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MÓDULO 37
ANTIGO REGIME
Como pode cair no enem
Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado que temido ou temido que amado.
Responde-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito
mais seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque dos homens se
pode dizer, duma maneira geral, que são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos de
lucro, e enquanto lhes fazes bem são inteiramente teus, oferecem-te o sangue, os bens, a vida
e os filhos, quando, como acima disse, o perigo está longe; mas quando ele chega, revoltam-se.
(MAQUIAVEL, N. O príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991.) A partir da análise histórica do comportamento humano em suas
relações sociais e políticas, Maquiavel define o homem como um ser:
2) (UERJ) Devemos sempre ter o cuidado de não comprar mais aos estrangeiros do que lhe
vendemos.
(SMITH, Thomas, 1549 apud BRAUDEL, F. Os jogos das trocas. Lisboa: Cosmos, 1985.)
A afirmativa acima evidencia uma das principais características das práticas econômicas
mercantilistas dos Estados absolutistas entre os séculos XV e XVIII.
a) Explique o significado de riqueza nacional na época do mercantilismo.
b) Justifique por que a ideia de balança de comércio favorável foi um fator que contribuiu para
a colonização da América.
Fixação
4) (UERJ)
Entradas de ouro e prata americanos na casa de contratação de Sevilha
Valor total das
entradas em
Período kg de ouro kg de prata
milhões de
pesos
1551/1560 42.620 303.121 17.86
1561/1570 11.530 942.858 25.34
1571/1580 9.429 1.118.592 29.15
1581/1590 12.101 2.103.027 53.20
1591/1600 19.451 2.707.626 69.60
1601/1610 11.764 2.213.631 53.38
1611/1620 8.855 2.192.255 52.10
1621/1630 3.889 2.145.339 49.67
1631/1640 1.240 1.396.759 31.98
1641/1650 1.549 1.056.430 24.36
8) (PUC) O expansionismo marítimo europeu, nos séculos XV-XVI, gerou uma autêntica “Rev-
olução Comercial”, caracterizada por, EXCETO:
a) incorporação de áreas do continente americano e africano às rotas tradicionais do comércio.
b) ascensão das potências mercantis atlânticas, como Portugal e Espanha.
a
c) afluxo de metais preciosos da América para o Oriente, resultante do escambo de mercadorias.
d) deslocamento parcial do eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico.
e) perda do monopólio do comércio de especiarias por parte dos italianos.
Fixação
9) (UERJ)
Balança fecha com déficit de US$ 315 milhões
O governo está comemorando o déficit de US$ 315 milhões na balança comercial do mês
passado, bem abaixo do saldo negativo de US$ 811 milhões registrado em julho.
(O Globo, 02/09/97)
A notícia acima identifica uma preocupação do governo em obter um saldo positivo nas
correntes de comércio. Essa preocupação, no entanto, não é nova.
Na Idade Moderna - séculos XV ao XVIII -, a formulação da ideia de uma balança favorável
era decorrente das práticas econômicas ligadas ao:
a) mercantilismo;
b) fisiocratismo;
c) cameralismo;
d) metalismo.
Fixação
10) (UFRJ)
A Metrópole, por isso que é mãe, deve prestar às colônias suas filhas todos os bons ofí-
cios e socorros necessários para a defesa e segurança das suas vidas e dos seus bens (...).
Estes benefícios pedem iguais recompensas e, ainda, alguns justos sacrifícios; e, por isso
é necessário que as colônias também, da sua parte, sofram: 1) que só possam comerciar
diretamente com a Metrópole, excluída toda e qualquer outra nação, ainda que lhes faça um
comércio mais vantajoso; (...) Desta sorte, os justos interesses e as relativas dependências
mutuamente serão ligadas.
(COUTINHO, Azeredo e CUNHA, J. J. Ensaio sobre o comércio de portugal e suas colônias, 1816)
A empresa que se organiza como parte integrante do sistema colonial português na Época
Moderna tem como base os elementos da política econômica mercantilista, entre os quais se
encontra o monopólio comercial.
a) Identifique duas características da empresa colonial portuguesa na Época Moderna.
b) Explique a função do monopólio comercial no sistema colonial da época mercantilista.
