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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

CURSO DE PEDAGOGIA – 3º SEMESTRE

ALINE PEREIRA DOS SANTOS


BRENDA GIOVANA PEREIRA
ISADORA ALMEIDA CAMPOS
LORENA DA SILVA ALVES
NILDETE OLIVEIRA FRANCO
RAISSA GABRIEL GRACIANO NOGUEIRA CARDOSO

TRABALHO INTERDISCIPLINAR EM GRUPO

RELAÇÃO TEORIA E PRÁTICA NO COTIDIANO DA SALA DE AULA

Wenceslau Braz
2020
ALINE PEREIRA DOS SANTOS
BRENDA GIOVANA PEREIRA
ISADORA ALMEIDA CAMPOS
LORENA DA SILVA ALVES
NILDETE OLIVEIRA FRANCO
RAISSA GABRIEL GRACIANO NOGUEIRA CARDOSO

TRABALHO INTERDISCIPLINAR EM GRUPO

RELAÇÃO TEORIA E PRÁTICA NO COTIDIANO DA SALA DE AULA

Trabalho de Produção Textual Interdisciplinar em grupo


apresentado à Universidade Norte do Paraná -
UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de
média semestral na disciplina de: Avaliação na
Educação, História da Educação, Teorias e Práticas do
Currículo, Sociologia da Educação, Educação Formal e
Não Formal, Didática e Práticas Pedagógicas: Gestão
da Sala de Aula.

Orientador: Prof.ª Marcelina R. Sanches Gemin

Wenceslau Braz
2020
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..............................................................................................................3

2. DESENVOLVIMENTO: RELAÇÃO TEORIA E PRÁTICA NO COTIDIANO DA


SALA DE AULA............................................................................................................4

CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................8

REFERÊNCIAS.............................................................................................................9
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INTRODUÇÃO

A relação da teoria e da prática durante o processo de formação do professor


é fundamental para sua efetiva atuação como docente na aprendizagem dos alunos.
A formação de um professor depende de uma bagagem teórica para a
aquisição dos conhecimentos e assim construir seus próprios saberes; mas é
durante o estágio curricular, que ele vai articular seus conhecimentos teóricos com a
prática, apropriando- se de um aprendizado contextualizado para tornar- se um
profissional competente e de qualidade.
Um educador somente poderá atuar em sala de aula quando aprender a
ensinar e para isso, é preciso ter conhecimento prático, que é adquirido através da
observação, diálogo e troca de experiências. Abranger que o processo de ensino e
aprendizagem, apesar da formação oferecida em sala de aula ser fundamental, é
necessário que os alunos tenham a oportunidade de relacionar a teoria com a
prática pedagógica em sala de aula para o pleno exercício de sua profissão.
A fase do estágio curricular nos permite perceber como se da à prática na
escola, na realidade dos alunos, de forma fundamentada e para isso é preciso
considerar cada realidade onde ocorrerá a prática pedagógica, com suas
características emocionais, culturais, socioeconômicas e tudo que o ambiente
proporciona.
O presente trabalho tem como finalidade refletir sobre a construção da prática
pedagógica compreendendo a relação entre teoria e prática, a fim de compreender
como se constrói essa relação. Teoria e prática estão pautadas na experiência da
observação, onde os conhecimentos são adquiridos pelos professores durante a
formação inicial.
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2. DESENVOLVIMENTO: RELAÇÃO TEORIA E PRÁTICA NO COTIDIANO DA


SALA DE AULA

O processo de ensino aprendizagem é um procedimento que tem por objetivo


levar o aluno à aquisição do conhecimento. Para que a aquisição da aprendizagem
se realize de forma eficaz é preciso que o professor se utilize de métodos
apropriados buscando atender a necessidade básica do aluno.
Refletindo sobre a Situação Problema em questão que retrata duas situações
de ensino e aprendizagem, observamos que a circunstância apresenta duas
diferentes metodologias utilizadas pelas professoras.
No primeiro contexto, a prática de ensino utilizada pela professora Lourdes,
apresenta um processo de ensino tradicional na sua prática docente.
De acordo com Libâneo (2014) “na tendência tradicional, a pedagogia se
caracteriza por acentuar o ensino humanístico, de cultura geral, no qual aluno é
educado para atingir, pelo próprio empenho, sua plena realização como pessoa”.
O ensino humanístico se caracteriza pela concentração do esforço do aluno
em seus estudos, tendo como referência os valores que são fundamentais para sua
aprendizagem e para a sua formação como ser humano, uma pessoa com
conhecimentos técnicos, sendo capaz de perceber e avaliar de mundo.
A concepção do ensino tradicional, construída ao longo dos anos, se baseia
na busca pela essência do homem, colocando o professor como o centro do
processo ensino aprendizagem, destacando- se pela preocupação do
desenvolvimento do intelecto dos alunos, e a apropriação dos conhecimentos é
realizada pela memorização dos conteúdos.
A função da escola é o de promover uma formação moral e intelectual,
preparando o aluno para a convivência social, tendo como pressuposto a
conservação da sociedade.
A escola tradicional organiza seu espaço físico, a sala de aula, com carteiras
enfileiradas, onde o professor fica na frente da sala, um ambiente pouco estimulante
para os alunos.

