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ITAPORANGA
2020
PAULA FRANCINE DIAS
ITAPORANGA
2020
FICHA CATALOGRÁFICA
Aprovado em:
BANCA EXAMINADORA
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Prof.
Universidade Paulista – UNIP
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Prof.
Universidade Paulista – UNIP
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Prof.
Universidade Paulista – UNIP
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
Agradeço também a todos que uma alguma forma contribuíram para a realização
deste estudo.
Por fim, agradeço a todos os colegas do meu local de estágio e meus supervisores.
Vocês foram essenciais em meu caminho percorrido durante esta graduação.
“O sucesso nada mais é que ir de fracasso em
fracasso sem que se perca o entusiasmo ”.
(Winston Churchill).
RESUMO
ABSTRACT
The objectivity of this work is to contribute to the realization of respect for the
black population, developing an anti-racist Ethical-Political Project, in the struggle for
the affirmation of their rights through affirmative actions, in favor of an egalitarian
society. To obtain the proposed objective of the work, the study took place through
bibliographic research on the topics discussed. In the development of the work, a
brief approach was made on the historical construction of Brazilian racism involving
the subthemes the origin of racism in Brazil, a study on the terms race, ethnicity and
racism, racism in contemporary society and a review of Race Relations in the Brazil.
The following was a reflection on Social Work and the racial issue in the Brazilian
context, addressing the brief sub-themes of Social Work and the racial issue in the
Brazilian context and Social Work. In the last chapter, it dealt with the professional
practice of social workers and the racial issue, covering contemporary social
assistance policies, the work of social workers regarding the racial issue, reflecting
on the affirmative actions in the fight against racism and the work of the social worker
with Cras and the development of anti-racist actions with the public served by Cras.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................................10
1. A CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DO RACISMO BRASILEIRO..............................11
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................51
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................52
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INTRODUÇÃO
Segundo o Estatuto da Igualdade Racial “Todos são iguais perante a lei, sem
distinção de qualquer natureza”.
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Para uma compreensão mais pertinente sobre o racismo brasileiro, uma das
causas da desigualdade social, torna-se necessário um aprofundamento nos termos
e conceitos presentes no debate sobre relações raciais. Os termos e conceitos
manifestam-se na teorização sobre a temática racial e nas diferentes interpretações
que a sociedade brasileira realiza a respeito das relações raciais.
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1.2.1 Raça
Gomes (2017) afirma que o uso da palavra raça “na área das ciências, da
biologia, nos meios acadêmicos, pelo poder político e na sociedade, de um modo
geral, esteve ligado à dominação político-cultural de um povo em detrimento de
outro”.
1.2.2 Etnia
Rocha (2016) relata sobre a iniciativa do uso do termo etnia pelos alemães e
cita a concepção do autor Gomes (2005).
1.2.3. Racismo
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Tipos de racismo:
Racismo científico
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Racismo estrutural
Racismo institucional
Após a Lei Áurea de 1888 que concedeu a libertação dos escravos, abolindo
a escravidão no país; muitas outras legislações foram sancionadas em prol da
população negra do Brasil, como a Constituição Federal do Brasil de 1988, que
garante a liberdade e igualdade para todos; apesar disso o racismo racial tem
persistido no meio social brasileiro.
Rocha (2016) descreve sobre o racismo contra a população negra nas áreas
da vida social.
Silva (2009) apud Dias (2015) “analisa que a Constituição Federal de 1988
pode ser considerada um grande avanço nesse aspecto, pois reconhece o racismo e
o preconceito racial como fenômenos presentes na sociedade brasileira”, e comenta
sobre a importância de criar mecanismos para combatê-los.
De acordo com Alves (2020) nesta época a atuação do Serviço Social tinha
com fundamento o assistencialismo, para atenuar as consequências decorrentes do
sistema de produção, a questão social no Brasil, mas totalmente voltada para uma
relação entre o favor e a violência. Cisne (2015) apud Alves (2020) argumenta que
“a assistência social não passava de práticas descontínuas e desarticuladas,
voluntaristas, benevolentes, da caridade e da solidariedade irracional”.
Melo (2020) cita que “nos anos 1940 e 1950, o Serviço Social brasileiro
passou a receber grande influência norte-americana, sendo muito marcado pelo
tecnicismo”. A formação acadêmica para os assistentes sociais aderiu “uma base
positivista e funcionalista e sistêmica, que bebia na fonte da psicanálise e da
sociologia”.
A análise crítica das “expressões da questão social”, bem como sua origem
e desenvolvimento histórico, além das demonstrações que as particularizam
na sociedade capitalista, vem ganhando cada vez mais relevância na
contemporaneidade. Conhecer suas fundamentações e as várias formas de
manifestações constitui um grande desafio para o Serviço Social, pois, é a
partir daí que são elaboradas respostas para o seu enfrentamento (DIAS,
2015, p.323).
O Serviço Social como profissão [...] ampliou e vem ampliando o seu raio
ocupacional para todos os espaços e recantos onde a questão social
explode com repercussões no campo dos direitos, no universo da família, do
trabalho e do “não trabalho”, da saúde, da educação [...] Tais situações
demandam ao Serviço Social projetos e ações sistemáticas de pesquisa e
de intervenção de conteúdos mais diversos, que vão além de medidas ou
projetos de Assistência Social. (BRASIL, 2011, p.10).
