Você está na página 1de 40

FORMAÇÃO DISCIPULAR

PARA A CONVERSÃO PASTORAL DA PARÓQUIA

1
Conhecer Jesus é o melhor
presente que qualquer pessoa
poderia receber; tê-lo encontrado
foi o melhor que ocorreu em
nossa vida, e fazê-lo conhecido
com nossa palavra e obras é
nossa alegria. (DAp29).

2
APRESENTAÇÃO
De Pentecostes a Pentecostes, a Arquidiocese de Porto
Alegre propõe um programa de formação discipular para leigos,
consagrados e ministros ordenados. Trata-se de concretizar a
multiplicação de pequenas comunidades que se inspiram em
Atos 2,42 para viver a fé em Cristo: perseverar no ensinamento
dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas
orações. Avançamos, assim, no caminho da Iniciação à Vida
Cristã, processo que está se consolidando em nossas paróquias.
Agora é hora de formar comunidades discípulas-missionárias.

A conversão pastoral requer discípulos engajados na


causa do Reino, que testemunhem a importância da
comunidade, pois não é possível ser cristão na solidão e no
isolamento. A fé no Deus Uno e Trino é essencialmente
comunitária. Os desafios do tempo, especialmente o anonimato,
a solidão e o sofrimento alheios, quando confrontados com o
Evangelho, exigem criatividade na revitalização das paróquias.

A pequena comunidade é compreendida como um


ambiente no qual a pessoa se realiza afetivamente na fé e se
encontra com pessoas diversas, criando vínculos de amizade.
Guiados pela Palavra de Deus, pela fé da Igreja e pela oração, os
cristãos podem viver, nessa experiência, o testemunho da
caridade ativa que promove a vida e transforma a realidade.

Que a Mãe de Deus, presença vigorosa na comunidade


primitiva, inspire e interceda por todas as paróquias da
Arquidiocese Metropolitana para este importante momento de
nossa Igreja.
Dom Jaime Spengler
Arcebispo Metropolitano

3
PROGRAMA DE FORMAÇÃO DISCIPULAR
1 ONDE ESTAMOS?
A família, em geral, já não é mais a casa da Iniciação à Vida
Cristã, e a escola não privilegia o ensino religioso. Entretanto, no
tempo das primeiras comunidades cristãs, também não havia
famílias, escolas e sociedades que iniciassem as pessoas na fé em
Jesus Cristo. Mesmo assim, a comunidade cristã protagonizou um
vigoroso processo de evangelização.

Hoje constatamos um decréscimo na vida comunitária e


no “senso de pertença” à Igreja. Muitos procuram viver sua fé
s e g u i n d o o u t ro s c a m i n h o s o u m e s m o e l a b o r a n d o ,
pessoalmente, sua forma de crer. Muitas vezes, o fazem longe da
comunhão da Igreja. Recordemos que “os cristãos não nascem,
se fazem” (Tertuliano). Isso significa que cada geração precisa
ser iniciada na fé em Cristo.

2 PARA ONDE QUEREMOS IR?


A formação discipular, aqui proposta, segue a inspiração
catecumenal conforme os tempos e as etapas do Ritual da
Iniciação Cristã de Adultos (RICA) e está alinhada com as
indicações dos Documentos n. 100 (Comunidade de
comunidades: uma nova paróquia) e n. 107 (Iniciação à Vida
Cristã: itinerário para formar discípulos missionários) da CNBB e
igualmente com as Diretrizes da Ação Evangelizadora 2019-
2023.

É formação vivencial, não apenas intelectual, que nos leva a


amar e seguir Jesus Cristo em comunidade. Não apenas
conhecer Jesus ou saber sobre Deus; visa a formar pessoas que
sigam Jesus Cristo na vida, pertencentes a comunidades cristãs
que sejam grupos abertos (crianças, jovens, adultos).
4
3 O QUE É UMA PEQUENA COMUNIDADE?
É um pequeno grupo de pessoas que tenham fé em Jesus
Cristo, se conheçam, partilhem a vida e que cuidem uns dos
outros como discípulos missionários. São comunidades abertas,
acolhedoras, com um profundo espírito missionário, que
busquem tirar a pessoa do anonimato, reconheçam e valorizem o
potencial de cada um. São comunidades que devem atrair e
motivar. São pequenas comunidades de pessoas que se reúnem
semanalmente e têm uma grande capacidade de se multiplicar.

4 QUANDO?
A proposta é seguir o ciclo litúrgico – de Pentecostes a
Pentecostes – com os momentos fortes na Quaresma, na Páscoa
e no Tempo Pascal, reunindo pessoas que se encontrem num dia
fixo da semana com férias em janeiro e fevereiro e com alguns
dias de recesso no início do Tempo Pascal.

5 ONDE?
Nas casas das pessoas da pequena comunidade, ou num
outro local (escola, salão do prédio, etc.) ou em algum espaço da
paróquia.

6 COM QUEM?
Um caminho inicial poderia ser a formação de uma
pequena comunidade com o grupo de catequistas e o de
Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão Eucarística,
para dar o exemplo sobre a necessidade de uma formação inicial
e continuada.

Também todos os membros do Conselho de Pastoral e as


demais lideranças da paróquia precisam crescer no caminho de
discípulos. Muitos gastam tempo e dedicação em atividades que
nem sempre visam ao caminho da salvação que Cristo revelou.
5
Igualmente, seria uma atitude missionária convidar
pessoas que frequentam a Igreja sem maior envolvimento, como
alguns pais de crianças da catequese, o grupo que se reúne para
fazer a novena de Natal ou da Páscoa, ou o grupo de famílias que
recebe a capelinha de Nossa Senhora e, também, as famílias dos
coroinhas e acólitos da paróquia.

Seria de muito bom proveito que os movimentos que se


envolvem com jovens, crianças, casais ou famílias organizassem
toda sua formação com base na metodologia aqui proposta.

7 QUANTAS PESSOAS?
Cada comunidade deve ter um número limitado de
participantes, de modo que não ultrapasse a capacidade de
todos se conhecerem pelo nome e encontrarem espaço para
viver e conviver a partir de sua fé em Jesus Cristo. Por isso
propomos que o número ideal seja de 12 a 20 pessoas. Esse
grupo passará a ser uma comunidade. Seria interessante
escolher o nome de um santo da Bíblia para identificar essa
pequena comunidade. Evite repetir o nome na mesma paróquia.

8 COM QUE RECURSO?


Todos os membros da comunidade precisam ter
uma Bíblia: são discípulos da Palavra! Sugere-se que
o itinerário para os encontros siga o livro Casa da
Iniciação Cristã: Catequese com Adultos (Editora

Paulinas, 2018). O ideal é que cada membro da


comunidade tenha seu próprio texto para
aprofundar pessoalmente o que é tratado nos
encontros. O livro engloba os quatro tempos da
Iniciação Cristã e propõe celebrações para as
etapas do caminho.

6
Um calendário organizado pela Coordenação
Arquidiocesana de Pastoral poderá servir de inspiração para que
cada comunidade programe seu itinerário, adaptando-o às suas
possibilidades.

9 QUANTAS COMUNIDADES PODE HAVER NA PARÓQUIA?


Cada paróquia decide, de acordo com suas possibilidades,
com quantas comunidades pode/deve iniciar. Há exemplo de
paróquias que iniciaram com mais de 10 comunidades, outras
conseguiram reunir uma só comunidade. O importante é
começar formando uma comunidade e não ultrapassar o
número de 20 pessoas por grupo. Seria muito bom se cada
participante da paróquia estivesse em uma dessas comunidades.

