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Escola Estadual Monsenhor José Paulino

Trabalho de história

Nomes: Beatriz De Souza Santos


Micaely Silva Barcelos

Série: 3°4
A Guerra Civil Espanhola

•O que foi a Guerra Civil?

A Guerra Civil Espanhola foi um conflito que aconteceu na Espanha entre 1936 e 1939 e
foi motivada pela disputa do poder espanhol entre dois grupos: republicanos e nacionalistas.
Os republicanos, alinhados com a esquerda política e o comunismo, e os nacionalistas,
alinhados com a direita e o nazifascismo.
O conflito é considerado pelos historiadores um sinal da Segunda Guerra Mundial, pois
colocou indiretamente as forças que protagonizaram a grande guerra, de 1939 a 1945.
Nesse conflito, as tropas nazifascistas, lideradas por Adolf Hitler, da Alemanha, e Benito
Mussolini, da Itália, utilizaram seus novos armamentos bélicos como um “ensaio geral” para
a Segunda Guerra Mundial, que estava prestes a começar. O saldo do conflito civil na
Espanha, após quase três anos, foi de aproximadamente 500 mil mortos.

O estopim para essa guerra civil foi o golpe de Estado orquestrado por Francisco Franco.
As tropas governistas lutaram contra as tropas franquistas até a vitória de Franco, em 1939,
deflagrando o regime totalitário que ficou conhecido como franquismo.

A guerra na Espanha colocou o Movimento Nacional (de direita) na luta contra a Frente
Popular (de esquerda). Os grupos de direita na Espanha receberam intenso apoio do
regime fascista da Itália e do regime nazista da Alemanha. Os governos de Itália e
Alemanha enviavam ajuda financeira, em armamentos e em soldados, ao longo da Guerra
Civil Espanhola.

Já os grupos de esquerda (Frente Popular) receberam, em parte, apoio do regime soviético


liderado por Stálin. Entretanto, a influência soviética no conflito procurou neutralizar a
atuação de outros grupos de esquerda que possuíam ligação ideológica diversa do
comunismo soviético (os grupos anarquistas, por exemplo).
Início da Guerra Civil Espanhola
A Espanha viveu um período de desordem interna entre 1931 a 1936. Algumas facções
mais radicias aproveitaram para destruir templos católicos, invadir terras e fazer justiça com
as próprias mãos.
Em fevereiro de 1936, a Frente Popular reunindo vários setores democráticos e de
esquerda – socialistas, comunistas, anarquistas, liberais – elegeu Manuel Azaña como
presidente.
Pouco tempo após as eleições, o Exército, sob a liderança do general Francisco Franco, se
rebelou contra o novo governo. Começava a Guerra Civil Espanhola com uma tentativa de
golpe de Estado em 17 de julho de 1936.
O conflito trazia de um lado os falangistas e do outro, populares e de esquerda. Os
primeiros tinham apoio militar da Itália fascista e da Alemanha nazista, que usou a Espanha
como centro de experimentação de suas novas e potentes armas.
Do outro lado, estavam as forças populares e democráticas. Essas recebiam um pequeno
apoio da União Soviética e das Brigadas Internacionais, que eram formadas por voluntários
operários e intelectuais de outros países.
Países democráticos como a França e Inglaterra não se envolveram no conflito.

Causas da Guerra Civil Espanhola

As causas da Guerra Civil Espanhola foram:

•Chegada dos comunistas ao poder na Espanha influenciados pela União Soviética.


•Crise econômica e política que ameaçava a ordem social.
•Fortalecimento do movimento nacionalista, liderado pelo General Franco com apoio dos
nazifascistas.

Grupos envolvidos na Guerra Civil Espanhola

Os grupos envolvidos na Guerra Civil Espanhola foram:

•Frente Popular: formada por comunistas, contando com apoio da União Soviética.
Movimento Nacionalista: formado por conservadores e nacionalistas, liderados pelo general
Francisco Franco, recebendo apoio nazifascista.
•Por conta desse apoio internacional, os dois grupos receberam armamentos sofisticados e
tiveram treinamentos de guerra para melhor combater seus inimigos.

Antecedentes históricos da Guerra Civil Espanhola

A Espanha enfrentava sucessivas crises políticas e econômicas desde o começo do século


XX. Essa instabilidade provocava o empobrecimento da maioria da população e motivava a
organização de manifestações contra o caos social e o governo. Partidos de esquerda,
fortalecidos pela ascensão da União Soviética, organizaram greves contra a situação vivida
pelos espanhóis. Por outro lado, grupos fascistas saíram às ruas usando a força para conter
essas manifestações.
Nazifascismo e a Guerra Civil Espanhola

O nazifascismo apoiou o Movimento Nacionalista liderado pelo general Franco. Esse apoio
se materializou no envio de tropas e aviões construídos por alemães e italianos.

