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5 coisas que as pessoas

esquecem sobre a atuação da


Pastoral do Dízimo
https://www.dominuscomunicacao.com/estrategias-para-receber-o-dizimo/

O dízimo é uma das realidades paroquiais que mais recebe respingos


negativos de vivências desordenadas de outras denominações religiosas.
Mas também é alvo do preconceito gerado pelo infeliz modus operandi
brasileiro com relação aos escândalos políticos de desvio de verbas e má
gestão. Diante de uma cultura que não favorece um olhar puro para esta
dimensão tão preciosa na Igreja, trazemos neste texto 5 coisas que você
não pode esquecer quando o assunto é a atuação da pastoral do dízimo:

1. Evangelização
A Pastoral do Dízimo é uma pastoral que evangeliza. Muitos acham que é
um setor de captação de recursos, mas está enganado quem pensa assim.
É de extrema importância que os membros desta pastoral estejam atentos
a todo o processo evangelizador existente na paróquia. Sem uma
evangelização constante e eficaz, os resultados da Pastoral do Dízimo não
serão positivos.

2. Integração
Não existe atuação da Pastoral do Dízimo de forma isolada, se uma
comunidade deseja alcançar resultados mais significativos, é preciso
trabalhar a integração com as diversas pastorais. A responsabilidade do
dízimo é de todos. Não basta apenas ter uma equipe, todos os agentes
devem ser atuantes tanto no testemunho quanto na divulgação.

3. Formação
Os agentes da Pastoral do Dízimo precisam estar em constante formação,
é preciso estudar os aspectos teológicos, mas também ter noções básicas
de comunicação e marketing. Um plano de formação é essencial.
4. Jornada da Evangelização
Sabemos que a devolução do dízimo é parte integrante do processo
evangelizador. Como diz um velho ditado: “sabemos que o coração foi
tocado quando também tocou o bolso”. Cada vez mais devemos
entender e desenvolver a Jornada da evangelização. Confira no
post Evangelizar: Eis o segredo para aumentar a arrecadação do dízimo.

5. Uma pastoral que deve ser levada na


esfera do que é importante
Como a evangelização, o trabalho da Pastoral do Dízimo não pode ser
visto como algo secundário ou na esfera da urgência. Em muitas
comunidades o que acontece é que quando precisa ampliar a
arrecadação financeira, então chamam os agentes da pastoral para ver o
que pode ser feito.

É preciso colocar a Pastoral do Dízimo na esfera da importância, onde


suas atividades compõem uma rotina prioritária da ação evangelizadora.
A comunidade paroquial necessita ter um planejamento com ações e
metas bem definidas. Com isso são mais garantidos os resultados
positivos ao trabalho.

Envelope do dízimo ou carnê?


Quais as melhores estratégias
para receber o dízimo

O dízimo, mais do que uma prática meramente financeira, é parte de uma


experiência com o próprio Deus. Estamos falando de um ato de fé e
gratidão, que exige dos agentes de pastoral sensibilidade e
espiritualidade na hora de definir as melhores estratégias de recolhimento
do dízimo. Não é só uma questão de escolha técnica, mas de uma
modalidade que além de eficiente, do ponto de vista material, seja
significativa para catequese, formação e espiritualidade do dízimo. Dentre
as modalidades utilizadas, o envelope do dízimo surge como forma de
espiritualização do dízimo. Entenda melhor.

O que a Igreja do Brasil fala sobre as


modalidades de arrecadação?
É muito comum utilizar o expediente da secretaria paroquial ou o plantão
do dízimo para a devolução do dízimo. Além disso, algumas paróquias
utilizam os carnês com identificação como forma de monitorar a
arrecadação do dizimista. O documento 106 da Conferência Nacional dos
bispos do Brasil, O dízimo na comunidade de fé: orientações e propostas,
chama atenção acerca do uso do débito automático como modalidade de
recolhimento. “O sistema de débito automático mensal em conta é
questionado, especialmente pelo risco de enfraquecer a consciência da
corresponsabilidade eclesial” (Doc. 106, p. 50).
Algumas paróquias utilizam o recolhimento domiciliar. Porém, a Igreja do
Brasil enxerga com cautela essa realidade, dado o “enfraquecimento da
responsabilidade que também esta prática pode ocasionar”. Fala-se sobre
a falta de conscientização do sentido de pertença à comunidade de fé,
além do risco de tornar-se um mero pagamento, sujeito à cobrança.

