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SERVIÇO SOCIAL

XXXXXXXXX

O PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL FRENTE AO RACISMO

2021
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O PAPEL DO ASSISTENTE SOCIAL FRENTE AO RACISMO

Trabalho de Conclusão de Curso Bacharel em Serviço


Social, apresentado a Universidade Pitágoras Unopar,
como requisito parcial para a obtenção do grau de
Bacharel em Serviço Social.

Orientador: Prof.

2021
Dedicatória

Em primeiro lugar, agradeço a Deus por ser a


base das minhas conquistas, aos meus filhos,
razão do meu viver. Dedico este trabalho a
que colaborou diretamente e indiretamente
comigo, que por muitas vezes não me deixou
desistir .e a mim mesma que me orgulho de
ser quem sou, por mais que a vida cobre
muito e me jogue ciladas, me orgulho de
estar passando por ela superando as
dificuldades, me orgulho demais por estar
sendo forte para enfrentar todos os
obstáculos e o melhor de tudo aprender com
cada um, pois sinto o coração cheio de
gratidão, pelos meus amigos e pela minha
família. Encarei desafios, trabalhei em mim
mesma e sei que hoje estou melhor.
AGRADECIMENTOS

Começo por agradecer a Deus por, ao longo deste processo


complicado e desgastante, me ter feito ver o caminho, nos momentos em que pensei
em desistir.

Não posso deixar de agradecer a esta universidade por ser um


espaço que privilegia o conhecimento e onde todas as ideias são bem recebidas.

Deixo também um agradecimento especial aos meus professores,


amigos, e familiares que ao longo desta etapa me encorajaram e me apoiaram,
fazendo com que esta fosse uma das melhores fases da minha vida.
“É preciso resistir e sonhar. É necessário alimentar os sonhos e
concretizá-los dia-a-dia no horizonte de novos tempos mais humanos,
mais justos, mais solidários”

MARILDA V. IAMAMOTO
O papel do Assistente Social frente ao racismo. 2021. 20 folhas. Trabalho de
Conclusão de Curso de Serviço Social – (Universidade Pitágoras Unopar), , 2021.

RESUMO

O serviço social e a questão racial estão intimamente ligados à questão social. A


desigualdade racial é um dos pilares do Brasil, uma realidade vivida por milhares de
pessoas, sendo de diversas formas e presente no cotidiano das pessoas, sendo
necessária a implementação de políticas públicas , leis e órgãos para intervenção
das injustiças e intolerância que são cada vez mais nítidas na vida da população
negra, sendo discriminada e excluída. O papel do assistente social frente ao
racismo, consiste em agregar valores, contribuindo de forma efetiva a promover a
valorização da pessoa humana, estabelecendo conexões que possam garantir os
direitos dos cidadãos e a integração na sociedade de forma digna. A nossa realidade
é muito triste, pois, a intolerância acaba sendo de tamanha proporção que, sobrepõe
a intensa camada de pessoas da sociedade, que se acho no direito de exclusão
diminuindo o seu semelhante, alguns avanços foram alcançados, porém ainda há
muito o que se fazer.

Palavras-chave: Racismo Institucional. Questão Racial. Ética Profissional. Serviço


Social.
The role of the Social Worker facing racism. 2021. 20 sheets. Final Paper for the
Social Work Course – (Universidade Pitágoras Unopar), , 2021.

ABSTRACT

Social work and the racial issue are closely linked to the social issue. Racial
inequality is one of the pillars of Brazil, a reality experienced by thousands of people,
in different ways and present in people's daily lives, requiring the implementation of
public policies, laws and bodies to intervene in the injustices and intolerance that are
increasingly sharper in the life of the black population, being discriminated against
and excluded. The role of the social worker in the face of racism is to add values,
effectively contributing to promote the appreciation of the human person, establishing
connections that can guarantee the rights of citizens and integration into society in a
dignified manner. Our reality is very sad, because intolerance ends up being of such
proportion that it overwhelms the intense layer of people in society, who believe in
the right to exclusion reducing their peers, some advances have been achieved, but
there is still much to be done, if you do.