Fixação
11) (UFRJ)
O século XV marca o declínio da cidade-Estado no Mediterrâneo, o auge econômico do
século seguinte traz consigo uma conjuntura muito favorável aos grandes Estados e mais
ainda aos grandíssimos “impérios territoriais”.
(BRAUDEL, F. El Mediterráneo y o mundo mediterráneo en la
época de Felipe II. México: Fondo de Cultura Económica, 1976,
vol 2, pp. 9-13 [Adaptado].)
12) (UERJ) Nos gráficos a seguir, as setas sugerem um conceito fundamental na organização
de uma pirâmide social: o da mobilidade, ou seja, do deslocamento de indivíduos ou grupos
dentro da pirâmide.
13) (ENEM)
Na França, o rei Luís XIV teve sua imagem fabricada por um conjunto de estratégias que
visavam sedimentar uma determinada noção de soberania. Neste sentido, a charge apresen-
tada demonstra:
a) a humanidade do rei, pois retrata um homem comum, sem os adornos próprios à vestimenta
real.
b) a unidade entre o público e o privado, pois a figura do rei com a vestimenta real representa
o público e sem a vestimenta real, o privado.
c) o vínculo entre monarquia e povo, pois leva ao conhecimento do público a figura de um rei
des-pretensioso e distante do poder político.
d) o gosto estético refinado do rei, pois evidencia a elegância dos trajes reais em relação aos
de outros membros da corte.
e) a importância da vestimenta para a constituição simbólica do rei, pois o corpo político ador-
nado esconde os defeitos do corpo pessoal.
Proposto
1) (UFRJ)
e
A observação do trabalho dos mestres retratistas da aristocracia ajuda a compreender os
cenários políticos e sociais de variados momentos históricos. Na primeira tela, referente aos
primórdios do século XVI, um aristocrata europeu é apresentado como senhor da guerra. Na
segunda, de 1798, o nobre, mesmo não abrindo mão de insígnias militares, surge como compo-
nente da elite política e administrativa, pois lida com documentos e livros.
Explique duas mudanças ocorridas nos sistemas políticos das sociedades europeias entre
os séculos XVI e XVIII.
i
Proposto
2) (UERJ)
3) (ENEM)
O que chamamos de corte principesca era, essencialmente, o palácio do príncipe. Os
músicos eram tão indispensáveis nesses grandes palácios quanto os pasteleiros, os coz-
inheiros e os criados. Eles eram o que se chamava, um tanto pejorativamente, de criados
de libré. A maior parte dos músicos ficava satisfeita quando tinha garantida a subsistência,
como acontecia com as outras pessoas de “classe média” na corte; entre os que não se
satisfaziam, estava o pai de Mozart. Mas ele também se curvou às circunstâncias a que
não podia escapar.
(ELIAS, Norbert. Mozart: sociologia de um gênio. Ed. Jorge Zahar, 1995, p. 18 [Adaptado].)
4) (UFRJ)
Quando Nosso Senhor Deus fez as criaturas, não quis que todas fossem iguais, mas esta-
beleceu e ordenou a cada um a sua virtude. Quanto aos reis, estes foram postos na terra para
reger e governar o povo, de acordo com o exemplo de Deus, dando e distribuindo não a todos
indiscriminadamente, mas a cada um separadamente, segundo o grau e o estado a que
pertencerem.
(Fonte: Adaptado das Ordenações Afonsinas II, 48, In: HESPANHA, António Manuel e XAVIER, Ângela Barreto (coords.). História
de Portugal - O Antigo Regime. Lisboa: Estampa, 1998, p. 120.)
5) (UFRRJ) O texto a seguir trata das incursões francesas na América; entretanto, essas ainda
não representavam que a França tivesse dado início à sua expansão.
Ao longo do século XVI, os franceses estiveram na América, mas isso não significava uma
atitude sistemática e coerente desenvolvida pela Coroa. Era, no mais das vezes, atuação
de corsários e de uns poucos indivíduos. Como exemplo, pode-se mencionar as invasões
do litoral brasileiro, (...), e algumas visitas à América do Norte.
(FARIA, R. de M.; BERUTTI, F. C.; MARQUES, A. M. História para o Ensino Médio. Belo Horizonte: Lê. 1998. p.182.)