O envelope do dízimo como forma de


espiritualização
Uma modalidade que tem surgido há alguns anos é o uso dos envelopes
a serem depositados durante a celebração da santa Missa. Prática muito
animada pela Assessoria do Dízimo Dominus, sobretudo por reforçar no
coração do fiel o sentimento de consagração do seu dízimo a Deus,
fazendo do momento um evento sagrado e comunitário. O documento
106 chama atenção para que esse tipo de modalidade não seja
confundido com as ofertas da santa Missa.

A Paróquia Santo Antônio, da Arquidiocese de Palmas, acolheu a


sugestão da Assessoria da Dominus e implementou o uso do envelope
nas Missas. O resultado foi muito positivo, como testemunha o pároco,
padre Edionilson: “Essa nova iniciativa, de termos um momento durante a
Missa para consagrar o dízimo, foi uma ideia dada pela assessoria do
dízimo: utilizar um recipiente para as pessoas levarem seu dízimo diante
do altar. Tivemos a ideia de fazer um coração em Mdf, e um pouco antes
do ato penitencial motivamos, em forma de oração, que os dizimistas
consagrem seu dízimo agradecendo a Deus pelo trabalho e pelo dom da
vida, e levando-o até o altar. Logo em seguida, algum agente da pastoral
do dízimo recolhe o recipiente, e seguimos com a liturgia”.

Assessoria da Dominus atesta aumento da


arrecadação com uso do envelope
O sacerdote testemunha que essa forma de recolhimento tem promovido
um aumento na arrecadação e, sobretudo, na evangelização. “Nossa
paróquia tem se esforçado, através da Pastoral do dízimo, em realizar as
atividades apresentada pela Dominus para a melhoria da evangelização
através do dízimo. Entre as iniciativas está o momento, dentro da Missa,
para as pessoas consagrarem seu dízimo. As pessoas tem contribuído,
feito sua devolução, e com isso temos tido um aumento dos dizimistas.
Também muitos que estavam atrasados têm colocado em dia a
contribuição do seu dízimo. Além disso, hoje todos os agentes do dízimo
são dizimistas, graças a esse trabalho de evangelização. Agradecemos a
Dominus pelo trabalho desenvolvido”.

Quando as paróquias atendidas pela Assessoria não usa envelope,


implantamos esta ação junto ao brinde anual do calendário, contendo
envelopes mensais, incluindo relativo ao 13º salário. O envelope vem
personalizado, com fotos dos agentes de pastoral da localidade e os
campos de dados que a paróquia precisa. O aumento da arrecadação a
partir desta ação chega a 25 e 30%. A Paróquia passa a ter uma nova
visão sobre o dízimo. Passa de um mero pagamento, a uma partilha do
bem. Seu sentimento torna-se diferente, de oferta, fortalecendo sua
pertença a Deus pela oferta ao Senhor.

7 livros sobre a pastoral do


dízimo
Há muitas formas de promover formação para os agentes e líderes
pastorais. No caso daqueles que estão empenhados no serviço do Dízimo,
uma das possibilidades é oferecer opções de livros sobre a pastoral do
dízimo.
Fizemos uma seleção para que você possa avaliar e recorrer caso queira
se aprofundar ou mesmo oferecer uma formação sólida para os que estão
com você nessa missão. Confira!

1. Formação para agentes da Pastoral do


Dízimo

Há um grande anseio presente na maioria das comunidades católicas do


Brasil: a formação dos agentes do dízimo. Este livro é um manual que
abrange todas as etapas dessa formação, partindo da Sagrada Escritura,
passando pela história da Igreja e chegando aos dias atuais. O livro é
escrito em sintonia com as orientações dos Bispos do Brasil. O manual é
completo (informa e forma), é prático no manuseio (acabamento em
espiral) e interativo na realização (aprende-se fazendo). Pode ser
estudado individualmente ou em grupo. Um fato interessante é que os
leitores poderão recorrer eletronicamente ao autor sempre que o
desejarem.

