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INSTITUTO SUPERIOR MUTASA

DIVISÃO PEDAGÓGICA

PLANIFICAÇÃO TEMÁTICA DE METODOS DE ESTUDOS

INTRODUÇÃO

Iniciar os estudantes na filosofia de estudo universitário com recurso às diferentes fontes de


literatura imprensa ou eletrónica. Os diferentes métodos de pesquisa e de busca da verdade
científica são os alicerces a serem cimentadas logo de início para que o resto do processo de
ensino aprendizagem decora sem sobressaltos e, como forma de evitar o plágio e outras
formas de desvio da propriedade intelectual.

OBJECTIVOS GERAIS

No fim desta disciplina, os estudantes devem ser capazes de:

• Aplicar técnicas de estudo eficiente e compreender a natureza e o processo de


leitura;

• Desenvolver estratégias de leitura, tomar e organizar notas, apontamentos e fichas


de leitura;

• Compreender as funções e objetivos dos principais itens dos ensaios e relatórios;

• Elaborar ensaios e relatórios com objetividade, clareza e concisão de ideias e


argumentos;

RESPONSABILIDADES DO TUTOR/DOCENTE

Ao longo da disciplina devera:


• Ensinar o estudante a aplicar técnicas de estudo eficiente e compreender a
natureza e o processo de leitura;
• Elucidar o estudante como desenvolver estratégias de leitura, tomar e organizar
notas, apontamentos e fichas de leitura

• Facultar o estudantes os mecanismos de compressão das as funções e objetivos


dos principais itens dos ensaios e relatórios

• Demostrar como Elaborar ensaios e relatórios com objetividade, clareza e


concisão de ideias e argumentos.

RESPONSABILIDADE DO ESTUDANTE

Ao da disciplina o estudante deve ser capaz de:

• Adquir técnicas de estudo eficiente e compreender a natureza e o processo de


leitura;

• Ter capacidades de desenvolver estratégias de leitura, tomar e organizar notas,


apontamentos e fichas de leitura

• Compreender as funções e objetivos dos principais itens dos ensaios e relatórios

• Elaborar ensaios e relatórios com objetividade, clareza e concisão de ideias e


argumentos

PLANO TEMÁTICO

TEMAS Créditos ( C) 6 HORAS


ESTUDO TOTAL
INDEPENDENTE
1 Meios materiais e condições ambientais de estudo 25
2 Métodos tradicionais vs métodos modernos de 30
Leitura
3 Técnicas de notas de leitura e apontamentos nas 25
Aulas
4 Elaboração de fichas de estudo e de blocos de 25
Sínteses
5 O método moderno de estudo e notas: diagramas 25
de aranha (mind maping)
6 Breve introdução à estrutura e organização de 25
ensaios e relatórios
7 Funções e objetivos dos principais itens dos 25
ensaios e relatórios
TOTAL DE HORAS 180

Amaral, Wanda do, Guia para apresentação de teses, dissertações, trabalhos de


 graduação, Livraria Universitária - Universidade Eduardo Mondlane, 1999 (2ª edição)
 Frada, J. J. Cúdio, Guia Prático para elaboração e apresentação de Trabalhos
Científicos, Edições Cosmos, 1994
 Gil, António Carlos.1999. Métodos e Técnicas da Pesquisa Social. 5ª Edição. Atlas. São
Paulo;
 Lashley, Conrad, Improving Study Skills - A Competence Approach, Edição da Cassell,
1995
 Marconi, Marina de Andrade & Lakatos, Eva Maria.2008.Técnicas de pesquisa, 7ª Edição.
Editora Atlas-SA. Sao Paulo;

.............................................................................................................

(Assinatura do Docente)
Calendário das Aulas e das Avaliações

CONTEÚDO OBJECTIVOS ESPECÍFICOS TIPO DE MEIOS HORAS DATA


PROGRAMADOS AULA

-Meios materiais e -Apresentação dos estudantes e Semi - Disponibiliz 3 24/02/20


ação de
condições do docente; Presencial 25/02/20
manual e
ambientais de estudo
-Introdução: Conceito, da interação

- Métodos modernos disciplina; docente –


estudante e
de Leitura
- Conceito dos métodos vice-versa
modernos de leitura;

-Formação de grupos para


trabalho;

- Técnicas de notas - Técnicas de tomada de On line As aulas 3 27/02/20


práticas
de leitura e nota de apontamento e de expositivas, 13/04/20
exercícios de
apontamentos nas leitura; aplicação e
apresentação
Aulas dos trabalhos
- Como elaborar ficha de
de pesquisa
- Elaboração de estudo, blocos de notas e
fichas de estudo e síntese.
de blocos de
Sínteses