Key-words: Institutional Racism. Racial Question. Professional ethics. Social


service.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO......................................................................................5
2 DESENVOLVIMENTO...........................................................................6
2.1 Historia da Assistencia social no Brasil..................................................... .... .10
2.2 Relações Raciais e Questões Sociais...............................................................11
2.3 O profissional de Assistência Social e seu papel na sociedade.......................12
2.4. Tipos de Racismo e seu impacto negativo na sociedade.................................13
2.5 As politicas publicas ...........................................................................................14
2.6 Leis e portarias...................................................................................................16
3 CONCLUSÃO.....................................................................................19
REFERENCIAS......................................................................................20
13
1 INTRODUÇÃO

O trabalho de assistentes sociais tem relação direta com as


demandas da população negra que reside nos morros, nas favelas, no sertão, no
campo e na cidade acaba sendo um grande desafio, pois o racismo consiste no
preconceito e na discriminação com base em percepções sociais baseadas em
diferenças biológicas entre os povos. Os assistentes sociais estão nos serviços
públicos como os de saúde, educação, habitação e assistência social, que devem
ser garantidos para toda a população.
No Brasil o racismo tem raízes na escravidão que foi a anulação dos
valores da cultura Negra, feito pelos colonizadores com o objetivo de legitimar a
dominação, entre 1550 a 1850 foram deportados para o Brasil mais de 4 milhões de
africanos, então pode-se observar que a história do racismo não iniciou ontem, mas,
há muito tempo predomina.
O racismo e a intolerância são problemas do nosso tempo, com
isso várias questões relacionadas ao racismo e ao preconceito vem sendo
levantadas durante muitos anos, na busca ativa através de políticas públicas,
maneiras de diminuir ou amenizar os reflexos deixados por este mal que assola a
sociedade, e predomina em todo o mundo, em qualquer região do país. Vários são
os grupos e pessoas ligadas à movimentos sociais, em busca de igualdade, tem
lutado em prol, das questões raciais.
Como expressão muitas vezes não é percebida em nossa
sociedade, o conceito de que o Brasil é um país miscigenado, é que por isso ,não
existe “preconceito” ainda é um pensamento bastante retrógrado e aceita, porém
sabemos que a realidade não é essa e que a desigualdade social, a cor da pele
ainda é fator de constante de discriminação, e separação por parte de muitos ,e que
está muito longe de se tornar realidade a igualdade, pois ainda falta o respeito, e
a sociedade capitalista transforma o significado da raça, como dimensão a
descritiva, dentro de um sistema de estratificação da mobilidade social, por isso a
questão étnico-racial atingi um alto grau de complexidade, pois, pesquisas apontam
o grande número de pessoas jovens negras, que são executadas no país, no
entanto, dados do IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística mostram que
54% da população brasileira é negra. Dados do Ipea – Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada de 2016, mostram que mulheres brancas recebem 70% a mais
que mulheres negras. Entender o Brasil é inter-relacionar questões, informações,
14
dados de gênero, etnia e também de classe social.
O trabalho do assistente social, é muito importante, embora sã o
tantos os desafios enfrentados, mas necessários contribuir para que os
impactos sejam anemizados e que se busquem mais soluções eficazes para
ajudar efetivamente a população que necessita dando-lhes oportunidades de
crescimento e desenvolvimento se tornando cada vez mais independes.
É de grande importância que o usuário entenda, que os serviços
prestados pela Assistência Social, não oferecem favores ou doações, e sim são
garantias de direito, pois a política de assistência Social é normalmente executada
em locais distintos e divididos pelos benefícios e serviços que oferecem ,com ações
voltadas para a população de baixa renda e de acordo com a demanda de cada
localidade ou região.
Segundo o Sistema Único de Assistência Social - SUAS, o racismo no
Brasil atua como estímulo para a manutenção de uma estrutura social pautada nas
desigualdades de acesso e de oportunidades, no qual a cor da pele e outros
marcadores corporais da negritude estabelecem fronteiras e limitações no campo da
promoção dos direitos sociais.
Para o SUAS, O racismo não se associa tão somente ao preconceito
contra a população negra, todavia, as atitudes racistas são contra qualquer raça ou
etnia, sejam negros, ciganos, refugiados imigrantes, asiáticos, indígenas, etc. O
racismo tem cor, tem braço étnico e independe de classe social, afetando,
substantivamente, a população negra em sua trajetória escolar, profissional,
pessoal, social e política.
Pode se entender que, não é uma tarefa fácil o trabalho de inclusão e
conscientização das pessoas, sobre os direitos e o respeito, com isso, se faz
necessárias algumas medidas para amenizar os impactos causados, e inserir o
negro no mercado de trabalho dando-lhes condições dignas.
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2 DESENVOLVIMENTO

