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Conceitos

PRECONCEITOS

Os preconceitos se baseiam em
generalizações superficiais e
depreciadoras do outro (em geral
portador de características físicas e
culturais diferentes e
arbitrariamente consideradas
inferiores).
Tais generalizações a Sociologia
denomina estereótipos.
DISCRIMINAÇÃO

Discriminação é uma A discriminação e a


atitude ou tratamento segregação materializam as
diferenciado em relação ao ideologias calcadas em
outro que pode levar à preconceitos que refletem
marginalização ou a hegemonia de um grupo
exclusão. e a subordinação de outro.
SEGREGAÇÃO

Segregar significa separar, isolar social e/ou espacialmente. Grupos que são
alvo de preconceito, discriminados por não partilharem da cultura dominante,
costumam ser segregados.
Muitas vezes a segregação é institucionalizada por meio de políticas ou leis,
que visam manter fora do foco da sociedade indivíduos ou grupos
considerados indesejáveis. A concentração de moradores pobres em favelas e
periferias é um exemplo da segregação que ocorre no meio urbano.
Esta terra, Senhor (...), traz ao longo do mar, em algumas partes, grandes barreiras,
umas vermelhas, e outras brancas; e a terra de cima é toda chã e muito cheia de
grandes arvoredos. De ponta a ponta é toda praia (...) muito chã e muito formosa. Pelo
sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande; (...) a terra em si é de muito bons ares
frescos e temperados (...). Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-
se-á nela tudo; por causa das águas que tem!

