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Neste presente trabalho irei abordar sobre o período mercantil ao imperialismo, explicar
sobre o papel especifico de Portugal na penetração imperialista, irei descobrir como
conseguiu Portugal ser potência colonial não sendo potencia imperialista, falarei das
fronteiras de Moçambique sul, centro e norte, o estado Colonial Português em
Moçambique a conquista militar, a resistência e conquista no sul de Moçambique,
descobrirei o plano de António Enes e continuarei explicando sobre a conquista de
Gaza, conquista militar no Centro de Moçambique, a ocupação de Nampula juntamente
com a ocupação de Niassa e Cabo Delgado, a montagem do estado colonial português
em Moçambique, a economia colonial em Moçambique, a politica labora da companhia
de Moçambique, o sul e o trabalho migratório e por ultimo discutiremos sobre os
acordos do trabalho.
Com base nos temas citados na pressente introdução serei capaz de definir cada tema e a
sua estrutura.
Período Mercantil ao Imperialismo
Desde 1703 que Portugal era, virtualmente, uma colónia inglesa. Mediante um acordo
comercial, Portugal exportava vinhos para a Inglaterra e esta exportava têxteis para
Portugal. Os convénios comerciais foram sempre muito favoráveis à Inglaterra
contribuindo para o atrofiamento da única indústria extensa que existia em Portugal (a
têxtil).
como portugal conseguiu ser potencial colonial não sendo potencia imperialista
Algumas ideias:
Portugal era, nos finais do século XIX, uma “potência capitalista atrasada” e
que, por consequência, só pôde manter as colónias cedendo-as e “alugando-as”
ao capital de potências capitalistas de facto.
O capitalismo português era atrasado, deve, antes, dizer-se que ele estava em ascensão,
numa realidade ainda fortemente tributária da forma e de relações de produção não-
capitalistas.
O processo de ocupação de Africa não foi fácil. Bravos povos Africanos resistiram e os
Moçambicanos não foram excepção. Contudo convém distinguir as varias resistências
registadas em Moçambique.
As resistências no Norte de Moçambique foram fortes e violen- tas, mas acabaram por
ser vencidas, quer por confrontos, quer por alianças com chefes locais.
Os xeques Molid-Volay, Farelahi, Suali Bin Ali Ibraimo, que leva- ram a cabo uma
guerra popular que teve uma grande adesão do povo, devido em parte à grande coesão
que a estrutura social e ideológica de linhagem dava a essas uniões guerreiras,
estabelecidas em resultado das alianças clânicas.
No Centro de Moçambique, depois de uma longa e dura resistên- Cia dos chefes locais,
as forças militares portuguesas puderam final- mente dominar os senhores dos Prazos.
Barué surgiu como um Estado fortificado na sequência da desa- gregação do Estado dos
Mwenemutapas, tornando-se um Estado poderoso e fortemente armado resistiu as
invasões Naunie.
A razão que ditou o fim da independência do Estado de Barué em 1902 foi o ataque
perpetrado pelos portugueses com vista à elimina- ção da mesma. O Barué representava
uma séria ameaça aos inte- resses portugueses na região, dado o apoio e o incitamento
das for- mações sociais vizinhas na luta contra o avanço das forças coloniais. Tais
estados eram o Torwa, o Sena, o Gorongosa e o Mbu- rumatsenga.
Numa primeira fase, António Enes tentou enfrentar os Vátua do imperador Gungunhana
pela diplomacia política e económica. Gun- gunhana e o seu antecessor Muzila tinham
firmado contratos com a British South Africa Company e também com a metrópole de
Portu- gal. Mas anos depois foi a força das armas que levou ao início do fim de Gaza.
O Estado colonial em Moçambique não foi simples nem linear. No Início debateu-se
com resistências e depois surgiram problemas de ordem administrativa e económica.
António Enes e Aires d¢ Ornelas são duas das figuras que mais contribuíram para a
montagem deste aparelho de Estado. Contudo, a montagem do Estado colonial não foi
alheia à queda da monarquia e ao Início do Estado Novo em Portugal.
A Conquista Militar
Principais acções
Estas medidas eram, porém, insuficientes para permitir aos portugueses o controlo do
sul de Moçambique, principalmente devido ao número reduzido de soldados
portugueses na região. Assim, apesar dos tratados assinados incluírem a cobrança de
impostos, os portugueses não conseguiram cobrá-los, pelo menos até 1892. Por outro
lado, o trabalho migratório e o trânsito de mercadorias criaram novos problemas
administrativos e políticos para os portugueses.
Rusgas.
A primeira etapa da conquista colonial foi Marracuene, que como muita dificuldade
conseguiram vencer. Em seguida Moamba e Matola aliaram-se aos portugueses e
atacaram Zilhalha e Magaia que se refugiaram em Gaza.
A Conquista de Gaza
O estado de Gaza era a principal ameaça ao plano de ocupação dos portugueses, pelo
que tornou-se alvo prioritário da conquista portuguesa.