10 QUEM ANIMA OU COORDENA A COMUNIDADE?


O ideal é formar comunidades que tenham alguém que
anime e motive os demais membros. Esse líder será denominado
de animador e deve contar com um auxiliar, para poder formar
comunidades futuras.

O animador precisa estar disposto a participar das etapas


formativas na Arquidiocese. Preferencialmente, que seja um
leigo ou, eventualmente, um diácono ou um consagrado. Os
padres são convidados vivamente a entrar numa pequena
comunidade para conviver no caminho discipular, mas devem
evitar ser os animadores, pois o padre é o responsável pela
paróquia e deverá considerar as diversas comunidades de
discípulos do Senhor. Pertencer a uma delas não significa esgotar
suas energias no pequeno grupo. Ele será o articulador da
comunhão entre as comunidades.

7
11 PASSOS PARA FORMAR A COMUNIDADE DE DISCÍPULOS

1. Reunir um grupo de 12 a 20 pessoas e escolher quem será


o animador.

2. Definir o dia e o local do encontro semanal.

3. Providenciar o livro para os participantes.

4. Seguir os passos propostos em cada encontro.

5. As diversas pequenas comunidades se reúnem na


celebração eucarística da paróquia (comunidade de
comunidades).

6. O animador da pequena comunidade precisa participar


das formações específicas que a Arquidiocese oferece antes de
iniciar uma nova etapa do caminho catecumenal.

7. Seguir o cronograma (adaptável) oferecido pela


coordenação arquidiocesana.

8. Pensar sempre em atrair novos membros para a


comunidade.

9. Formar nova comunidade quando a comunidade em que


está tiver crescido muito em número de pessoas.

Após dois meses de encontros

10. Propor encontros de congraçamento e confraternização.

11. Propor atividades caritativas com a pequena comunidade.

8
COMO PREPARAR OS ENCONTROS?
a) O ESPAÇO
· Deve ser um espaço adequado.
· Todos devem poder se sentar.
· Colocar em destaque a Palavra de Deus.

b) MATERIAL
· Bíblia para todos.
· Livro: Casa da Iniciação Cristã: catequese com adultos.
· Símbolo sugerido para cada encontro.
· Outro material eventualmente proposto no livro.

c) PREPARAÇÃO DO ANIMADOR
· O encontro parte da Leitura Orante da Palavra.
· O animador marcará, na Bíblia, o texto indicado para o
encontro.
· A passagem bíblica deverá ser lida mais de uma vez.
· Os símbolos sugeridos deverão ser providenciados.
· O animador deverá chegar ao local do encontro com
antecedência, para acolher todos.

d) DURAÇÃO DO ENCONTRO
· O encontro deve ser dinâmico, evitando-se monólogos
cansativos.
· Cuide o animador para que o encontro tenha uma duração
máxima em torno de 90 minutos (uma hora e meia).
· O bom-senso permitirá que haja mais tempo para
conversar, em algumas reuniões, tomar chimarrão, etc., mas
na correria do cotidiano, é preciso delimitar bem o tempo.
· Ser pontual para começar e terminar o momento da
comunidade, mas dar espaço para a gratuidade antes e
depois do encontro.
9
ESTRUTURA DO ENCONTRO
a) ACOLHIDA
Ÿ Um sorriso, um aperto de mão ou um abraço: tudo ajuda a
fazer com que a pessoa se sinta acolhida.
Ÿ Antes de começar o encontro, perguntar como foi a
semana, se aconteceu algo de especial com a pessoa ou
com sua família, se alguém tem algum comentário a fazer
sobre as notícias do momento.

b) ORAÇÃO INICIAL
Ÿ Fazer o Sinal-da-Cruz.
Ÿ Relacionar sempre a prece inicial proposta no encontro
com o tema da leitura bíblica e com o aprofundamento
doutrinal que será feito. Se todos têm o livro, podem ler
todos juntos, ou apenas o animador.
Ÿ Rezar a oração proposta (e não apenas ler) com calma,
meditando e com o coração de aprendiz.

c) ESCUTAR A PALAVRA
Ÿ O texto para ser lido deve estar sublinhado.
Ÿ Todos são convidados a se colocarem em pé.
Ÿ Uma pessoa da comunidade lê calmamente o texto, e todos
escutam.
Ÿ Todos sentam, retomam a Bíblia.
Ÿ Em seguida, o animador proclama mais uma vez o mesmo
texto, então todos acompanharão na Bíblia.
Ÿ Proclamar é mais que ler: é anunciar a Boa-Nova da Palavra.

d) O QUE A PALAVRA DIZ?


Ÿ O animador proporá uma interpretação do relato pelo
grupo, de preferência, sem usar a Bíblia.
Ÿ Cada um destaca palavras ou expressões que mais tocaram
o coração ao ler o texto.
Ÿ Depois, o animador pergunta: “O que será que este texto
diz?”
Ÿ Cada um partilha com o grupo o que entendeu.
10
e) O QUE A PALAVRA NOS DIZ?
Ÿ Ler a parte doutrinal do encontro.
Ÿ Convidar pessoas para lerem um parágrafo cada uma.
Ÿ Ao final, DIALOGAR.
Ÿ O foco não é tanto ler o texto, mas compreender o que
ele propõe e se posicionar diante dele.
Ÿ O mesmo vale a para a parte: O QUE A IGREJA ENSINA?
Ÿ Trata-se de um aprofundamento doutrinal da fé.

f) A PALAVRA NOS FAZ REZAR


Ÿ Seguir o que é sugerido como oração.
Ÿ Fazer momentos de oração espontânea em torno do que
foi visto no encontro.
Ÿ O importante é que a oração seja expressão do que a
Palavra e a fé da Igreja ensinam para o seguidor de Jesus:
corrigir desvios, agradecer dons, pedir forças, etc.

g) A PALAVRA FAZ VIVER


Ÿ Sugerem-se algumas indicações como compromissos
para praticar durante a semana o que será motivo de
reflexão no próximo encontro.
Ÿ Na próxima reunião da pequena comunidade, conversar
sobre aquele ponto, bem no início do encontro.
Ÿ Se alguém não fizer ou não quiser realizar esse
compromisso, procurar entender as razões.
Ÿ Para aprofundar em casa: É importante ter o livro, pois há
sempre algumas sugestões de leitura para serem feitas
em casa, para que o discípulo cresça no seguimento.

h) DESPEDIDA
Ÿ Avisos.
Ÿ Saudação amiga, cordial e afetiva.
Ÿ Pode-se compartilhar um chá, café ou chimarrão...,
dependendo do local e do momento.

11
CRONOGRAMA 2019 - 2020
(Modelo para organizar o cronograma de qualquer ano.)
DATA ATIVIDADE DESTINATÁRIOS
FORMAÇÃO PARA O PRÉ-CATECUMENATO
ANIMADORES DE PEQUENAS
27/5 PARA O VICARIATO DE PORTO ALEGRE NO COMUNIDADES PAROQUIAIS
CENTRO ADMINISTRATIVO
FORMAÇÃO PARA O PRÉ-CATECUMENATO
ANIMADORES DE PEQUENAS
28/5 PARA O VICARIATO DE GRAVATAÍ NA IGREJA COMUNIDADES PAROQUIAIS
NOSSA SRA. DOS ANJOS
FORMAÇÃO PARA O PRÉ-CATECUMENATO
ANIMADORES DE PEQUENAS
29/5 PARA O VICARIATO DE GUAÍBA NA IGREJA COMUNIDADES PAROQUIAIS
NOSSA SRA. DE FÁTIMA
FORMAÇÃO PARA O PRÉ-CATECUMENATO
ANIMADORES DE PEQUENAS
31/5 PARA O VICARIATO DE CANOAS NA IGREJA COMUNIDADES PAROQUIAIS
SÃO PAULO APÓSTOLO