Teste Realização do 1o teste On Line Avaliação 2 20/04/20

21/04/2

- O método moderno - Estudo do diagrama de aranha e Semi - As aulas 3 18/05/20


práticas
de estudo e notas: sua estrutura ; Presencial expositivas, 19/05/20
exercícios de
diagramas de aranha aplicação e
- Organização, função e objetivos apresentação
(mind maping) dos trabalhos
-Breve introdução à do relatório; de pesquisa

estrutura e - Organização, função e objetivos


organização de dos ensaios.
ensaios e relatórios

- Funções e objetivos
dos principais itens
dos ensaios e
relatórios

Teste Realização do 2o teste On Line Avaliação 2 25/05/20

26/05/20

Exame Realização do exame normal On Line Avaliação 2 22/06/20

23/06/20

Exame Realização do exame normal On Line Avaliação 2 13/07/20

14/07/20

Total 15
METODOLOGIA DE ESTUDO

MANUAL DE APIO

Guia Tutorial: 1o ano, 2024

Msc: Yassmin C. M. Mateus

Chimoio de Fevereiro 2024


Método de estudo

Estudo é parte fundamental na vida da maioria das pessoas. Ainda assim, isso não significa
que o aprendizado é um processo que ocorre da mesma forma para todo mundo. Na verdade,
estudar e aprender de forma eficiente é algo que pode ser feito de múltiplas formas. O
segredo é encontrar o método de estudo que melhor funciona para você.

Método vem do grego, “méthodos”, que significa caminho para chegar a um fim. Assim, ao
abordar métodos de ensino e de aprendizagem, trata-se de um trajeto para se chegar ao
objetivo proposto. No caso específico da educação escolarizada, o fim último seria a
aprendizagem do aluno de maneira eficaz.

Métodos de ensino são as ações desenvolvidas pelo professor, apresentadas pelo educador
pedagogo ou pedagogista, pelas quais se organizam as atividades de ensino e dos alunos para
atingir objetivos do trabalho docente em relação a um conteúdo específico relacionado com a
educação.

Pensemos o seguinte: Como podemos pensar em estudar? É perfeitamente inútil que eu pense
em estudar, mas é também inútil que eu pense em viver. Então perguntemo-nos (e é o
primeiro “exercício” que proponho): - o que me interessa? - que relação existe, ou pode
existir, entre aquilo que me interessa e a circunstância, aquilo que tenho que estudar na
escola?

Este “escolher”, além de ser um critério para cultivar um interesse, torna-se uma estratégia de
aproximação da matéria do estudo. Também na escola, a apresentação dos assuntos nunca
deveria ser extensiva.

O plano de actividades

No quotidiano notamos constantemente que tudo o Homem planifica, pois, a planificação é


guia das suas actividades. Com base nela o Homem pratica e controla o cumprimento dos
objectivos previamente estabelecidos. Assim, tendo o estudante um conjunto de actividades a
efectuar é pertinente essas sejam devidamente planejadas para que o objectivo de assimilação
dos conteúdos seja consumado.
De acordo com RUIZ, (1991:22) “A maneira mais prática de descobrir ou fazer aparecer o
tempo consiste em tomar uma folha de papel; anotar os diversos dias da semana em linha
horizontal e os diversos afazeres em linha vertical; registar depois, na coluna de cada dia de
semana, as horas plenas e os diversos espaços”.

Dias
Tarefas Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira
início término início término início término início término
Acordar 5:00 5:00 5:00 5:00 5:00 5:00 5:00 5:00
Higiene 5:00 5:30
P. almoço
Transporte
Aulas

Esta tabela foi criada com base no exemplo da obra de RUIZ, (1991:22)

