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Mercantilismo

política econômica, conjunto de ações, de medidas que o Estado adotou e que


afetou o funcionamento da economia, visando o acúmulo de riquezas.

Práticas econômicas adotadas pelas monarquias nacionais visando a


ampliação das riquezas do Estado:

● Intervencionismo: forte intervenção do Estado na economia, o Estado


direciona o funcionamento da economia, intervindo nela (Estado regulador).
● Metalismo: busca pelo acúmulo de metais preciosos (maior quantidade, maior
riqueza). Bulionismo = sinônimo de metalismo.
● Balança comercial favorável: quantidade de exportações deveria ser maior
que a quantidade de importações.
● Protecionismo: cobrança de impostos sobre produtos estrangeiros - medida
de proteção à produção nacional (os reis queriam proteger sua economia).
● Colonialismo: controle político e econômico sobre colônias da América, Ásia
e África (o que motivou? - a procura por metais preciosos, metalismo).
Colonização como meio de acúmulo de metais (através do comércio ou
extração direta).

Centralização do poder na Península Ibérica


Explicar a unificação do território e as alianças familiares como ferramentas
da política à época

Após os cristãos terem "reconquistado" o território dos mouros, novos reinos


cristãos, neste novo local, foram criados, o que possibilitou uma maior centralização
do poder do rei e uma unificação do território, já que todos esses reinos poderiam
ter alianças entre si, ajudar uns aos outro, se juntar contra outros povos, etc.

Processo de expulsão dos mouros da Península Ibérica e sua relação à


formação do Estado Moderno português

Durante a consolidação do Feudalismo na Europa Ocidental, a Península Ibérica


passou pela invasão dos mouros. Com a invasão desses mulçumanos, os cristãos
acabaram se deslocando para o norte da Península Ibérica e formaram reinos
cristãos (Leão, Castela, Navarra, Aragão). O centro-sul ficou sob controle dos
mulçumanos e, por isso, não vivenciou o processo do feudalismo. Tempos depois,
na Península Ibérica, os reinos critãos começaram a lutar contra os mouros para
"reconquistar" o território. Isso acabou facilitando para a formação do Estado
Moderno Português, já que agora, por eles terem expandido o território, e novos
reinos cristãos terem "nascido", a centralização do rei seria maior, pois todos esses
reinos poderiam formar alianças entre si, isto é, um reino maior foi formado.
Absolutismo inglês
Processo histórico de formação do absolutismo

● Guerra dos Cem anos: muitos nobres morram ou se enfraqueceram, outros


recuaram - revolta dos camponeses (revoltas camponesas contra os nobres,
fome e peste)
● Enfraquecimento do parlamento e empobrecimento da burguesia (na guerra,
perderam a região comercial - Flandres)
● Guerra das Duas Rosas (no final, teve casamento entre duas famílias e início
de uma dinastia - série de reis e soberanos de uma mesma família que se
sucedem no trono).

Todos esses fatores citados anteriormente, contribuíram e possibilitaram a formação


e a consolidação do absolutismo, já que agora, o poder está centralizado nas mãos
do rei e eles poderão se fortalecer e impor seu poder sobre o território e o povo.

Características que acabaram marcando e sendo muito importantes na


consolidação das monarquias

● Parlamento: era um conjunto de pessoas (clero e nobres), que opinavam e


interferiam no limite do poder real. Rei não poderia fazer o que desejasse,
teria sempre que passar e ser aprovado pelo parlamento.
● Magna Carta: O rei não pode criar impostos sem aprovação do parlamento,
transformando o parlamento (objetivo: limitar o poder do rei) numa estrutura
bicameral (câmara dos Lordes e câmara da alta burguesia/baixa nobreza).

Absolutismo francês
Processo histórico de formação do absolutismo

● Século XV (após a finalização da Guerra dos Cem Anos - França ganhou):


começo de um poder mais centralizado (o rei impõe seu poder no território) o
que levará ao surgimento da monarquia absolutista.
● Guerra: nobres morreram e se enfraqueceram, outros recuaram devido a
revolta dos camponeses, O que contribuiu para a formação do absolutismo
francês, já que os reis agora poderão se fortalecer e impor seu poder sobre o
território e sobre o povo.

Uma principal característica que acabou marcando e sendo muito importante


na consolidação das monarquias

● O rei poderia convocar uma Assembleia dos Estados Gerais (parlamento


francês), com representantes do clero, da nobreza e do 3 Estado (burguesia,
camponeses..). O voto era realizado por estamento, o que favorecia os
interesses do rei e de seus aliados (clero e nobreza).
● Por conta do clero e da nobreza ser a "maioria" e além disso, serem aliados
do rei, o rei sempre conseguia fazer o que desejasse, já que seus aliados
iriam votar a seu favor e os outros talvez não, mas não iria importar, pois
seria um voto inútil, ficaria de qualquer jeito 2x1, dois contra 1.

Conceito de modernidade
foi um momento da história, em que o povo resolveu mudar e foi iniciado um novo
regime político cultural econômico, em que eles se consideravam mais modernos
(absolutismo, mercantilismo e antigo regime). É uma concepção de um mundo que
valorizava a antiguidade, mas rejeita os valores medievais. Além disso, traz uma
visão da sociedade cuja a Europa sempre seria superior.