9/6 PENTECOSTES

ANTES DO DIA FORMAÇÃO PARA O PRÉ-CATECUMENATO EM ANIMADORES DE PEQUENAS


20/6 CADA VICARIATO E/OU ÁREA COMUNIDADES PAROQUIAIS

Entre 24/5 e 30/6 1 FÉ NA VIDA – p. 19 PEQUENAS COMUNIDADES


Entre 1o e 7/7 2. CRER EM DEUS – p. 24 PEQUENAS COMUNIDADES
Entre 8 e 14/7 3. DESVIOS DO CAMINHO – p. 29 PEQUENAS COMUNIDADES
Entre 15 e 21/7 4. JESUS CRISTO É O CAMINHO – p. 34 PEQUENAS COMUNIDADES
Entre 22 e 28/7 5. A DECISÃO É SUA – p. 40 PEQUENAS COMUNIDADES

FORMAÇÃO SOBRE O CATECUMENATO PARA O


24/6 ANIMADORES DE PEQUENAS
VICARIATO DE PORTO ALEGRE NO CENTRO
COMUNIDADES PAROQUIAIS
ADMINISTRATIVO
FORMAÇÃO SOBRE O CATECUMENATO PARA O
25/6 ANIMADORES DE PEQUENAS
VICARIATO DE GRAVATAÍ NA IGREJA NOSSA COMUNIDADES PAROQUIAIS
SRA. DOS ANJOS
FORMAÇÃO SOBRE O CATECUMENATO PARA O
ANIMADORES DE PEQUENAS
26/6 VICARIATO DE GUAÍBA NA IGREJA NOSSA SRA. COMUNIDADES PAROQUIAIS
DE FÁTIMA
FORMAÇÃO SOBRE O CATECUMENATO PARA O ANIMADORES DE PEQUENAS
27/6
VICARIATO DE CANOAS NA IGREJA SÃO LUIZ COMUNIDADES PAROQUIAIS

Primeira quinzena FORMAÇÃO PARA O CATECUMENATO EM ANIMADORES DE PEQUENAS


de julho CADA VICARIATO E/OU ÁREA COMUNIDADES PAROQUIAIS

12
O Encontro 6 é somente para catequese de
adultos
Entre 29/7e 4/8 7. A PALAVRA DE DEUS – p. 62 PEQUENAS COMUNIDADES
Entre 5 e 11/8 8. DEUS PAI CRIADOR – p. 69 PEQUENAS COMUNIDADES
Entre 12 e 18/8 9. ABRAÃO PAI DA FÉ – p. 77 PEQUENAS COMUNIDADES
Entre 19 e25/8 10. MOISÉS – DEUS LIBERTA E SALVA – p. 83 PEQUENAS COMUNIDADES
Entre 26/8 e 1o/9 11. OS PROFETAS – p. 90 PEQUENAS COMUNIDADES
Entre 2 e 8/9 12. A VIRGEM MARIA – p. 96 PEQUENAS COMUNIDADES
Entre 9 e 15/9 13. DEUS SE FEZ CARNE – p. 105 PEQUENAS COMUNIDADES
Entre 16 e 22/9 14. A ALEGRIA DO REINO DE DEUS – p. 112 PEQUENAS COMUNIDADES
Entre 23 e 29/9 15. O PAI-NOSSO – p. 118 PEQUENAS COMUNIDADES

28 ou 29/9 RITO DE ENTREGA DO PAI NOSSO – p. 124 COMUNIDADE PAROQUIAL

Entre 30/9 e 6/10 16. O REINO DE DEUS – p. 126 PEQUENAS COMUNIDADES


Entre 7 e 13/10 17. PAIXÃO E MORTE NA CRUZ – p. 131 PEQUENAS COMUNIDADES
Entre 14 e 20/10 18. A RESSURREIÇÃO DE JESUS – p. 138 PEQUENAS COMUNIDADES
Entre 21 e 27/10 19. O ESPÍRITO SANTO – p. 145 PEQUENAS COMUNIDADES
Entre 28/10 e 3/11 20. IGREJA – COMUNIDADE DE JESUS – p. 152 PEQUENAS COMUNIDADES

9 ou 10/11 RITO DE ENTREGA DO CREIO – p. 157 COMUNIDADE PAROQUIAL

Entre 4 e 10/11 21. SACRAMENTOS – p. 159 PEQUENAS COMUNIDADES


Entre 11 e 17/11 22. BATISMO E CRISMA – p. 165 PEQUENAS COMUNIDADES
Entre 18 e 24/11 23. EUCARISTIA – p. 176 PEQUENAS COMUNIDADES
Entre 25 e 30/11 24. O PERDÃO DOS PECADOS – p. 182 PEQUENAS COMUNIDADES

Entre 1º e 7/12 PRIMEIRO ENCONTRO DA NOVENA DE NATAL PEQUENAS COMUNIDADES


Entre 8 e 14/12 SEGUNDO ENCONTRO DA NOVENA DE NATAL PEQUENAS COMUNIDADES
Entre 15 e 21/12 TERCEIRO ENCONTRO DA NOVENA DE NATAL PEQUENAS COMUNIDADES
Entre 15 e 21/12 QUARTO ENCONTRO DA NOVENA DE NATAL PEQUENAS COMUNIDADES

RECESSO JANEIRO E FEVEREIRO

FORMAÇÃO SOBRE PURIFICAÇÃO E


XX ILUMINAÇÃO PARA O VICARIATO DE PORTO ANIMADORES DE PEQUENAS
COMUNIDADES PAROQUIAIS
ALEGRE NO CENTRO ADMINISTRATIVO
FORMAÇÃO SOBRE PURIFICAÇÃO E
XX ILUMINAÇÃO PARA O VICARIATO DE
ANIMADORES DE PEQUENAS
COMUNIDADES PAROQUIAIS
GRAVATAÍ NA IGREJA NOSSA SRA. DOS ANJOS
FORMAÇÃO SOBRE PURIFICAÇÃO E
ANIMADORES DE PEQUENAS
XX ILUMINAÇÃO PARA O VICARIATO DE GUAÍBA COMUNIDADES PAROQUIAIS
NA IGREJA NOSSA SRA. DE FÁTIMA
FORMAÇÃO SOBRE PURIFICAÇÃO E ANIMADORES DE PEQUENAS
XX ILUMINAÇÃO PARA O VICARITO DE CANOAS COMUNIDADES PAROQUIAIS
NA IGREJA SÃO LUIZ

13
XX FORMAÇÃO PARA PURIFICAÇÃO E ANIMADORES DE PEQUENAS
ILUMINAÇÃO EM CADA VICARIATO E/OU ÁREA COMUNIDADES PAROQUIAIS

1º ENCONTRO DA NOVENA DE PÁSCOA PEQUENAS COMUNIDADES


2º ENCONTRO DA NOVENA DE PÁSCOA PEQUENAS COMUNIDADES
3º ENCONTRO DA NOVENA DE PÁSCOA PEQUENAS COMUNIDADES
4º ENCONTRO DA NOVENA DE PÁSCOA PEQUENAS COMUNIDADES

14 ou 15/ 3 25. ÁGUA PARA QUEM TEM SEDE – p. 195 PEQUENAS COMUNIDADES
14 ou 15/ 3 CELEBRAÇÃO DO 1º ESCRUTÍNIO – p. 203 COMUNIDADE PAROQUIAL
21 ou 22/ 3 26. LUZ PARA VER – p. 206 PEQUENAS COMUNIDADES
21 ou 22/ 3 CELEBRAÇÃO DO 2º ESCRUTÍNIO – p. 214 COMUNIDADE PAROQUIAL
28 ou 29/ 3 27. VIDA PARA CRER – p. 217 PEQUENAS COMUNIDADES
28 ou 29/ 3 CELEBRAÇÃO DO 3º ESCRUTÍNIO – p. 225 COMUNIDADE PAROQUIAL