Autor: Padre Cristovam Lubel


Nº de Páginas: 108
Editora: Pão e Vinho
2. Pastoral do Dízimo – Documento 106

O princípio da doação, na perspectiva eclesial, é intrinsicamente ligado à


vida cristã, é “compromisso de fé”. A fim de fortalecer o entendimento
acerca do ato do dízimo, o Documento da CNBB 106 apresenta um
conjunto de orientações e esclarecimentos que norteiam um discurso
coerente sobre a referida prática. Aprovado pelo Conselho Permanente
da CNBB, o texto, intitulado O dízimo na comunidade da fé: orientações e
propostas, adota linguagem de compreensão objetiva. A publicação é
formalizada em pouco mais de 40 páginas, divididas em dois capítulos
para otimização da leitura.

Autor(a): CNBB
Nº de Páginas: 40
Editora: Edições CNBB

3. Dízimo e captação de recursos – Desafio


às comunidades do século 21
A captação de recursos é um tema que está na pauta de muitos
encontros eclesiais. As comunidades têm-se debatido sobre suas
necessidades econômicas, que são os desafios atuais das igrejas cristãs.
Como manter a comunidade sem a necessidade de infinitas promoções
para resolver os problemas de finanças? Como dar passos sem onerar ao
extremo os grupos de igrejas? Como evangelizar com o dízimo e somente
nele confiar? O dízimo é suficiente? Podemos contar somente com esse
recurso? O Autor, neste livro reflete sobre essa possibilidade e acredita
que é possível um dízimo limpo, rendoso e cheio de testemunhos de
comunhão e partilha. A experiência é o toque da mão de Deus agindo na
solidariedade eclesial.

Autor: Padre Jerônimo Gasques


Nº de Páginas: 144
Editora: PAULUS Editora

4. Dízimo
Este livro apresenta pistas de conscientização do povo para a pastoral do
dízimo. O autor relata a implantação do dízimo na sua diocese e os
resultados obtidos. Desenvolve temas bíblicos para debate, no sentido de
preparar o povo para a pastoral do dízimo, sua implantação e
desenvolvimento.
Autor: José M. Maimone
Nº de Páginas: 64
Editora: PAULUS Editora

5. Dízimo: Fazei a Experiência

O tema deste livro é um grande desafio para muitas pastorais da Igreja


pelo mundo afora. Porém, com maestria e propriedade, o autor da obra,
Kater Filho, traz um caminho a ser percorrido frente aos desafios. O livro é
muito mais que um manual: ele relata a história do dízimo na Igreja, fala
sobre sua importância para quem vive mais intensamente nas pastorais,
ensina como implantar eficazmente o dízimo na Igreja e, principalmente,
serve como um grande testemunho para que entusiasme os leitores nessa
experiência da fidelidade com Deus.

Autor: Antonio M. Kater Filho


Nº de Páginas: 120 págs
Editora: Ave Maria

6. Pastoral do Dízimo – Guia de


implantação, formação e atuação dos
agentes

Este livro é um subsídio pastoral e tem como objetivo tratar do tema


Pastoral do Dízimo de uma forma ainda pouco abordada, ou seja, com
uma linguagem clara e objetiva, mais prática que teórica, visando auxiliar
as paróquias em sua missão de gerir um empreendimento missionário e
não apenas captar recursos.

Autor: José Carlos Pereira


Nº páginas: 96
Editora: Vozes

7. Como organizar a Pastoral do Dízimo 


Uma obra construída para colaborar com todos os envolvidos nas ações
da Pastoral do Dízimo. Em meio aos desafios da vida eclesial e financeira,
as atividades do dízimo não podem se resumir a arrecadação de fundos.
Porém, o foco da Pastoral do Dízimo deve ser a evangelização, e nisso
está seu desenvolvimento e crescimento.

