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Diadema –SP
2022
ANDRÉ LUIZ SIMÕES DE CARVALHO
BRUNA SILVA PAZ FORTUNATO
ESTELA RODRIGUES SILVA
RENATA DIAS DE ARAÚJO ALVES
SABRINA DOMINGOS NUNES
VICTÓRIA AMBRÓSIO SANTANA
VITORIA CERQUEIRA DO NASCIMENTO
Orientador:
Prof. Rodolfo Angelo Gerstenberger
Diadema- SP
2022
ANDRÉ LUIZ SIMÕES DE CARVALHO
BRUNA SILVA PAZ FORTUNATO
ESTELA RODRIGUES SILVA
RENATA DIAS DE ARAÚJO ALVES
SABRINA DOMINGOS NUNES
VICTÓRIA AMBRÓSIO SANTANA
VITORIA CERQUEIRA DO NASCIMENTO
Diadema- SP
2022
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus pelo dom da vida, por nos ter dado
saúde e sabedoria para realizarmos esta pesquisa.
O desenvolvimento deste trabalho de conclusão de curso contou com o
auxílio de diversas pessoas, dentre as quais agradecemos:
Ao nosso professor orientador Rodolfo Angelo Gerstenberger, que
durante os dois últimos módulos do curso nos acompanhou pontualmente,
dando todo o auxílio necessário para a realização do projeto.
A todos que participaram das pesquisas de campo, pela colaboração e
disposição no processo de obtenção de dados.
Aos nossos familiares, que nos incentivaram a cada momento e não
permitiram que nós desistíssemos.
Aos nossos amigos, pela compreensão das ausências e pelo
afastamento temporário.
“My days end best when this sunset gets itself
behind.”
Arctic Monkeys
Sumário
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
No que diz respeito a educação, de acordo com Ramos apud. Brandão
(2011), o termo possui definição ampla considerando seus processos
educacionais e de formação, sendo esses exercidos em diversos espaços além
da escola, não necessitando de um modelo de ensino formal e centralizado.
Portanto, conforme Ecco e Nogaro (2013), nós como humanos, tendemos à
educação, pois pertence à nossa natureza o sentimento de potencialização da
espécie, uma vez que não nascemos formados. Então, o educar traz as
condições e processos para nossa evolução como projeto de “vir-a-ser”
humano.
HARELI & WEINER (2002) apud BZUNECK e SUESON SALES (2011, p. 308)
apontam que o modo como os alunos são julgados interfere diretamente em
suas emoções e afirmam que se na percepção do professor a causa de um
mau desempenho pudesse ter sido evitada pelo aluno, o professor, com base
nesta hipótese, sentiria raiva do aluno. Esta emoção, por sua vez, acarretaria
reações comportamentais do professor, que incluem repreender, deixar de
atender e até punir. Por consequência, haverá uma reação do aluno, gerando
nele respostas emocionais. Quando um professor atribuir o sucesso de um
aluno a seu esforço, provocará nele provável sentimento de orgulho. Mas se
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1.2. Objetivos
Através da observação e estudo das relações interpessoais entre o corpo
docente e discente, temos como objetivos os seguintes tópicos:
1.3. Justificativa
Após quase 2 anos reclusos, os alunos retornam às escolas com uma piora
histórica no índice do Saresp desde 2010. De acordo com Lacerda & Junior
apud. Garrison (2021), indica a presença do professor como fator crucial para o
engajamento e conectividade dos alunos. Já para Xiao e Li (2020), “há um
crescente impacto psicológico negativo nos alunos (...). Principalmente na falta
de proximidade com os colegas ao carecerem de incentivos para a interação
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1.4. METODOLOGIA
A pesquisa a ser realizada neste trabalho de conclusão de curso, tem
como finalidade identificar a importância da humanização no processo de
aprendizagem do aluno, de forma exploratória, como pode ser definido por
Cervo; Bervian; da Silva (2007) A pesquisa exploratória realiza descrições
precisas da situação e quer descobrir as relações existentes entre seus
elementos componentes. Segundo Gil (2019), esse tipo de pesquisa tem como
propósito proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-
lo mais explícito ou a construir hipóteses.
Já à metodologia do trabalho, optamos pela utilização do método
hipotético-dedutivo que de acordo com Marconi e Lakatos (2017), é um modo
de investigação de pesquisa empírica cujo objetivo é a formulação de
questões ou de um problema, com tripla finalidade: descrever hipóteses;
aumentar a familiaridade do pesquisador com o ambiente, fato ou fenômeno; e
clarear conceitos.