Técnicas para estudo


Resumos
Resumos são ferramentas que se adequam em qualquer estudo, para todo o tipo de matéria. E
você pode usá-los de duas maneiras. A primeira, é fazendo o seu enquanto estuda sobre algo.
E nessa possibilidade, você pode criar listas ou um novo texto, só que com as suas
palavras. Esse material permitirá que você absorva melhor o conteúdo e ainda utilize em
futuras revisões. A segunda maneira é estudar resumos sobre determinadas matérias, já
prontos. Isso não impede de realizar o seu próprio. Esse caso é muito recomendado para
quem dispõe de pouco tempo para estudar.
Mapa mental
Pense em um ponto de partida que te possibilita inúmeros caminhos para desenvolver uma
ideia. É assim que funciona o mapa mental. Você pega uma ideia, coloca no centro de um
papel. A partir desse tema, você relaciona outros. Desses novos, você cria mais “caminhos”.
E mais…Dessa forma, você cria um grande mapa que, com essas ramificações, possa chegar
no tema principal.Essa fórmula é excelente para relacionar ideias e criar meios de absorver
um conteúdo.
Mnemônica
O nome é estranho, mas a prática é conhecidíssima. Você lembra da frase “só sorvete” que
muitos professores de física ensinam para que os alunos aprendam a fórmula para o
Movimento Retilíneo Uniforme? Se seu professor falou disso, você deve se lembrar que a
fórmula é S = so + vt. Bom, se você não lembrou, tudo certo, a gente só quer mostrar que é
isso a tal técnica da mnemônica. São frases e músicas, geralmente engraçadas, que ajudam a
fixar determinado assunto. E como você pode ter percebido, ideal para fórmulas físicas e
matemáticas, mas não só. Você pode usar essas tão famosas quanto o “só sorvete” quanto
uma criada por você mesmo.
Técnica Pomodoro
Ela é famosa e com certeza você já leu a respeito dela em outras listas sobre métodos de
estudo. Se não, saiba que ela, basicamente, consiste em determinar um período de tempo
focado em um estudo e um outro para descanso. Geralmente são 25 minutos de estudo para
cinco de descanso. Mas cada um pode desenvolver o seu jeito, desde que o tempo para
estudar seja maior do que o de relaxamento. E que você tenha foco e respeite esses períodos.
Testes práticos
Estudar requer sim horas de leituras e de anotações sobre o que se lê. Mas não basta saber só
a teoria. Um bom estudo é muito mais eficiente com a prática de exercícios e principalmente
de provas. Se você está se preparando para um concurso ou algum outro tipo de prova, então
a simulação é fundamental. Por isso, busque por provas antigas ou questões formuladas com
base no exame que você irá realizar. Faça como se estivesse de fato no dia da aplicação da
prova, com tempo e sem distrações. Isso fará que você não só treine melhor para a prova,
como ajudará a fixar melhor as disciplinas e evitará de cair em alguma armadilha.
Intercalar matérias
Dedicar um dia, uma semana somente a uma disciplina que você tem mais dificuldade pode
não ser o melhor caminho para você aprender melhor sobre ela. Na verdade, o ideal é que
você reveze as matérias que estuda, de preferência ao longo do dia. Isso ajuda o seu cérebro a
processar determinada informação melhor e ainda você pode praticar a interdisciplinaridade,
o que contribuiu para a fixação do conteúdo. O ideal é intercalar essas matérias entre um
momento de descanso e outro. Isso te ajudará muito também a ser mais produtivo nos
estudos.
O pensamento difuso
Esse método de estudo consiste em correlacionar várias informações para se chegar ao
entendimento de algo. Lembra que falamos sobre mapa mental? A ideia é muito próxima
àquela. Ele relaciona diversas ideias para se chegar a um entendimento novo. Enquanto o
focado trabalha naquilo que você já domina, usando informações específicas sobre algo. Na
prática, significa dizer que você deve aprender algo novo relacionando conhecimentos. Você
pode criar resumos e mapas mentais para um mesmo aprendizado. Essa seria a prática do
pensamento difuso. Na hora de pôr a mão na massa com exercícios, você usará o focado,
mas com um “arsenal” de informação muito maior graças ao difuso. Por isso, correlacione
conteúdos e ferramentas.

Condições ambientais de estudo


Não existe um consenso sobre a melhor forma de organizar o local de estudo, existe, no
entanto, quanto à necessidade de o local ser um espaço tranquilo, sem ruídos, de modo a que
seja fácil para o aluno concentrar-se nas suas tarefas. Por outro lado, existe concordância
sobre o facto de este espaço ser sempre o mesmo, de modo a que o aluno não seja sujeito a
novos estímulos que poderiam levar a sua distração da tarefa (Carita, Silva, Monteiro &
Diniz, 1998).

Para ser considerado adequado, o ambiente de estudo deverá reunir quatro aspetos
fundamentais:

 Boa iluminação;
 Temperatura agradável;
 Ventilação;
 Mobiliários adequados (Carita et. al, 1998).

Por outro lado, existem ainda outros aspetos essenciais para criar um ambiente o mais
favorável possível ao trabalho escolar: ter um local apenas destinado ao estudo, ter todo o
material necessário nesse local (livros, dicionários, canetas, etc) antes de começar a estudar
com o objetivo de se evitar a interrupção do estudo e, assim como a concentração do aluno no
estudo. Pôr fora do local de trabalho tudo o que poderá servir de distração para o estudante
(rádio, televisão, etc) e evitar que seja interrompido por outras pessoas ao colocar um aviso
na porta.

Para além da necessidade de o estudante prepare um local de trabalho adequado as suas


exigências, ele também deverá ter consciência que factores psicológicos internos podem
influenciar o seu sucesso escolar (Carita et. al, 1998).

Métodos de Leitura
O verbo ler tem a sua raiz etimológica no latim legere que significa colher. A civilização
romana deslocou o sentido desta palavra para o ato de ler no momento em que os seus
membros começaram a ler, considerando, deste modo, que ao ler estariam a colher o que
outro escrevera (Cadório, 2001).

Mialaret (1997) “saber ler” equivale “a ser capaz de transformar uma mensagem escrita
noutra sonora em conformidade com determinadas leis bem definidas, equivale a ser capaz de
a conceber e de apreciar o seu valor estético”. Nesta definição encontram-se subentendidas
quatro dimensões relativas à aprendizagem da leitura: enquanto aquisição de uma técnica de
decifração, de compreensão, de julgamento e de apreciação estética.

No processo de ensino e aprendizagem é preciso compreender que o êxito nos estudos


provém da adopção de técnicas de estudo e de leitura. Fazer uma boa leitura significa criar
condições para que a leitura termine na compreensão dos conteúdos. Assim, nesta unidade
pretendemos apresentar algumas técnicas que te poderão ajudar nos seus estudos.

Ao completar esta unidade/lição serás capaz de:

• Indicar o propósito da leitura

• Praticar a leitura de acordo com as etapas;

• Verificar a compreensão dos conteúdos;

Para se alcançar o pleno êxito a sua carreira estudantil não basta apenas o facto de participar
as aulas e receber as orientações correlação aos objectivos da aprendizagem, mas é também
necessário que se faça leitura.

