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HISTÓRIA - 3o ANO

MÓDULO 37

ANTIGO REGIME
Como pode cair no enem

Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado que temido ou temido que amado.
Responde-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las, é muito
mais seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque dos homens se
pode dizer, duma maneira geral, que são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos de
lucro, e enquanto lhes fazes bem são inteiramente teus, oferecem-te o sangue, os bens, a vida
e os filhos, quando, como acima disse, o perigo está longe; mas quando ele chega, revoltam-se.
(MAQUIAVEL, N. O príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991.) A partir da análise histórica do comportamento humano em suas
relações sociais e políticas, Maquiavel define o homem como um ser:

a) munido de virtude, com disposição nata a praticar o bem a si e aos outros;


b) possuidor de fortuna, valendo-se de riquezas para alcançar êxito na política;
c) guiado por interesses, de modo que suas ações são imprevisíveis e inconstantes;
d) naturalmente racional, vivendo em um estado pré--social e portando seus direitos naturais;
e) sociável por natureza, mantendo relações pacíficas com seus pares.
Fixação

1) (PUC) As práticas mercantilistas, ocorridas na Idade Moderna, estiveram relacionadas com:


a) a exploração de impérios coloniais e a regulamentação do comércio exterior.
b) o surgimento das Corporações de Ofícios.
c) a ideia de liberdade de produção, de concorrência e de circulação de mercadorias.
d) o surgimento das doutrinas iluministas.
e) o final dos regimes absolutistas e os princípios liberais surgidos nas chamadas revoluções
burguesas.
Fixação

2) (UERJ) Devemos sempre ter o cuidado de não comprar mais aos estrangeiros do que lhe
vendemos.
(SMITH, Thomas, 1549 apud BRAUDEL, F. Os jogos das trocas. Lisboa: Cosmos, 1985.)

A afirmativa acima evidencia uma das principais características das práticas econômicas
mercantilistas dos Estados absolutistas entre os séculos XV e XVIII.
a) Explique o significado de riqueza nacional na época do mercantilismo.
b) Justifique por que a ideia de balança de comércio favorável foi um fator que contribuiu para
a colonização da América.
Fixação

3) (PUC) O Mercantilismo é uma prática econômica que se caracteriza por, EXCETO:


a) exercício do protecionismo alfandegário às manufaturas existentes.
b) esforços para favorecer o desenvolvimento da marinha mercante.
c) negligência no controle da qualidade do produto, diminuindo os custos.
d) estímulo à obtenção de uma balança comercial favorável.
Fixação

4) (UERJ)
Entradas de ouro e prata americanos na casa de contratação de Sevilha
Valor total das
entradas em
Período kg de ouro kg de prata
milhões de
pesos
1551/1560 42.620 303.121 17.86
1561/1570 11.530 942.858 25.34
1571/1580 9.429 1.118.592 29.15
1581/1590 12.101 2.103.027 53.20
1591/1600 19.451 2.707.626 69.60
1601/1610 11.764 2.213.631 53.38
1611/1620 8.855 2.192.255 52.10
1621/1630 3.889 2.145.339 49.67
1631/1640 1.240 1.396.759 31.98
1641/1650 1.549 1.056.430 24.36

Utilizando as informações contidas na tabela, explique a razão do poderio econômico da


Espanha de meados do século XVI até o início do XVII.
Fixação

5) (PUC) O Mercantilismo é uma prática econômica que implica, EXCETO:


a) o exercício do protecionismo alfandegário às manufaturas existentes.
b) o combate ao xenofobismo e à natalidade para que o Estado possa consolidar-se.
c) a existência de um Estado forte capaz de planejar as atividades econômicas.
d) a eficiência do poder central para dominar os particularismos.
e) o impulso decisivo do comércio exterior visando a uma balança comercial favorável.
Fixação

6) (PUC) A política mercantilista baseava-se:


a) na valorização da agricultura como única fonte de riqueza.
b) na redução da presença do Estado na vida econômica.
c) na supressão dos monopólios e privilégios tradicionais.
d) na liberdade comercial e no domínio da livre iniciativa.
e) na identificação da riqueza com a posse de me-tais preciosos.
Fixação

7) (PUC) O sistema colonial da Idade Moderna encontra-se inserido no contexto da acumulação


primitiva de capitais facilitada pela política mercantilista através, EXCETO:
a) do pacto colonial, que garantia para a burguesia metropolitana a exclusividade sobre o co-
mércio de importação e exportação dos produtos originários das colônias.
b) da transferência de parte das manufaturas metropolitanas para as colônias, onde a abundância
de matérias-primas e de mão de obra barata gerava retornos financeiros elevados.
c) do metalismo, objetivando a descoberta e transferência de metais preciosos das colônias
para a metrópole como forma de ampliar a riqueza nacional.
d) da difusão, em várias partes das Américas, do trabalho escravo de origem africana, possibilitando
a obtenção de lucros extraordinariamente elevados com o tráfico negreiro.
Fixação

