Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
abundância em Portugal
O século XX foi o século do petróleo, suporte da transformação da
humanidade no fim do milénio. Mas o petróleo tem o fim
anunciado. Abundante em Portugal, será o lítio o “petróleo” do
futuro no nosso país?
O lítio também pode ser extraído de lagos salgados, nomeadamente dos Himalaia e
dos Andes.
Além dos jazigos minerais de espodumena, petalite, ambligonite e
lepidolite, como no caso português, o lítio também pode ser extraído
de lagos salgados, nomeadamente dos Himalaia e dos Andes (Chile,
Argentina e Bolívia). É aliás neste triângulo andino que se
concentram 75% das reservas conhecidas. O salar de Atacama faz
do Chile o maior produtor, e o salar de Uyuni, na Bolívia, ainda por
explorar, é o maior depósito do mundo. Na imprensa da
especialidade, o lago Uyuni tem sido comparado a Ghawar, o
megacampo petrolífero da Arábia Saudita.
Porém, é mais fácil obter carbonato de lítio (Li2CO3) a partir dos
lagos salgados do que do minério arrancado às minas. O processo é
semelhante ao da extracção do sal marinho. A água destes lagos,
que contém entre 200 e 400 ppm (partes por milhão) de lítio, é
bombeada para tanques de evaporação, onde o lítio se concentra,
normalmente em forma de cloreto (LiCl). Depois é transformado em
carbonato por electrólise, purificado e comercializado.
Descoberto em 1817, o lítio foi isolado pelo inglês Humphry Davy através da
electrólise, um método ainda usado para obter lítio puro. Começou a ser utilizado
comercialmente em 1923 na cerâmica e na medicina, tornando-se depois essencial na
aeronáutica e na electrónica.
O minério segue para a fábrica, quase toda automatizada, de onde saem 27 produtos
distintos.