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E.E.E.

M RODRIGUES DOS SANTOS

O ABSOLUTISMO
MONÁRQUICO

STM – FEVEREIRO DE 2024


E.E.E.M RODRIGUES DOS SANTOS

NOME COMPLETO DA INTEGRANTE


VITÓRIA COSTA FREITAS

O ABSOLUTISMO
MONÁRQUICO

TRABALHO APRESENTADO A DISCIPLINA DE HISTÓRIA


A PROFESSORA ELBANEI PARA OBTENÇÃO DE NOTA
PARCIAL DO PRIMEIRO BIMESTRE, DA TURMA 203 DA
MANHÃ.
STM-FEVEREIRO DE 2024

INTRODUÇÃO

O absolutismo monárquico, uma forma de governo que concentrava o poder nas mãos de
um monarca centralizado, desempenhou um papel crucial na história política europeia. Esta
pesquisa explora a ascensão, a natureza e o impacto do absolutismo monárquico, analisando
como essa forma de governo moldou sociedades e instituições ao longo do tempo.
O absolutismo é um sistema político que existiu na Europa, entre os
séculos XVI e XIX, que ficou caracterizado pela concentração do poder
nas mãos dos monarcas. Em outras palavras, os poderes dos monarcas
em seus reinos eram absolutos. A queda desse sistema só aconteceu
graças à difusão dos ideais iluministas, que defendiam a limitação do
poder real.

Esse sistema se consolidou no processo de construção dos Estados


nacionais modernos e aconteceu em paralelo ao enriquecimento da
burguesia. No campo da economia, as práticas dos reinos absolutistas
ficaram conhecidas como mercantilismo, tendo como objetivo final o
acúmulo de riquezas para promover o enriquecimento do reino.

As características do absolutismo
monárquico
A monarquia absoluta é definida por:

 uma única pessoa dita as regras na gestão pública;

 as regras e leis impostas pelo monarca não podem ser revogadas ou


questionadas;

 o rei tem o controle absoluto sobre a região ou país.

 o poder absolutista consistia em tirar dos senhores feudais o poder que tinham
sobre suas terras. Assim, os reis começam a criar as burocracias e os exércitos
nacionais. É o chamado monopólio da violência.

 A monarquia foi apoiada pela Igreja Católica, que afirmava que uma
determinada pessoa ou família foi escolhida por Deus para governar como
agente do divino na Terra.
 O monarca absoluto respondia somente a Deus, ou seja, ele não podia ser
removido ou questionado por homens e estava acima de qualquer reprovação.
 Dentro do absolutismo monárquico, qualquer pessoa que se manifestasse
contra o rei ou desobedecesse às suas leis, estava também desobedecendo
a Deus.
Como se estabeleceu o absolutismo?

O estabelecimento do absolutismo foi algo que se arrastou por séculos


e passou diretamente pela consolidação do Estado moderno. Por
Estado moderno entendemos um Estado-nação que possui um
conjunto de características que o assemelham com a noção atual que
possuímos de uma nação. Isso inclui a existência de um grupo de
burocratas nomeados para cuidar de assuntos estratégicos na
administração real.

Tudo isso é entendido como um processo de modernização da


administração dos reinos, que também passou pelo surgimento e
pelo estabelecimento da burguesia enquanto classe social
hegemônica. O desenvolvimento de um sistema político como o
absolutismo atendia os interesses dessa burguesia, permitindo que ela
prosperasse ao mesmo tempo em que atuava no combate aos
privilégios da nobreza.

A centralização do poder nos monarcas foi construída durante séculos,


se iniciando na Baixa Idade Média e concluindo-se em meados
da Idade Moderna, alcançando o estágio dos poderes absolutos em
seus reinos, em especial nos casos da Inglaterra, França e Espanha.
O fortalecimento do poder real passou diretamente pela formação
de exércitos profissionais.

Antes do absolutismo, os monarcas não tinham exércitos profissionais,


dependendo dos nobres para formar os exércitos nos períodos de
guerra. Isso tornava o monarca dependente desses nobres, o que
criava um cenário de descentralização do poder. A partir do momento
em que os monarcas formaram seus próprios exércitos profissionais, a
dependência deles em relação à nobreza diminuiu.

Com isso, os monarcas tinham acesso direto a tropas armadas para


garantir a defesa do seu reino em caso de revoltas, conspirações e
guerras contra reinos estrangeiros. Com a consolidação do
absolutismo, essa nobreza perdeu parte de sua influência com os
monarcas e passou a ser bastante controlada por estes com o intuito
de garantir sua fidelidade.
Outra etapa fundamental na construção do absolutismo foi
a unificação das leis nos reinos europeus, além de ter ocorrido a
unificação monetária e a unificação linguística em alguns reinos.