Para materializar este objectivo, António Enes elaborou um plano para a ocupação de
Gaza que envolveu demarches diplomáticas e militares.
Convencer o rei de Gaza de que não haveria ataques ao seu território de modo a
impedir que se preparasse militarmente;
07 de Setembro de 1895 - uma coluna que partiu do sul travou com as tropas de
Ngungunhane a batalha de Magul, onde se encontrava Nhmantibjana.
Mais a sul o reino Maputo foi conquistado em Fevereiro de 1896 e o seu rei, Nguanaze
refugiou-se na África do sul.
Dentro desses esforços em 1889 assinou um acordo com Gungunhane pelo qual
reconhecia à Companhia direitos mineiros em Manica. Contudo a presença portuguesa
no interior continuou muito frágil.
A ideia de que Manica era bastante rica em ouro originou, a partir de 1889, disputas
entre os portugueses e ingleses, que só foram ultrapassados com a assinatura do acordo
de fronteiras entre Portugal e Inglaterra de 27 de Junho de 1891. Durante este período a
questão da ocupação passou para segundo plano.
1892 – Morte de Gouveia permite à companhia dominar Gorongosa após sufocar uma
revolta liderada por Cambwemba. Após a derrota Cambwemba reorganizou as suas
forças reforçando-as com camponeses.
1893 – Os prazos de Tambara, Chiramba e ilhas vizinhas foram submetidos por uma
força chefiada por Paiva de Andrade. Uma expedição da Companhia e uma coluna
portuguesa, permitiram estender a cobrança do mussoco à área de Sena.
1895 – A Companhia organizou expedições militares ao Búzi e Moribane visando
impedir que se solidarizassem com Ngungunhana ora vítima das campanhas
portuguesas contra o Estado de Gaza.
1896 – Uma força de 2000 homens liderados pelo filho de Cambuemba atacaram
Gorongosa e cercaram a residência do governador da Companhia, mas foi reprimida.
Em seguida Cambuemba assinou acordos com Massangano e Bárue para o
fornecimento de armas e em 1897 tinha um exército com 5 a 10 mil homens.
A Revolta de Báruè
Após a queda dos estados militares, Báruè passou a ser o único estado, em Manica e
Sofala, fora do controlo dos portugueses.
Bárue foi produto da desagregação do Estado dos Mwenemutapa, que conseguiu resistir
à devastação dos nguni e às disputas com os estados militares vizinhos.
Entre 1870 e 1892 esteve sob controlo de Gouveia, que, depois de casar com andriana,
filha do macombe (rei) Chipapata, usurpou o poder e tentou submeter Chipapata. Para
reforçar o seu poder mandou construir aringas e fortificações pequenas onde instalou
forças chicunda. Para tentar legitimar o seu poder colocou as suas principais esposas nas
aringas mais importantes, donde lhe informavam sobre a situação. Contudo a oposição
manteve-se.
Razões da Derrota
A derrota de 1902 não foi, contudo definitiva. Novas acções de resistência como os
levantamentos contra o mussoco, as fugas para fora do país e outras, continuaram a
registar-se. O ponto mais alto da resistência nesta fase foi atingido com a Revolta de
Báruè de 1917/8.
Causas
Frente Sudeste – comandada por Macossa, apoiado por Ngaru, a frente dos
exércitos de Báruè, Sena, Tonga e Gorongosa, com a missão de capturar Sena e
destruir as propriedades da Companhia de Moçambique;
Com a derrota de Báruè colocou-se ponto final à resistência primária armada contra a
ocupação colonial no centro de Moçambique.
De Moma a Memba
Neste período, os portugueses viviam instalados ao longo da costa: Ibo, Mussoril, Ilha
de Moçambique e Quelimane.
A Resistência e Conquista
A ocupação militar do norte pelos portugueses teve como base de partida as possessões
costeiras: a ilha de Moçambique, o Mussoril e a ilha do Ibo.
A ocupação efectiva do território teve início em 1895, tendo como palco a região do
interior frente a ilha de Moçambique, onde depararam com a resistência armada dos
guerreiros namarrais.
Estes guerreiros tinham a guerrilha como técnica de combate, usando o meio ecológico
como arma e evitando o confronto em campo aberto.
A Ocupação de Nampula
Os grandes amuene makua (chefes dos chefes de linhagens) tais como Mucutu-
munu, Komala e Kuphula e os xeiques Molid-Volay, Faralay, Suali Bin
Ibrahimo (o “Marave”), souberam como classe dominante dirigir uma guerra
popular, devido a grande coesão social que a estrutura social e ideológica e
linhageira conferia a essas confederações guerreiras.
Esta fase foi contudo interrompida pela forte resistência popular que levou a expulsão
dos representantes da Companhia de várias regiões entre o rio Lugenda e o Lago Niassa.
A montagem do Estado colonial em Moçambique não foi simples nem linear. No início
debateu-se com resistências e depois surgiram problemas de ordem administrativa e
económica. António Enes e Aires d'Ornelas são duas das figuras que mais contribuíram
para a montagem deste aparelho de Estado. Contudo, a montagem do Estado colonial
não foi alheia à queda da monarquia e ao inicio do Estado Novo em Portugal.