Em síntese, a qualidade de uma leitura deve ser a soma dos elementos que encontram-se
presentes nele que influenciam no sucesso que alguns leitores alcançam. O resultado da
leitura é medido pela extinção em que o texto é compreendido, a velocidade óptima é tida
como interessante.

Como selecionar o que lé

Que se refere que há três técnicas entre outras possíveis de ajudar a conhecer o livro, a
descobrir o seu interesse e a torar mais rentável a sua utilização.

As técnicas destacadas pelo autor são: Percorrer o índice, ler a introdução e folhear as
páginas. Para o autor pelo índice é possível o essencial da matéria tratada. (…) na introdução,
o autor explica as intenções do livro, (…) folheado o livro pode observar-se a forma é
apresentada a matéria.

A primeira etapa da leitura, de acordo com Estanqueiro, pode ser designada ler por alto e a
segunda ler em profundidade. A primeira consiste em dar uma passagem de olhos pelo seu
conteúdo, procurando ter uma visão panorâmica do terreno a explorar ou seja uma visão geral
do assunto (a ideia principal). Nesta primeira leitura pode se fazer a leitura de alguns
parágrafos (os iniciais e os do meio e o último paragrafo).As questões tais como:

O que diz o texto? Que pretende transmitir o autor? Que implicações são fundamentadas? Os
factos e os argumentos são esclarecidos? Concorda com a opinião do autor? Que novidade
surge no texto? Encontro informações uteis? Posso aplica-las na pratica? Que ligações têm o
assunto com aquilo que já sei?

O acto de sublinhar as ideias-chave do texto desperta a atenção, ajuda a captação e facilita as


previsões. Assim para sublinhar e fazer anotações a margem do texto, o metodólogo
Estanqueiro diz que é necessário:

Dar prioridade as definições, fórmulas, esquemas, termos técnicos, e outras palavras ou


expressões que sejam a chave da ideia principal.

Conceito de Compreensão da Leitura

Segundo Snow, Burns e Griffin (1998) a leitura é definida como, “ um processo de extração
de significado do material escrito usando conhecimentos sobre o alfabeto e sobre a estrutura
fonológica da linguagem”. Por sua vez, Morais (1997), menciona que “a finalidade da leitura
é a compreensão da mensagem escrita”.

A compreensão de um texto é o produto de um processo regulado pelo leitor e no qual se


produz uma interação entre a informação armazenada na memória daquele e a proporcionada
pelo texto. Neste âmbito, Snow (2002) refere que a compreensão de um texto é “um processo
de, simultaneamente, extrair e construir significados através das interações e envolvimentos
com a linguagem escrita”. Desta forma é possível distinguir duas fases importantes neste
processo de aprendizagem da leitura. A primeira fase centra-se na descodificação e a outra na
compreensão.

Conceito de Fluência de Leitura


A fluência é descrita como a capacidade para ler um texto de um modo correto, preciso e
rápido. Segundo Araújo (2007) “ A fluência na leitura caracteriza-se por uma leitura
sincopada por frases ou unidades de sentido a que corresponde um observável respeito pelos
sinais de pontuação e entoação adequada”. A fluência na leitura é considerada um poderoso
passaporte para o acesso ao conhecimento, permitindo ao leitor fluente ler para aprender. A
marca fundamental da fluência é a capacidade de descodificar e compreender em simultâneo.

Conceito de Aprendizagem da leitura

É possível ler sem compreender aquilo que se leu e, consequentemente, não ser capaz de
julgar e apreciar. Obviamente que é pretendido que se compreenda aquilo que se lê, contudo,
para atingir esse derradeiro objetivo, é necessário ser capaz de ler, ser capaz de identificar as
palavras escritas (Beard, Siegel, Leite & Bragança, 2010).

Existe um conjunto de teorias que fundamentam esta ideia, nomeadamente, estudos de


correlação, que demonstram que no começo da aprendizagem da leitura, a compreensão do
que se lê revela baixos valores de correlação com a capacidade de compreensão da linguagem
oral. Isto fica a dever-se ao facto dos alunos estarem a aprender a descodificar, sendo as
limitações na identificação das palavras e os requisitos cognitivos exigidos pelos processos
que lhes estão inerentes que limitam a capacidade de compreensão (Beard, Siegel, Leite &
Bragança, 2010).

Ensino da Leitura Segundo Fonseca

(1999, Heaton & Winterson, 1996) para uma abordagem cognitiva do ato de ler, é necessário
não esquecer que a aprendizagem da leitura corresponde à correspondência entre uma
linguagem já existente e dominada (a linguagem auditiva) e aquela que a substitui (a
linguagem visual) não sendo a mesma coisa do que a aprendizagem de uma língua
estrangeira. A aprendizagem da leitura assenta na correspondência entre sinais. Sinais
auditivos (fonéticos) pelos sinais visuais (gráficos), ou seja, a descodificação de símbolos
gráficos (grafemas ou letras) e a sua associação com as componentes auditivas (fonemas) que
lhes dão significado.

