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UNIVERSIDADE JOAQUIM CHISSANO

Discente: Georgina Horacio Manjate

1a) organização política e social

Até provavelmente meados do século XVIII, os ajaua viviam em pequenas comunidades


matrilineares conhecidas por MBUMBA, que estavam geralmente sob a autoridade de um irmão
mais velho - o ASYENE MBUMBA - que era simultaneamente o chefe da aldeia.

Tratando-se de comunidades matrilineares - as MBUMBA agrupavam irmãs casadas e os seus


maridos, irmãs solteiras, homens solteiros e crianças. Isto acontecia porque com o casamento o
homem era obrigado a transferir-se para a povoação da esposa.
As relações de produção e políticas que se estabeleciam entre os membros da MBUMBA
baseavam-se nas relações de parentesco. Era como parente que o indivíduo tinha acesso à terra.
O desenvolvimento do comércio do marfim no século XVIII e, sobretudo, do comércio de
escravos no século XIX, o exercício e o controlo exclusivo de tarefas técnico-administrativas e
mágico-religiosas por um, grupo bastante reduzido de indivíduos contribuiu para o surgimento
do Estado centralizado e consequentemente o fortalecimento do poder dos chefes (recorda o
papel da penetração mercantil estrangeira). Assim, a partir de 1840/50, surgem grandes Estados
como MATACA, MTALICA, KANJILA e JALASÍ, que tinham no comércio de escravos o pilar
da sua economia e a fonte da sua dominação como classe.
Os escravos capturados eram distribuídos por três categorias: domésticos, esposas e para a
venda.
Das três categorias de cativos, a primeira libertou parcialmente as mulheres livres ajaua da
agricultura e de algumas actividades económicas. Ela explica em grande medida o facto de a
manutenção das classes dominantes não ter sido garantida pela cobrança de tributos.
A segunda categoria introduziu no sistema de parentesco elementos característicos das
sociedades patrilienares: se nas sociedades matrilineares o filho pertence à família da mãe e a sua
educação é assegurada pelo tio materno, no caso presente, o filho nascido do casamento de um

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Ajua livre com uma cativa não podia pertencer à família da mãe, nem ser educado pelo irmão
mais velho da mãe.
Assim, ao invés da predominância das acções militares de conquista e submissão, os chefes
Ajaua adaptaram a prática da poligamia como meio de garantir a coesão e a estabilidade dentro
das formações políticas. O chefe MATACA, por exemplo, chegou a contrair matrimónio com
600 mulheres, espalhadas por oito povoações do seu Estado.
b) O trabalho produtivo dos escravos (homens e mulheres) na agricultura e dos homens no
artesanato aumentou consideravelmente o poder económico e político dos chefes e modificou o
ordenamento habitacional do território Ajaua.
O tráfico de escravos, também garantiu a continuidade de acesso aos produtos importados,
introduziu muitos elementos novos no sistema da organização política e social.

c) As crenças mágico religiosas contribuíam para a manutenção e reprodução das classes


dominantes, isto é funcionava como legitimador do poder dominante.

2a) Fronteira sul-ocidental


Em 1869 é assinado um tratado entre Portugal e o governo do Transvaal em que este reconhece
os direitos de Portugal em toda a área em torno da baia de Lourenço Marques até o paralelo
25030’ sul, estabelecendo os montes Libombos como fronteira de Moçambique com a
Swazilândia e com a parte oriental do Transvaal, o reconhecimento desta fronteira foi possível
em 24 de Julho de 1875, com a intervenção do presidente da república francesa, o Marechal
Mac-Mahon.

Fronteira norte
Em Dezembro de 1886, Portugal e Alemanha assinam um tratado em que esta reconhece o rio
Rovuma como sendo a fronteira norte de Moçambique e também o direito de Portugal exercer a
sua influência nos territórios entre angola e Moçambique.
A definição desta fronteira deu origem, mais tarde, a conflitos militares entre Portugal e
Alemanha, apesar dos pretextos portugueses, os alemães alargaram a sua ocupação até Quionga,
área que se voltaria a Portugal nos finais da primeira guerra mundial (1914-1918).