Autor: Jean Ricardo Severino


Nº páginas:  52
Editora: Dominus

10 temas que você deve


abordar na formação da
Pastoral do Dízimo

Um dos pontos mais importantes no amadurecimento de uma pastoral


do dízimo é sua vivência contínua de formação, espiritualidade e vida
comunitária. A espiritualidade e a vida comunitária costumam acontecer a
partir da dinamicidade da paróquia e suas comunidades, porém, a
formação – por vezes – permanece esquecida. Uma das dificuldades é a
falta de conhecimento sobre quais temáticas trabalhar na formação
pastoral. Elaboramos, então, 10 temas que você pode abordar na
formação da pastoral do dízimo.

1. O que é o dízimo?
É importante começar seu processo de formação introduzindo a equipe
no que diz respeito ao dízimo. Iniciar abordando os trechos da sagrada
escritura que falam sobre o dízimo, partilha, oferta (sugestões: Ml 3, 10; At
4, 34-35; Mt 6, 24; I Cor 16, 1-2). Definir dízimo e falar sobre a função do
dízimo. Promover partilha entre os membros sobre qual a relação deles
com o dízimo, se eles entendem a proposta de Deus para o homem
acerca dos bens, e reforçar a importância de todos os agentes da pastoral
também serem dizimistas.

Referências: Catecismo da igreja Católica (CIC) 2449

2. Quanto o dizimista deve partilhar com a


comunidade?
De acordo com o documento 106 da CNBB, “a escolha da quantia
destinada para isso é decisão de consciência” de cada fiel. O termo
“dízimo” é referente a décima parte, e foi estabelecido mediante a
legislação do Antigo Testamento, porém a Igreja não estipula um
percentual, mas como são Paulo ensina que “cada um dê conforme tiver
decidido em seu coração, sem pesar nem constrangimento, pois Deus
ama quem dá com alegria” (2 Cor 9, 7).

Referências:
O dízimo na Igreja Católica
Católico! Qual o valor do seu dízimo?

3. Dízimo é familiar ou pessoal?


Algo que desperta a curiosidade de muitos é sobre o dízimo ser algo
pessoal ou familiar. É importante reforçar na formação que a oferta do
dízimo pode ser feita individualmente ou em nome da família. Se tanto o
marido quanto a esposa trabalham, o dízimo pode ser entregue com um
valor que corresponda à oferta do casal, conforme a renda dos dois; ou
cada um entrega o seu dízimo separadamente. Mas, se apenas um dos
dois está trabalhando a oferta pode ser feita exclusivamente em nome do
casal dentro das possibilidades da família naquele momento.
Em caso de pais e filhos: o dízimo dos pais não vale para os filhos, já
sendo eles economicamente ativos. Neste caso, cada filho deve doar o
seu próprio dízimo.

4. Como atender bem os dizimistas no


plantão do dízimo
O acolhimento tem parte indispensável no que se refere a levar os fiéis a
sentirem-se parte da vida da comunidade. Vale repensar as estratégias
para acolher bem. Na formação, falar sobre as vestes (a importância de
usar roupas compostas, de preferência camisetas da pastoral do dízimo);
a confecção de cartões de gratidão e boas-vindas aos dizimistas; manter
as informações acerca da agenda da paróquia atualizadas; manter a
simpática com todos.

Esse material sobre atendimento em empresas pode servir de apoio para sua
formação.
Atendimento de qualidade: 11 dicas para atender bem

5. Dimensões do dízimo
O documento 106 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil ensina
que o dízimo possui quatro dimensões: caritativa, eclesial, espiritual e
missionária. Utilizar o documento para apresentar aos membros da
Pastoral. Fazer a dinâmica de dividir em 4 grupos que corresponderão às
quatro dimensões, promover debates e pedir que apresentem vivências
práticas para cada dimensão no cotidiano da paróquia.

Referência:
Documento 106 da CNBB

6. Como administrar de forma coerente o


dízimo
A administração do dízimo parte de um compromisso de fidelidade com
Deus e com o próximo. São necessárias algumas técnicas que permitam
que os bens sejam destinados para seus devidos lugares, levando em
consideração as diretrizes diocesanas e eclesiais.  