Segundo Libâneo (2014) a metodologia do ensino tradicional consiste na


exposição e demonstração verbal dos conteúdos, onde o aluno aprende por meio de
seu próprio esforço.
O método se baseia nos seguintes passos:
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a) preparação do aluno (definição do trabalho, recordação da matéria


anterior, despertar interesse);
b) apresentação (realce de pontos-chave, demonstração);
c) associação (combinação do conhecimento novo com o já conhecido por
comparação e abstração);
d) generalização (dos aspectos particulares chega-se ao conceito geral, é a
exposição sistematizada);
e) aplicação (explicação de fatos adicionais e/ou resoluções de exercícios).
A ênfase nos exercícios, na repetição de conceitos ou fórmulas na
memorização visa disciplinar a mente e formar hábitos.
( LIBÂNEO, 2014, p. 4)

Todo procedimento de ensino e aprendizagem na tendência tradicional,


“como os conteúdos, os procedimentos didáticos, a relação professor-aluno não têm
nenhuma relação com o cotidiano do aluno e muito menos com as realidades
sociais” (Libâneo, 2014).
Neste processo o que prevalece é a palavra do professor, gerando assim uma
conduta correspondente do aluno, não apresentando nenhuma relação entre aluno e
professor. O centro do processo educativo se restringe na pessoa do professor, o
responsável pela transmissão dos conteúdos, exigindo uma boa preparação do
mesmo.
A relação professor-aluno é caracterizada pelo autoritarismo exercido pelo
docente, o possuidor do conhecimento; ao aluno cabia a obrigação de receber o
conhecimento, sem questionamento.
Os conteúdos de ensino são pré- estabelecidos por legislação, tendo como
base os valores sociais acumulados pelas gerações adultas e repassados ao aluno
como verdades. Os conhecimentos eram transmitidos oralmente pelo professor, não
se detendo com a aprendizagem dos alunos e sim com a quantidade dos conteúdos

repassados. A metodologia de ensino restringia- se na transmissão dos conteúdos,


na resolução de exercícios e na memorização de fórmulas e conceitos.
O processo de aprendizagem para uma criança é compreendido como o
mesmo processo de aprendizagem de um adulto; o método consiste na
transferência dos conteúdos e em seguida com a reprodução de exercícios
sistemáticos para uma memorização dos conteúdos.
A avaliação do conhecimento é realizada através de verificações de curto
prazo, com provas de perguntas e respostas, provas orais e tarefa de casa.
De acordo com Tenreiro e Brandalise (2002) o processo de avaliação no
processo de ensino tradicional é aplicado de forma técnica, com o propósito da
classificação dos alunos, com base nos erros e acertos.
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No segundo caso da Situação Problema, a prática de ensino utilizada pela


professora Melissa apresenta uma metodologia com tendência progressista “crítico-
social dos conteúdos”, priorizando os conteúdos no sua comparação com as
realidades sociais. A pedagogia progressista “crítico-social dos conteúdos” tem
como foco o desenvolvimento das aptidões individuais dos alunos, construído com
base na relação da experiência do aluno com os conteúdos propostos pelo
professor.
Libâneo (2014) afirma que “a escola renovada propõe um ensino que valoriza
a autoeducação (o aluno como sujeito do conhecimento), a experiência direta sobre
o meio pela atividade; um ensino centrado no aluno e no grupo”.
A escola tem por propósito adaptar as necessidades individuais dos alunos ao
meio social, adaptando o comportamento por meio de experiências, num processo
ativo de construção e reconstrução do objeto, numa interação entre estruturas
cognitivas do aluno e as estruturas do ambiente.
O professor tem como função fundamental garantir uma relação entre o
ensino e a aprendizagem através da metodologia renovada.
Segundo Libâneo (2014), o professor tem o dever de planejar, dirigir e
controlar esse processo de ensino, bem como estimular as atividades e
competências próprias do aluno para a sua aprendizagem.
Libâneo (2014) afirma que o método progressista “crítico-social dos
conteúdos” de ensino está submisso aos conteúdos, com a finalidade de priorizar a
aquisição do saber, “de um saber vinculado às realidades sociais, favorecendo a
correspondência dos conteúdos com os interesses dos alunos”.
Os conteúdos a serem trabalhados pelo professor tem como finalidade a
transmissão dos saberes de cada disciplina estabelecendo uma relação com a
realidade dos alunos, desenvolvendo as capacidades intelectuais e cognitivas dos
alunos, levando-os ao desenvolvimento critico e reflexivo acerca da sociedade que
participam.
A contextualização dos conteúdos se realiza através da interligação dos
conhecimentos específicos de cada disciplina com as questões presentes no dia a
dia do aluno, considerando também o conhecimento prévio do aluno sobre o
assunto, contribuindo para o avanço do processo de ensino e aprendizagem.
Tenreiro e Brandalise (2002) explanam sobre a função dos conteúdos:
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A organização do conteúdo deve unir-se às características do saber


elaborado e do saber científico, e aos domínios da cultura em geral, é
importante que o ensino considere o cotidiano e a experiência do aluno,
levando-se em conta a prática social, enquanto experiência humana. O que
se procura com a educação escolar é formar nos educandos a concepção
científica de mundo, procurando atender às exigências para formação do
homem contemporâneo. (TENREIRO E BRANDALISE, 2002, p. 134)