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b) Fontes de economia colonial no período 1884/1885
 Dominação do capital estrangeiro não português (companhias majestáticas e companhias
concessionarias ou arrendarias)

c) As formas de exploração utilizadas pelas companhias do Niassa, Moçambique e Zambézia,


são nomeadamente:

 O imposto de palhota;
 Trabalho forçado

3a). Após o golpe militar d 1926, em Moçambique verificou-se a intensificação da agricultura


para a produção de matéria-prima para a indústria portuguesa, abandonou-se o projecto de
procura de capitais ingleses para investir em Moçambique, verificou-se o desenvolvimento da
pequena indústria em Moçambique e a exportação de vinhos de Portugal para Moçambique
aumentou consideravelmente.
Iniciou-se com o projecto de fomento agrário e construção de grandes barragens (exemplo da
barragem de Massingir na província de gaza).

3b) Fontes de economia colonial no período 1926/30


No período compreendido entre 1926-1930 a economia de Moçambique estava assente na:
 Economia de plantações (Centro e Norte do País)
 Reserva de Mão-de-Obra para o capital mineiro Sul-Africano
Fontes da economia colonial no período 1974/1975
 Agricultura (socialização do campo)

c) Contestação da situação colonial no período entre 1926-30 (greves de trabalhadores, queima


de sementes por parte de camponeses, contestação através da impressa e literatura).
 Período 1974-1975 - luta armada.

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4a) O período de transição para a independência testemunhou uma:

 Desintegração rápida da burguesia e pequena burguesia colonial através do abandono


massivo dos portugueses (para Portugal e África do Sul),fuga de capitais, sabotagem,
contrabando e destruição de equipamento.
 Abandono das propriedades pelos colonos, destruição de equipamentos e abate de gado,
ou o seu contrabando através das fronteiras da África do Sul e Rodésia.
 Baixa na produção e colheita de produtos agro-pecuários, que provocou uma quebra
acentuada da comercialização de excedentes mercantis, afectando o mercado interno e as
exportações.
 Queda acentuada na produção total das colheitas na ordem de -13%, os sectores afectados
por esta queda foram nomeadamente, produção mercantil dos camponeses, na ordem de -
60%, colheita das plantações com -16% e por fim a produção das machambas dos
colonos/ latifúndios -54%, essa queda deveu-se ao abandono dos colonos e o
desinvestimento nas plantações.

b) No período 1974/ 1975 o governo moçambicano adoptou o regime socialista, dominado pelo
partido único, neste caso o partido Frelimo,

No período 1990/92 o governo adoptou nova constituição da República e desse modo abandona
o monopartidarismo e adopta o regime democrático A constituição de 1990 introduziu profundas
mudanças políticas, como o pluralismo político e a existência de autonomias locais, e também
económicas, nomeadamente pelo abandono do sistema de economia planificada e pela
consagração da economia de mercado. O novo texto constitucional estabeleceu a separação dos
órgãos do poder local, que passaram a ser dotados de personalidade jurídica própria face ao
aparelho administrativo central e por fim a realizacao de eleicoes atraves de sufragio universal.

4c) O PRE e PRES em Moçambique surge num contexto em que Moçambique debatia-se com
um grave crise económica e social, resultado do fracasso das estratégias de desenvolvimento
socialistas adoptados após a independência em 1975 e da guerra civil que assolava o país até
então.

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Então o governo adoptou essas medidas com vista a restruturar a economia de Moçambique.

5.a) Os ataques no norte de Moçambique tem como motivação a pobreza que assola a população,
mesmo após a descoberta os recursos estes não estão a ter um benefício directo dos mesmos.

 Objectivo de ocupar e beneficiar-se de recursos que Cabo-delgado possui.

b) Impacto económico e social

 Despovoamento de áreas devastadas pelo conflito


 A população fica desprovida de serviços públicos básicos em virtude de sabotagem feita
pelos insurgentes;
 Abandono de fontes de renda da população (machamba e pesca);
 Aumento de pessoas em situação de pobreza precisando de assistência social.
 Desvio de verbas para a área militar com vista a conter os ataques na região em conflito,
deixando algumas áreas vitais da economia com défice.

c) Numa primeira fase o governo não levou a peito a agressão armada que o país sofria em cabo
delgado, razão pela qual muitas pessoas foram assassinadas e bens destruídos o que de certa
maneira levou a indignação de muitas pessoas, com a introdução de uma forca conjunta a operar
para aniquilar os terroristas, resultados são visíveis e os terroristas estão a sofrer muitas baixas e
muitas regiões estão pacifica em relação ao anterior período e os ataques reduziram
consideravelmente.

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