Dispor um exemplo de planilha para o dízimo, e fomentar a prática de


organização financeira e monetária. Modelo de planilha: AQUI
Referência:
Administração Financeira e Orçamentária (AFO): o Guia Definitivo!

7. Métodos e técnicas para capacitar e


motivar sua equipe
Manter a equipe animada é de suma importância para que o trabalho
aconteça de modo eficiente. Portanto utilizar algumas técnicas pode
fortalecer os laços e o comprometimento.

Nos links abaixo você encontra métodos práticos para dinamizar seu pessoal
5 técnicas simples e de alto impacto para motivar sua equipe
Resgate a motivação da sua equipe em 20 técnicas

8. Boas práticas de comunicação com o


dizimista
É muito importante que a equipe alinhe ações de comunicação para
fortalecer o relacionamento com os dizimistas. Estreitar os laços é o
segredo que pode manter a arrecadação do dízimo, ou até aumentá-la.
Algumas práticas podem ser úteis como: montar um stand de
acolhimento e referência para os interessados em devolver o dízimo;
organizar o plantão do dízimo durante das missas e eventos paroquiais;
enviar cartão de aniversário via correios, e-mail ou aplicativo de
mensagens instantâneas; ao notar falta de perseverança entrar em
contato via carta, ou visitas para conhecer a situação e motivar o dizimista
a fidelidade, entre outros.

9. Como promover ações missionárias?


A principal ferramenta de arrecadação do dízimo é a evangelização. Uma
vez que o membro vive uma experiência de encontro com Deus, retorna à
vida da comunidade de fé,  busca fidelidade a um apostolado, sente-se
parte da igreja, e consequentemente abraça o dízimo. Mas que ações
promover para alcançar esses objetivos. Algumas dicas para serem
trabalhados na formação: promoção de eventos paroquiais com atrações
católicas nacionais e visitas porta a porta.

Referência:
15 passos de como organizar as missões na paróquia
10. Estudo sobre o Documento 106 da
CNBB
O tema mais importante a ser abordado é o estudo do documento 106 da
CNBB. É importante que membros da pastoral tenham o documento para
leitura e aprofundamento. Divida os membros em grupos equivalentes
aos capítulos do livro e promova um seminário no qual os próprios
agentes de pastoral se comprometerão a estudar, e repassar sua
compreensão para o grupo.

Se você achou este material útil, compartilhe com aqueles que têm interesse no
tema!

Você já tentou de várias formas e não deu certo? Neste texto, selecionamos dicas
preciosas para sua equipe fazer acontecer a Pastoral do Dízimo do jeito certo.

1. Avalie, estruture e cuide da equipe


Sabemos que um bom trabalho vai depender de uma boa equipe. Por isso é
preciso que você pense como está a sua atual equipe. É preciso encará-los como
um time, se os jogadores estão fora das suas posições ou se você tem um jogador
ruim, é muito provável que este jogo será perdido. Esse time pode até ser enxuto,
mas precisa ter habilidade para o “jogo”.

2. Promova treinamento para os agentes


pastorais
Não existe time que vai para o campo sem que receba treinamento, por isso, é
muito importante capacitar sua equipe da Pastoral do Dízimo. Organize um ciclo
de formações que possa favorecer o aprendizado prático e teórico sobre o
assunto.

3. Estimule a adesão dos membros da


pastoral a viverem fielmente a partilha do
dízimo
Sabemos que devolver o dízimo é uma experiência, sendo assim, é muito
importante que aqueles que compõem a equipe pensante sejam testemunhas da
vivência, só assim será possível oferecer ao público alvo o que de fato eles
precisam para aderir a proposta.

4. Evangelizem!
A Pastoral do Dízimo não é a pastoral preocupada com a arrecadação financeira,
ela deve ser a preocupada com a evangelização. A pergunta que deve sempre
estar sendo refletida nas reuniões é “nossa comunidade está evangelizando num
processo de discipulado?”. A matéria prima para “gerar um bom dizimista” é a
evangelização. Sem ela não haverá novo dizimista.