Rocha (2009) apud Dias (2015), afirma que, “analisar a inserção da temática
étnico-racial no processo de formação profissional de serviço social, bem como sua
relevância para a consolidação do Projeto Ético-Político da profissão, configura-se
como um grande desafio”.
Ainda sobre esses dados, o IBGE (2017) demonstra que a população branca
(68,6%) tem maior participação no mercado formal de trabalho, com carteira
assinada, em relação à população negra (54,6%). Uma grande parte da população
no Brasil vive em situação extrema pobreza, sendo a maioria da população negra e
a maior parcela da população beneficiária do Bolsa Família.
Diante dos fatos, esta categoria profissional deve- se colocar na luta pela
afirmação de direitos dos usuários dos seus serviços, e se a questão racial também
compõe o conjunto das relações sociais brasileiras, é urgente que tal debate ocupe
o devido destaque na agenda e nos fóruns de sua formação profissional.
Entre outros motivos, alguns entraves se dão pela baixa produção teórica
acerca desses temas, e também pela pouca apropriação da categoria pela
discussão das temáticas de cor/raça/etnia. A discussão étnico-racial sempre foi
secundarizada por essa categoria profissional, e por muitos profissionais não é
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percebida como importante variável para uma análise crítica das relações sociais
sob a perspectiva de totalidade. (DIAS, 2015, p.324).
A autora ainda afirma que “tais valores éticos assumem centralidade, pois
indicam a direção social que o assistente social pretende realizar por meio do
trabalho profissional, [...] diante de situações da injustiça e das desigualdades
sociais, como por exemplo, o racismo [...]”.
sociedade que vise o princípio da justiça social, tomando ciência das ações
afirmativas para o combate das práticas de racismo e preconceito.
Conforme os autores “as ações afirmativas são políticas voltadas para grupos
historicamente excluídos da sociedade, são ações sugeridas ou imposta pelo estado
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É visto que, as cotas para negros no Brasil surgem como uma ação
compensatória devido o processo histórico de exclusão, discriminação e
desigualdade de oportunidade tanto relacionado a educação quanto à
outros segmentos que o negro sofreu durante séculos. Essa ação afirmativa
busca acelerar o processo de igualdade e diversificação nas universidades
públicas brasileiras, buscando assim, inserir cada vez mais a pessoa
afrodescendente que não teve a mesma oportunidade educacional que os
indivíduos de cor branca. (PRATES, SILVA E CAMENIETZK, 2016, p. 11).
Art. 5o Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade [...] III – ninguém será submetido à tortura nem a tratamento
desumano ou degradante; XLII – a prática do racismo constitui crime
inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.
(BRASIL, 2015).
“A proteção social básica tem como objetivos prevenir situações de risco por
meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de
vínculos familiares e comunitários”. (PNAS, 2004).
Conforme já foi refletido neste trabalho, a população negra é a que mais sofre
as consequências originadas pelo sistema de produção capitalista, portanto
entende- se que é o publico que mais recorre aos serviços prestados pelo Cras. A
desigualdade racial é um problema persistente em toda a história brasileira,
prejudicando a população negra e dificultando sua ascensão social, acarretando
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O assistente social no seu trabalho prestado junto ao Cras pode fazer uso de vários
instrumentos de trabalho, como: Observação participante, Entrevista individual e
grupal, Dinâmica de Grupo, Reunião, Mobilização de comunidades, Visita domiciliar
e institucional.
Realizar reuniões periódicas para refletir e discutir sobre o racismo por eles
vivenciado, onde todos têm o direito a fala e a escuta, uma roda da conversa.
Apresentação de filmes disponíveis, como: Filme Raça (de Joel Zito e Megan
Mylan / Ano: 2013); Filme Ó pai, Ó (De Monique Gardenberg / Ano: 2007); Filme
The Hate U Give, (O Ódio Que Você Semeia); Filme Histórias Cruzadas (disponível
na Netflix); Minissérie Selfmade (original Netflix); Olhos que condenam (disponível
na Netflix); Seriado Cara Gente Branca (original Netflix)
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIAS, Sheila Almeida. Serviço Social e relações raciais: caminhos para uma
sociedade sem classes. Social work and race relations: paths for a classless
society. Rev. Temporalis. Brasília. DF. Ano 15, n. 29, jan./jun. 2015. Disponível em:
https://periodicos.ufes.br/index.php/temporalis/article/view/7182
Acesso: 29 de set.2020
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PERES, Ilson de Souza. PENHA, Olívia Ramos da. Serviço Social e questão
racial: o termo raça e sua (NÃO) apropriação. V Congresso Brasileiro de
pesquisadores negros. MG. 2018. Disponível em:
https://www.copene2018.eventos.dype.com.br/resources/anais/
8/1538059531_ARQUIVO_COPENEFINAL.pdf. Acesso: 15 de set.2020
ROZA, Isis Silva. LOPES, Jussara de Cássia Soares. Questão racial e a prática
profissional do assistente social: Uma interlocução necessária. Disponível em:
file:///C:/Users/Usuario/Downloads/1145-Texto%20do%20artigo-2330-2-10-
20180512.pdf. Acesso: 13 out. 2020