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efinirem uma 

Solução Portuguesa e uma Política Ultramarina Portuguesa, para melhor


resolver os problemas do Ultramar e satisfazer as necessidades da Nação Portuguesa.

a) Manutenção firme do conjunto unido dos territórios portugueses, na Europa e


Ultramar.

b) Promoção, o mais acelerada possível, do seu progresso económico, social e político,


em particular educacional, de saúde e cívico.

c) Intensificação da implantação, nos mesmos territórios, da paridade, harmonia e


dignificação étnicas, da coexistência de religiões e crenças, e da conciliação de culturas
e tradições - proposições fulcro da Solução Portuguesa. E proposições implicando
objectivos, a prazo e de começo necessariamente tendenciais, de plenitude de
cidadanias, de equivalentes posições iniciais e iguais oportunidades, de vigência dos
mesmos direitos e deveres, e de acesso a situações económicas, sociais e políticas
conseguido em face do valor real, da iniciativa havida e da actividade desenvolvida.

e) Prevenção de interferências estrangeiras ou de terceiros.

ATO COLONIAL

 Ato Colonial é o primeiro documento constitucional do Estado Novo,


promulgado a 8 de julho de 1930 numa altura em que Oliveira
Salazar assumia as funções de ministro Interino das Colónias. O Acto
Colonial, que vai integrar a futura Constituição de 1933
 consiste nas normas regulamentares do sistema de órgãos do poder colonial.
Em finais de abril de 1930, o Ato Colonial era apenas um esboço,
intimamente relacionado com uma revolta que surgira em março desse ano
em Angola, 
a Sociedade das Nações expressara a vontade de ilegalizar o trabalho forçado
nas colónias, um facto considerado como uma ingerência na política interna e
uma ameaça ao império, pelo abalo que essa determinação provocava nos seus
fundamentos.
A publicação deste documento significou pois um passo em frente na
estratégia de ascensão ao poder desenhada por Oliveira Salazar, que se
assumiu como o defensor do império colonial, uma causa que os grupos
elitistas portugueses consideravam ser sua também.
Outro dos pontos fundamentais deste texto constitucional é o seu forte
carácter nacionalista, evidente nas disposições respeitantes à defesa dos
interesses portugueses contra as perturbações estrangeiras. O Estado pretendia
criar uma posição que não fosse contestada, numa altura em que a Sociedade
das Nações e a Organização Internacional de Trabalho vigiavam Portugal e
pressionavam o país para que acabasse com o trabalho forçado nas colónias.
no fundo, o Ato Colonial traduziu-se numa centralização do poder
concentrada no ministro das Colónias, em detrimento da ação da Assembleia
Nacional e dos governos coloniais. o modelo de desenvolvimento económico das
colónias assentava na mera exploração dos recursos naturais e da mão-de-obra africana,
através do trabalho forçado e das culturas obrigatórias, em benefício dos interesses da
metrópole e dos colonos europeus.

O Acto Colonial restringiu e moderou a já limitada autonomia financeira e


administrativa das colónias, reflectindo por isso o carácter centralizador e altamente
colonialista do Estado Novo.

Este Acto definiu durante muito tempo o conceito ultramarino português tendo sido
revogado na revisão da Constituição de 1933 feita em 1951, que o modificou e integrou
no texto da Constituição.

Ir caderno escola/explicação:
 Não havia a auto-determinação dos povos africanos
 Administração do império descentralizada, as decisões coloniais eram
na metrópole
 Reforçou-se a tutela da metrópole
 Fechou-se o comercio ao estrangeiro, com o objetivo de tornar o estado
autossuficciente
 Pacto colonial- Angola foi, como dissemos, essencialmente um reservatório de
matérias-primas e de produtos primários e um mercado dos produtos
semitransformados da economia metropolitana. As estruturas industriais eram
praticamente inexistentes na colónia, os investimentos desencorajados e a penetração
dos capitais estrangeiros severamente regulamentada. Fornecedors de matérias-
primas e capital da metópole

 Colónias eram meras fornecedoras de matérias primas, mera exploração
dos recursos naturais e da mão-de-obra africana, através do trabalho forçado e das
culturas obrigatórias
 Mística imperial

https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$ato-colonial-1930

O colonialismo era um pilar forte do estado novo


Campos de concentração:

lhas enquanto espaços e destinos de desterro e prisão durante o Estado Novo. exílio forçado,
imposto como castigo obrigatório de rompimento e ruptura do indivíduo com as raízes e os
laços que sustentam a dinâmica das suas relações sociais e políticas numa dada comunidade.