5. Planeje as ações da pastoral


Construa e execute um planejamento. Sabemos que existem muitas coisas para
fazer nas comunidades, por isso, é muito importante desenvolver um plano de
ação para a pastoral. Se sua comunidade não tem um, organize com sua equipe
para desenvolver um planejamento, ele fará toda diferença.

6. Promova integração pastoral


Comprometa todos os agentes pastorais na promoção do dízimo. Não pode haver
um efetivo trabalho da Pastoral do Dízimo, se não houver uma conscientização
que a partilha de bens é uma característica comunitária e que deve ser vivida por
todos.
Leia mais: Integração pastoral: porque na sua paróquia não funciona

7. Aproveite as estruturas disponíveis


Muitas comunidades querem desenvolver ações para alavancar a arrecadação do
dízimo: o primeiro ponto que geralmente trabalham é o cadastramento de novos
dizimistas. Neste item, é importante que sua comunidade faça um levantamento
dos dizimistas existentes e faça uma análise do que é preciso trabalhar com eles.
Lembre-se, aqui você deve avaliar em que fase da evangelização este dizimista
está. Saber este ponto é fundamental.

8. Invista em comunicação
Invista na comunicação da Pastoral do Dízimo, de preferência busque ajuda de
profissionais de marketing e comunicação, existe muita coisa boa que pode ser
usada em benefício da ação pastoral. Não tenha medo de investir recursos
humanos e financeiros, os resultados serão muito positivos.

https://www.dominuscomunicacao.com/pastoral-do-dizimo-do-jeito-
certo/
Integração pastoral: porque na
sua paróquia não funciona
Um dos grandes desafios na vivência pastoral de uma paróquia ou
diocese é a integração pastoral. Nestes quase 10 anos em que venho
auxiliando as comunidades paroquiais na implantação de seus planos
pastorais, a falta de agregação na realização das atividades
evangelizadoras costuma ser uma constante. 

As queixas de uma comunidade dividida – sem comprometimento


comum pela evangelização – são apresentadas por diferentes públicos: os
líderes, os agentes pastorais, o pároco, a secretária, o administrador
paroquial. Enfim, todos trazem à tona a falta de uma união que faz toda a
diferença no processo evangelizador. 

A Palavra de Deus apresenta a unidade como uma necessidade para o


anúncio da Boa-Nova. “Por isto é que todos conhecerão que sois meus
discípulos: se vos amardes uns aos outros”(Jo 13,35). Ainda na Palavra,
vemos Jesus pedir ao Pai: “Que todos sejam um só (…), em nós, para que
o mundo creia” (Jo 17,21).

O Papa Francisco, na Exortação apostólica Evangelii Gaudium, afirma:


“Estamos no mesmo barco e vamos para o mesmo porto! Peçamos a
graça de nos alegrarmos com os frutos alheios, que são de todos”. 

Mas como resolver o problema da


integração pastoral?
Antes de apresentarmos alguns pontos que podem colaborar para que tal
realidade alcance a vida da comunidade, vamos entender alguns
conceitos fundamentais que podem auxiliar nesta importante missão. 

A estrutura organizacional pastoral


É importante compreendermos que toda comunidade paroquial possui
uma estrutura organizacional. É nesta estrutura que se desenvolvem toda
as atividades evangelizadoras. Mas afinal, o que isso significa? 
O professor e doutor em administração, Djalma de Oliveira, autor de
diversos títulos sobre planejamento estratégico, define estrutura
organizacional como “o conjunto ordenado de responsabilidades,
autoridade, comunicações e decisões das unidades organizacionais de
uma empresa”. 

