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11 de novembro de 2023
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Diocese de São José dos Pinhais
Preparação para a V ASSEMBLEIA DIOCESANA DE PASTORAL – 11 de novembro de 2023
2. PROCEDIMENTOS
Seguir os passos:
a) Acolhida
g) Lembrar as pessoas que foram escolhidas para a Equipe de Síntese que devem a
partir deste momento anotar os pontos-chave que forem surgindo.
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h) Motivação para o terceiro movimento do método da “conversação espiritual”. Os
participantes expressam os pontos-chave que surgiram e constroem um consenso sobre
os frutos do trabalho conjunto. Procurando responder as perguntas:
a) Em que o Espírito Santo está convidando nossa diocese a crescer em
sinodalidade, em comunhão com toda a Igreja?
b) Quais são as questões, interrogações, prioridades que devem ser levadas em
consideração na Assembleia Diocesana de Pastoral?
1- Ler a síntese diocesana (item 4), uma primeira vez em sua totalidade, sem fazer
anotações.
2- Escolher um dia e reservar um tempo de até 2 horas para realizar o momento de leitura
(segunda leitura), reflexão e oração.
4- Iniciar com o sinal da cruz e depois pedir as luzes do Espírito Santo com a oração:
Senhor, reuniste todo o teu Povo em Sínodo.
Damos-te graças pela alegria experimentada por aqueles que decidiram pôr-se a
caminho na escuta de Deus e de seus irmãos e irmãs, com uma atitude de
acolhimento, humildade, hospitalidade e fraternidade. Ajuda-nos a entrar nas
páginas que vamos ler como “terra sagrada”. Vem Espírito Santo: sê tu o guia do
nosso caminhar juntos!
7- Concluir este momento com uma prece para o bom andamento da V Assembleia
Diocesana de Pastoral.
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4. SÍNTESE DA ESCUTA SINODAL
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Algumas experiências positivas foram destacadas, tais como a sinergia percebida
entre Iniciação à Vida Cristã e Pastoral Familiar, a gratidão dos/as irmãos/ãs
encarcerados/as pelo apoio material ofertado por algumas Comunidades e a abertura
para a questão ecumênica (a escuta motivou a realização da Semana de Oração pela
Unidade dos Cristãos em um município).
4.3 – Escuta
A autêntica escuta exige valorizar o outro sem pré-julgamentos (ouvir na totalidade,
sem possuir uma resposta prévia). Esta mesma escuta não exige necessariamente
espaços formais, mas deve ocorrer na simplicidade e na informalidade do cotidiano (em
geral, isso não ocorre em nossas comunidades).
Ao desenvolver atividades evangelizadoras específicas não escutamos de maneira
qualificada os que pretensamente queremos “atender”: realizamos a partir de nossas
próprias percepções e conclusões. Isso gera um dos maiores problemas eclesiais da
atualidade: muitos se sentem apenas destinatários de ações e não escutados em suas
dores, sobretudo por parte do clero.
4.4 – Falar
Solicita-se uma presença mais efetiva dos presbíteros e/ou lideranças junto às
famílias para escuta, ao mesmo tempo em que se destaca a necessidade de falarmos
mais com o coração e menos com a razão. Isso revela um problema mais amplo e sério:
nossa comunicação interna e externa é falha. Muitas lideranças e membros de nossas
comunidades relataram uma importante sensação de descrédito: falar a uma autoridade
na Igreja causará alguma mudança ou tudo permanecerá igual? Há aqui, e em outros
casos, o receio de falar e ser julgado.
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Outra questão importante sobre o falar: queremos que as pessoas “mudem” ou
nosso discurso precisa de outra linguagem? Parece haver, nesse sentido, uma grande
ausência de clareza e objetividade na comunicação por parte das lideranças. Ademais, o
falar atualmente torna-se um dilema: o que é mais importante ou o que significa falar sem
ter conhecimento da doutrina e falar a partir da sua própria experiência?
É preciso, com clara intencionalidade, dar mais voz às mulheres na comunidade
eclesial e educar para uma cultura do diálogo.
4.5 – Celebração
Percebe-se com clareza uma gradativa diminuição na participação litúrgica em face
de nosso grande esforço de “captação” de participantes das celebrações litúrgicas.
Reconhece-se um desconhecimento generalizado sobre o mistério que celebramos
na liturgia. O foco, em muitos casos, encontra-se na preocupação com o ritualismo e não
com a celebração da fé: um grande desafio é superar a participação “robotizada” na
liturgia.
Identifica-se a necessidade de potencializar o caráter evangelizador da homilia
(qualificar a pregação na liturgia, rechaçando moralismos e divagações). Com isso, prevê-
se a urgência de incentivar e implantar a Leitura Orante no cotidiano da vida
cristã/comunitária.
Duas questões surgiram vinculadas ao tema em questão: como lidar com a
imagem estereotipada de respeito e tradição na celebração da Igreja? Como lidar com as
dores daqueles que não se encontram em condições de participar de todos os
sacramentos da Igreja? Tratam-se de questões centrais que nos interpelam a repensar o
modo de celebrar e o modo de dialogar sobre a participação ativa na liturgia eclesial. Por
hora, são questões negligenciadas.
4.8 – Ecumenismo
Há um desconhecimento generalizado acerca do diálogo ecumênico (da parte de
católicos e de protestantes): o tema é objeto de posicionamento esquizofrênicos e
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pautadas na ignorância pessoal e comunitária. No entanto, a escuta sinodal se mostrou
um momento fecundo de abertura ao assunto.
A mesma escuta apontou um ponto muito interessante: muitos de nossos irmãos
protestantes vivem a sinodalidade eclesial muito mais do que nós católicos (há uma
sensibilidade sinodal muito mais “aflorada” em muitas comunidades evangélicas). Assim,
um dos pontos de partida para o diálogo é o serviço aos irmãos e irmãs em situação de
vulnerabilidade (serviço do desenvolvimento humano integral).
A polarização percebida se dá porque nos concentramos mais nas divergências
doutrinais do que nos vínculos possíveis de comunhão: o conservadorismo eclesial limita
em muito o diálogo ecumênico (quando não o anula).
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