De 9 a 12/4 TRÍDUO PASCAL COMUNIDADE PAROQUIAL


RECESSO DE 12/4 A 10/5

XX FORMAÇÃO SOBRE A MISTAGOGIA PARA O


VICARIATO DE PORTO ALEGRE NO CENTRO ANIMADORES DE PEQUENAS
COMUNIDADES PAROQUIAIS
ADMINISTRATIVO
XX FORMAÇÃO SOBRE A MISTAGOGIA PARA O
VICARIATO DE GRAVATAÍ NA IGREJA NOSSA ANIMADORES DE PEQUENAS
COMUNIDADES PAROQUIAIS
SRA. DOS ANJOS
XX FORMAÇÃO SOBRE A MISTAGOGIA PARA O
ANIMADORES DE PEQUENAS
VICARIATO DE GUAÍBA NA IGREJA NOSSA SRA.
COMUNIDADES PAROQUIAIS
DE FÁTIMA
XX FORMAÇÃO SOBRE A MISTAGOGIA PARA O ANIMADORES DE PEQUENAS
VICARIATO DE CANOAS NA IGREJA SÃO LUIZ COMUNIDADES PAROQUIAIS

XX FORMAÇÃO SOBRE A MISTAGOGIA EM CADA ANIMADORES DE PEQUENAS


VICARIATO E/OU ÁREA COMUNIDADES PAROQUIAIS

Entre 10 e 16/5 28. CHAMADOS PELO SENHOR – p. 243 PEQUENAS COMUNIDADES


Entre 17 e 23/5 29. A VIDA ETERNA – p. 249 PEQUENAS COMUNIDADES
Entre 24 e 29/5 30. SAL DA TERRA E LUZ DO MUNDO – p. 257 PEQUENAS COMUNIDADES

PENTECOSTES - ENVIO MISSIONÁRIO NA COMUNIDADE


30 ou 31/5
E ENREGA DA CRUZ (p. 264) PAROQUIAL

14
O ANIMADOR DA COMUNIDADE
Descrevemos, a seguir, alguns aspectos fundamentais que
o animador deve cuidar e desenvolver para ser um verdadeiro
líder de comunidade. São atitudes e compromissos próprios de
quem lidera uma pequena comunidade.

1. ACREDITAR NO VALOR DA FÉ CRISTÃ VIVIDA EM


PEQUENAS COMUNIDADES
Deve ter o firme propósito de animar uma pequena
comunidade saudável, de modo que cresça e se multiplique. É
preciso que tenha um objetivo, um propósito, um sonho.

Pequenas comunidades eficazes representam o potencial


de crescimento da Igreja local. Essas não só têm a capacidade de
se multiplicar para alcançar um grande número de pessoas, mas
também podem se transformar em hospitais que curam pessoas
machucadas (Papa Francisco) e em estufas, que aquecem para o
crescimento espiritual.

Lembro o caso de um animador que, alguns anos atrás,


começou um grupo pequeno. Nunca teve um sonho para
esse grupo. Acompanhou o grupo porque alguém lhe pediu
para fazê-lo e porque se sentiu obrigado. Era simplesmente
uma reunião semanal de alguns adultos para estudar a
Bíblia. O grupo nunca se consolidou nem cresceu. Antes de
completar o ano, esse grupo havia morrido
silenciosamente. No ano passado a mesma pessoa
começou um grupo com o propósito de vê-lo crescer e se
multiplicar em um ano. Trabalhou as atitudes próprias do
animador que se esforça para que o grupo seja fecundo. Em
nove meses, esse grupo cresceu e se multiplicou para
quatro grupos. A diferença estava no sonho e no propósito.
Foi o sonho que o motivou. (Testemunho da Diocese de
Castanhal – Pará).
15
Ter um sonho vai ajudar o animador a persistir apesar dos
obstáculos e contratempos. Um animador profundamente
motivado sabe que ter alvos em longo prazo o protege de ficar
frustrado por fracassos temporários. Todo animador e todo
grupo sofre contratempos, mas animadores bem-motivados não
desistem, permanecem firmes. Seus sonhos os ajudam a sempre
continuar a caminhada, sem nunca desistir.

Animadores de pequenas comunidades bem-motivadas


sonham em ver sua comunidade:
· crescer em qualidade;
· aumentar em número; e
· multiplicar-se gerando comunidades multipli-
cadoras.

O valor da pequena comunidade cristã:


As pessoas não participam em primeiro lugar porque os
seus amigos estão lá, mas porque Deus está presente. Muitas
coisas boas acontecem quando Deus está presente.
· As pessoas realmente se importam umas com as
outras.
· Os que são convidados sentem-se bem-acolhidos.
· O Senhor é fervorosamente procurado, ouvido,
amado e adorado.
· As pessoas têm fome da Palavra de Deus e o forte
desejo de aplicá-la à sua vida.
· Os membros sentem-se amados e aceitos.
· Os relacionamentos são aprofundados.
· Dá-se um crescimento espiritual, e vidas são
transformadas.

16
Barreiras para a saúde da pequena comunidade:
· Individualismo e personalismo.
· Vaidade, Orgulho, Pecado, Conflitos não resolvidos.

Multiplicação de pequenas comunidades:


O animador de uma pequena comunidade bem-motivada
e fecunda vai ajudar a desenvolver novos líderes e novas
comunidades. Células saudáveis crescem e se multiplicam. As
novas e pequenas comunidades necessitam de novos
animadores. Os grupos vão deixar de se multiplicar se não
tiverem auxiliares que se tornarão líderes de novos grupos.

2. CULTIVAR A ESPIRITUALIDADE NAQUELES QUE SEGUEM


JESUS CRISTO
A melhor coisa que alguém pode fazer por Deus e pelo ser
humano é rezar. Se o animador de uma pequena comunidade
pudesse fazer somente uma coisa para tornar sua comunidade
mais autêntica, mais missionária, mais fraterna, essa coisa teria
de ser a oração.

Reze diariamente pelos que você está evangelizando e


pelos membros de sua pequena comunidade. Quem tem uma
vida de oração mais intensa (pelo menos meia hora por dia) tem
um grupo mais fecundo e se multiplica mais rapidamente.
Separar tempo para rezar faz a diferença!

A ORAÇÃO POUPA TEMPO


O maior obstáculo para a oração é que estamos
sobrecarregados com muitas tarefas diárias. Parece que nunca
dispomos de tempo suficiente para orar. Uma das maiores
desculpas para não rezar o suficiente é que estamos ocupados
demais. Não entendemos que, na verdade, a oração poupa
tempo e esforço.
17
A oração permite a Deus realizar coisas que nós não
seríamos capazes de realizar sem a ajuda dele, em meses, ou
mesmo, em anos de trabalho. Assim, aprenda a se questionar
"Estou ocupado demais para rezar?" A oração tudo pode. Ela traz
Deus para a situação; nada é difícil demais para Deus (Jr 32,17).
Ele faz grandes coisas como resultado da oração. A oração é uma
atividade muito poderosa.

DICAS PARA PRATICAR A ORAÇÃO


Estipule horário e tempo específicos para a oração. Pessoas
de oração falam do seu compromisso com Deus. É importante ter
um tempo fixo de oração. Faça dele um compromisso com Deus,
o qual não pode ser quebrado.