As ferramentas que serão utilizadas são dois questionários que seguem
o tipo estruturado, um com doze questões objetivas e uma aberta direcionadas
aos alunos como um todo, visando identificar a percepção que eles têm sobre
o método de ensino aplicado pelos professores, já em um segundo momento
teremos também um formulário com sete questões dissertativas e duas
objetivas direcionadas para os profissionais da educação, com o objetivo de
identificar sua metodologia em sala de aula e proximidade com os alunos.
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Segundo NETO (2012), apud Kohl (1992), o aluno não nasce com o conteúdo
em sua mente, o conteúdo deve ser transmitido pelo professor, e a socialização
e troca de ideias e afeto é fundamental para que o conteúdo se fixe de forma
que o indivíduo elabore com suas palavras o que foi aprendido. A afetividade
no ambiente escolar auxilia no processo ensino-aprendizagem, uma vez que o
professor não transmite somente conhecimento, mas também entende seus
alunos e ainda se firma em uma relação de troca, onde deve ser traspassado
afeto. Não é preciso somente ensinar o conteúdo escolar, mas ensinar a ter a
empatia com o próximo, e isso só se tem por meio de afetividade. A afetividade
é indispensável no relacionamento do sujeito com o ambiente, e as relações
humanas ainda que complicadas são elementos fundamentais de um indivíduo.
O aprender se torna mais interessante quando o aluno se sente competente
para participar de forma ativa nas aulas.
Para compreender de que forma a afetividade ajuda no processo de ensino-
aprendizagem, busca-se uma especialização mais específica e teorizada, e
quando se fala em afetividade para ensino é preciso considerar os aspectos do
ambiente escolar, observando o intelecto de todos.
A vontade de aprender não é uma ação espontânea nos alunos, para que isso
ocorra é preciso que o professor desperte a curiosidade deles, conduzindo
suas ações no desenvolver das atividades em aula. FREIRE, destaca que as
qualidades do professor envolvem os alunos afetivamente, afirma que: ‘’ o bom
professor é o que consegue, enquanto fala trazer o aluno até a intimidade do
movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma
cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem, cansam porque
acompanham suas idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas
pausas, suas dúvidas, suas incertezas’’ (1996, p. 96).
[...] Por que razão, exactamente, é que abrir uma janela ou afiar um
lápis não é ensinar? (...) Estamos perante actividades de ensino em
sentido específico e, no entanto, nenhuma delas é imediatamente
reconhecível como identificando o termo ensino. (..) E isto porque
muitas, se não todas as actividades específicas que acontecem no
ensino, também acontecem quando a pessoa não está a ensinar
(2001 p 67-68).
Podemos então afirmar que a aprendizagem, como de acordo com Pfron Netto
(1987), trata-se de um processo interno. Ela está ligada ao desenvolvimento
pessoal que engloba os valores e experiências que adquirimos ao longo da
vida e agrupa fatores cognitivos, emocionais, orgânicos, psicossociais e
culturais.
Weiten (2006) diz que grande parte de nossos hábitos são resultado de
aprendizagem. Através dela, competências, comportamentos, habilidades,
conhecimentos e preceitos podem ser obtidos ou modificados através do
estudo e do ensino.
Portanto, a melhor definição parece ser aquela que aponta para um processo
contínuo e ininterrupto em que descobrimos novas coisas e nos moldamos a
elas ou mudamos nossa maneira de agir em função deste novo conhecimento.
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Para Gomes (2006, p.233), uma prática pedagógica precisa ter dinâmica
própria, que dê espaço para o exercício do pensamento reflexivo, conduza a
uma visão política de cidadania e que seja capaz de integrar a arte, a cultura,
os valores e a interação, trazendo, assim, a recuperação da autonomia dos
sujeitos e de sua ocupação no mundo, de forma significativa. Os professores
precisam induzir seus alunos à reflexão. As discussões, as perguntas, as ideias
contrárias, inclusive, fazem parte do processo de aprendizado.
Dessa forma, para que o processo de ensino seja realizado de maneira efetiva,
é preciso que exista algum tipo de planejamento no sentido de direcionar o
indivíduo ao aprendizado. Mesmo que ele esteja implícito em muitas ocasiões
é mais habitual quando ele é planejado, provocado e conduzido a um
determinado objetivo.
[...] Toda motivação deve ser relacionada com objetivos, um bom
professor possui metas de ensino o que tornará o aluno motivado
para aprender. Diante desta ideia o professor influenciará o aluno no
desenvolvimento da motivação da aprendizagem, e quanto mais
consciente for o professor em relação a esse aspecto melhor será a
aprendizagem do aluno (MACHADO, 2012 p. 189).