É fato que não podemos pensar em ter uma comunidade paroquial com a
mesma estrutura de 30 anos atrás. Por isso, para que a paróquia seja
integrada pastoralmente é preciso uma avaliação da sua atual forma de
organização. 
Um ótimo exercício para compreender a estrutura organizacional da sua
comunidade é desenhar funcionamento da sua organização. Busque, por
meio de um fluxograma, esboçar como se estabelece essa realidade. Veja
o exemplo abaixo:

Também é fundamental avaliar se hoje esta estrutura está adequada à


necessidade da comunidade. Reúna algumas pessoas da paróquia e
façam juntos uma avaliação da aplicação desta estrutura. Uma outra dica
interessante é buscar avaliar como outras comunidades paroquiais
desenvolvem sua estrutura organizacional. Veja na tabela abaixo uma
forma simples de realizar esta avaliação.

Público
Pastoral Existência? Necessidade?
Alvo

Jovens Catequese Sim Fundamental


Grupo de
Jovens Sim Fundamental
Jovens

Pastoral Parcial (uma pessoa


Famílias Fundamental
Familiar responsável)

Pastoral do
Turistas Não Fundamental
Turismo

Pastoral da
Crianças Não Não precisa
Criança

Infância
Crianças Não Fundamental
Missionária

Por que é necessário uma estrutura


organizacional bem definida? 
Ter uma estrutura organizacional bem definida na paróquia é uma
questão de empreendedorismo na evangelização. Sabemos que hoje o
mundo muda rapidamente e que também a comunidade cristã precisa
adequar-se a esta realidade. 

A comunidade paroquial que não mudar sua forma de “fazer” vai ficar
para trás. O Papa Francisco alertou sobre a necessidade de uma
criatividade missionária: “A paróquia não é uma estrutura caduca;
precisamente porque possui grande plasticidade, pode assumir formas
muito diferentes que requer a docilidade e a criatividade missionária do
pastor e da comunidade” (Evangelli Gaudium). 
O escritor Paulo Roberto Motta, autor do livro “Transformação
organizacional e teoria e a prática de inovar”, chama a atenção para o
objetivo de ter uma estrutura organizacional bem definida que serve para
nossas paróquias: “O objetivo de todas as diretrizes de estrutura
organizacional será sempre no sentido de estabelecer um projeto capaz
de modificar e adaptar a empresa às rápidas mudanças na sociedade
contemporânea.” 

Naturalmente, os líderes de uma comunidade enfrentam alguns desafios


para implantar um projeto organizacional:
A) Adequar as ações da evangelização (plano pastoral). O objetivo é que a
comunidade reaja às demandas do local onde ela está inserida;
B) Promover as adequações das ações junto aos agentes pastorais
possibilitando a reestruturação organizacional necessária; 
C) Adequar a comunidade ao novo modelo possibilitando que os agentes
pastorais compreendam a nova estrutura e estabeleçam uma relação de
integração pastoral entre si;

Como o Plano Pastoral pode fazer


funcionar a integração pastoral
Acredito que o sonho de toda comunidade é ver o seu plano pastoral em
execução e sendo avaliado periodicamente. Porém a realidade mais
comum é que em muitas comunidades ele vai parar na gaveta sem ser
executado. 

Mas, por que isso acontece? Há comunidades muito bem organizadas,


com uma forte ação evangelizadora e, mesmo assim, o plano pastoral
acaba se perdendo. Elencamos alguns pontos que podem atrapalhar a
implantação do plano pastoral:

1. Diagnóstico incompleto 
Uma importante etapa no desenvolvimento de um planejamento é o
diagnóstico. É nessa fase que as necessidades evangelizadoras serão
identificadas. Quando fazemos um diagnóstico baseado no “eu acho”, a
possibilidade de algo ficar de fora nessa avaliação é grande. O uso de
pesquisas adequadas é um ótimo instrumento para elaboração de um
diagnóstico mais realista. 

2. Falta de alinhamento estratégico 


É muito comum ver nos planos pastorais o objetivo geral e os específicos.
O que não é comum é identificar os objetivos de contribuição que cada
pastoral ou movimento irá trilhar para colaborar no alcance dos objetivos
paroquiais. A falta de orientação e a comunicação inadequada acaba por
tornar os objetivos do plano paroquial um “peso” para as pastorais e
movimentos.   
3. Projetos nada práticos 
Outro ponto muito relevante para que plano pastoral tenha integração é
a elaboração de projetos que sejam claros e bem definidos. Se o projeto
não contempla objetivos, indicadores, metas, iniciativas, responsáveis,
prazos e orçamento, é muito provável que ele não irá sair do papel. Há
também que se considerar na preparação dos projetos a integração entre
diversas frentes pastorais, por exemplo: se o projeto tem como objetivo a
evangelização dos jovens, é preciso envolver todas as pastorais e
movimentos que existam na paróquia na realização desse objetivo.