Desde meados dos anos 1920, o nazismo, na Alemanha, e o fascismo, na Itália, se


fortaleciam, e sua ideologia totalitária, ou seja, o poder total do governo e de seu líder sobre
a sociedade, se espalhava pela Europa e por outros países. O apoio de Hitler e Mussolini a
Franco não se materializou apenas na questão bélica, mas na composição de governo,
tendo em vista que, após derrotar seus inimigos na guerra civil, Franco governou os
espanhóis de forma autoritária e violenta.

Consequências da Guerra Civil Espanhola

A chegada de Francisco Franco ao governo espanhol promoveu a expansão do totalitarismo


para outros países além da Alemanha, Itália e União Soviética. A ideologia nazifascista
motivou conflitos que resultaram na Guerra Civil Espanhola e em outros países fora da
Europa, como o Brasil. Na década de 1930, surgiu a Ação Integralista Brasileira, de
inspiração fascista e liderada por Plínio Salgado, que defendia um estado forte, controlador
e contrário a seus opositores.
A Guerra Civil Espanhola foi um prenúncio da Segunda Guerra Mundial, pois alemães e
italianos puderam mostrar ao mundo seus armamentos e o poder letal que possuíam. De
fato, as armas usadas na Espanha entre 1936 e 1939 foram usadas no conflito mundial,
principalmente os aviões de guerra.
A Guerra Civil Espanhola deixou um milhão de mortes e incontáveis desaparecidos em três
anos de combate.Com a vitória de Franco, milhares de republicanos tiveram que deixar a
Espanha para não serem presos ou mortos. Aqueles que ficaram, foram confinados em
prisões e campos de concentração.
Franco e seus colaboradores implantaram uma variação do fascismo chamada de
"nacional-catolicismo". Isto passava pelo isolamento internacional do país e uma retórica
antissocialista.
A Espanha conseguiu manter-se à margem da Segunda Guerra Mundial, embora tenha
vendido materiais para a Alemanha nazista e mandado uma força para lutar na União
Soviética.

O general Franco assiste o desfile militar pela vitória na guerra em 1939.


As Leis anti judeus/judaicas da Alemanha Nazista
As Leis de Nuremberg foram um conjunto de leis antissemitas criadas pela
Alemanha Nazi. Foram introduzidas em 15 de setembro de 1935 pelo
Reichstag, numa reunião especial durante o comício anual em Nuremberga
do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP). As duas
leis foram as Leis para a Protecção do Sangue Alemão e da Honra Alemã; a
Lei da Cidadania do Reich. Um decreto suplementar com as definições sobre
quem era considerado judeu foi publicado a 14 de Novembro, e a Lei da
Cidadania do Reich entrou em vigor naquele dia. As leis foram expandidas a
26 de novembro de 1935 para incluírem os ciganos e os negros. Este decreto
suplementar definia os ciganos como "inimigos do estado racial", a mesma
categoria dos judeus.
Adolf Hitler promulgou as Leis de Nuremberg em 15 de setembro de 1935. O
parlamento alemão (o Reichstag), então composto inteiramente por
representantes nazistas, aprovou as mencionadas legislações. O
anti-semitismo era de fundamental importância para o nazismo e, por isto,
Hitler convocou o parlamento para uma sessão especial durante a reunião
anual do Partido Nazista em Nuremberg, Alemanha.

A Lei da Cidadania do Reichiano

Os nazistas há muito vinham buscando uma definição


legal que identificasse os judeus como tais, não por filiação
religiosa mas segundo os ditames do seu anti-semitismo
racial. Na Alemanha [como em qualquer outro local], não
era fácil identificar visualmente os judeus, uma vez que
eles não eram [e não são] uma raça. Muitos deles inclusive
haviam abandonado as práticas e roupas de aparência
tradicional, e haviam se integrado ao contexto social da
época. Alguns já não mais praticavam o judaísmo, e vários
haviam até mesmo começado a celebrar feriados cristãos,
especialmente o Natal, junto a seus vizinhos não judeus.
Muitos outros ainda tinham se casado com cristãos ou se
convertido ao cristianismo.

De acordo com a Lei da Cidadania do Reich e diversos


decretos que esclareciam sobre sua implementação, só
pessoas de “sangue ou ascendência alemã” podiam ser
cidadãos da Alemanha. Tal lei definia quem era ou não era
alemão e quem era ou não era judeu, de acordo com o nazismo. Os nazistas rejeitavam a
visão tradicional dos judeus como sendo membros de uma comunidade religiosa ou cultural.
Ao vez disso, eles afirmavam que os judeus eram uma raça definida pelo nascimento e pelo
sangue.