O professor no processo de ensino é o mediador entre o aluno e os


conhecimentos de uma matéria. Tem como função planejar, orientar a direção dos
conteúdos, visando à assimilação constante pelos alunos e o desenvolvimento de
suas capacidades e habilidades. É uma ação conjunta em que o professor é o
agente, que faz questionamentos, propõem problemas, instiga, faz desafios nas
atividades e o educando é o receptor ativo e atuante, que através de suas ações
responde ao proposto produzindo assim conhecimentos. O papel do professor é
levar o aluno a desenvolver sua autonomia de pensamento.
Libâneo (2014) esclarece sobre a atuação do professor na sua relação com o
aluno:

[...] esse esforço do professor em orientar, em abrir perspectivas a partir dos


conteúdos, implica um envolvimento com o estilo de vida dos alunos, tendo
consciência inclusive dos contrastes entre sua própria cultura e a do aluno.
Não se contentará, entretanto, em satisfazer apenas as necessidades e
carências; buscará despertar outras necessidades, acelerar e disciplinar os
métodos de estudo, exigir o esforço do aluno, propor conteúdos e modelos
compatíveis com suas experiências vividas, para que o aluno se mobilize
para uma participação ativa. ( LIBÂNEO, 2014, p. 14)

Os procedimentos didáticos são diversificados, como a exposição oral dos


conteúdos, trabalho individual e em grupos pelos alunos.
Tenreiro e Brandalise (2002) dissertam:

As bases que fundamentam a concepção de avaliação [...] estão


assentadas num paradigma construtivista, que estabelece uma nova relação
entre professor, aluno e conhecimento, considerado o processo de
construção do conhecimento contínuo e progressivo, em que o aluno não é
apenas um receptor e acumulador de informações senão construtor do seu
conhecimento. (TENREIRO E BRANDALISE, 2002, p. 137).

A avaliação escolar é uma ferramenta importante para o trabalho docente, um


processo contínuo, cumulativo e sistemático  para o acompanhamento do processo
de ensino e aprendizagem. Neste processo de avaliação são analisados os
resultados apresentados pelos alunos, a fim de averiguar os progressos e
dificuldades. Na constatação de dificuldades o docente planeja uma retomada dos
conteúdos para sanar as dificuldades.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da reflexão dos textos indicados e sobre as práticas pedagógicas


citadas na situação problema, relacionando a teoria e a prática, com uma postura
investigativa e de análise crítica-reflexiva, compreendemos como é importante à
atuação do professor no processo de ensino e aprendizagem.
Um professor em frente a uma sala de aula tem por dever a escolha de uma
metodologia que seja apropriada para que ocorra realmente a aprendizagem dos
alunos.
O professor não deve ser apenas um transmissor de conhecimentos, mas um
estimulador de todos os processos que levam os alunos a construírem seus
conceitos, valores, atitudes e habilidades que lhes permitam crescer como pessoas,
como cidadãos, desempenhando uma influência verdadeiramente construtiva.
Compete a ele então, adequar sua metodologia e os recursos didáticos de forma
que produza uma relação comunicativa com os alunos, proporcionando uma
situação propícia à aprendizagem.
Embora ainda tenha escola com o método tradicional, é necessário mudar,
inovar, pois a motivação é indispensável para a aprendizagem.
À medida que o professor proporcionar um ambiente de trabalho que estimule
o aluno a discutir, comparar, experimentar e ampliar suas ideias, através de um
processo contínuo, estará promovendo uma aprendizagem construtiva, onde o
aluno é o centro do processo educativo.
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REFERÊNCIAS

LIBÂNEO, José Carlos. Tendências Pedagógicas na Prática Escolar. 2014.


Disponível em:
https://praxistecnologica.files.wordpress.com/2014/08/
tendencias_pedagogicas_libaneo.pdf. Acesso 12/04/2020

TENREIRO, Maria Odete Vieira. BRANDALISE, Mary Ângela Teixeira. Avaliação da


aprendizagem e currículo: algumas reflexões. Revista Olhar de professor. Ponta
Grossa, PR. 2002. Disponível em:
https://www.revistas.uepg.br/index.php/olhardeprofessor/article/view/661/484.
Acesso 12/04/2020

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