4. A comunicação e a formação dos agentes


pastorais
Uma etapa fundamental no processo de implementação de novos
projetos e estratégias evangelizadoras é o investimento no processo de
comunicação e na formação dos agentes pastorais. 

Ganhar a confiança dos participantes do projeto é fundamental para o


seu sucesso. Não adianta você apenas comunicar o que será feito. É
preciso ganhar a confiança e a credibilidade dos envolvidos, só assim será
possível tirar do papel o que foi planejado. 

Uma comunicação planejada e com uma linguagem positiva deve


convergir com uma formação alinhada com a proposta do planejamento. 

E, também, lembre-se de investir em recursos financeiros, humanos e


materiais na comunicação e formação. Tudo isso contribui para o
desenvolvimento da sua equipe pastoral.

5. Comemore os resultados 
Por último, mas não menos importante, quero apresentar um item
fundamental na integração pastoral. É muito comum planejarmos e
executarmos, porém avaliar é incomum. Rapidamente pense em qual
atividade do projeto pastoral sua comunidade avaliou de forma realista e
concreta? 

Para o Papa Francisco “a comunidade evangelizadora mantém-se atenta


aos frutos, porque o Senhor a quer fecunda” (Evangelii Gaudium). 
O processo de avaliação é tão importante quanto o desenvolvimento do
plano, é na avaliação que você irá identificar os erros e acertos, e também
conseguirá mapear os resultados alcançados. Eles, com certeza, são o
“combustível” para que o plano continue a ser executado.  
Outro ponto importante, dentro do processo de avaliação, é que os
envolvidos começam a “dar nome certo às coisas”.  Muitas vezes culpa-se
a ideia do projeto e raramente a sua execução. Com a avaliação isso
provavelmente não ocorrerá, pois se as atividades previstas não foram
realizadas como deveriam, logo os resultados podem ser comprometidos,
justamente porque não houve a execução correta. Há também que se
fazer uma avaliação realista. 

Para todo projeto é preciso definir uma meta a ser alcançada. Metas são
números, ou seja, é quantitativa. Portanto, quem está conduzindo a
elaboração do plano e dos projetos contidos nele, deve sempre traçar
metas. Por exemplo: Se a comunidade se comprometeu a executar um
projeto de retiro de experiência de oração para atrair novas pessoas para
o grupo de jovens, qual é a meta de pessoas a serem alcançadas com o
encontro? Qual a meta de engajamento no grupo após a realização do
retiro? 

Para concluir as avaliações, comunique a data em que irá acontecer,


apresente os resultados, mostre o quanto foi importante o projeto e
como ele trouxe frutos para a comunidade. E se ele não alcançou o
resultado esperado, analise o que precisa ser melhorado. 

Conclusão
Se o processo de integração pastoral não acontece, precisamos
compreender melhor o que queremos realizar. É necessário ter claro qual
é a missão, os objetivos e as metas. Temos que ter a coragem de buscar
na profissionalização da evangelização mecanismos que nos auxiliem na
realização das atividades evangelizadoras. 

Jean Ricardo
Empreendedor na evangelização, apaixonado por planejamento e
marketing digital. É CEO da Dominus Evangelização e Marketing,
comanda o time de evangelizadores. O seu coração está na
evangelização!
 

Referências biográficas 
OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas, Organização e
Métodos: uma abordagem gerencial. 14. Ed. – São Paulo: Atlas, 2004.

MOTTA, Paulo Roberto. Transformação organizacional e teoria e a prática


de inovar. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999. 

Papa Francisco. Evangelii Gaudium. Vaticano, 2013.

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