Tenha um lugar habitual para rezar: Nossa capacidade de


concentração na oração será aumentada se tivermos um lugar
habitual e particular para orar. Jesus falou desse lugar privativo
em Mateus 6,5-7. Encontre um lugar onde, em particular e
apaixonadamente, você possa abrir seu coração diante de Deus.

Anote, em algum lugar, os pedidos de e as respostas às


orações: É importante ter uma lista, ou, ainda melhor, um
pequeno caderno de anotações no qual possamos registrar os
pedidos que fazemos em oração.

Peça para Deus direcioná-lo a um texto bíblico apropriado:


Às vezes, não temos certeza do que devemos rezar para uma
pessoa. Quando estamos em dúvida, as Escrituras são uma luz
que ilumina nossos passos. O apóstolo Paulo deixou alguns
grandes exemplos de oração que ele fez por aqueles que
estavam sob seu cuidado. (Ef 1,17-19; 3,16-19; Fp 1,9-11; Cl 1,9-
12; 1Ts 1,2-3).

18
Una jejum com oração para um resultado mais eficaz: É bom
jejuar antes do encontro com a pequena comunidade. O jejum
pode ser de um dia, de meio dia ou de algumas horas, mas ele
sempre aguça o espírito.

Reze por todos os elementos possíveis do encontro antes da


pequena comunidade se reunir: É melhor rezar antes que
surjam os problemas. Pense em todos os componentes possíveis
do encontro do pequeno grupo e os cubra com oração. Isso vai
dar a você paz e confiança no sentido de que Deus fará tudo o
que ele deseja fazer no encontro da sua comunidade.

Quadro de oração pessoal do animador


da pequena comunidade

Meu horário diário de oração é: ________________________________

Meu tempo de oração é de: _____ minutos por dia.

Tenho um caderno em que posso anotar as respostas e os


pedidos:
Sim: ( ) Não: ( )

Meu lugar para orar é:


______________________________________________________

Meu plano é:
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
19
3. ANIMAR E CUIDAR DA PEQUENA COMUNIDADE DE
DISCÍPULOS
Você precisa ganhar a confiança das pessoas de modo
que possam conectar-se com você. Isso facilitará a conexão
delas com Deus.

Os nossos relacionamentos são a ponte para chegar a


Deus. Normalmente, as pessoas se encontram com Deus depois
que encontram alguém que partilhe com elas a sua experiência
de Deus.

A experiência mostra que as pessoas se aproximam da


Igreja e fazem a experiência de um encontro pessoal com Cristo
por meio de visitas e conversas e do convite de um membro da
família ou de um amigo.

Quando você consegue levar uma pessoa para sua


comunidade, normalmente depois do primeiro encontro, é bom
contatar com ela pessoalmente ou com um breve telefonema
para compartilhar a alegria por ela ter participado do grupo.
Aproveite para perguntar-lhe se gostou e para convidá-la a
retornar ao grupo. Quando as pessoas novas retornam e são
conectadas ao grupo, a comunidade cresce.

O conhecimento é essencial para um bom animador.


Quanto mais você conhece as pessoas, mais fácil será liderá-las.
Você não consegue ajudá-las a crescer se não as conhece.

Alguém, em seu grupo pequeno, pode estar passando


por uma situação que tem dificuldade de revelar ao grupo todo,
mas estará disposto a compartilhá-la com você quando fizer
contato fora do grupo. É impressionante o que as pessoas vão
contar-lhe quando você contatar com elas pelo telefone,
pessoalmente ou por e-mail. Faça contato com as pessoas
regularmente para conhecê-las cada vez melhor. Um dos
20
maiores erros que os animadores cometem, ao escolher
auxiliares, é o fato de não os conhecer o suficiente. Veja as
sugestões dadas mais adiante de como aprender a conhecer o
coração das pessoas do seu grupo por meio da comunicação.

SUGESTÕES QUE TORNAM O CONTATO BEM-SUCEDIDO


Pergunte: “Como posso rezar por você?
Essa pergunta é uma das coisas mais valiosas que você
pode fazer. Essa simples pergunta abre as portas do coração. Isso
é especialmente verdade quando sabem que você está ouvindo
cuidadosamente e vai rezar de fato por elas. As pessoas vão
compartilhar com seus problemas mais profundos e suas maiores
preocupações.

Diga: "Vamos rezar agora mesmo." Então, reze pelas pessoas


naquele mesmo instante, em voz alta.
Costumamos dizer às pessoas que iremos rezar por elas,
mas quantas vezes, depois, nos esquecemos de fazê-lo. É melhor
rezar pelas pessoas logo depois que nos falam da sua
necessidade, mesmo se for por telefone ou na porta da igreja.
Devemos aprender a "bater no ferro enquanto ele está quente",
apresentando a necessidade imediatamente a Deus.

Ao fazer uma pausa para orar em voz alta pelo pedido de


alguém, podemos sentir a ação do Espírito de Deus. Quantas
vezes vimos pessoas comovidas enxugarem suas lágrimas no
final de uma oração. Uma simples oração pode nos levar, de
maneira maravilhosa, para perto de Deus, e uns para perto de
outros.

Pergunte: "Você gostaria de rezar?"


Se as pessoas estão relutantes, não as force a rezar. Se elas
lhe disserem que não gostariam de rezar, ou se o seu silêncio lhe
diz que elas não estão dispostas a rezar, diga: “Fique tranquilo.

21
Você não é obrigado a rezar. Deus conhece o seu coração. Talvez
na próxima vez..."

Mas muitas vezes elas agradecem a oportunidade de


expressar suas necessidades a Deus e sua gratidão ao saber que
você se importa com elas para rezar. Isso também dá a você uma
percepção maior acerca das necessidades e da vida de oração
delas.

Sugestões sobre o que falar num contato regular


O animador de uma pequena comunidade que entra em
sintonia com seus membros regularmente tem a oportunidade
de, gradualmente, conhecê-los melhor ao fazer-lhes perguntas.
A chave é mostrar interesse. Eles deveriam sentir que você está
genuinamente interessado em conhecê-los melhor. Esses não
deveriam se sentir como se estivessem sendo interrogados. Use
as seguintes sugestões, uma ou duas por vez, para que as pessoas
se sintam à vontade em se abrir com você:

* O que você está fazendo nesta semana?


* Como estão indo os seus filhos?
* Você gosta do seu trabalho?
* Foi cansativa sua semana?
* Como você conheceu Jesus?
* Do que você mais gosta em nossa Igreja?
* O que você mais aprecia em nossa pequena comunidade?
* Você já chegou a pensar na ideia de animar uma pequena
comunidade?

22
O momento mais importante para fazer um contato
É muito bom manter contato com as pessoas todas as
semanas. Mas existem épocas em que isso não é possível. Há,
porém, certos momentos em que um contato tem grande
impacto e precisa ser feito. O missionário ou o animador de uma
pequena comunidade, ardorosamente, missionária não deixa
escapar o momento de intervir.

- Logo depois que uma pessoa participa pela primeira vez da


sua pequena comunidade
Esse detalhe, muitas vezes, é a chave para que os que
chegam à comunidade pela primeira vez retornem para uma
segunda. Eles percebem que são bem-vindos, e essa
comunicação dá a você a oportunidade de responder às suas
perguntas e esclarecer qualquer confusão que possa haver.
Também dá a eles o impulso necessário para decidir retornar ao
grupo.

- Um contato semanal nas primeiras semanas


Procure se certificar de que alguém novo receba uma
ligação telefônica em cada semana do primeiro mês ou nas
primeiras seis semanas. Isso vai firmar o seu relacionamento com
ele. Esse contato semanal ajudará os visitantes a formarem o
hábito de frequentar o grupo semanalmente.

