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CONCÍLIO VATICANO,.

 Ad gentes: decreto do Concílio Vaticano II sobre a atividade


missionária da igreja. 5. ed. São Paulo: Paulinas, 2006.

Síntese do Decreto Ad gentes - Sobre a atividade missionária da Igreja

A Igreja, sacramento de salvação universal, foi enviada ao mundo inteiro, a


fim de cumprir a ordem de seu fundador, de propagar a Palavra de Deus a todos os
povos. Diante das transformações que ocorrem na humanidade, a Igreja é
convidada urgentemente a ser Sal da terra e luz do mundo, com o intuito de salvar e
renovar toda a criação. Desta forma, este decreto que apontar para os princípios da
atividade missionária, para que seja difundido por toda a parte o reino do Cristo,
Senhor. Para isto, o decreto é dividido em 6 capítulos: princípios doutrinais, a obra
missionária em si mesma, as Igrejas particulares, os missionários, a organização da
atividade missionária e a cooperação.
No primeiro capítulo, que fala sobre os princípios doutrinais, observa-se que a
Igreja é missionária em sua própria natureza, pois resulta do designo do Pai, na
missa do Filho e do Espírito Santo. O Pai quis derramar sobre todos a sua bondade,
criando livremente todo a humanidade, chamando-a para partilhar de sua própria
vida e gloria e sendo tudo em todas as coisas, a fim de que todos fossem
congregados na unidade.
Para que o designo do Pai fosse realizado, quis Ele adentrar na história dos
homens, enviando seu Filho unigênito, Jesus Cristo, verdadeiro mediador entre
Deus e os homens. Cristo assume a nossa carne, para que através dela, os homens
fossem arrancados do poder das trevas e de satanás. Quis o Pai, por meio de seu
Filho, reconciliar o mundo consigo. Através de sua Encarnação, o Filho de Deus,
assume toda a nossa humanidade, exceto o pecado e torna todos os homens
participantes de sua divindade. Dessa forma, aquilo que foi pregado pelo Senhor e
que n’Ele se operou para a salvação de todos, deve ser perpetuado até os confins
da terra. E para tal, Cristo envia no dia de Pentecostes o Espírito Santo, que unifica
na comunhão e no ministério, enriquecendo toda À Igreja com diversos dons
hierárquicos e carismáticos, intitulando no coração dos fiéis, aquele mesmo espirito
de missão que animava o próprio Cristo.
Jesus, escolheu doze Apóstolos, e da mesma forma que foi enviado pelo Pai,
enviou os doze, a fim de que o Evangelho fosse propagado à toda criatura, fazendo
discípulos do Senhor e batizando-os. Desta forma, a Igreja herda esta missão e
movida pela graça e pela caridade do Espírito Santo, se torna atual e presente na
vida de todos os homens ou povos, para os conduzir a fé, a paz e a liberdade de
Cristo, através de seu exemplo de vida, pregação e principalmente pelos
sacramentos e pelos restantes meios da graça. Tarefa esta que deve ser levada à
risca pela ordem dos Bispos presidida pelo sucessor de Pedro e com a oração e
cooperação de toda a Igreja.
A igreja por sua vez exerce a missão através de tentativas e por passos na
sua ação e no esforço de levar a efeito os desígnios de Deus. Para tal, existe os
condicionalismos, que não dependem somente da Igreja, mas dos povos, dos
agrupamentos e até dos indivíduos a quem a missão é dirigida. Contudo, A cada
condicionalismo e a cada situação devem corresponder ações apropriadas ou meios
aptos.
O fim próprio da missão é a evangelização e a implantação da Igreja nos
povos e grupos em que ainda não está radicada, a partir da semente da Palavra de
Deus, tendo por meio principal a pregação do Evangelho de Jesus Cristo. Diante da
ação missionária, eu vem da vontade de Deus que deseja que todos os homens
sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade, as igrejas particulares
são incumbidas de continuarem o processo de evangelização, pregando o
Evangelho a todos aqueles que talvez tenham ficado de fora, pois e necessário que
todos se convertam a Cristo conhecido pela pregação da Igreja e que sejam
incorporados pelo batismo, a Ele e À Igreja, que é seu corpo. Assim, pela atividade
missionária, Deus é plenamente glorificado, enquanto os homens recebem por ela, a
obra de salvação que Deus Pai em Cristo levou a cabo. A ação missionária nada
mais então que a manifestação ou epifania dos desígnios de Deus e sua realização
no mundo e na história, no qual Deus, através da missão, vai tecendo a história da
salvação.
No capítulo segundo do decreto, observa-se, diante de uma humanidade que
cresce cada vez mais, a Igreja deve se fazer presente, por meio de seus filhos, em