Modelos de Aprendizagem da Leitura

Existem três modelos principais: os modelos ascendentes, descendentes e os modelos


interativos.
 Os modelos de processamento ascendente ou de baixo para cima (bottomup) assentam
na ideia que a informação vai dos níveis simples e inferiores para os mais complexos
e superiores de forma unilateral, isto é, desde do reconhecimento visual das 34 letras
até ao processamento semântico do texto.
 Os modelos de processamento descendente ou de cima para baixo (top-down)
sugerem que a informação proveniente dos níveis superiores vai atingir o
processamento dos níveis inferiores, ou seja, os conhecimentos prévios do leitor vão
surtir impacto na interpretação do texto.
 Os modelos interativos foram desenvolvidos na tentativa de fornecer uma explicação
isenta das críticas dirigidas aos modelos anteriores, advogando a existência de um
processamento em paralelo dos diferentes níveis, de uma interação constante entre
ambos.

Esta abordagem descreve que a leitura deriva do processamento ascendente e descendente e


depende do texto, dos conhecimentos prévios do leitor e da automatização dos processos.

Métodos do Ensino da Leitura

Métodos globais ou analíticos e os métodos fónicos ou sintéticos

 O método global baseia-se na linguagem global (whole-language), ele parte das


palavras ou frases completas, são fundamentados segundo uma perspetiva
descendente, através da qual, os alunos observam as palavras impressas e associam-
nas com os seus conhecimentos prévios e os significados, ou seja, orientam os
processos que permitem extrair significado da linguagem escrita.
 Métodos fónicos começam pelo estudo dos signos e sons elementares, alicerçam-se
numa abordagem ascendente, defendendo que a leitura é uma atividade complexa que
resulta da correspondência entre letra e sons e do reconhecimento das palavras,
mediante determinadas regras, partindo dos elementos mais pequenos.

Técnicas de Leitura

A Técnica de Sublinhar
A técnica de sublinhar consiste em destacar no texto as ideias principais. Costuma-
se sublinhar uma palavra ou expressão quando se quer destacar um trecho ou
enfatizar um termo ou frase.

A Técnica de Esquematizar
O esquema é um registro dos principais pontos levantados de um texto. Podemos afirmar que
o esquema é a apresentação do texto, colocando em destaque os elementos de maior
importância. Sua finalidade é difundir mais amplamente as informações facilitando para o
leitor sua compreensão. A utilidade do esquema como meio facilitador para a memorização e
explicação do texto, fica mais evidente quando, ao fazê-lo, você adota o uso de linhas, setas,
círculo, colchetes, entre outros símbolos diversos.

A Técnica de Resumir

O resumo é a apresentação sintética e seletiva das ideias de um texto. Nele são ressaltadas a
progressão e a articulação das principais ideias do autor. A finalidade do resumo é difundir as
principais ideias do autor em estudo, estimulando a leitura do texto completo por apresentar
de forma concisa, clara e objetiva.

Técnicas de notas e apontamentos nas Aulas

A tomada de notas assenta em duas dimensões de comunicação linguística: a dimensão


recetivo (ouvir e/ou ler) e a produtiva (escrever). Há que tomar nota do que lemos e do que
ouvimos em exposições, entrevistas, aulas, debates, para delas nos servirmos posteriormente.

Conceitos de tomada de nota São inúmeras as conceções sobre a tomada de notas:

• Modo particularmente fiável de arquivo das informações;

• Prolongamento da memória ao mundo visual;

• Exercício mental extremamente formador: é indispensável um esforço intelectual;

• Redução do texto, selecionando, de forma sintética, determinadas informações de um texto


(oral ou escrito), mantendo o seu sentido inicial;

• Treino para reconhecer as ideias – força do pensamento de outrem. … Destes conceitos,


destaca-se a necessidade de raciocínio/reflexão (para compreender as ideais veiculadas pelo
enunciador) e de arquivo de informações num suporte material (o escrito). 2. Finalidades da
tomada de notas De acordo com o objetivo do que se anota e de quem faz as anotações, a
tomada de notas pode ter uma das seguintes finalidades:

• Reunir uma documentação sólida sobre um determinado assunto a partir dos registos dos
assuntos mais relevantes em determinados documentos;
• Remediar os lapsos da memória, fixando as informações essenciais dos textos que lemos ou
ouvimos;

• Selecionar e arquivar as informações de um texto básico;

• Retransmitir o conteúdo de um texto de maneira tão completa e fiel quanto possível; 2

• Transmitir um conjunto de informações, preservando integralmente o sentido da mensagem


original, numa formulação mais económica;

• Base para a redação de resumo (entendido como a reescrita de um texto, usando construção
sintática e vocábulos novos e uma estrutura menos complexa que a do texto original, de tal
modo que se possa captar a essência do texto original), relatórios…

Procedimentos de anotações

A tomada de notas é precedida de uma perceção da coerência semântica e sintática do


conjunto de palavras. Os conectivos ajudam o leitor/ouvinte a seguir o fio do discurso. Esses
conectivos podem ser lógicos, pronomes (com função anafórica), repetição de palavras,
nominalizações e expressões de transição (exemplificação, contraste, conclusão, etc.).

As anotações constituem uma síntese dos conteúdos lidos e todo o estudante deverá conhecer
e usar correctamente estas regras. Assim, nesta unidade apresentamos as diferentes formas de
tirar apontamentos e as orientações recomendadas para cada método.