- Depois de uma ausência


Telefone para as pessoas de modo que saibam que a
ausência delas foi sentida. Se elas estiveram doentes ou tiveram
algum outro problema, você saberá como rezar por elas. Esse
contato as encorajará a não permitir que as ausências se tornem
um hábito.

23
- Depois que eles compartilharem no grupo que estão
passando por uma provação
Isso mostra que o que eles compartilham na comunidade
é levado a sério. Essa ligação mostra que o que é discutido no
grupo tem significado também fora do grupo, na vida diária. Isso
mostra que você se importa com eles como pessoas e não
apenas como números.

- Depois de um momento tenso no grupo


Ocasionalmente, as pessoas argumentam ou discordam
em um grupo, muitas vezes acerca de coisas insignificantes. Um
toque por parte do animador logo após um momento tenso
tende a evitar que algo assim se torne um grande problema lá na
frente. Crescer através de um conflito é a chave para
relacionamentos mais profundos. Muitos relacionamentos
permanecem superficiais porque se evitou o conflito ou ele não
foi resolvido. Não perca a oportunidade de aprofundar seu
relacionamento.

Dicas para que seus contatos sejam altamente eficazes:


· Considere o tempo que você gasta contatando com
pessoas como um tempo de serviço primordial.
· Reze pedindo ao Espírito Santo para ajudá-lo a falar as
palavras certas.
· Não perca os momentos-chave mencionados neste
capítulo.
· Reze para que Deus lhe mostre quem ele quer que você
procure para conversar naquela semana.
· Seja positivo acerca de Deus, da sua Igreja e da sua
pequena comunidade.
· Considere o tempo e a agenda das pessoas. Se elas estão
ocupadas, seja breve.

24
· Seja sensível quanto ao ânimo da pessoa contatada. Se ela
está disposta a conversar, tome tempo para ouvir. Se não, não
force situações.
· As coisas que são faladas confidencialmente precisam ser
mantidas em segredo.
· Seja constante. Procure certificar-se de que todos
recebam sua atenção regularmente.
· Se compartilharem uma necessidade com você, encerre o
contato rezando pela pessoa.
· Use seus auxiliares e membros do seu grupo para
repartir a carga dos contatos.
· Separe um tempo fixo cada semana para fazer seus
contatos. Separe uma ou duas horas, em sua agenda
semanal, para contatos e veja a diferença que isso faz.
· Nada substitui a comunicação pessoal e direta. Grupos
como os de WhatsApp, embora sua agilidade, não são a
melhor opção para este tipo de comunicação.

4. PROMOVER VIVÊNCIAS DE FÉ, FRATERNIDADE E


CARIDADE
Alguns dos maiores momentos de Jesus com seus
discípulos não ocorreram em lugares formais, mas em
ambientes sociais. Os espaços sociais ofereceram oportunidades
para Jesus expor e comunicar verdades profundas.

Pense em gastar o tempo juntos, buscando uma maior


intimidade no grupo. O alvo desses encontros é a comunhão em
um nível diferente. Compartilhem juntos. Na verdade, não
importa tanto o que vocês fazem desde que o façam todos
juntos. Realizar um passeio, uma caminhada, jogar vôlei, jogar
bola, fazer um teatro, uma dramatização, cantar e tocar juntos,
assistir a um jogo de bola ou assistir a um filme juntos.

25
Não faça sempre a mesma coisa. Varie as iniciativas.
Diversifique os encontros sociais. Use algumas atividades sociais
para participar de projetos de serviço, outras para unir o grupo, e
outras para simples diversão. Planeje eventos específicos para
os homens e outros específicos para as mulheres. Inclua os filhos
em algumas atividades, mas não em outras.

Providencie uma comida especial, e o encontro se tornará


uma festa. As pessoas terão alegria em participar e vão
convencer seus amigos a integrar o grupo. Quando você planejar
encontros sociais e atividades de comunhão, use a influência
positiva da comida para aprofundar a comunhão.

Relaxem, divirtam-se e desfrutem da presença dos outros


Às vezes os relacionamentos são desenvolvidos mais
facilmente em ambientes menos estruturados. Não se preocupe
em fazer com que cada detalhe da atividade seja perfeito.
Concentre-se em estar com os outros e desfrutar da sua
presença. Lembre às pessoas que o objetivo é se alegrar e estar
juntos. Observe como as defesas das pessoas começam a
desmoronar e como elas se abrem enquanto se divertem.

Vocês podem, entre outras iniciativas, tomar as seguintes:


1. Organizar uma festa na primeira parte dos encontros do seu
grupo. Peça para cada participante do grupo trazer comida
e use o tempo para conversar, rir e, talvez, fazer
brincadeiras.
2. Planejar um piquenique com o grupo.
3. Ir a um jogo de futebol.
4. Organizar um café da manhã depois da missa.
5. Visitar e participar de uma celebração em um lar de idosos.
6. Participar de uma palestra de formação.

26
7. Servir uma sopa para os pobres, sem teto e moradores de
rua e, o quanto for possível, integrar-se a um projeto de
promoção humana e resgate de sua dignidade.
8. Jogar bola.
9. Participar de uma viagem
10. Sair juntos para comer.
11. Preparar cestas básicas para famílias em necessidade.
12. Assistir a um vídeo ou a um filme juntos.
13. Organizar uma festa temática e se vestir de acordo.
14. Visitar a catedral da cidade, um santuário ou um museu.
15. Organizar uma festa de aniversário.
16. Visitar um membro do grupo no hospital.
17. Realizar um jantar para uma obra de caridade.
18. Realizar uma vigília de oração.
19. Participar de uma equipe de serviço na festa do Padroeiro.
20. Fazer uma visita a uma casa de recuperação.

5. IR AO ENCONTRO DE PESSOAS NOVAS PARA CONVIDÁ-


LAS A PARTICIPAR DA COMUNIDADE
Novas pessoas comparecem na sua comunidade, se antes
houver um trabalho missionário de visita, de diálogo, de partilha
da fé e um bonito e motivado convite para participar. As pessoas
simplesmente não aparecem de maneira mágica; alguém precisa
tomar a iniciativa de despertar nelas o desejo de Deus,
acompanhá-las e, na hora certa, convidá-las.

A experiência mostra que normalmente precisamos


convidar, pessoalmente, 25 pessoas para que 15 confirmem sua
participação no grupo. Dessas 15, somente de 8 a 10, na verdade,
vão aparecer no grupo, e, dessas, somente de 5 a 7 vão se tornar
participantes regulares do grupo.

27
Se você convidar várias pessoas, algumas vão comparecer.
Alguns perguntam: "Onde posso encontrar pessoas para
convidar?" Existem, pelo menos, cinco tipos de pessoa que
podem aceitar seu convite.
Tipos de pessoa para convidar:
a) parentes;
b) amigos;
c) colegas de trabalho ou colegas de aula;
d) vizinhos;
e) contatos na igreja. (Isso inclui aqueles membros da
igreja que atualmente não estão ligados a nenhuma
comunidade e pessoas novas que chegam às
celebrações dominicais).
As pessoas têm momentos em que estão mais abertas para o
Evangelho:
A maioria das pessoas adultas vai em busca de Cristo, ou
volta para Cristo numa das seguintes situações:
· morte de um ente querido;
· mudança para outro bairro, cidade, trabalho ou escola;
· divórcio;
· casamento;
· problema familiar;
· doença grave;
· nascimento de um filho;
· pais e padrinhos de Batismo na paróquia;
· pais de crianças da catequese;

O animador sábio é sensível às situações acima. Ele as usa


de maneira amorosa para desenvolver seu serviço em relação à
pessoa que ele quer que se aproxime.
As pessoas reagem, positivamente, quando percebem
progresso; e negativamente quando não há progresso. Grupos
que continuamente acrescentam pessoas novas mostram mais
disposição e mais ânimo. Os membros se sentem orgulhosos de
fazer parte de um grupo que atrai novas pessoas.