A Colónia Penal do Tarrafal havia sido fundada em 1936, à imagem dos campos de
concentração nazis, e destinava-se aos presos metropolitanos. oficialmente designado como
Campo de Trabalho de Chão Bom. A primeira leva de presos políticos desta fase chegou ao
Tarrafal em Fevereiro de 1962. Eram presos angolanos e entre eles ia Agostinho Mendes de
Carvalho (Uanhenga Xitu), que viria a revelar-se como um dos mais originais escritores
angolanos

colónia penal, e na forma como o calvário da deportação e o fardo repressivo do isolamento


da colónia se repercutia na elaboração de visões formatadas pela própria força angustiante do
desterro, em relação ao espaço (prisão do Tarrafal) onde decorria a experiência de vida do
deportado

A Colónia Penal do Tarrafal foi criada pelo Governo português do Estado


Novo, corria o ano de 1936. Fica situada no extremo norte da ilha de Santiago,
em Cabo Verde, num lugar ironicamente chamado de Chão Bom.
ondições de encarceramento eram deploráveis, com os presos a serem sujeitos
a uma alimentação muito deficitária e à execução de trabalhos forçados; além
da ausência quase total de medicamentos.

Lusotropicalismo
 Um dos mais importantes rostos da política colonial portuguesa
no início da ditadura, Armindo Monteiro, era um ávido defensor
da “mística imperial” e foi promotor da Carta Orgânica do
Império Colonial Português, onde se podem ler (várias) passagens
como a do Artigo 232º, segundo o qual “Todas as autoridades e
colonos […] têm a obrigação de amparar e favorecer as iniciativas
que se destinem a civilizar o indígena e aumentar o seu amor
pela Pátria Portuguesa”. Portugal tinha, portanto, um “dever” de
“civilizar” os indígenas, o que, naturalmente, impedia qualquer
proximidade com o Lusotropicalismo de Freyre, segundo o qual
existiria uma relação de igualdade entre colono e indígena.
(portugueses como povo civilizador das colonias)

no início da segunda metade do século XX (1951) , Salazar pede a


revogação do Ato Colonial e promove alterações na conceção
colonial portuguesa. Nas palavras do próprio, “a constituição
portuguesa define a nação portuguesa como um Estado unitário
na complexidade dos territórios que a constituem e os povos que
os habitam”. As colónias passam a “províncias ultramarinas”, o
termo “Império Colonial Português” é lentamente removido da
linguagem estatal e a narrativa oficial começa a focar-se numa
versão agregadora da teoria de Freyre: Portugal não é apenas
Portugal, mas sim o conjunto de país com províncias
ultramarinas, de colonizadores com colonos,
um país indissociável das suas partes, todas elas iguais entre si e
todos os seus habitantes irmãos entre eles. O Estatuto dos Indígenas, revisto
em 1954, continuava a negar a cidadania portuguesa à maioria da população de Angola,
Moçambique e Guiné. 

Obras publicas para provar que os paises africanos faziam parte


de Portugal

Teoria que o povo pt é ,estiço

Legitimização das colónias

Exposições porto e lisboa- mística imperial-> objetivo de mostrar


aos Portugueses e ao resto da Europa o “mundo colonial
português”, ou seja, o território ultramarino; trouxe aldeias de
tribos africanas para por em exposição, como um jardim
zoológico

Vocação colonial-> transmitria aos portugueses uma mística


imperial através de propaganda, como congressos, conferencias,
exposições, onde afirmava, através da história dos
descobrimentos o dever dos portugueses…

as forças políticas nunca permitiram que as colónias fossem mais


do que um poço de recursos naturais explorados à custa do
trabalho forçado dos locais; barreiras no acesso à educação, a
cuidados de saúde, à ocupação de cargos políticos e à própria
autodeterminação.

Portugal foi dos últimos países a descolonizar e fê-lo à custa


de uma guerra imbecil em todos os sentidos, sem comparação
com os principais ex-impérios coloniais europeus da altura.
As colónias portuguesas, hoje todas elas independentes, nem
sequer colhem os frutos do suposto “sucesso” da sua
colonização-> GUERRA COLONIAL (FINAL)

Brancos nas colonias eram elites, os negros inferiores


https://observador.pt/opiniao/lusotropicalismo-e-o-mito-da-portugalidade/

https://www.buala.org/pt/a-ler/o-luso-tropicalismo-e-o-colonialismo-portugues-tardio

“Portugal começa no Minho e acaba em Moçambique”

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