8) (PUC) O expansionismo marítimo europeu, nos séculos XV-XVI, gerou uma autêntica “Rev-
olução Comercial”, caracterizada por, EXCETO:
a) incorporação de áreas do continente americano e africano às rotas tradicionais do comércio.
b) ascensão das potências mercantis atlânticas, como Portugal e Espanha.
a
c) afluxo de metais preciosos da América para o Oriente, resultante do escambo de mercadorias.
d) deslocamento parcial do eixo econômico do Mediterrâneo para o Atlântico.
e) perda do monopólio do comércio de especiarias por parte dos italianos.
Fixação

9) (UERJ)
Balança fecha com déficit de US$ 315 milhões
O governo está comemorando o déficit de US$ 315 milhões na balança comercial do mês
passado, bem abaixo do saldo negativo de US$ 811 milhões registrado em julho.
(O Globo, 02/09/97)

A notícia acima identifica uma preocupação do governo em obter um saldo positivo nas
correntes de comércio. Essa preocupação, no entanto, não é nova.
Na Idade Moderna - séculos XV ao XVIII -, a formulação da ideia de uma balança favorável
era decorrente das práticas econômicas ligadas ao:
a) mercantilismo;
b) fisiocratismo;
c) cameralismo;
d) metalismo.
Fixação

10) (UFRJ)
A Metrópole, por isso que é mãe, deve prestar às colônias suas filhas todos os bons ofí-
cios e socorros necessários para a defesa e segurança das suas vidas e dos seus bens (...).
Estes benefícios pedem iguais recompensas e, ainda, alguns justos sacrifícios; e, por isso
é necessário que as colônias também, da sua parte, sofram: 1) que só possam comerciar
diretamente com a Metrópole, excluída toda e qualquer outra nação, ainda que lhes faça um
comércio mais vantajoso; (...) Desta sorte, os justos interesses e as relativas dependências
mutuamente serão ligadas.
(COUTINHO, Azeredo e CUNHA, J. J. Ensaio sobre o comércio de portugal e suas colônias, 1816)

A empresa que se organiza como parte integrante do sistema colonial português na Época
Moderna tem como base os elementos da política econômica mercantilista, entre os quais se
encontra o monopólio comercial.
a) Identifique duas características da empresa colonial portuguesa na Época Moderna.
b) Explique a função do monopólio comercial no sistema colonial da época mercantilista.
Fixação

11) (UFRJ)
O século XV marca o declínio da cidade-Estado no Mediterrâneo, o auge econômico do
século seguinte traz consigo uma conjuntura muito favorável aos grandes Estados e mais
ainda aos grandíssimos “impérios territoriais”.
(BRAUDEL, F. El Mediterráneo y o mundo mediterráneo en la
época de Felipe II. México: Fondo de Cultura Económica, 1976,
vol 2, pp. 9-13 [Adaptado].)

Identifique dois exemplos de impérios territoriais mediterrâneos presentes na cena política


e militar da primeira metade do século XVI e indique uma característica política ou religiosa
de cada um deles.
Fixação

12) (UERJ) Nos gráficos a seguir, as setas sugerem um conceito fundamental na organização
de uma pirâmide social: o da mobilidade, ou seja, do deslocamento de indivíduos ou grupos
dentro da pirâmide.

No Antigo Regime, a tradição era um dos elementos fundamentais na definição da mobili-


dade na sociedade estamental.
Identifique a forma de mobilidade, vertical ou horizontal, que mais caracterizou a sociedade
esta-mental e explique como ela funcionava no Antigo Regime.
Fixação

13) (ENEM)

(Charge anônima. BURKE. P. A fabricação do rei. Rio de Janeiro: Zahar,1994.)

Na França, o rei Luís XIV teve sua imagem fabricada por um conjunto de estratégias que
visavam sedimentar uma determinada noção de soberania. Neste sentido, a charge apresen-
tada demonstra:
a) a humanidade do rei, pois retrata um homem comum, sem os adornos próprios à vestimenta
real.
b) a unidade entre o público e o privado, pois a figura do rei com a vestimenta real representa
o público e sem a vestimenta real, o privado.
c) o vínculo entre monarquia e povo, pois leva ao conhecimento do público a figura de um rei
des-pretensioso e distante do poder político.
d) o gosto estético refinado do rei, pois evidencia a elegância dos trajes reais em relação aos
de outros membros da corte.
e) a importância da vestimenta para a constituição simbólica do rei, pois o corpo político ador-
nado esconde os defeitos do corpo pessoal.
Proposto