Ao completar esta unidade/lição, serás capaz de:

 Indicar o propósito da leitura;

 Praticar a leitura de acordo com as etapas;

 Verificar a compreensão dos conteúdos;

3.1 Fazer anotações

Um bom leitor para além de sublinhar também faz anotações quer seja no papel quer seja no
próprio texto de apoio e essas anotações principalmente as feitas no texto aprova do seu
espírito crítico. Enfim, as anotações são reacções ou cometários pessoais e pode expressar-se
através de formas diversificadas entre elas estão patentes algumas que já referimos na
abordagem de RUIZ (poto de interrogação como sial de dúvida), ponto de exclamação como
sinal de surpresa ou entusiasmo, letras diversas para fazer uma observação simples como por
exemplo: B-bom, I-importante ou interessante, N-não, R-rever e outros; palavras que
resumam o núcleo central de um parágrafo; uma nota de referência sobre os assuntos
defendidos pelo mesmo autor ou por autores diferentes.

Nota:

Fazer anotações é enriquecer o livro e elas (as anotações) devem ser claras e breves.

A actividade de tira apontamento é complexa e constitui um dos processos fundamentais para


a captação e retenção da matéria, pois, por meio dos apontamentos aprendemos melhor e as
nossas informações ficam guardadas para sempre.

Tomada de notas a partir do material escrito

Apresentamos alguns procedimentos que podem ser úteis para anotações a partir do suporte
escrito:

• (Re) ler o texto, sublinhar e escrever à margem as siglas correspondentes: usar siglas para
sublinhar a importância das informações (p. ex.: IMP (importante); CIT (citar); R
(rever/reler); CF (confrontar.) e sublinhar de forma criteriosa (diferenciar os sublinhados, as
cores. Esta prática serve para assinalar as pistas do que é interessante e permite a deteção dos
aspetos importantes, volvido muito tempo. No entanto, nem sempre é possível ou
aconselhável sublinhar o escrito: o livro não é da nossa propriedade; a obra é uma
preciosidade; o livro poderá ser emprestado a colegas…

Tomada de notas a partir de discursos orais

A mensagem do discurso oral passa rapidamente é não se deve interromper o orador. Esta
situação exige do recetor a assunção de determinadas habilidades e procedimentos diversos.

Eis algumas propostas:

• Apontar o maior número de coisas possíveis no mínimo espaço de tempo, o que requer não
anotar frases inteiras ou frases textuais;

• Assentar o que é útil ou necessário reter: palavras-chave, conclusões parciais e gerais;

• Anotar as informações com exatidão, respeitando o que se diz, com recurso ao estilo
telegráfico (frases curtas e sem verbos, abreviaturas, símbolos e esquematizações).
Ficha de leitura

Ficha de leitura é um resumo das ideias de um autor contidas num livro ou num artigo, tendo
como objetivo preparar um trabalho de maior fôlego onde pretendemos conciliar a
informação proveniente de várias fichas de leitura com as nossas conclusões em ordem a
produzir um trabalho sistemático e original.

Síntese

A síntese é, de forma geral, um texto que compreende as principais ideias de um texto.

É possível fazer uma síntese de um artigo acadêmico, de uma dissertação, de uma tese de
doutorado, de um filme, de uma série, de um livro, por exemplo.
Em termos práticos, a síntese é um pequeno texto que contempla os pontos principais de
outro texto ou narrativa.
Como fazer uma boa síntese?

1. Leia com atenção

O primeiro passo é ler o texto com atenção, se estamos falando de livros e de pesquisas
científicas. Se for um filme ou uma série, por exemplo, você deve assisti-los com cuidado. A
ideia é que você se torne capaz de compreender os pontos principais do texto. Quer dizer,
você deve compreender as ideias e os argumentos principais de quem escreveu.

2. Sublinhe as principais ideias

Nessa procura pelos pontos principais, você pode usar algumas ferramentas para te
ajudar: pode grifar os tópicos principais ou inserir comentários que já comecem a
conectar as ideias. Se for um texto muito longo, considere fazer fichamento das ideias
principais

3. Defina uma organização

A organização do texto é um fator essencial para a compreensão de quem vai ler e


também é um critério importante para avaliar a qualidade da síntese. Afinal de contas, a
estrutura do texto auxilia na didática da apresentação das ideias.
Ainda que pareça óbvio, melhor não deixar de ressaltar: não basta copiar e colar partes do
texto. A síntese não tem a mesma função dos fichamentos. A estrutura da síntese deve
conectar as ideias principais do texto.

4. Não altere o conteúdo da fonte de pesquisa original

Você deve escrever o texto na terceira pessoa e não demonstrar suas próprias opiniões, para
não alterar as ideias originais do texto.

Tenha em mente que você não está escrevendo uma resenha crítica.
5. Conecte as ideias do texto

Escreva a síntese de uma forma que conecte as ideias principais do texto.

É importante usar palavras de transição e conectivas, como: enfim, por isso, por essa razão,
desse modo. Esses termos ajudam a criar uma unidade no texto.

Diagramas de aranha (mind maping)

O diagrama de aranha é uma representação visual de uma afirmação lógica que é factual ou
fictícia, também conhecida como expressão booleana. Além disso, desenhar um diagrama de
aranha usa formas e linhas da mesma forma que a aranha para conectar as ideias geradas.

