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Sistema e Economia Colonial (Brasil)

A história colonial do Brasil, período


também conhecido como Brasil Colônia
ou Brasil colonial, ocorreu entre os
séculos XVI e XIX, quando o atual
território brasileiro abrigava colônias do
Reino de Portugal. A nação "Brasil" surgiu,
como Estado soberano, com a
independência.
L4 - Questões do D4 - Videoaula
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1501 - Descoberta do Pau Brasil
como recurso natural com valor
agregado

Uso de mão de obra escravizada indígena


nativa brasileira
Posteriormente houve o sequestro de
africanos para mão de obra escravizada
A transformação em Colônia

Tendo em vista essa exploração do pau-brasil, já em 1503,


uma expedição comandada por Gonçalo Coelho estabeleceu
as primeiras feitorias no litoral, com o objetivo de armazenar
alimentos, equipamentos e conservar a madeira para
exportação que, a partir do estabelecimento do estanco,
passou a ter a exploração monopolizada por Portugal. Essa
medida visava proteger o produto das investidas
“estrangeiras”, ou seja, europeus que não pertenciam ao
Império Português e que já realizavam assaltos e
contrabandos no litoral.
Essas investidas de franceses, holandeses e
espanhóis no território português, naturalmente,
despertaram a preocupação da Coroa portuguesa
quanto a manutenção e proteção do território
brasileiro, afinal, apesar do Tratado de
Tordesilhas, contrabandistas e colonos de países
rivais poderiam facilmente ocupar e colonizar o
vasto território que os portugueses reivindicavam.
Tendo em vista essa preocupação, apenas em 1531 que Martim
Afonso de Souza foi enviado para realizar a primeira expedição
colonizadora oficial de Portugal no Brasil. O colono deveria
ocupar e povoar a terra, descobrir riquezas e combater
estrangeiros, sendo essa administração realizada através da
doação de terras chamadas de sesmarias (lotes de terra). Assim,
Martim Afonso de Souza, no Brasil, fundou os primeiros
núcleos de colonização, as vilas de São Vicente e Santo André da
Borda do Campo, onde hoje conhecemos como o território de
São Paulo.
capitanias
hereditárias
Entre 1534 e 1536, 15 capitanias foram criadas e doadas para seus
administradores, no entanto, apenas duas prosperaram,
Pernambuco e São Vicente, graças ao rico cultivo da
cana-de-açúcar, que se tornaria o produto mais importante da
colonização portuguesa no Brasil e base da civilização colonial. O
fracasso das outras capitanias, no entanto, deve-se às
dificuldades encontradas pelos donatários na colonização e pelo
desinteresse de muitos outros que nem chegaram a sair de
Portugal. Assim, tendo em vista os problemas que se
desencadearam por conta da descentralização provocada pelas
capitanias, em 1548, o governo português decidiu fortalecer sua
autoridade sobre a colônia centralizando a administração nas
mãos de um governador-geral.
O primeiro encarregado dessa função foi Tomé de Souza,
que se estabeleceu em Salvador, em 1549, com a missão
de garantir as condições necessárias para uma boa
colonização portuguesa das novas terras, a proteção
contra os ataques de nativos e estrangeiros, a construção
de feitorias e fortalezas e o estímulo da economia
açucareira. Para realizar essa missão, Tomé de Souza
trouxe para o Brasil africanos escravizados, mulheres e
um grupo de jesuítas que estabeleceu os primeiros
colégios da colônia.
Indicação de Filme: Desmundo
Sérgio Buarque de Holanda “Raízes do Brasil”

Diferenças entre a
colonização portuguesa no
Brasil e a espanhola na
América Latina

semeador x ladrilhador
Já em 1610, cerca de 400 engenhos estavam espalhados pela costa
brasileira e movimentando a produção e exportação do açúcar para
a Europa, grande apreciador e comprador do produto. O açúcar,
assim, logo se tornou o principal produto da colônia e os engenhos
verdadeiros núcleos de colonização, comandados pela figura do
senhor de engenho, que detinha um grande poder local, um
membro quase nobre da “açucarocracia” e que deu origem, no
Brasil, ao modelo de sociedade patriarcal. Nesse modelo de
sociedade, a figura do homem era central na tomada de decisões,
deslocando as mulheres para afazeres domésticos e religiosos.
O senhor de engenho, portanto, era uma figura central nessa
lógica açucareira e, vivendo na chamada Casa Grande, submetia
aos seus mandos diversos homens livres, como padres,
capatazes, feitores, comerciantes e até mesmo políticos. Nas
câmaras municipais, onde eram resolvidos os problemas
jurídicos, administrativos e fiscais das regiões colonizadas, os
senhores de engenho exerciam forte influência para que seus
interesses sempre fossem respeitados. Muitas vezes, os
próprios senhores ou proprietários de terras menores
realizavam os trabalhos administrativos diretamente na vila,
sendo chamados de homens bons.
Toda essa estrutura era garantida pelo chamado pacto colonial,
que firmava o domínio português sobre os colonos em uma
relação de exclusividade entre a metrópole e a colônia. Logo,
apesar da autonomia e do poder dessas figuras, ao fim, ainda
precisavam respeitar os mandos da Coroa e da metrópole.
Também vale destacar que, para o completo funcionamento
dessa lógica agrícola e para render os altos lucros que o gráfico
acima revela, os engenhos de açúcar, portanto, funcionavam
em um modelo agrícola conhecido como plantation, que era
um padrão de exploração voltado para a monocultura, a**
exportação** dos produtos e o uso da mão de obra
escravizada em grandes latifúndios (doação de sesmarias por
donatários).

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