
partidos políticos e dissolve o parlamento espanhol, isso com ajuda de Af onso XIII que o declarou
chef e do governo espanhol. A partir disso começou a demonstração de uma ditadura, nessa época
Mussolini já havia revolucionado a Itália. Como Primo não era muito carismático, o povo espanhol
não caiu nas suas f alácias e promessas. O Rei Af onso então o demite deixando uma brecha para a
Segunda República, nas eleições os rupublicanos obtiveram uma votação consagradora. Com os
republicanos no poder uma série de prédios monárquicos e católicos f oram saqueados e destruídos.
Em razão da chegada dos comunistas ao poder e da crise que assolou toda a Europa em 1929
deixando Espanha ainda mais devastada, em 1936 começou a Guerra Civil espanhola.

A GUERRA CIVIL ESPANHOLA

Apesar de ter havido uma polarização nítida no desenvolvimento do conf lito, a Guerra Civil
Espanhola não pode ser resumida pura e simplesmente no embate entre direita e esquerda na
Espanha, pois cada um desses campos era segmentado e bastante complexo.

Durante a guerra, houve a participação direta das f orças militares do nazismo, que apoiaram
Franco, e do comunismo internacional, principalmente o soviético, que apoiou a Frente Popular. Muitos
escritores de esquerda, como George Orwell, Ernest Hemingway e John dos Passos lutaram ao lado
dos comunistas espanhóis.

Essa internacionalização da guerra tornou a Espanha uma espécie de “centro de testes” de


armamentos novos. A cidade de Guernica, por exemplo, f oi alvo do bombardeio de uma sof isticada
f rota de aviões da aeronáutica nazista da época – esse episódio f icou marcado pela pintura f eita por
Pablo Picasso.
A guerra teve f im em 1939, às vésperas da Segunda Guerra Mundial, com a vitória dos
nacionalistas. Francisco Franco, aliado ao f ascismo e ao nazismo, permaneceu no poder durante todo
o período da guerra e também depois, sendo chef e de Estado até 1975.

O FRANQUISMO

Uma vez no poder o ditador tinha militares ao seu lado na luta contra resquícios da república espanhola,
começou então uma onda agressiva de assassinatos, crimes a autoritarismo. O terror branco, como
f icou conhecido o período f atal direcionou seus rif les as classes contrárias ao seu regime. A principal
característica do f ranquismo é sua inclinação ao conservadorismo nacional baseado no nacionali smo
da “Unidade Nacional Espanhola”. A despeito disso, este regime ditatorial mantinha a divisão de
poderes (Legislativo, Executivo, Judiciário) apenas como uma aparência.

As liberdades individuais e os direitos civis f oram limitadas e violadas diante da g rande repressão aos
opositores do sistema, os quais eram eliminados f isicamente.

Este tipo de atitude emanava de um Estado autoritário e corporativo que apregoava um discurso
romântico nacionalista, catolicista, anticomunismo e tradicionalista, o qual, por sua vez, estava
centrado na f igura do Ditador, enaltecido constantemente por meio de propagandas de Estado.

Por f im, vale apontar alguns números do f ranquismo: 300.000 pessoas aprisionadas em prisões de
trabalho disciplinatório; dezenas de milhares enviad as ao exílio; 150.000 f uzilados por causas políticas
e mais de 30.000 desaparecidos.

Francisco Franco f aleceu em 20 de novembro de 1975, após a decisão de sua f amília de desligar os
equipamentos que o mantinham com vida.

Com a morte do ditador, iniciou-se na Espanha um processo de transição política, liderado por Juan
Carlos de Borbón, sucessor de Franco. Dessa f orma, a democracia liberal f oi restaurada no país,
colocando f im à ditadura f ranquista.

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