Usar esse tipo de diagrama fará com que você entenda seus pensamentos ancorados no
assunto principal ao fazê-lo. Além disso, é um dos diagramas mais fáceis e sensatos
atualmente. Isso significa que, ao usar esse método, você poderá registrar suas ideias
instantaneamente antes que elas se espalhem.

Os 3 principais criadores de diagramas de aranha

MindOnMap

O MindOnMap é uma ferramenta de mapeamento mental online que permite criar ótimos
mapas e diagramas. Com seus menus robustos e bonitos e opções de fita, você
definitivamente criará o gráfico mais criativo e sensato que você poderia imaginar! Além
disso, uma das razões pelas quais as pessoas continuam escolhendo MindOnMap na criação
de diagramas de aranha é que todos ficam intrigados com a facilidade de uso. Imagine, em
apenas um minuto de navegação, e você será capaz de dominar e desfrutar do infinito e além!
Microsoft Word

O Microsoft Word também é uma ferramenta ideal para fazendo diagramas de aranha, mapas
e gráficos. Além disso, existem muitas ferramentas fantásticas que você pode usar e
aproveitar ao criar sua obra-prima. Mas, como você vai fazer uma palavra de aranha sem
fazer nenhum esforço, certo? Se você não está familiarizado com isso, provavelmente pode
acabar em uma confusão porque, com certeza, você fará isso manualmente. Ainda bem que
este software fantástico oferece gráficos e gráficos prontos que facilitarão sua tarefa ao usá-
lo.

Lucidchart

Por fim, temos o Lucidchart. Esta ferramenta online oferece recursos atraentes que permitirão
que você crie excelentes diagramas de fluxograma, fornecendo-lhes belos designs após o
brainstorming. Além disso, assim como o MindOnMap, também é acessível em dispositivos
móveis e possui uma interface muito conveniente. No entanto, ao contrário do outro, o
Lucidchart só permite que você trabalhe em três documentos editáveis. Suponha que você
queira aproveitar mais seus recursos e privilégios exclusivos. Nesse caso, você pode
aproveitar sua versão paga individual, que permitirá trabalhar em documentos editáveis
ilimitados, juntamente com milhares de modelos profissionais para seus diagrama de aranha.
Assim, você deve seguir as orientações abaixo para dar dicas de como essa ferramenta online
funciona em diagramas.

Pontos Comuns e Diferenças entre Mapa Mental e Diagrama de Aranha


É necessário que se faça uma comparação entre o Mapa Mental e Diagrama de Aranha.

Normalmente, um Diagrama de Aranha tem:

1. Uma imagem central (como o Mapa Mental)


2. Uma estrutura hierárquica (tal como o Mapa Mental)
3. Nós que ramificam cada linha hierárquica (os mapas mentais têm ramos e sub-ramos
principais)
4. Um monte de frases e sentenças (Mapas Mentais em sua forma mais pura se
concentram em palavras-chave únicas)

Diagramas de Aranha RARAMENTE:


1. usam cor,
2. usam linhas curvas (com exceção do tópico central),
3. usam muitas imagens adicionadas ao diagrama,
4. têm apenas uma ou duas palavras de entrada (ao contrário de um mapa mental de
Buzan),
5. usam bolhas ou caixas em torno dos nós (ver Diagrama de Bolhas).

Exemplo de Diagrama de aranha

Exemplo de mapa mental


Introdução à estrutura e organização de Ensaios e Relatórios

Relatório é um gênero textual utilizado por diversos profissionais em seu dia a dia e também
por estudantes, para divulgar os resultados de um estudo ou uma pesquisa acadêmica em
andamento, ou até mesmo para registrar participações em congressos, simpósios ou práticas
de leituras e estudos.

A finalidade de um relatório de pesquisa é a de comunicar os processos desenvolvidos e os


resultados obtidos em uma investigação, dirigido a um leitor ou público-alvo específico,
dependendo dos objetivos a que se propôs. Os relatórios de pesquisa podem ser feitos de
várias formas: através de um artigo sintético para ser publicado em algum periódico, através
de uma monografia com objetivos acadêmicos (monografia de conclusão de disciplinas ou de
cursos de graduação, dissertação ou tese de mestrado ou doutorado) ou na forma de uma obra
para ser publicada.

Tipos de relatórios

Os relatórios de pesquisa são elaborados com fins acadêmicos e com fins de divulgação
científica. Há vários tipos de relatórios: resumos, resenhas, ensaios, artigos, projetos de
pesquisa, relatórios de pesquisa, monografias, dissertações e teses, desenvolvidos e
apresentados em cursos de graduação, especialização, mestrado e doutorado. O adjetivo
"científico" é atribuído genericamente a estes tipos de trabalhos, confundindo-se muitas vezes
a cientificidade com o cumprimento das normas e padrões de sua estrutura e apresentação.
Ser ou não ser científico não tem nada a ver com estas normas e padrões, que são produto ou
de normalização oficial, ou de padrões que o uso acabou transformando em convenções
universalmente aceitas.

Estrutura de um relatório de pesquisa

Um relatório de pesquisa compreende as seguintes partes:

1. Elementos pré-textuais:
2. Capa;
3. Folha de rosto;
4. Dedicatória;
5. Agradecimentos;
6. Abstract;
7. Sumário;
8. Lista de tabelas, gráficos e quadros.