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Para Gomes (2006, p.233), uma prática pedagógica precisa ter dinâmica
própria, que lhe permita o exercício do pensamento reflexivo, conduza a uma
visão política de cidadania e que seja capaz de integrar a arte, a cultura, os
valores e a interação, propiciando, assim, a recuperação da autonomia dos
sujeitos e de sua ocupação no mundo, de forma significativa.
Segundo Freire (1996, p. 96), o bom professor é o que consegue, enquanto fala
trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento.
Platão diz que o homem nada mais é do que um animal cheio de mansidão, e
que torna-se manso por meio de uma verdadeira educação; se não recebe nenhuma ou
recebe falsa, se torna a mais feroz das criaturas ( PLATÃO, Leis, VI, 12, 766 a.).
Comenius, pai da didática, considerava o espaço escolar essencial para a educação do
homem, que a todos aqueles que nasceram homens é necessária a educação, porque é
necessário que sejam homens, não animais, defendendo assim o pensamento de
ensinar tudo a todos ( COMENIUS, 1657 ).
Para Freire, o homem deve estar consciente do seu contexto social e ativo nas
discussões do seu mundo. A base do método educacional deve guiar o homem para a
forma-se como pessoa e transformar o mundo em que vive ( FREIRE, 1974) Para
Piaget e Inhelder ( 1995 ), as atribuições mentais, da mesma maneira que as
biológicas, tem como objetivo integrar o indivíduo no meio em que vive.
como um sentimento altruísta, mas como uma etapa essencial na sua sobrevivência (
Antunes, 2008).
De acordo com Pilette (2004), a escola é onde a criança passa a fazer parte de
um novo meio social, é um ambiente de trocas de um com o outro. E é nesse
ambiente que a crianças irá encontrar novos amigos e formar vínculos afetivos que
podem influenciar no desenvolvimento de sua identidade. A interação social que o
espaço escolar promove é indispensável para o seu crescimento pessoal.
O clima afetivo escolar, que valoriza o aluno, respeita seu ponto de vista e
estimula suas ideias, está alimentando o desenvolvimento da sua autoestima e
criando no indivíduo o prazer em aprender. É a partir da relação afetiva com o
educador que o aprendente pode sentir-se valorizado ou menosprezado dentro da sala
de aula ( Charlita, 2001).
Vygotsky ( 1999 ) entende que existe uma conexão entre o afeto que os
discentes têm pela matéria e/ou pelo professor, com a vontade de aprender e entender
o que é lecionado. Citando Comenius ( COMENIUS, 1657, Pag. 50): “Está
implantado também no homem o desejo de saber. Surge logo na primeira idade
infantil e acompanha-nos durante toda a vida”. Quando não existe prazer e vontade
em aprender, não estarão aptos o suficiente para entender a matéria, para raciocinar
de forma construtiva. Conclui-se, então, com base no que foi dito, que a afetividade e
a interação social presentes no ambiente escolar e na relação de mestre e aprendente
são essenciais para que aja uma verdadeira troca de conhecimento e compressão
quanto ao que está sendo ensinado. “Às escolas, porque, corrigido o método, poderão,
não só conservasse sempre prósperas, mas ser aumentadas até ao infinito” (
COMENIUS, 1657, Pag 30).
Com mais de 90% das respostas, a maioria dos respondentes diz observar
uma preferência da classe quanto ao professor que conduz a aula.
Somando juntos 79,3% dos resultados, 45,3% afirma ter uma boa relação com
seus professores e 34% uma relação excelente. 16% neutro e 4% uma relação
não muito agradável. O educador no processo de ensino e aprendizagem é a
união entre o aluno em formação e o meio social no qual está inserido. Na
relação do sujeito com o ambiente, as relações humanas são elementos
fundamentais na construção de uma pessoa. Aprender se torna uma atividade
mais prazerosa quando o aluno se sente acolhido e competente para participar
de forma ativa nas aulas.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tendo em vista que esse trabalho pretendeu entender a humanização do
processo de ensino como fator influenciador na aprendizagem do aluno para
haver a idealização de um trabalho, que visa analisar a importância da relação
professor-aluno e seus impactos socioemocionais e no aprendizado, a partir
da metodologia apresentada no trabalho, que é o método hipotético-dedutivo,
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BARIANI, Isabel Cristina; PAVANI, Renatha. Sala de aula na universidade:
espaço de relação interpessoais e participação acadêmica. Revista Estudos de
Psicologia / 25(1) / 67-75/ Janeiro – março / 2008
PFRON NETTO, Samuel. Psicologia da aprendizagem e do ensino. São
Paulo, E.P.U., 1987.
PIAGET, Jean. A Psicologia da Criança 1966.
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