todos os agrupamentos, a fim de oferecer a todos o mistério da salvação. Para isto,
é de fundamental importância o testemunho de vida, de tal modo que os outros
homens também desejem adentrar no seguimento Cristão.
Para que isso se realize plenamente e concretamente, se faz necessário que
os cristãos se insiram nos agrupamentos pela sua presença que deve ser animada
pelo amor com que Deus nos ama e quer que nos amemos uns aos outros. Devem
participar da vida cultural e social, se familiarizar com as tradições nacionais e
religiosas, fazer brotar nas pessoas dos agrupamentos as Sementes do Verbo neles
adormecidas; atendendo ao mesmo tempo as transformações que acontecem nos
povos, e trabalhar para que os homens do agora, não deem tanta importância à
ciência e à tecnologia do mundo moderno, que se afastam das coisas divinas, mas
antes, fazer com que os homens despertem para um desejo mais profundo da
verdade e da caridade reveladas por Deus, pois o amor cristão se estende a todos,
sem discriminação de raça, condição social ou religião.
Da mesma forma em que Cristo percorria todas as cidades e aldeias, curando
doenças e enfermidades, proclamando a vinda do reino, a Igreja, por meio de seus
filhos, também deve estabelecer relação social com todos os homens, em especial
com os pobres e aflitos. E, seja anunciado a todos os homens, com confiança e
constância, o Deus vivo, e Aquele que Ele enviou, Jesus Cristo, para a salvação de
todos, para que assim, os não cristãos, pela ação do Espírito Santo, se convertam
livremente à fé no Senhor, pois sob a ação de Deus, o neo-convertido passa do
homem velho ao homem novo que tem em Cristo a sua perfeição realizada. Desta
forma, aqueles que se convertem, aderindo a mudança de vida e de mentalidade,
devem ser admitidos ao catecumenato, que é uma formação e uma aprendizagem
de toda a vida crista. Os catecúmenos devem ser iniciados no mistério da salvação;
na prática dos costumes evangélicos, e com ritos sagrados, a celebrar em tempos
sucessivos; sejam introduzidos na vida da fé, da liturgia e do povo de Deus.
A iniciação que se dá no catecumenato deve ser obra de toda a comunidade
cristã, especialmente dos padrinhos, para que os catecúmenos, desde o princípio,
se sintam pertencentes ao Povo de Deus.
O Espirito Santo é o responsável pela comunhão eclesial, reunindo a todos
num só Povo de Deus. Assim, os missionários, devem fazer nascer comunidades de
féis que, levando uma vida digna, consigam exercer as funções confiadas por Deus
à elas: sacerdotal, profética e real. desde seu início, a comunidade cristã deve ser
constituída, de modo que consiga prover de si mesma suas próprias necessidades,
devendo estar profundamente enraizada no povo. Deve-se também, nutrir entre os
neófitos o espírito ecumênico. Os católicos devem colaborar com os irmãos
separados, em conformidade com as disposições do decreto sobre o Ecumenismo.
Os cristãos provenientes de todos os povos e reunidos em Igreja devem promover o
amor universal, sem distinção.
Dentro dos agrupamentos, a Igreja da grandes passos quando, de dentro, os
próprios ministros da salvação na Ordem dos Bispos, Presbíteros e dos Diáconos,
que servem os seus irmãos. No que tange a formação sacerdotal, deve-se dar muita
atenção ao que foi dito sobre a formação espiritual, intimamente unida à formação
doutrinal e pastoral, da vida vivenciada segundo o Espírito do Evangelho, sem
vantagem pessoal ou interesse familiar, e sobre a formação do sentido íntimo do
mistério da Igreja. Desta forma, se consagrarão inteiramente ao serviço do corpo de
Cristo e à obra do Evangelho, a aderir ao próprio Bispo como fiéis colaboradores e a
prestar leal colaboração aos seus irmãos.
 Os espíritos dos candidatos ao sacerdócio devem, pois, abrir-se e cultivar-se
para bem conhecerem e poderem apreciar a cultura do seu país; nas disciplinas
filosóficas e teológicas, devem tomar conhecimento das relações que há entre as
tradições e as religiões nacionais e a religião cristã. A formação sacerdotal deve ter
em vista as necessidades pastorais da região: os alunos devem aprender a história,
a finalidade e o método da ação missionária da Igreja, e as condições particulares,
sociais, económicas e culturais do seu próprio povo. Devem ser educados no
espírito de ecumenismo e convenientemente preparados para o diálogo fraterno com
os não-cristão. Tudo isto pede que os estudos para o sacerdócio sejam realizados,
quanto possível, em ligação contínua e convivência com a gente do próprio país.
Procure-se enfim, dar, uma formação que prepare para a ordenada administração