Elementos textuais

Introdução: apresentação do problema investigado, objetivos, justificativa, metodologia


utilizada, citação do marco de referência teórica, quadro das hipóteses;

Corpo do trabalho (desenvolvimento): detalhamento do problema, exposição da revisão


bibliográfica e do marco de referência teórica, detalhamento das hipóteses com suas
variáveis, definições e indicadores, descrição da população e plano de amostragem,
apresentação e discussão dos resultados, avaliação crítica das hipóteses e do referencial
teórico, acrescido de tabelas, gráficos, quadros e ilustrações;

Conclusão: retomada do problema com a síntese das conclusões e avaliação das limitações
da pesquisa; notas: observações, complementações ao texto, indicações bibliográficas que
podem aparecer ao pé da página, no final da parte ou de todo o texto; citações: menção,
através da transcrição ou paráfrase direta ou indireta, das informações colhidas em outras
fontes que foram consultadas; fontes: lista ordenada das referências das obras citadas,
consultadas e indicadas pelo autor no texto.

Elementos pós-textuais

Apêndice: texto ou informações complementares elaborados pelo autor;

Anexo: documento acrescentado para provar, ilustrar ou fundamentar o texto

Ensaio acadêmico?

O ensaio acadêmico ou ensaio científico é um gênero textual frequentemente requisitado


como forma de avaliação em cursos universitários. Esse tipo textual tem como objetivo
fomentar o debate crítico acerca de um tema específico. Por isso, a construção de um ensaio
acadêmico deve passar pela exposição de diferentes teorias e pontos de vista sobre um
assunto.

A ideia é que a pessoa autora exponha sua opinião sobre o tema do ensaio, de maneira formal
e cientificamente embasada.

Características principais de um ensaio


O ensaio acadêmico é um texto formal de caráter opinativo que contém em média 10 a 15
parágrafos. Por ser um tipo de texto mais curto e menos aprofundado que um artigo
científico, possibilita uma escrita mais livre.

Assim, o objetivo do ensaio é fazer uma reflexão original e crítica sobre a temática. No
entanto, isso não significa menos rigor científico. As opiniões expressas em um ensaio
acadêmico devem ser desenvolvidas a partir de pesquisas bibliográficas, trazendo
embasamento científico para os argumentos do texto.

A partir disso, podemos dizer que as principais características de um ensaio acadêmico são:

 É um texto opinativo;
 Costuma ser relativamente curto;
 É direcionado o debate entre diferentes pontos de vista sobre um tema;
 Tem como objetivo estimular a construção de reflexões críticas pessoais
fundamentadas cientificamente.

Estrutura de um ensaio acadêmico?

Sua estrutura é bastante similar a de artigos científicos. Sendo, no entanto, um texto menos
extenso. A estrutura de um ensaio acadêmico segue um padrão bastante comum em pesquisas
científicas:

 Título;
 Resumo;
 Introdução;
 Desenvolvimento/argumentação;
 Conclusão;
 Referências bibliográficas.

Para quê serve um ensaio acadêmico?

O ensaio acadêmico tem como principal objetivo estimular a reflexão crítica dos alunos
frente a um tema específico.
Deste modo, serve como um recurso pedagógico para avaliar a capacidade de exposição e
diálogo entre ideias diferentes e, principalmente, a habilidade de construir um argumento
próprio frente ao debate.

Como fazer um ensaio acadêmico?

Para produzir um ensaio acadêmico é necessário selecionar e estudar leituras relevantes


acerca do tema analisado.

A partir disso, elabora-se um argumento pessoal frente ao debate de ideias que será exposto
no texto. Para facilitar a organização da sua escrita, descrevemos abaixo o que fazer em cada
tópico da estrutura do ensaio.

Resumo: descrever de forma breve – em média 100-500 palavras – o que será apresentado no
decorrer do ensaio.

Introdução: aqui você irá contextualizar o assunto abordado, trazendo uma pincelada do que
será desenvolvido ao longo do ensaio, trazendo um panorama geral do que o leitor (a)
encontrará no ensaio, com destaque para a sua reflexão/argumento central;

Desenvolvimento/argumentação: este é o momento em que você irá demonstrar que possui


conhecimento sobre o tema abordado, apresentando o referencial teórico, argumentos e
contra-argumentos acerca da temática e, o mais importante, você deve sustentar o seu
posicionamento particular frente a este debate;

Conclusão: para finalizar o ensaio é importante retomar as ideias centrais apresentadas no


decorrer do texto e reforçar o seu argumento/reflexão particular. Nesse tópico, você também
pode apontar para novos questionamentos que podem ter surgido com o desenvolvimento do
ensaio, suscitando, assim, a continuação do debate científico;

Referências bibliográficas: assim como os demais trabalhos acadêmicos, o ensaio também


precisa ser formatado de acordo com as normas da Instituição. Por isso, é importante dar
atenção à padronização das referências que você usou para a construção do texto.
Plano temático

Prezados estudantes, espero que estejam bem dispostos.

Escrevo-lhes para informar que esta disponível o plano temático e analítico para o ano de
2024.

Sejam bem vindos!

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