28
Comentários que vão estimular o ânimo das pessoas que
você quer convidar:
* Temos uma comunidade maravilhosa.
* Deus nos acompanha.
* As pessoas da nossa pequena comunidade realmente se
amam.
* A maior parte das pessoas do nosso grupo é [solteira, tem
filhos pequenos, é recém-casada] como você.
* Poderíamos contar com [um pensador aguçado, alguém
com senso de humor, uma pessoa com grande coração]
como você.
* Adoraríamos ter você conosco.
Declarações que plantam a semente:
* Você vai gostar do grupo.
* Você se encaixará perfeitamente nesse grupo.
* Vamos ficar muito felizes ao ver você chegar para
enriquecer nosso encontro.

Perguntas que lançam a isca:


* Você participa de um grupo no qual se estuda a Bíblia
semanalmente?
* Nosso grupo se reúne em tal e tal lugar e em tal e tal horário.
Por que você não participa junto com todos nós?
* Deixe-me convidá-lo pessoalmente. Seria um privilegio ter
você conosco. Será que poderíamos contar com sua
presença?

Declarações que mostram o poder do grupo:


* Estivemos rezando [pela sua avó, seu trabalho, sua cirurgia,
seu filho], etc.
* Quando as pessoas visitam a comunidade pela primeira
vez, quase sempre gostam e voltam.
* Quando as pessoas se sentem atraídas pelo nosso grupo,
pela nossa comunidade, elas parecem que jamais o
deixarão.

29
Respostas quanto às possíveis preocupações delas:
* Você não precisa ter muito conhecimento bíblico para
participar do grupo.
* Você não precisa ler em voz alta, a não ser que você se
disponha.
* Você não precisa rezar em voz alta, a não ser que você
queira.
* Você não precisa cantar, a não ser que você sinta
vontade.
* Todas as crianças têm seu cantinho para brincar, ou se
reúnem em outro local e têm sua própria história e se reúnem
conosco. Meus filhos vão estar lá. Eles realmente gostam de
participar do nosso grupo.
* Se você chegar e realmente não gostar do encontro, não
vamos insistir para que você volte todas as semanas.
* Compreenderemos se você se atrasar um pouco.
Normalmente tomamos um suco ou um cafezinho no final do
encontro.

30
O PROCESSO DE INICIAÇÃO
Todo o processo de Iniciação à Vida Cristã da Arquidiocese
de Porto Alegre foi inspirado na proposta do Ritual da Iniciação
Cristã de Adultos (RICA). Desde o Concílio Vaticano II (1962 –
1965), ele é considerado o parâmetro para iniciar alguém na
comunidade cristã.

Na prática, o processo de iniciação cristã que


apresentamos segue a inspiração catecumenal do RICA. Ele não
está focado, primeiramente, em instruir quem deseja ser cristão,
mas em sua iniciação. Não se dispensa a instrução, mas ela se
integra a exercícios espirituais, participações na comunidade,
decisões, conversão, mudança de vida, entre outros elementos.

Segundo o RICA, o processo de Iniciação à Vida Cristã é


constituído de tempos e etapas. Compreende os diversos passos
que o iniciando tem que dar para atravessar as diferentes portas
e subir os degraus desse caminho que chamamos de iniciação.
Cada degrau conduz a um tempo, mais ou menos prolongado,
de discernimento e amadurecimento, que prepara para o degrau
seguinte.

Nesse caminho, os sacramentos são pontos-finais de


referência, visando a um caminho progressivo de fé. A estrutura
geral apresenta quatro tempos sucessivos, articulados em três
etapas.

OS TEMPOS
Um tempo é um período pastoral mais ou menos longo,
no qual os candidatos procuram os caminhos da fé e crescem ao
corresponderem a algumas iniciativas propostas. Os quatro
tempos são espaços entre os objetivos do caminho da fé e dos
sacramentos:

31
1. pré-catecumenato;
2. catecumenato;
3. purificação/iluminação; e
4. mistagogia.

AS ETAPAS
As etapas são passos de um tempo a outro. São como
portas que atravessamos ou degraus de uma escada pelos quais
se sobe. As etapas realizam-se com celebrações especiais que
lhes dão densidade de vivência. Elas constituem certos períodos
de mudança mais qualitativos, que requerem o apoio da Igreja.
As etapas também podem ser denominadas de passagens, sendo
assinaladas por celebrações, porque marcam o passar de um
tempo a outro, de maneira que se manifeste mais claramente o
caminho que o candidato vai percorrendo, como ele vai entrando
de forma mais decidida na Igreja.
As etapas são três:
a) celebração de entrada;
b) celebração de eleição; e
c) celebração dos Sacramentos: Batismo, Crisma e Eucaristia.

MISTAGOGIA
Tempo de vivência
do Mistério Cristão
PURIFICAÇÃO
E ILUMINAÇÃO
Tempo de Quaresma
Celebração
CATECUMENATO Ritos dos Sacramentos
Tempo de Catequese da Iniciação Cristã
e vida cristã
Celebração
PRÉ-CATECUMENATO
Tempo de evangelização
Ritos da Eleição

e conversão
Celebração
da Entrada

32
ANUNCIAR JESUS
O QUERIGMA OU PRÉ-CATECUMENATO
OS CINCO PRIMEIROS ENCONTROS DA COMUNIDADE PARA VER
SE A PESSOA QUER CONTINUAR O CAMINHO DISCIPULAR

O QUE É QUERIGMA?

Por primeiro anúncio entendem-se os enunciados da fé


cristã que, sob formas variáveis e em determinados contextos,
tornam possível os primeiros passos na fé das pessoas que se
afastaram dela.

Explicitamos alguns elementos dessa definição:


a) Um anúncio é primeiro quando aquele que o recebe percebe
o convite para dar os primeiros passos na fé.
b) Com os enunciados da fé se quer destacar que não há uma
única maneira de “primeiro anúncio”, pois ele pode tomar formas
diversas e variáveis. De diferentes modos as pessoas se encantam
por Jesus Cristo.
c) O primeiro anúncio torna possíveis os primeiros passos na fé.
Não se trata de uma relação de força ou conquista, mas de
proposta e liberdade. A testemunha não tem o poder de
transmitir a fé e de converter. Está lançada ao imprevisto, ao
inesperado, aos riscos próprios da liberdade.
d) Os destinatários do primeiro anúncio são aquelas pessoas que
estão longe da fé ou que se afastaram dela. A expressão
afastadas da fé não implica um julgamento de valor.

33
COMO SE REALIZA O QUERIGMA?

As formas do primeiro anúncio são múltiplas.

1. Forma narrativa e testemunhal – é quando quem anuncia


narra sua própria história e desperta o desejo de crer. Por
exemplo: o testemunho ou o exemplo do catequista que
atrai o catequizando a procurar o mesmo caminho.

2. Forma querigmática – é quando quem anuncia proclama a


fé cristã de maneira, ao mesmo tempo, breve, inteligente e
calorosa. (Por exemplo: Filipe ao eunuco de Candice).

3. Forma expositiva – um catecismo para adultos ou uma


obra teológica pode proporcionar o primeiro contato com
a fé e suscitar o desejo de crer. (Por exemplo: Edith Stein
era uma alemã de origem judaica e grande filósofa que
procurava a verdade. Certa vez, leu, de um só fôlego, todo
o livro sobre a vida de Santa Teresa. Ao concluir a leitura,
decidiu ser cristã. Pediu o Batismo e se tornou monja
carmelita. Martirizada pelos nazistas, foi proclamada
santa).