Expansão marítima: compõem a noção de modernidade?

Sim, pois ela mostra como os europeus se achavam superior aos outros povos com
que tinham contato. Vale lembrar da utilização da expressão “descobrimento”
quando chegavam em algum local que já estava ocupado, demonstrando tal
superioridade em relação a outros povos. Os europeu eram sempre representados
no centro, o que é classificado com eurocentrismo (Europa sempre no meio).

Críticas à aplicação desse conceito a sociedades não ocidentais

A aplicação da modernidade à sociedades não ocidentais foi algo negativo, pois eles
tinham diferentes culturas, costumes, regimes, etc, uma vez que, cada local se
desenvolve de uma forma e o fato de outros povos progredirem de formas distintas
não significa que a Europa será superior. No entanto, os europeus acreditavam que
eram melhores em relação às outras sociedades. Os europeu eram sempre
representados no centro, o que é classificado com eurocentrismo.

Monarquia absolutista e Barroco


Relação entre as manifestações artísticas e os interesses dos Estados
Modernos, personificados em seus monarcas

● Muitos reis e rainhas *Luís XIV e Elizabeth I) começaram a fazer obras de si


mesmos, muitas construções de imagem de poder e tinham justamente o
objetivo de mostrar seu poder e sua superioridade sobre o povo, convencer a
população e transmitir a ideia de que o rei era um exemplo de homem, que
todos deviam segui-lo, já que era a representação de Deus aqui na Terra.
● Além disso, muitas vezes, nessas pinturas, tinham algo que ligasse ou
tivesse alguma relação com a Igreja Católica e muitas vezes também tinham
a presença de símbolos de poder (coroa, o trono, o cetro, o tecido da roupa).
● Isso foi considerado o barroco, um "estilo" que essas pessoas de maior
superioridade começaram a seguir, onde faziam toda essa propaganda
através de pinturas e ainda usavam vestimentas extravagantes e requintadas,
etiqueta comportamental, higiene, culinária, rituais e cerimônias de alta
qualidade - e tudo isso para mostrar o poder para a sociedade.
Expansão marítima europeia
● O que foi: expansão marítima foi quando os países da Europa começaram a
traçar novas rotas marítimas até a Índia em busca de recursos.
● Objetivos/Motivações: enriquecer, acúmulo de riquezas, ir em busca de
especiarias. Era basicamente um investimento, pois eles davam recursos
para as expedições, a população enriquecia e pagava mais impostos, assim,
o estado também tinha um certo lucro.
● Condições: péssimas; as embarcações eram frágeis, as viagens eram
longas, os tripulantes passavam inúmeras dificuldades, muitas vezes
chegavam a passar fome, faltavam suprimentos, recursos e tinham
mentalidade ligada a explicações fantasiosas - para eles, o Oceano Atlântico
era visto como um lugar de temores e perigoso, acreditavam que existiam
muitos monstros, já que teve vezes que as embarcações não voltavam ou
demoravam justamente pelas viagens serem longas.
● Além disso, é importante citar que naquela época não era possível encontrar
novos e eficientes instrumentos e técnicas para navegar, por conta disso,
tinham medo, não se sentiam seguros ao navegar pelo Oceano Atlântico
(oceano mais “desconhecido”, não conheciam tão bem).

O Antigo Regime/Idade moderna, tinha como aspecto político o absolutismo e a


consolidação do Antigo Regime se relaciona com o fortalecimento, a centralização,
a consolidação do absolutismo, pois agora tinha mais riquezas nas mãos dos reis,
por conta da expansão marítima.

OBS: É importante citar que mais tarde, objetos e instrumentos foram


aperfeiçoados, proveniente da cultura árabe e chinesa, como a bússola, o astrolábio
e as caravelas, o que proporcionou uma maior segurança na hora de navegar.

História da África
estereótipos sobre o estudo da África

● O estudo sobre a África é muito importante para o planeta. Tão importante


que virou até uma lei. Os africanos fazem parte da nossa história desde
sempre. Se não fosse eles, não estaríamos aqui hoje e com todos esses
instrumentos, técnicas, aperfeiçoamentos que temos contato. Eles são os
nossos ancestrais e é justo sabermos ao menos algo sobre tais povos, saber
sobre a sua história, conflitos e guerras que enfrentaram, economia, política,
etnia diversificada, entre muitos outros assuntos.
● É de extrema importância ter certos conhecimentos sobre a África para
acabar de vez com essa visão estereotipada que existe, onde todos os
continentes pensam, refletem sobre a mesma questão, de que na África SÓ
tem pobreza, fome e relacionar pessoas negras a todos esses quesitos. Isso
é totalmente errado se falar, já que lá tem muito mais que isso.
O perigo de uma história única - Chimamanda Adichie

História única é um termo utilizado, basicamente, para quando contamos coisas que
apresentam uma visão que não inclui todos os aspectos, aparece só um lado, uma
única versão, uma só perspectiva e não toda a verdade. Essas histórias são
realmente um perigo para a sociedade. As pessoas começam então a espalhar, até
que vira um verdadeiro estereótipo. O pior de tudo é que muitas vezes, o que
contam, acaba não sendo verdade e ficam espalhando mentiras geração por
geração. Uma história única que podemos citar é por exemplo a questão da própria
África. Muitas vezes, as pessoas pensam que lá existe SÓ pobreza e fome, mas
isso não é verdade. Lá tem muito mais que isso.