Racismo, que vem de longa data, deixando marcas dolosas, e


sequelas irreparáveis, continua sendo alvo de discussões entre pesquisadores em
diversos segmentos da população.
As questões racionais requerem ações mais emergentes, de
conscientização e mais oportunidades, pois a desigualdade prevalece de forma
muito radical, a exclusão acontece em massa de forma a promover a desintegração
de valores morais e acontece de formas variadas
Segundo José Afonso da Silva, renomado jurista, o racismo pode ser
definido como “teoria e comportamento destinados a realizar e justificar a
supremacia de uma raça sobre outra”. Tratando-se de elemento severamente
repudiado pelo Direito, sendo considerado crime inafiançável e imprescritível.
A sociedade seleciona, e exclui de forma cruel, através do
preconceito e discriminação que estão socialmente ligados, enquanto um refere-se à
preconcepção, o outro pode ser entendido como ato de tratar diferente, segundo
suas preferências. Sendo ele individual ou social é precursor de grande impacto
negativo na vida do ser humano e com serias consequências:

O preconceito pode ser individual ou social. O homem pode


estar tão cheio de preconceitos com relação a uma pessoa ou
instituição concreta que não lhe faça absolutamente falta a
fonte social do conteúdo do preconceito... Costumamos, pura
e simplesmente, assimilá-los de nosso ambiente, para depois
aplicá-los espontaneamente a casos concretos através de
mediações. (Heller, 1970, p. 49)

A proporção de desigualdade é grande no país, porem várias ações


na promoção da igualdade vem sendo desenvolvidas nas áreas de periferias, das
cidades com, ênfase nos programas sociais, bolsas e outros, além de promover a
saúde e integração das pessoas, necessitando cada vez mais de conscientização
por parte de todos, e assim diminuir a exclusão das pessoas.
No entanto um dos grupos mais afetados é a mulher negra, que
sofre na pele a violência de várias formas possíveis, e muitas vezes passam por
despercebida pelos órgãos que não dão a menor importância.
16
“Como todo mito, o da democracia racial oculta algo para além
daquilo que mostra. Numa primeira aproximação, constatamos
que exerce sua violência simbólica de maneira especial sobre a
mulher negra.” Lélia Gonzalez

Dados de pesquisas mostram o resultado assustador de violência


contra mulher negra e casos seguidos de morte, mesmo com leis, estatutos,
decretos e outro. O Estatuto da Igualdade Racial (Lei nº 12.288/10), que expressa
legítimas demandas da população negra, é um importante instrumento para que as
desigualdades raciais sejam reconhecidas e abordadas em diferentes esferas de
governo.
Perante a lei, o racismo e crime previsto na Lei nº 7.716/1989. É
inafiançável e não prescreve, ou seja, quem cometeu o ato racista pode ser
condenado mesmo muitos anos depois do crime.

2.1 A história da assistência social no Brasil

A história da Assistência Social no Brasil teve sua origem histórica


baseada na caridade, filantropia e na solidariedade religiosa, essa corrente perdurou
até a década de 1940.
Anos após surgiram mudanças com a, Legião Brasileira
de Assistência - FLBA criada em 1947, e com o objetivo de atender as famílias das
pracinhas combatentes da 2ª Guerra Mundial.
As primeiras instituições de assistência social foram criadas no
período de ditadura do Estado Novo (1937/1945) de modo de amparo social. A LBA
foi criada por Darcy Vargas, esposa de Getúlio Vargas, para dar suporte às famílias
dos brasileiros que foram para a guerra. Ela foi a grande mentora e teve um papel
muito importante, nas questões sociais.
O sistema evoluiu com a criação leis decretos, estatutos, todos
voltados para o social, hoje a visão, e mais ampliada e voltada para um social que
promova a estruturação e integração das pessoas, não sendo um favor mais direito
das pessoas, através de políticas públicas e recursos do governo , geridos pelos
municípios para atender as necessidades da população carente .