Dentre os motivos que levaram a França a iniciar tardiamente sua expansão marítima e
comercial, podemos destacar:
a) os problemas internos ligados à consolidação do Estado Nacional.
b) a derrota da França na violenta guerra contra a Alemanha.
c) a falta de associação entre a Coroa e a Burguesia francesa.
-
d) a violenta disputa religiosa entre calvinistas e luteranos.
e) a não inclusão das classes superiores no projeto expansionista.
Proposto
6) (UFRJ)
Dois acontecimentos que fizeram época marcam o início e o fim do Absolutismo clássico.
Seu ponto de partida foi a guerra civil religiosa. O Estado moderno ergue-se desses conflitos
religiosos mediante lutas penosas, e só alcançou sua forma e fisionomia plenas ao superá-
los. Outra guerra civil — a Revolução Francesa — preparou seu fim brusco.
(KOSELLECK, Reinhart. Crítica e crise. Rio de Janeiro, Eduerj & Contraponto, 1999, p. 19.)
a) Identifique dois aspectos que caracterizavam o exercício da autoridade pelo Estado Abso-
lutista.
b) Em 1651, em meio às guerras religiosas que assolavam a Europa, o filósofo inglês Thomas
Hobbes defendia a necessidade de um Estado forte como forma de controlar os sentimentos
antissociais do homem. Pouco mais de um século depois, o filósofo J.J. Rousseau, em sua
obra Contrato Social (1762), apresentou uma outra visão sobre o mesmo problema.
Comente uma característica da concepção de Estado presente em Rousseau.
Proposto
7) (PUC) Um dos teóricos defensores do Absolutismo real escreveu: ...Já o disse, sois deuses,
isto é, tendes em vossa autoridade, trazeis em vossa fronte, um caráter divino... Entretanto, ó
deuses de carne e sangue, ó deuses de lodo e pó, morreis como homens... A grandeza separa
os homens por breve tempo; uma queda comum, no fim, a todos iguala....
O texto acima consta da obra:
a) Sobre o Direito da Guerra e da Paz, de Hugo Grotius.
-b) Os Seis Livros da República, de Jean Bodin.
c) O Príncipe, de Nicolau Maquiavel.
d) O Leviatã, de Thomas Hobbes.
e) Política Resultante da Sagrada Escritura, de Jacques Bossuet.
Proposto
8) (PUC)
Se de fato Newton combateu a fundo a noção de res extensa e os tourbillons, retirou
diretamente dos Principia philosophiae a ideia do movimento retilíneo uniforme (inercial); da
Dióptrica, as leis da refração e reflexão da luz e as sugestões sobre as experiências com os
prismas; e, sobretudo, da Géométrie, as técnicas de cálculo relativas às curvas algébricas,
que o levaram à descoberta do cálculo das fluxões. Durante dois anos (1664-66), a sua bíblia
foi o comentário cartesiano de van Schooten, e seu mentor foi Descartes.
(CASINI, Paolo. Newton e a Consciência Europeia. Trad. Roberto Leal Ferreira. São Paulo: UNESP, 1995. p. 16)
9) (UERJ)
Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado que temido ou temido que amado.
Responde-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las,
é muito mais seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Deve,
todavia, o príncipe fazer-se temer de modo que, se não adquire amizade, evite ser odiado,
porque pode muito bem ser ao mesmo tempo temido e não odiado; o que sempre conseguirá
desde que respeite os bens dos seus concidadãos e dos seus súditos porque os homens
esquecem mais depressa a morte do pai que a perda do patrimônio.
Mas quando um príncipe está com os exércitos e tem uma multidão de soldados sob o
seu comando, então é de todo necessário que não se importe de passar por cruel; porque
sem esta fama não se mantém um exército unido, nem disposto a qualquer feito.
(O Príncipe, de Nicolau Maquiavel. Adaptado de www.arqnet.com.br)
-
Nicolau Maquiavel foi um pensador florentino que viveu na época do Renascimento. Ele é
considerado um dos fundadores do pensamento político moderno e suas ideias serviram de
base para a constituição do Absolutismo monárquico.
- Identifique no texto duas práticas do Absolutismo monárquico.