Características do eurocentrismo em determinadas fontes e interpretações de


processos históricos

● O eurocentrismo é basicamente a Europa no centro de tudo, onde é melhor


que todos os outros, tem as melhores escolhas, melhor economia, melhor
política, melhor cultura, sociedade. E, todo o resto é pior, é inferior.
● O eurocentrismo é um exemplo de ação, de visão que influencia na difusão
dessas histórias únicas, já que tem o objetivo de centralizar a Europa, a
considerar o exemplo, o continente perfeito e menosprezar os outros.
● Acaba então contribuindo para a formação de uma nova história única, um
estereótipo, pois a Europa não é a melhor, não existe o melhor, são todos
iguais. Os outros continentes são tão bons quanto a Europa.

Povos do Sahel
01. Gana

● Origem: Gana é um dos reinos que surgiu na África ocidental no século III
● Economia: era conhecido como “o país do ouro”, já que o reino enriqueceu
explorando o comércio de marfim, escravos e, sobretudo, de ouro. Tinha a
economia baseada em ouro, pois havia muito desse metal precioso na região.
Mas, existiam outros três minerais de grande importância explorados pelo
reino, o sal, o cobre e o ferro. Além disso, havia também a tecelagem, a
ferraria e a agricultura.
● Política: o reino de Gana se organizava em monarquia, onde existia uma
pessoa no comando, com o poder centralizado nela.
● Sociedade: o reino de Gana era comandado por um soberano, denominado
gana que possuía muita riqueza, poder político, militar e religioso. Entre os
séculos IX e X, chegou a ter 15 mil a 20 mil habitantes.
● Cultura (e religião): no reino de Gana, o islamismo começou a se difundir e foi
adotado principalmente pelos membros da corte, pelos telectuais e pelas
pessoas letradas. Contudo, as crenças locais continuaram a ser praticadas
pela maioria da população, o rei/a família real é um exemplo que não se
converteu ao islamismo e conservava seus cultos tradicionais.

02. Mali

● Origem: Mali é outro império da África que surgiu no século XIII, a partir da
conquista de Gana.
● Economia: o império Mali tinha como principais atividades econômicas, a
agricultura e a pecuária. Cultivavam algodão e outros alimentos como feijão,
inhame, amendoim e papai e criavam animais como os bois e camelos. Além
disso, praticavam artesanato. Mais tarde, o império destacou-se como um
grande produtor de ouro, o que também acabou ajudando no comércio.
● Política: o reino de Mali se organizava em monarquia, onde existia uma
pessoa no comando, com o poder centralizado nela.
● Sociedade: no reino de Mali, o rei era chamado de mansa, (rei dos reis). Ele
era assessorado por vários funcionários, (aqueles que cobravam e coletavam
tributos dos povos vizinhos) controlava todo o império. Estima-se que no
século XIV, o reino chegou a ter 40-50 milhões de habitantes.
● Cultura (e religião): muitos governantes do Império de Mali se converteram ao
islamismo. Alguns se converteram, justamente para facilitar o comércio com
os árabes mulçumanos entre a África, o oriente e o ocidente. Além disso,
houve uma intensa expansão da cultura árabe islâmica no império de Mali,
tornando um grande centro cultural, tanto religioso quanto comercial.

03. Songai

● Origem: a partir da segunda metade do século XIV, o Império do Mali entrou


num lento processo de enfraquecimento, por conta de ataques estrangeiros,
rebeliões internas e rivalidades palacianas. Por consequência, os soberanos
de Mali foram perdendo o controle sobre seus vastos domínios com
diferentes povos e então,Songai se libertou, se tornou independente de Mali e
virou outro reino que surgiu na África.
● Economia: o império Songai, tinha como principais atividades econômicas a
pesca, dominavam a navegação, e o comércio local. Estavam localizados em
uma área com grandes minas de sal, produto muito valorizado na época e
que era trocado por ouro com outros povos. Isso acabou possibilitando e
favorecendo o acúmulo de riquezas no reino.
● Política: Songai se organizava em monarquia, onde existia uma pessoa no
comando, com o poder centralizado nela. Mas, diferentemente de Mali e
Gana, as principais cidades tinham chefes de Estado escolhidos pelo próprio
monarca.
● Sociedade: O império de Songai foi um império consolidado, organizado em
um poderoso Estado centralizado, onde era comandado por um imperador.
● Cultura (e religião): No reino de Songai, a fé islâmica acabou sofrendo
adaptações, o que originou um islamismo negro-africano tolerante no reino.
Muitos permaneceram fieis às suas crenças e práticas religiosas tradicionais,
mas muitos também adotaram/se converteram ao islamismo.

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