2.2 Relações raciais e questões sociais


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A questão racial precisa ser incorporada no serviço social, vejamos


um argumento feito por Silva Filho a fim de justificar essa questão:

A atuação profissional nas áreas sociais e humanas são as que mais


evidenciam a necessidade de uma interação humana mais crítica e
conseqüente com a população em geral e negra em particular, na
medida em que o corpo negro foi considerado no final do século XIX
e início do século XX portador de degeneração por parte das
instituições culturais e da intelectualidade brasileiras, equívoco este
ainda muito presente na atualidade no imaginário de grande parte da
população brasileira e que foi construído a partir de interesses
hegemônicos de determinados grupos em um determinado momento
histórico. O equívoco sobre a degeneração biológica do corpo negro
é agravado ao ser estabelecida a sua relação com a suposta
incapacidade intelectual e cultural do povo negro, ainda presente na
sociedade brasileira (Silva Filho, 2006: 17).

É necessária, mais conscientização por parte da sociedade de que, os valores e


direitos precisam ser respeitados, e que a cor de pele possa definir a capacidade ou
inteligência humana.
O negro enfrenta grandes desafios na sociedade pois além de ser visto
como ser inferior e também submetido as grandes barbaridades ,até nos dia atuais,
reportagem recente apontam que em fazendas pessoas negras e idosas ainda
trabalham remuneração e condições subumanas, com leis de amparo ,ainda há
uma deficiência no sistema, sendo necessário um olhar mais voltado para essas
pessoas humildades e que são massacradas pela sociedade devido a sua cor de
pele. A realidade e dura e triste não adianta fechar os e dizer que esta tudo bem,
pois a verdade é que ainda falta muito ,para que se diga ,estamos nos aproximando
que um cenário, menos pavoroso e mais humano.

2.3 O profissional de Assistência Social e seu papel na sociedade

O Serviço social é uma profissão que trabalha com a política social e


estabelece intervenções frente a esta política. A profissão é regulamentada pela Lei
nº 8662/93, de 7 de junho de 1993.
O profissional assistencial é reconhecido como:

[...] profissional da ajuda, do auxílio, da assistência, desenvolvendo uma


ação pedagógica, distribuindo recursos materiais, atestando carências,
realizando triagens, conferindo méritos, orientando e esclarecendo a
população quanto aos seus direitos, aos serviços, aos benefícios
disponíveis, administrando recursos institucionais, numa mediação da
relação Estado, instituição e classes subalternas (YASBEK, 1999, p. 95).
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O profissional de assistência social possui papel fundamental nas


questões ligadas a sociedade como um todo, seja na saúde, na educação ou na
assistência social. A sociedade atualmente tem inserido vários profissionais
assistenciais para que possam auxiliar no planejamento de implementação das
políticas públicas em favor da população que sofre com a falta de amparo.

O assistente social tem sido reconhecido como o profissional cuja formação


aborda aspectos que o possibilitam reconhecer, analisar e dar significado às
necessidades sociais apresentadas pelos usuários que demandam ações
de análise, planejamento e intervenção. Discutir política pública e social
implica reconhecer os diversos papéis que o Estado assume, principalmente
o papel regulador da vida em sociedade. (TORRES; LANZA, 2013, p. 208).

Grandes conquistas, foram alcançadas nos últimos anos, com isso a


população menos favorecida, avançou através de lutas árduas e algumas
conquistas, por seus direitos ,sendo amparado por órgãos legais, e políticas
públicas, voltadas para a classe social, que é de certa forma menosprezada por
grande parte da sociedade e vista com inferior.

O assistente social é reconhecido como o profissional que realiza a


prestação de serviços via operacionalização das políticas sociais. Os
profissionais supõem que no exercício da profissão o acesso ao direito está
previsto em lei, portanto, não é prerrogativa de uma determinada profissão.
Porém, cabe ao assistente social a defesa para a garantia da efetivação dos
direitos sociais e do acesso aos serviços prestados na área social, o que
inclui assistência social, saúde, educação, habitação, trabalho, cultura e
lazer, entre outros. (TORRES; LANZA, 2013, p. 210).