Para Enes os concelhos deviam ser substituidos por circunscri- ções civis ou comandos
militares, mas apenas nas zonas onde ainda se registavam focos de resistência.
Havia uma necessidade crescente de encontrar uma forma de tirar o maior proveito
possível dos recursos existentes na colónia. Para isso, foi necessário que as autoridades
portuguesas locais tivessem amplos poderes para impor a autoridade e a lei aos nati-
vos, isto é, estabelecer a administração efectiva. E ainda criar meca- nismos para o
aproveitamento dos organismos politicos tradicio- nais locais, para impor a força do
chefe local africano e a obrigação geral do pagamento de impostos, criando leis do
trabalho forçado e do regime de trabalho contratado. A Lei do Trabalho concebida por
António Enes foi o primeiro passo para a unificação administrativa colonial.
Foi no final do século XIX, no âmbito das chamadas campanhas de pacificação, que se
definiram duas figuras fundamentais na mon- tagem do aparelho de Estado colonial.
Foram instituídos os comis- sários régios e as companhias majestáticas, ambos
detentores de amplos poderes.
Estas áreas eram divididas em postos, sob controlo de um chefe de posto português, o
funcionário administrativo mais próximo da população rural. Este chefe de posto
controlava através de chefes africanos, os régulos.
Por um lado, estava do lado e a proteger o seu povo, mas por outro tinha de prestar
contas à metrópole.
colectar os impostos;
controlar o processo de recrutamento da força de trabalho para as plantações;
dirigir o trabalho de chibalo;
manter as vias de comunicação;
julgar os casos de pequena instância (milandos);
proteger o seu povo;
assegurar o controlo da produção agrícola.
Todo o sistema administrativo criado tinha bem marcada a divi- são entre negros e
brancos. Lourenço Marques ganhou nesta reforma administrativa o estatuto de capital
da província da colónia de Moçambique.
Foi introduzida a carreira administrativa sistemática pela qual foram atribuídos amplos
poderes aos governadores. No entanto, esses governadores precisavam de ter um
conhecimento dos usos e costumes indigenas e a prática de serviço no interior do
território. Isto é, os governadores tinham de conhecer em profundidade Moçambique, as
suas gentes e os seus costumes, foi cada em 1902 a Intendência dos Negócios Indigenas
e Emi- gração, cuja função era a coordenação de todos os assuntos relacio- nados com
os indígenas. Algumas funções desta intendência:
a inventariação da mão-de-obra;
julgar e punir todos aqueles que fugissem do trabalho;
fazer a gestão da força de trabalho;
administrar a justiça, etc.
Houve um grande esforço por parte das autoridades administrati- vas coloniais de
legislar um conjunto de regulamentos laborais des- tinados aos negros, naquilo que
chamavam "a obrigação moral e legal dos nativos trabalharem" Foram os códigos de
trabalho de 1890, 1899, 1911, 1914 e 1920.
O surgimento da companhias
Companhia da Zambézia
Uma das mais importantes companhias foi a Companhia de Moçambique, que precedeu
outras companhias relevantes, tais como a Societé des Fondateurs de la Compagnie
Générale du Zam- bèze (1878-1879) e a Companhia de Ophir (1884).
Uma das principais caracteristicas do sistema colonial português era o seu carácter de
dependência em relação ao capital estran- geiro. Em 1880, essa dependência continuava,
sobretudo, nos terri- tórios que o Estado português tinha de administrar, como a zona
abaixo do rio Save.
Mão-de-Obra
A partir de 1867, com a crescente saída de mão-de-obra moçam- bicana para a África do
Sul, Portugal sentiu necessidade de regula- mentar o sector. Nesse sentido publicou
alguns acordos sobre o tra- balho.
1867 Os governos de Natal (África do Sul) e de Portugal estabeleceram um acordo que
permitia a saida voluntária de trabalhadores, a partir de Lourenço Marques por via
maritima;
1897
-neste mesmo ano foi criada a Witwatersrand Native Labour Association, WENELA
Em 1901
Em 1909
Este acordo que devia vigorar durante dez anos incluía os seguintes pontos prin- cipals:
Cheguei a conclusão que o processo de ocupação de africa não foi fácil, os bravos povos
africanos resistiram e os Moçambicanos não fora exceção. Com tudo, com vem
distinguir as varias resistências registadas em Moçambique. As resistências a norte de
Moçambique foram fortes e violentas, mais acabaram por serem vencidas, quer por
confronto, quer por aliança por chefes locais, já no centro de Moçambique depois de
uma longa e dura resistência dos chefes locais, as forças militares portuguesas poderem
finalmente denominar os senhores dos prazos. No sul do território de Moçambique
autoridade portuguesa só se tornou efetiva após a derrota de Gaza entre 1894 a 1897
cominando com a prisão do rei Gungunhana e dos seus colaboradores.