Você está na página 1de 7

O Antigo Regime

Aluno: João Gabriel

Escola: Colégio e Curso Soeiro

Professor: Jorge Ribeiro

Data :27\02\2023
O Antigo Regime

Sistema político, econômico e social que vigorou em vários países da Europa


entre os séculos XVI e XVIII

Características

Políticas Econômicas Sociais

Absolutismo Mercantilismo Sociedade Estamental

Absolutismo

O absolutismo é um sistema político que existiu na Europa, entre os séculos


XVI e XIX, que ficou caracterizado pela concentração do poder nas mãos dos
monarcas. Em outras palavras, os poderes dos monarcas em seus reinos eram
absolutos. A queda desse sistema só aconteceu graças à difusão dos ideais
iluministas, que defendiam a limitação do poder real.

Esse sistema se consolidou no processo de construção dos Estados nacionais


modernos e aconteceu em paralelo ao enriquecimento da burguesia. No campo
da economia, as práticas dos reinos absolutistas ficaram conhecidas como
mercantilismo, tendo como objetivo final o acúmulo de riquezas para promover
o enriquecimento do reino.

Características do Absolutismo

O absolutismo foi um sistema político que existiu na Europa entre os séculos


XVI e XIX, sendo caracterizado pela concentração de poder na figura do
monarca (rei ou rainha). Essa concentração fazia com que esses monarcas
possuíssem grandes poderes sobre seus reinos, e a vontade deles não podia ser
contrariada.

Página 2
Nesse sistema político, a administração dos reinos era realizada pelos
monarcas em parceria com os ministros, isto é, pessoas indicadas pelo próprio
rei para assumir cargos de importância técnica e que atuavam como
conselheiros reais. Essa característica é símbolo de uma grande mudança que
aconteceu junto do surgimento do absolutismo: a consolidação dos Estados
nacionais modernos.

No sistema absolutista, os monarcas eram os responsáveis por realizar a


nomeação desses ministros, mas seus poderes iam muito além disso. Esses
ministros tinham poderes como conselheiros, uma vez que a decisão final era
sempre do monarca. Assim, reis e rainhas absolutistas podiam criar leis,
executar a justiça criar impostos, declarar guerras, convocar soldados, etc.

Como se estabeleceu o Absolutismo?

O estabelecimento do absolutismo foi algo que se arrastou por séculos e passou


diretamente pela consolidação do Estado moderno. Por Estado moderno
entendemos um Estado-nação que possui um conjunto de características que o
assemelham com a noção atual que possuímos de uma nação. Isso inclui a
existência de um grupo de burocratas nomeados para cuidar de assuntos
estratégicos na administração real.

Tudo isso é entendido como um processo de modernização da administração


dos reinos, que também passou pelo surgimento e pelo estabelecimento da
burguesia enquanto classe social hegemônica. O desenvolvimento de um
sistema político como o absolutismo atendia os interesses dessa burguesia,
permitindo que ela prosperasse ao mesmo tempo em que atuava no combate aos
privilégios da nobreza.

A centralização do poder nos monarcas foi construída durante séculos, se


iniciando na Baixa Idade Média e concluindo-se em meados da Idade Moderna,
alcançando o estágio dos poderes absolutos em seus reinos, em especial nos
casos da Inglaterra, França e Espanha. O fortalecimento do poder real passou
diretamente pela formação de exércitos profissionais.

Página 2
Antes do absolutismo, os monarcas não tinham exércitos profissionais,
dependendo dos nobres para formar os exércitos nos períodos de guerra. Isso
tornava o monarca dependente desses nobres, o que criava um cenário de
descentralização do poder. A partir do momento em que os monarcas formaram
seus próprios exércitos profissionais, a dependência deles em relação à nobreza
diminuiu.

Com isso, os monarcas tinham acesso direto a tropas armadas para garantir a
defesa do seu reino em caso de revoltas, conspirações e guerras contra reinos
estrangeiros. Com a consolidação do absolutismo, essa nobreza perdeu parte de
sua influência com os monarcas e passou a ser bastante controlada por estes
com o intuito de garantir sua fidelidade.

Outra etapa fundamental na construção do absolutismo foi a unificação das leis


nos reinos europeus, além de ter ocorrido a unificação monetária e a unificação
linguística em alguns reinos.

Teóricos do Absolutismo

usando o assunto é absolutismo, uma parte muito importante desse conteúdo se


refere aos teóricos que defendiam esse sistema político na Europa da Idade
Moderna. Todas as transformações em curso que contribuíram para a
consolidação do absolutismo precisavam de um suporte ideológico para
sustentar a ideia da concentração do poder real.