1) (UFRJ)

e
A observação do trabalho dos mestres retratistas da aristocracia ajuda a compreender os
cenários políticos e sociais de variados momentos históricos. Na primeira tela, referente aos
primórdios do século XVI, um aristocrata europeu é apresentado como senhor da guerra. Na
segunda, de 1798, o nobre, mesmo não abrindo mão de insígnias militares, surge como compo-
nente da elite política e administrativa, pois lida com documentos e livros.
Explique duas mudanças ocorridas nos sistemas políticos das sociedades europeias entre
os séculos XVI e XVIII.
i
Proposto

2) (UERJ)

A ilustração ao lado está estampada na folha de rosto da obra Levi-


atã, de Hobbes, publicada em 1651, na Inglaterra. A figura do Leviatã é
proveniente de mitologias antigas, sendo empregada para personificar
o Estado Absolutista europeu.
Descreva a conjuntura política da Inglaterra em meados do século
XVII e aponte duas características da teoria de Estado formulada por
Hobbes.
Proposto

3) (ENEM)
O que chamamos de corte principesca era, essencialmente, o palácio do príncipe. Os
músicos eram tão indispensáveis nesses grandes palácios quanto os pasteleiros, os coz-
inheiros e os criados. Eles eram o que se chamava, um tanto pejorativamente, de criados
de libré. A maior parte dos músicos ficava satisfeita quando tinha garantida a subsistência,
como acontecia com as outras pessoas de “classe média” na corte; entre os que não se
satisfaziam, estava o pai de Mozart. Mas ele também se curvou às circunstâncias a que
não podia escapar.
(ELIAS, Norbert. Mozart: sociologia de um gênio. Ed. Jorge Zahar, 1995, p. 18 [Adaptado].)

Considerando-se que a sociedade do Antigo Regime dividia-se tradicionalmente em esta-


mentos: nobreza, clero e Estado, é correto afirmar que o autor do texto, ao fazer referência à
“classe média”, descreve a sociedade utilizando a noção posterior de classe social a fim de:
a) aproximar da nobreza cortesã a condição de classe dos músicos, que pertenciam ao Estado.
b) destacar a consciência de classe que possuíam os músicos, ao contrário dos demais trab-
alhadores manuais.
c) indicar que os músicos se encontravam na mesma situação que os demais membros do
Estado.
d) distinguir, dentro do Estado, as condições em que viviam os “criados de libré” e os cam-
poneses.
e) comprovar a existência, no interior da corte, de uma luta de classes entre os trabalhadores
manuais.
Proposto

4) (UFRJ)
Quando Nosso Senhor Deus fez as criaturas, não quis que todas fossem iguais, mas esta-
beleceu e ordenou a cada um a sua virtude. Quanto aos reis, estes foram postos na terra para
reger e governar o povo, de acordo com o exemplo de Deus, dando e distribuindo não a todos
indiscriminadamente, mas a cada um separadamente, segundo o grau e o estado a que
pertencerem.
(Fonte: Adaptado das Ordenações Afonsinas II, 48, In: HESPANHA, António Manuel e XAVIER, Ângela Barreto (coords.). História
de Portugal - O Antigo Regime. Lisboa: Estampa, 1998, p. 120.)

A citação remete à organização social existente em Portugal na época do Antigo Regime,


bem como a forma pela qual se pautavam as relações entre reis e súditos.
a) Tendo por base essas considerações, explique um dos traços da estratificação social da
Península Ibérica nos séculos XVI e XVII.
b) A partir dessa concepção de sociedade, identifique uma característica do papel da aristoc-
racia agrária e outra do campesinato.
Proposto

5) (UFRRJ) O texto a seguir trata das incursões francesas na América; entretanto, essas ainda
não representavam que a França tivesse dado início à sua expansão.
Ao longo do século XVI, os franceses estiveram na América, mas isso não significava uma
atitude sistemática e coerente desenvolvida pela Coroa. Era, no mais das vezes, atuação
de corsários e de uns poucos indivíduos. Como exemplo, pode-se mencionar as invasões
do litoral brasileiro, (...), e algumas visitas à América do Norte.
(FARIA, R. de M.; BERUTTI, F. C.; MARQUES, A. M. História para o Ensino Médio. Belo Horizonte: Lê. 1998. p.182.)