Realizando um trabalho socioeducativo, e tem como um dos princípios


profissionais, atuar no empenho em eliminar qualquer forma de preconceito, bem
como proporcionar a discussão das diferenças, a participação de grupos que são
discriminados em sociedade e o respeito à diversidade.
Como uma profissão de caráter interventivo, o assistente social, as
não se limita a conhecer as necessidades dos demandantes de seus serviços, mas
também age para enfrentar, solucionar questões de sua competência e está
qualificado para atuar em diversas áreas.
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2.4 Tipos de racismo e seus impactos na sociedade

O conceito em relação ao racismo, que acontece de diversas


maneiras, como podemos citar alguns tipos: Racismo Individual, que atinge as
relações interpessoais em termos de atitudes estereótipos ofensas e outros; o
Racismo Cultural, que defende a supremacia em termos de ritos e artefatos e outros
bens culturais; o Racismo comunitarista, que utiliza ideias de raça, como ou não
biológico e com instrumento para discriminar; o Racismo Ecológico, que atenta
indiretamente contra o indivíduo, por meio de supressão do ambiente em que se da
sua existência; o Racismo Institucional, o que ocorre quando a prática é incorporada
a entidade ou grupos em seus sistemas e processos, geralmente por mecanismos
de marginalização; o Racismo Primário ,que representa o aspecto subjetivo ou seja
emoções valores e pensamentos; o Racismo Secundário, que deixa o âmbito
subjetivo e é caracterizado assim, pelo etnocentrismo ;o Racismo Terciário, é aquele
que avança no sentido de forçar o embasamento científico, para afirmar a
superioridade de uma raça, o racismo é crime e tem punições, a legislação pune
comportamentos que são causados pelo racismo ou seja, suas manifestações e
condutas

“Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes


de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou
procedência nacional”.

Das diversas formas de racismos, e medidas punitivas perante a lei,


deve ser a consciente de que todos tem direito perante a lei e devem ser
respeitados, o assistente social, atua situações de violação de direitos humanos com
um trabalho análogo, situação de refúgio, de rua e migração e outros.

2.5 As Políticas Publicas

A política de assistência social se subdivide em três tipos de serviços:


proteção social, vigilância socioassistencial e defesa social e institucional. Os
serviços de proteção social são destinados à segurança de sobrevivência, de
acolhida e de convívio familiar e sistema de cotas e outros.
Segundo, Dione Moura, professora Faculdade de Comunicação da
UnB que coordenou a comissão responsável pela criação do programa de cotas.
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“Fizemos isso porque tínhamos provas concretas de que cursos pré-vestibulares e
escolas estavam incentivando seus alunos brancos a se inscreverem como cotistas
para desmoralizar nosso processo de seleção.”
Impacto das ações em certa medida, a reação aos avanços nas
políticas voltadas à promoção da igualdade racial nos últimos anos demonstra o
impacto das ações afirmativas. “Fomos acusados de criar um ‘tribunal racial’,
quando decidimos exigir a comprovação da declaração de afro descendentes com
fotos.
Alguns pesquisadores, comprovam que o negro tem oportunidades,
que seus pais não tiveram, o avanço é evidente, mais muito ainda para se fazer.
A luta não para, pois a cada dia mais necessidade de intervenção
através de órgão competentes e responsáveis para, atender as necessidades, de
um número maior de pessoas, dando oportunidade de crescimento, para que se
caminhem com as próprias pernas e saiam de dependência e vivam dignamente.

2.6 LEIS E PORTARIAS E DECRETOS

Lei n° 12.101, de 27 de novembro de 2009 - Dispõe sobre o CEBAS.


Decreto n° 8.242, de 23 de maio de 2014 - Regulamenta a Lei nº 12.101, de 2009.
Lei n°12.868, de 15 de outubro de 2013 - Altera a Lei nº 12.101, de 2009.
Portaria Normativa nº 15, de 11 de agosto de 2017 – Dispõe sobre o CEBAS para
entidades com atuação na área da educação.
Instrução Normativa nº 2, de 24 de outubro de 2013 – Estabelece procedimentos
para celebração do Termo de Ajuste de Gratuidade.
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988

Art. 195 - Trata do financiamento da seguridade social. Regras para


imunidade/isenção.
Art. 214 - Trata do Plano Nacional de Educação – PNE.
Leis Complementares