4. Forma dialógica – desenvolve-se por meio de um debate,


de um intercâmbio de argumentos entre pessoas que,
juntas, interrogam sobre o sentido da vida e se esforçam
para dar razão às suas convicções.

5. Forma litúrgica – a liturgia cristã, frequentemente, é


assistida por pessoas afastadas da fé e pode exercer para
elas o papel de primeiro anúncio.

34
A QUEM SE DIRIGE O QUERIGMA?

Os destinatários prioritários do primeiro anúncio são


aqueles que se afastaram da fé. Contudo, o destinatário é
também um interlocutor que se escuta, que se vai aprendendo a
conhecer, que tem direito à palavra e com quem se estabelece
uma relação de amizade. Nesse contexto, a testemunha deve
também deixar-se ensinar por aqueles que ela dirige e aprende
deles.

A testemunha precisa, também, discernir as imagens


falsas e reduzidas de Deus que bloqueiam ou impedem a fé do
ouvinte. Por exemplo: muitas pessoas pensam que Deus é
indiferente à dor humana, porque não impede o sofrimento do
inocente.

Nesse sentido, o primeiro anúncio virá, frequentemente,


acompanhado de um trabalho sobre as imagens de Deus para
fazer possível, compreensível e desejável a fé no Deus do
Evangelho, além de distinguir as representações que podem
obscurecê-la.

Especialmente com adultos, isso se torna mais evidente.


Com as crianças e os jovens, é preciso perceber que ideia fazem
de Deus, e como isso está (ou não) de acordo com o Deus
revelado por Jesus Cristo no Evangelho.

QUEM REALIZA O QUERIGMA?

Pessoas que fizeram a experiência do encontro com o


Senhor sentem-se discípulas e, por isso, entendem que quem crê
anuncia. Não são pessoas prontas ou perfeitas no discipulado,
mas membros da comunidade que desejam que outros
participem da alegria de seguir Jesus, que é “o Caminho, a
Verdade e a Vida”.

35
ONDE SE REALIZA O QUERIGMA?

O querigma se realiza, sobretudo, em lugares onde se


desenvolve a vida, em lugares de lazer, de trabalho, de cultura, de
formação, também através dos meios de comunicação, nos
momentos de dor e angústia, nas situações em que as pessoas
procuram um sentido maior para viver.

Igualmente, os espaços internos da comunidade cristã –


celebrações da comunidade, atividades pastorais, caritativas,
formativas, culturais – são chamados a ser lugares de primeiro
anúncio. Conforme o Evangelho, eles devem ser acolhedores e
permeáveis ao seu entorno social.

QUAIS SÃO OS PONTOS FUNDAMENTAIS DO QUERIGMA? O


QUE ANUNCIAR?

O querigma é um anúncio direto, profético, testemunhal,


que parte da experiência do Ressuscitado. Deve surgir de uma
experiência a tal ponto vital e positiva que contagie: “Não
podemos calar o que vimos e ouvimos, o que as nossas mãos
tocaram da Palavra de Vida.” (1 Jo 1,1).

É uma evangelização que toca, atinge e mobiliza a pessoa


inteira, em um processo de busca por aquilo que dá sentido à sua
vida. Sem esse querigma evangelizador, pelo qual se inicia a crer,
não se pode construir um “edifício” cristão.

Os elementos, ou passos, do querigma podem ser


descritos assim como está explicado, embora não se reduzam
somente a estes:

1) O amor de Deus: Deus te ama: tu és dele, ele quer o teu


bem. Ninguém te ama como ele.
2) O pecado: Na liberdade, todo ser humano tem a
tentação de se afastar desse amor fundante. O pecado

36
é a experiência de se afastar da fonte da vida. Tu não
podes te salvar por ti mesmo: vês a experiência de
finitude, a necessidade de ser salvo das indigências
grandes e pequenas? Como superar o vazio do coração
humano diante de tantas experiências que
presenciamos ao longo da vida?
3) Jesus é a única resposta: Ele te salvou e perdoou. Nele
fomos reconciliados. Ele é nosso caminho, verdade e
vida, nosso último sentido. Sua pessoa e sua vida são
guias e sentidos. Em sua páscoa, encontramos o centro
da nossa vida.
4) Fé e conversão: Aceitar o dom da salvação e se unir a
Cristo como aquele que se oferece a si mesmo, como o
melhor exemplo de vida, como pessoa realizada, como
verdadeira salvação. Muda tua vida! Acolhe Jesus!
5) O dom do Espírito Santo: A promessa é para ti: Jesus
se faz e continua presente pelo seu Espírito. Ele é o Deus
conosco. O Espírito é presença e força de Deus em ti.
Acolhe esse dom que renova tua vida!
6) A comunidade: Cristo não existe só para ti, mas para
nós todos. O encontro com Cristo traz consigo o
encontro com o irmão, ele te faz pertencer à família de
Cristo: a Igreja. Não tem como crer em Cristo se tu te
manténs isolado e fechado em ti mesmo.

Dicas importantes para propor o querigma:


1 – Você precisa estar intimamente convencido de que o
Evangelho dá sentido a toda a sua vida. Deve se sentir
como um enviado por Deus.

37
2 – Considere que a primeira evangelização dirige-se a
pessoas que nos escutam livremente. Tudo o que faz
pressão ou manipulação leva ao afastamento.
3 – Realize um acolhimento autêntico. Não interessa tanto
vender o Evangelho. É muito mais importante estar
disponível àqueles que procuram um sentido, uma
esperança, uma espiritualidade. Não é marketing que
seduz, mas é propaganda que atrai.
4 – Considere as diversas realidades. Há diferenças de ida-
de, de cultura e de experiência religiosa que devem ser
respeitadas e que pedem respostas diferentes e modos
de ação inovadores e criativos.
5 – Perceba o momento oportuno. Não há muito sentido em
propor o Evangelho a pessoas que dele não querem
saber. A essas pessoas, nessa fase, é preferível lançar
interrogações capazes de pôr em causa suas certezas.

A ORGANIZAÇÃO DA COMUNIDADE SUPÕE:


1 Um animador.
2 Um auxiliar para o animador que poderá ser um futuro
animador de nova comunidade.
3 O animador não deve fazer tudo, mas seja aquele que
estimula a participação de todos: na leitura, na oração, nos
cantos, nos símbolos e na confraternização.
4 Cabe ao animador cuidar das pessoas e dos relacionamentos
entre os membros da comunidade: deve promover a
comunicação que leve à comunhão.
5 O animador deve valorizar os diferentes carismas e talentos.

38
ENCONTRO DE FORMAÇÃO
PARA ANIMADORES
(2h de duração)

1. ACOLHIDA (chá, café, etc.) – 10min.

2. ORAÇÃO (Atos 2,42-47) – 10min.

a) Ler o texto bíblico;

b) Reler;

c) Destacar palavras do texto;

d) Formular preces; e

e) Rezar o Pai-Nosso.

3. APRESENTAR O PROGRAMA FORMAÇÃO DE DISCÍPULOS –


20min (pp. 4 a 8)

4. EXPOSIÇÃO: ANIMADOR DE COMUNIDADE – 50min (pp. 16 a


30)

5. INTERAÇÃO – 20min

6. CRONOGRAMA – 15min (pp. 12 a 14)

7. PASSO A PASSO DO ENCONTRO – 15min (pp. 10 a 11)

8. INTERAÇÃO – 10min

39
Eles eram perseverantes em ouvir o ensinamento
dos apóstolos, na comunhão fraterna,
na fração do pão e nas orações.
At 2,42

40

Você também pode gostar