A despeito das persistentes reivindicações da ideologia nazista, não havia, nem há,
nenhuma base cientificamente válida para definir os judeus como uma raça. Os legisladores
nazistas se voltaram então para a genealogia familiar como forma de definição do que eles
denominavam “raça judaica”. Pessoas com três ou mais avós nascidos na comunidade
religiosa judaica passaram a ser considerados judeus por lei, pois os avós nascidos em uma
comunidade religiosa israelita eram “racialmente” considerados judeus e, desta forma, sua
condição “racial” era transmitida para seus filhos e netos. Pela lei, na Alemanha os judeus
não eram cidadãos, mas “súditos do estado.”

Esta definição legal dos judeus na Alemanha cobria dezenas de milhares de pessoas que
não se consideravam judias, ou que não tinham laços religiosos nem culturais com a
comunidade judaica. Por exemplo, ela definia como judias as pessoas que haviam se
convertido do judaísmo para o cristianismo. Ela também definia como judias as pessoas
cujos pais ou avós haviam se convertido ao cristianismo. Esta lei retirou de todos eles a
cidadania alemã e os privou dos mais básicos direitos humanos.

Para complicar ainda mais as definições, também havia pessoas que moravam na
Alemanha que nem não eram definidas pelas Leis de Nuremberg nem como alemãs nem
como judias, ou seja, pessoas que tinham só um ou dois avós nascidos dentro da
comunidade religiosa judaica. Tais indivíduos, considerados como de “raça mista”, eram
conhecidos como Mischlinge. Inicialmente eles tinham os mesmos direitos que os cidadãos
de “raça” alemã, mas tais direitos foram contínuamente reduzidos por legislação
subsequente.

Lei de proteção do sangue e da honra alemã

A segunda Lei de Nuremberg, a Lei de Proteção do Sangue Alemão e da Honra Alemã,


proibia o matrimônio entre judeus e não-judeus, e também criminalizava as relações sexuais
entre aquelas pessoas. Tais relações eram rotuladas como “poluidoras da raça”
(Rassenschande).
A lei também proibia judeus de contratarem empregadas alemãs com idade abaixo de 45
anos, presumindo que os homens judeus forçariam as mesmas a cometerem “poluição
racial”. Milhares de pessoas acusadas como “poluidoras raciais” foram condenadas ou
simplesmente desapareceram nos campos de concentração.

O significado empírico das leis de Nuremberg

As Leis de Nuremberg inverteram o processo de emancipação [em curso desde o século


19], através do qual os judeus na Alemanha eram aceitos como membros com plenos
direitos na sociedade e como cidadãos do país em total igualdade com os demais. De modo
ainda mais significativo, elas foram a base para futuras medidas anti-semitas que efetuaram
distinções legais entre alemães e judeus. Pela primeira vez na história, os judeus
enfrentaram perseguição não pelo que acreditavam, mas pelo que eles – ou seus pais –
eram por nascença. Na Alemanha nazista, nenhuma profissão de fé, conversão, ato ou
declaração, poderiam transformar um judeu em alemão. Muitos israelitas alemães, que
nunca haviam praticado o judaísmo ou não o faziam há muitos anos, se viram presos pelas
garras do terror nazista.

Embora as Leis de Nuremberg mencionassem especificamente os judeus, elas também se


aplicavam aos negros e aos romanis (ciganos) que residiam na Alemanha. A definição de
judeus, negros e romanis como estrangeiros raciais facilitou sua perseguição naquele país.

Durante a Segunda Guerra Mundial, muitos países aliados ou dependentes da Alemanha


promulgaram suas próprias versões das Leis de Nuremberg. Em 1941, a Itália, a Hungria, a
Romênia, a Eslováquia, a Bulgária, a França de Vichy, e a Croácia já haviam promulgado
legislação anti-judaica semelhante às Leis de Nuremberg.
Bibliografia:
https://encyclopedia.ushmm.org/content/pt-br/gallery/nuremberg-laws-photographs?parent=
pt-br%2F11475
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Leis_de_Nuremberg
https://escolakids.uol.com.br/historia/guerra-civil-espanhola.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/guerra-civil-espanhola.htm#:~:text=A%20Gu
erra%20Civil%20Espanhola%20foi,mortes%20e%20destrui%C3%A7%C3%A3o%20na%20
Espanha
https://escolakids.uol.com.br/historia/guerra-civil-espanhola.htm

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