Dentre os motivos que levaram a França a iniciar tardiamente sua expansão marítima e
comercial, podemos destacar:
a) os problemas internos ligados à consolidação do Estado Nacional.
b) a derrota da França na violenta guerra contra a Alemanha.
c) a falta de associação entre a Coroa e a Burguesia francesa.
-
d) a violenta disputa religiosa entre calvinistas e luteranos.
e) a não inclusão das classes superiores no projeto expansionista.
Proposto

6) (UFRJ)
Dois acontecimentos que fizeram época marcam o início e o fim do Absolutismo clássico.
Seu ponto de partida foi a guerra civil religiosa. O Estado moderno ergue-se desses conflitos
religiosos mediante lutas penosas, e só alcançou sua forma e fisionomia plenas ao superá-
los. Outra guerra civil — a Revolução Francesa — preparou seu fim brusco.
(KOSELLECK, Reinhart. Crítica e crise. Rio de Janeiro, Eduerj & Contraponto, 1999, p. 19.)

a) Identifique dois aspectos que caracterizavam o exercício da autoridade pelo Estado Abso-
lutista.
b) Em 1651, em meio às guerras religiosas que assolavam a Europa, o filósofo inglês Thomas
Hobbes defendia a necessidade de um Estado forte como forma de controlar os sentimentos
antissociais do homem. Pouco mais de um século depois, o filósofo J.J. Rousseau, em sua
obra Contrato Social (1762), apresentou uma outra visão sobre o mesmo problema.
Comente uma característica da concepção de Estado presente em Rousseau.
Proposto

7) (PUC) Um dos teóricos defensores do Absolutismo real escreveu: ...Já o disse, sois deuses,
isto é, tendes em vossa autoridade, trazeis em vossa fronte, um caráter divino... Entretanto, ó
deuses de carne e sangue, ó deuses de lodo e pó, morreis como homens... A grandeza separa
os homens por breve tempo; uma queda comum, no fim, a todos iguala....
O texto acima consta da obra:
a) Sobre o Direito da Guerra e da Paz, de Hugo Grotius.
-b) Os Seis Livros da República, de Jean Bodin.
c) O Príncipe, de Nicolau Maquiavel.
d) O Leviatã, de Thomas Hobbes.
e) Política Resultante da Sagrada Escritura, de Jacques Bossuet.
Proposto

8) (PUC)
Se de fato Newton combateu a fundo a noção de res extensa e os tourbillons, retirou
diretamente dos Principia philosophiae a ideia do movimento retilíneo uniforme (inercial); da
Dióptrica, as leis da refração e reflexão da luz e as sugestões sobre as experiências com os
prismas; e, sobretudo, da Géométrie, as técnicas de cálculo relativas às curvas algébricas,
que o levaram à descoberta do cálculo das fluxões. Durante dois anos (1664-66), a sua bíblia
foi o comentário cartesiano de van Schooten, e seu mentor foi Descartes.
(CASINI, Paolo. Newton e a Consciência Europeia. Trad. Roberto Leal Ferreira. São Paulo: UNESP, 1995. p. 16)

No mundo moderno europeu, as ideias de Descartes e de Newton:


a) legitimavam os argumentos utilizados pela nobreza feudal para atacar o processo econômico
desenvolvido pela burguesia em ascensão.
b) contribuíram para o processo de contrarreforma religiosa na Península Ibérica, já que apre-
goavam a interferência divina na realidade e no Universo.
c) deram origem ao pensamento anarquista, uma vez que ambos faziam parte de um movimento
que questionava qualquer forma de poder nas organizações.
d) estavam inseridas dentro do contexto do aumento das tensões sociais entre nobreza, monar-
cas e burguesia na disputa pelo poder político.
e) legitimaram toda a legislação e os atos políticos e econômicos dos absolutistas franceses,
já que defendiam o princípio fundamental da pena de Talião.
Proposto

9) (UERJ)
Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado que temido ou temido que amado.
Responde-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é difícil juntá-las,
é muito mais seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Deve,
todavia, o príncipe fazer-se temer de modo que, se não adquire amizade, evite ser odiado,
porque pode muito bem ser ao mesmo tempo temido e não odiado; o que sempre conseguirá
desde que respeite os bens dos seus concidadãos e dos seus súditos porque os homens
esquecem mais depressa a morte do pai que a perda do patrimônio.
Mas quando um príncipe está com os exércitos e tem uma multidão de soldados sob o
seu comando, então é de todo necessário que não se importe de passar por cruel; porque
sem esta fama não se mantém um exército unido, nem disposto a qualquer feito.
(O Príncipe, de Nicolau Maquiavel. Adaptado de www.arqnet.com.br)
-
Nicolau Maquiavel foi um pensador florentino que viveu na época do Renascimento. Ele é
considerado um dos fundadores do pensamento político moderno e suas ideias serviram de
base para a constituição do Absolutismo monárquico.
- Identifique no texto duas práticas do Absolutismo monárquico.

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