A centralização do poder Colapso do Ascensão da burguesia e feudalismo decadência da nobreza
Ambas não tinham força
para impor sua hegemonia
Necessidade do rei: garantia
de privilégios e interesses
Centralização do poder A centralização do poder
Rei: centralizava o poder com recursos
da burguesia e o apoio político da nobreza
Burguesia: apoiou o rei Nobreza: apoiou o rei para
visando à unificação de leis, se proteger de revoltas moeda, pesos e medidas e populares e manter suas impostos, atitudes que terras e privilégios. favoreciam o comércio. As bases do Estado moderno Estado: organismo político-administrativo com poder sobre um território, responsável pela aplicação das leis e pelo controle da justiça e da força armada, assegurando assim a obediência ao poder soberano.
O Estado moderno superou o universalismo da Igreja
católica e o particularismo do poder feudal durante a Idade Média.
Os Estados surgiram em momentos distintos, e suas funções
se modificaram ao longo do processo histórico.
Na Europa ocidental, os Estados modernos se formaram
entre os séculos XII e XV → Portugal, Espanha, França e Inglaterra. O fortalecimento do rei Várias mudanças acompanharam o processo de centralização do poder real:
• Formação de exércitos profissionais e permanentes.
• Sistema de cobrança de tributos. • Estruturação de uma burocracia estatal.
A nobreza exercia a maior parte das funções públicas
em nome do rei, tinha privilégios fiscais e uma situação diferenciada na legislação.
No século XVII, com o absolutismo, o poder dos reis
atingiu seu auge, já que se alicerçava no controle das atividades produtivas, na cobrança de impostos e na criação e aplicação das leis. Os teóricos do Estado absolutista Cada Estado europeu desenvolveu um absolutismo com características próprias, e surgiram teorias filosóficas para justificá-lo.
Os teóricos do absolutismo elaboraram teorias políticas para
legitimar o poder centralizado dos reis, que também expressavam os interesses da burguesia em ascensão e da nobreza enfraquecida:
• Nicolau Maquiavel (1469-1527): elaborou os conceitos
de virtú e fortuna, qualidades necessárias para o príncipe exercer o poder com autonomia. • Thomas Hobbes (1588-1679): necessidade de um Estado forte para proteger o homem do seu estado de natureza (que o conduzia à luta pela sobrevivência) por meio de um Contrato Social. O direito divino dos reis Teorias religiosas → legitimavam o poder absoluto dos reis atribuindo-lhe origem divina:
• Jean Bodin (1530-1596): só o poder do rei se legitima
diante de Deus; o Parlamento não tem legitimidade para resolver nenhuma questão. • Jacques Bossuet (1627-1704): o poder real é o mais natural, o de melhor conservação do Estado e o mais digno, já que o trono é de Deus e não do homem.
Durante o Antigo Regime, diversos rituais relacionados ao
monarca contribuíam para exaltar a figura do rei e legitimar o seu poder. O poder dos
REPRODUÇÃO – MUSEU DO LOUVRE, PARIS
reis absolutistas
Retrato de Luís XIV, pintura de
Hyacinthe Rigaud, 1701. Luís XIV ficou conhecido como o “Rei-Sol” e foi o símbolo máximo do poder absolutista na França. REPRODUÇÃO – ABADIA DE SAINT RIQUIER, SAINT RIQUIER O poder dos reis absolutistas
Luís XV curando a escrófula, gravura de
Jean Jouvenet, século XVII. Aos reis franceses era atribuída a capacidade de fazer milagres, o que reforçava a crença no caráter divino de seu poder.