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Depois das potências europeias terem se instalado no continente africano, seguiu-se a fase
de administração e exploração onde cada potência foi montando a sua máquina
administrativa para melhor ter os seus desejos. Para explorarem o continente, montaram a
administração directa e indirecta e estabeleceram tipos de colonias com vista a adquirirem
as nossas riquezas e atingirem os seus interesses
Como é que os Estados europeus administraram as suas colónias?
Para o estabelecimento da ocupação efectiva do sistema colonial, foram usadas pelas
potências imperialistas duas formas de administração colonial: administração directa e
indirecta.
Administração directa – foi uma forma de governo em que os colonizadores traziam da
Europa para Africa uma maquina administrativa sem dar espaço a estrutura tradicional pré-
existente. Exemplo: colonias portuguesas e francesas
Administração indirecta – era caracterizada pela manutenção das estruturas tradicionais
no poder e pela continuidade pelo respeito das normas das sociedades africanas, isto e,
eram os chefes africanos que dirigiam os territórios, mas estes subordinavam-se a
metrópole. Exemplo: colónias inglesas.
Tipos de colónias
Colónias povoamento ou enraizamento – por falta de habitantes ou por ser reduzido, as
potencias colonizadoras se viam obrigadas a povoarem o novo território com seus próprios
habitantes, gente vinda da Europa. Esta pratica foi usada pela Inglaterra ao colonizar a
Áustria, Nova Zelândia e Espanha ao colonizar a América Latina.
Colónias de exploração ou de rendimento – territórios onde existia um número razoável
de habitantes que são usados como mão-de-obra para a exploração colonial.
Colónias de protectorado – são territórios com uma administração indirecta, onde a
autoridade tradicional é mantida de forma intacta sem haver qualquer interferência da
metrópole. As monarquias continuavam a exercer as suas actividades controladoras, mas
protegidas pela potencia controladora. Exemplo: Lesotho, Swazilândia, Malawi, Egipto.
TUTOR: Nairone
HISTORIA, 10 CLASSE, PESD, 2024
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tensões pelo domínio do território africano e asiático, por ex., a Guerra Anglo-Bóer, as
rivalidades entre Portugal e a Inglaterra devido a intenção portuguesa de conquistar o
território entre Moçambique e Angola (mapa cor-de-rosa), contra a penetração britânica de
construir uma linha férrea ligando Cabo ao Cairo no Egipto.
Para África
A nível económica: a actuação da economia colonial permitiu a construção de
infraestruturas físicas: aeroportos, portos, estradas, pontes, hospitais e escolas, vias-férreas,
instalação do telegrafo e do telefone que tiveram impacto positivo nas colonias. No plano
agrícola foram introduzidas culturas de exportação: cacau, café, tabaco, algodão, sisal,
borracha, chá; estagnação da tecnologia africana devido ao abate das actividades artesanais;
alteração dos hábitos alimentares devido a introdução de monoculturas.
A nível político: durante o período da ocupação colonial efectiva, não se desenvolveram as
guerras étnicas; a partilha e a conquista de África reformularam as fronteiras e alterou o
mapa politico deste continente; introdução de um novo sistema jurídico e uso de línguas
europeias na justiça; surgimento de uma nova classe de funcionários administrativos
africanos; destruição das monarquias africanas, assim como o enfraquecimento das
autoridades e do poder dos africanos; perda da soberania e da independência.
Para Moçambique
A nível económico: intensificação das trocas comerciais; produção agrícola para o
mercado; recrutamento da mão-de-obra para e o sector mineiro e plantações na Africa do
Sul e Rodésia; integração da população na economia capitalista mundial; criação de uma
economia orientada para a produção de mercadorias procuradas no mercado internacional e
para a manutenção da mão-de-obra; introdução do trabalho forcado(xibalo) e a exportação
da mão-de-obra generalizada da população.
A nível político: modificação das estruturas e os espaços da comunidade camponesa;
Moçambique foi dividido em circunscrições e postos de fiscalização nas áreas onde as
populações indígenas estavam organizadas e pacificadas, e nas restantes regiões do Pais
onde os nativos mostrassem rebelião, foram criadas capitanias-mores, divididas em
comandos militares.
A nível social e cultural: abalo dos valores culturais; aculturação do povo moçambicano
com a aquisição da língua, hábitos e costumes do povo colonizador; proliferação das igrejas
cristas pelo Pais todo; atraso dos níveis de escolaridade para os moçambicanos da época;
desenvolvimento do sistema de segregação racial e as leis para os indígenas.
TUTOR: Nairone