Art. 3º, II, da Lei Complementar n° 123, de 14 de dezembro de 2006 - Define o limite
para a apresentação de Parecer de Auditoria Independente.
Art. 14 da Lei n° 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional -
Regras para imunidade/isenção. Leis Ordinárias
Lei n° 9.784, de 29 de janeiro de 1999 - Regula o processo administrativo no âmbito
da Administração Pública Federal.
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Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996 - Estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional.
Lei n° 8.742, de 7 de dezembro de 1993 - Dispõe sobre a organização da
Assistência Social – LOAS.
Art. 22 e 23 da Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991 - Dispõem sobre as
contribuições sociais a cargo da entidade.

Decretos

Decreto n° 6.308, de 14 de dezembro de 2007 - Dispõe sobre as entidades e


organizações de assistência social de que trata o art. 3º da Lei nº 8.742, de 1993.

Portarias do Ministério da Educação

Portaria nº 504, de 10 de junho de 2014 – Institui o Comitê Técnico Consultivo de


Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social da Educação.
Portaria nº 920, de 20 de julho de 2010 - Dispõe sobre o cadastramento das
entidades beneficentes atuantes na área educacional no SISCEBAS.
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CONCLUSÃO

A abordagem da pesquisa sob a visão dos autores e pesquisadores,


enfatiza a importância do papel do assistente social frente ao racismo, pois grandes
são os desafios que se caracterizam, em construir pontes, que aproximem as
realidades de brancos e negros no intuito de promover a dignidade nos serviços e
fortalecer a luta no combate ao preconceito.
Durante longos anos vem se lutando em favor da igualdade social,
através de programas e ações ,em favor de uma sociedade mais justa e com mais
oportunidade e respeito, o papel do assistente social é muito interessante e
desafiador ,pois requer estratégias de enfrentamento ,frente as mais diversas
esferas da sociedade ,com pensamento preconceituoso referente o valor das
pessoas e posição social se julga diferentes e superiores.
Os progressos são muitos, ao longo de vários anos de muita
resistência, para ser uma tão sonhada liberdade, onde sofrimento, ainda persiste
com grande intensidade, em um cenário de batalhas, e exclusão de uma classe, de
pessoas que a sociedade julga ser inferior. A Assistência Social atua de forma
importante e positiva para minimizar os impactos negativos, mediando conflitos e
auxiliando que precisa.
23
REFERÊNCIAS

Brasil. Código de ética do/a assistente social. Lei 8.662/93 de regulamentação da


profissão. - 10ª. ed. rev. e atual. - [Brasília]: Conselho Federal de Serviço Social,
[2012].

CRESS – CONSELHO REGIONAL DE SERVIÇO SOCIAL. A profissão de serviço


social. Disponível em: <http://www.cress-sc.org.br/servicosocial/profissao.php>.
Acesso em: out. 2015.

_____. Lei no 8.662, de 7 de junho de 1993. Dispõe sobre a profissão de Assistente


Social e dá outras providências. Brasília, 1993.Disponível em Acesso em: 03
nov.2017

YASBEK, Maria Carmelita. O Serviço Social como especialização do trabalho


coletivo. In: CAPACITAÇÃO em Serviço Social e política social: módulo 2: Crise
contemporânea, questão social e Serviço Social. Brasília: CEAD, 1999. p. 89-99

IAMAMOTO, Marilda; CARVALHO, Raul. Relações sociais e Serviço Social no


Brasil: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. 2. ed. São Paulo:
Cortez, 1983.

IAMAMOTO, Marilda V. A Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e


formação profissional. São Paulo: Cortez, 1998.

Mascarenhas TORRES, Mabel y Bettiol LANZA, Liria Maria Serviço Social: exercício
profissional do Assistente Social na gestão de políticas públicas. Argumentum.
2013;5(1):197-215.[fecha de Consulta 16 de Octubre de 2021]. ISSN:. Disponible en:
https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=475547478013.

http://cebas.mec.gov.br/legislacao-cebas

https://politicaspublicas.almg.gov.br/

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de


1988. Brasília: Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos
Jurídicos. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em:03
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https://www.mds.gov.br

https://www.gov.br/cidadania/pt-br

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