Trecho da carta que o escrivão Pero Vaz de Caminha mandou para d. Manuel I, rei de
Portugal, prestando contas da longa viagem e contando a novidade do encontro da
nova terra.
Pero Vaz de Caminha era um dos 1.200 homens que,
em 9 de março de 1500, embarcaram em Lisboa,
sob o comando de Pedro Álvares Cabral. Eram treze
naus, com uma tripulação composta pelos melhores
pilotos, além de geógrafos, cartógrafos, padres,
comerciantes, marinheiros, todos à cata de aventura
e riquezas.
Expansão Ultramarina
As motivações para a expansão marítima
europeia
As viagens foram iniciadas no século XV com os seguintes objetivos:
• Econômicos: metais preciosos e especiarias.
• Políticos: ampliação territorial.
• Religiosos: expansão da fé cristã.
• Aventureiros: busca pelo desconhecido.
• Os avanços técnicos, a partir do século XV, ampliaram as possibilidades dessas
viagens: caravela, cartografia, bússola e astrolábio.
O expansionismo dos povos ibéricos
Em Portugal e Espanha, a expansão ultramarina atendia aos interesses de diferentes setores sociais:
• Realeza: busca por novas fontes de renda.
• Nobreza e burguesia: conquista de territórios e ampliação do comércio.
• Igreja Católica: conquista de fiéis por meio da catequese.
O pioneirismo português pode ser explicado por vários fatores:
•Centralização precoce do poder monárquico.
• Escassez de recursos naturais.
• Existência de uma burguesia mercantil enriquecida.
• Liderança tecnológica para a navegação.
• Expansão da fé cristã.
• Espírito aventureiro dos navegadores.
O novo mundo e a Europa
• A expansão ultramarina transformou a Europa e a América: a nova
geografia revolucionou o comércio e deslocou o eixo econômico do
Mediterrâneo para o Atlântico.
• Na América, os europeus introduziram suas técnicas, instituições, religião e
também levaram plantas, animais e doenças até então desconhecidos
nessas regiões.
• Conhecimentos e produtos americanos também foram levados para a
Europa, passando a fazer parte do cotidiano de muita gente.
• O contato entre indígenas e europeus gerou espanto. Os indígenas eram
vistos como criaturas demonizadas que deveriam ser catequizadas.
• Os europeus buscaram impor a sua visão de mundo aos indígenas pois se
consideravam escolhidos por Deus para realizar essa missão.
Bula Inter Coetera
• A Coroa Espanhola iniciou sua expansão marítima apostando no projeto
circunavegatório do navegador genovês Cristóvão Colombo. Pensando ter
chegado às Índias, o navegador italiano encontrou o continente americano.
• Temendo uma abrupta ascensão marítimo-comercial espanhola, Portugal
ameaçou entrar em conflito com os espanhóis, caso suas possessões
fossem desrespeitadas. Evitando a deflagração de uma guerra, a Espanha
solicitou o papa Alexandre VI para arbitrar a questão.
• Em 4 de maio de 1493, a Bula Inter Coetera estabeleceu um acordo que
determinava as regiões de exploração de cada uma das nações ibéricas. De
acordo com o documento, uma linha imaginária a 100 léguas (660
quilômetros) da Ilha de Açores dividia o mundo, determinando que todas
as terras a oeste dessa linha seriam de posse da Espanha e a leste seriam
fixados os territórios portugueses.
• Dom João II exigiu a revisão do acordo diplomático.
• No dia 7 de julho de 1494, o Tratado de Tordesilhas transformou os
limites do antigo pacto. Segundo o novo acordo, todas as terras
descobertas até o limite de 370 léguas (2500 quilômetros) a oeste de
Cabo Verde seriam de domínio português, sendo as restantes de
posse espanhola. Com esse novo acordo, Portugal assegurou sua
autoridade sobre parte dos territórios do Brasil, que teve sua
descoberta anunciada seis anos mais tarde.
Mercantilismo
Os novos mercados abertos pela expansão marítima e o domínio de áreas na
Ásia, na África e na América fizeram do comércio a maior fonte de riqueza
dos Estados europeus e deram origem ao mercantilismo:
Também chamado de política econômica do capitalismo comercial: conjunto
de práticas e ideias econômicas predominantes nos Estados europeus
durante a Era Moderna (século XV ao XVIII).
Entre as práticas mercantilistas, destacam-se:
• Intervenção estatal na economia.
• Busca de uma balança comercial favorável.
• Metalismo e elevação das tarifas alfandegárias.
• Colonialismo e exclusivo comercial metropolitano
O mercantilismo nos países europeus
O mercantilismo nos países europeus
O mercantilismo nos países europeus
Classificação
Durante o período colonial surgiram vários termos para designar o resultado da
miscigenação entre africanos, europeus e indígenas.
Mulato é o nome dado a mistura do europeu branco com africano, quase sempre negro. Às
vezes mulato e crioulo são tratados como sinônimos, entretanto crioulo na América
Portuguesa era o nome dado especialmente aos escravos negros nascidos no Brasil. ;
Mameluco (também conhecido como caboclo) significa ser mestiço de europeu branco e
indígena. Sua origem está no árabe “mamluk” que originalmente significa “escravo”;
A origem do termo “caboclo” é indígena, mas é bem discutida. Segundo o tupinólogo
Eduardo de Almeida Navarro, a palavra vem de “kuriboca”, que inicialmente era usado para
filho de pai indígena e mãe africana, e depois para filho de pai branco e mãe índia.
Cafuzo (ou também cafuz, carafuz, carafuzo ou cafúzio) é o termo usado para designar
alguém que é filho de negro e indígena.
Outros termos
• É o banda forra (filho de mãe escrava e pai branco), crioulo (escravo
negro nascido no Brasil, às vezes sinônimo de negro e mulato), negro
ladino (escravo negro nascido no Brasil que incorporou costumes
portugueses, como a língua e religião), o salta-atrás (filho de
mameluco e indígena), o cariboca (filho de europeu e caboclo), o
cabra (filho de negro e mulato), mazombo (filho de pais portugueses,
porém nascidos no Brasil) e o terceirão (filho de mulato e branco).
ATIVIDADE EM DUPLA OU TRIO
1. O que é discriminação, preconceito e segregação? Por que, estão
tão presentes em nossa sociedade?
2. Quais foram os antecedentes da chegada dos portugueses no
brasil?
3. O que é mercantilismo?
4. A classificação de cor foi âmbito de discriminações? Por quê?

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