Por isso, muitos intelectuais do período dedicaram-se a transcrever ideias que


defendiam a centralização e o poder absoluto dos monarcas. As formas como
eles o faziam variavam de autor para autor, uma vez que muitos procuravam dar
uma explicação racional e histórica para o poder dos monarcas, enquanto outros
procuravam uma explicação teológica.

Entre os principais teóricos do absolutismo, destacam-se nomes como:

. Nicolau Maquiavel;

Página 2
. Jean Bodin;

. Jacques Bossuet;

. Thomas Hobbes

O trabalho desses teóricos era o de reforçar que a concentração do poder real era
o único meio de governança possível. Apesar do destaque dado a esses teóricos,
a historiografia não esclarece se o trabalho desses intelectuais tinha impacto real
na mentalidade popular ou se eram ideias que circulavam apenas nos círculos
aristocráticos.

Economia Absolutista

A economia absolutista se caracterizava por um conjunto de práticas econômicas que recebeu


o nome de mercantilismo. Essas práticas econômicas são entendidas como uma etapa
intermediária da transição do feudalismo para o capitalismo e contribuíram diretamente para
o enriquecimento da burguesia e para o enriquecimento dos reinos europeus.

O mercantilismo possuía algumas características básicas que demostrarei a seguir:

Metalismo: as economias mercantilistas prezavam pelo acúmulo de metais preciosos,


evitando a todo custo que estes saíssem de seus cofres.

Balança comercial favorável: os reinos absolutistas procuravam exportar mercadorias em


um volume maior do que importavam. Isso visava a impedir a saída de metais preciosos do
reino.

Protecionismo: os reinos absolutistas adotavam medidas de proteção das suas economias e


de suas manufaturas. Assim, impostos alfandegários eram estabelecidos sobre mercadorias
estrangeiras.

Página 2
Colonialismo: uma parte considerável da riqueza das economias mercantilistas vinha de
práticas coloniais, isto é, da exploração da terra e das populações das regiões colonizadas
pelas nações europeias.

Incentivo às manufaturas: alguns reinos absolutistas investiam no desenvolvimento das


manufaturas para fortalecer sua economia internamente, reduzindo a quantidade de
mercadorias importadas.

Sociedade Estamental

A Sociedade Estamental ou de Estados representa a estrutura social típica do sistema feudal


medieval, dividida nos estamentos (grupos sociais), onde quase não existe mobilidade social,
ou seja, a posição do indivíduo na sociedade dependerá de sua origem familiar, por exemplo:
nasceu servo, morrerá servo.

De tal modo, a sociedade estamental, esteve marcada pela posse de bens, além do berço de
nascimento, tal qual o nome de família e o prestígio envolvido.

Diferente da Sociedade Estratifica (classificada mediante os "estratos"), em que existe a


mobilidade social, e da sociedade de classes, pautada sobretudo nos aspectos econômicos, a
estrutura da Sociedade Estamental é fixa e homogênea.

Na Idade Média, a sociedade feudal era hierárquica, dividida basicamente em quatro


estamentos ou estados: Rei, Nobreza, Clero e Servos, sendo que os dois primeiros
possuíam privilégios em relação ao último grupo subordinado

Sendo assim, no feudalismo o Rei era o maior poder concentrado nas mãos de uma só
figura e a nobreza representava os detentores das terras e riquezas, na época,
denominados de "senhores feudais"; o clero, formado por homens da Igreja,
representava o poder da religião; e, por fim, o último estamento, os servos ou plebeus
trabalhavam nas terras dos senhores feudais, tendo em troca segurança e alimentos.

Num período marcado pelo Teocentrismo, as pessoas aceitavam as condições em que


viviam uma vez que para eles, “Deus” havia escolhido aquele destino.

Essa estrutura social fixa foi transformada no final da Idade Média e no início da
Idade Moderna, com a crise do sistema feudal, o fortalecimento do comércio e das

Página 2
cidades medievais bem como dos avanços científicos (renascimento científico) e do
humano renascentistas.

Em outras palavras, a visão teocêntrica (Deus como centro do Universo) foi


substituída por uma visão antropocêntrica (Homem no centro do Universo), pondo fim
a Sociedade Estamental, dando início a Sociedade de Classes.

O fim do Absolutismo

A decadência do absolutismo se iniciou no século XVIII, quando os ideais iluministas


surgiram e conquistaram espaço no continente europeu. Isso porque os iluministas eram
radicalmente contrários à concentração do poder e propunham a limitação do poder real. A
popularização dos ideais iluministas levou a acontecimentos como a Revolução Francesa, e
os reinos absolutistas foram caindo um a um ao longo do século XIX.

Página 2

Você também pode gostar