Teóricos do absolutismo
O absolutismo se estabeleceu em um momento de muitas mudanças. O
feudalismo entrava em declínio, a economia trazia novas demandas,
havia classes sociais em ascensão e os Estados nacionais que surgiam
demandavam modernização administrativa. Todas essas mudanças em curso
contribuíram para a consolidação do absolutismo, mas não somente isso.

A concentração de poder pelos monarcas e o estabelecimento do absolutismo


passaram pela construção de um arcabouço ideológico que buscava
justificar histórica e religiosamente o poder desses monarcas. Essa
construção ideológica procurava reforçar a ideia de que o bem comum seria
obtido somente por meio da concentração do poder da realeza.

Muitos intelectuais do período, com destaque para Jean Bodin, Jacques


Bossuet e Thomas Hobbes, formularam ideias por meio das quais
procuraram justificar a concentração do poder real. Apesar disso, existe um
debate entre historiadores que questionam se as ideias desses intelectuais
ficavam restritas a grupos elitizados ou se de fato chegavam a influenciar as
massas populares.

Thomas Hobbes procurou traçar a origem histórica que explica a necessidade


de concentração do poder no monarca, afirmando que somente o
rei seria capaz de estabelecer a ordem no mundo, sendo o meio de pôr fim
ao caos, garantindo a segurança das pessoas e do reino.

Jean Bodin e Jacques Bossuet realizavam uma relação do poder do monarca


com a religião, afirmando que os monarcas eram autoridades eleitas de forma
divina. O primeiro falava que o monarca era uma figura eleita por Deus, sendo
esse o motivo para que a vontade do rei fosse acatada. Já o segundo falava que
o poder dos monarcas foi entregue diretamente por Deus para que
a Terra fosse governada por eles. As ideias formuladas por ambos foram
enquadradas dentro do que é conhecido como “teoria do direito divino dos
reis”.

Economia absolutista

A economia absolutista se caracterizava por um conjunto de práticas


econômicas que recebeu o nome de mercantilismo. Essas práticas
econômicas são entendidas como uma etapa intermediária da transição
do feudalismo para o capitalismo e contribuíram diretamente para o
enriquecimento da burguesia e para o enriquecimento dos reinos europeus.
O mercantilismo possuía algumas características básicas que destacaremos
a seguir:
 Metalismo: as economias mercantilistas prezavam pelo acúmulo de
metais preciosos, evitando a todo custo que estes saíssem de seus
cofres.
 Balança comercial favorável: os reinos absolutistas procuravam
exportar mercadorias em um volume maior do que importavam. Isso
visava a impedir a saída de metais preciosos do reino.
 Protecionismo: os reinos absolutistas adotavam medidas de
proteção das suas economias e de suas manufaturas. Assim,
impostos alfandegários eram estabelecidos sobre mercadorias
estrangeiras.
 Colonialismo: uma parte considerável da riqueza das economias
mercantilistas vinha de práticas coloniais, isto é, da exploração da
terra e das populações das regiões colonizadas pelas nações
europeias.
 Incentivo às manufaturas: alguns reinos absolutistas investiam no
desenvolvimento das manufaturas para fortalecer sua economia
internamente, reduzindo a quantidade de mercadorias importadas.

Fim do absolutismo
A decadência do absolutismo se iniciou no século XVIII, quando os ideais
iluministas surgiram e conquistaram espaço no continente europeu. Isso
porque os iluministas eram radicalmente contrários à concentração do poder e
propunham a limitação do poder real. A popularização dos ideais iluministas
levou a acontecimentos como a Revolução Francesa, e os reinos absolutistas
foram caindo um a um ao longo do século XIX.

CONCLUSÃO

A pesquisa sobre o absolutismo monárquico destaca a complexidade e as ramificações desse


sistema de governo. Ao examinar as limitações e as realizações dos monarcas absolutos,
percebemos como esses líderes moldaram a história, influenciando tanto positiva quanto
negativamente as sociedades da época. Este estudo proporciona uma compreensão mais
profunda das tensões entre autoridade monárquica e as aspirações individuais, contribuindo
para uma visão abrangente dos desafios e transformações que marcaram esse período
fascinante.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS – SITES

https://mundoeducacao.uol.com.br/politica/absolutismo-2.htm
https://www.significados.com.br/absolutismo-monarquico/
https://brasilescola.uol.com.br/politica/absolutismo.htm

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