eclesiástica, e até mesmo a económica.
Enquanto aos sacerdotes, depois de alguma experiência pastoral, devem
realizar estudos superiores em Universidades, mesmo estrangeiras, sobretudo em
Roma, para que as Igrejas tenham à disposição, sacerdotes jovens do clero local,
dotados de ciência e experiência convenientes.
Do mesmo modo, deve-se também olhar com a atenção a formação dos
catequistas. A sua formação deve fazer-se de maneira tão acomodada ao progresso
cultual, de modo que possam desempenhar mais perfeitamente o múnus de
colaboradores eficazes da ordem da ordem sacerdotal. E diante da escassez no
clero, o papel do catequista é fundamental. Portanto, é necessário multiplicar as
escolas diocesanas e regionais, nas quais os futuros catequistas estudem
cuidadosamente a doutrina católica, sobretudo em matéria bíblica e litúrgica, assim
como o método catequético e a prática pastoral, e se formem na moral cristã. Além
disso, devem organizar-se reuniões ou cursos de atualização nas disciplinas e nas
artes úteis ao seu ministério, e de renovação e robustecimento da sua vida
espiritual. Por outro lado, aos que se dedicam inteiramente a esta ocupação, deve-
se proporcionar, por uma justa remuneração, conveniente nível de vida e segurança
social.
Na implantação da Igreja, também deve-se ter o cuidado de promover a vida
religiosa, que tem uma papel fundamental na atividade missionária e que manifesta
com esplendor também a natureza intima da vocação cristã, por meio de uma
consagração mais intima a Deus através da Igreja. Os Institutos religiosos que
trabalham na implantação da Igreja, profundamente impregnados das riquezas
místicas que são a glória da tradição religiosa da Igreja, devem se esforça em
exprimir e as transmitir, segundo o génio e carácter de cada povo. Devem examinar
como é que as tradições ascéticas e contemplativas, cujos germes foram, algumas
vezes, espalhados por Deus nas civilizações antigas, antes da pregação do
Evangelho, podem ser assumidas pela vida religiosa cristã. Deve-se também,
cultivar na igrejas jovens a diversas formas de vida religião, a fim de mostrar os
diversos aspectos da missão de Cristo e da Igreja.
Nas igrejas jovens, o povo de Deus deve adquirir a maturidade em todos os
setores da vida cristã. Estas igrejas, devem renovar o seu zelo pastoral comum e as
obras oportunas para aumentar em número, discernir com mais segurança e cultivar
com mais eficácia as vocações para o clero diocesano e para os Institutos religiosos,
de maneira que, possam prover às suas próprias necessidades e auxiliar as outras.
E em perfeita unidade com a Igreja universal, deve promover e as atividades
missionárias. Nessas igrejas, o bispo exerce um papel importante de pregador da
Palavra e também de missionário, que leva Cristo as pessoas. Desta forma, o clero
e todos os leigos devem estar imbuídos de ardor e disponibilidade missionários.
É também de fundamental importância a formação de um laicato cristão
amadurecido, pois sem a presença dos leigos, o Evangelho não pode permanecer
profundamente enraizado no espírito, no trabalho e na vida do povo. Deus dispõe de
vários dons que observa-se a diversidade que se une.
No quarto capítulo, observa-se o chamado dos missionários. Deus continua a
chamar quem ele quer, e através do Espírito Santo, suscita institutos que assumem
como tarefa própria o dever de evangelizar. Ao chamado de Deus, o homem deve-
se entregar por inteiro à obra do Evangelho, que só tem a sua eficácia através do
Espírito Santo, entrando na vida e missão daquele que se aniquilou por amor a toda
a humanidade. O indivíduo, chamado a esta vocação, deve anunciar o Evangelho
aos povos, levando todos a conhecer o mistério de Cristo. E para não
negligenciarem a graça que possuem dentro de si, devem continuamente renovar o
seu espírito. Deve-se também existir uma esmerada formação espiritual e moral, e
cada missionário, deva também estar preparado e formado, para estar à altura das
exigências do trabalho futuro, desde o começo, de tal modo se processe a sua
formação doutrinal, que abranja tanto a universalidade da Igreja como a diversidade
das nações. Ao futuro missionário importa sumamente que se aplique aos estudos
missiológicos, para conhecer a doutrina e as normas da Igreja em matéria de
atividade missionária, informar-se sobre os caminhos percorridos pelos arautos do
Evangelho, ao longo dos séculos, como também sobre a condição presente das
missões e sobre os métodos considerados hoje mais eficazes. Haja também pessoa
mais preparadas, que possam desempenhar cargos de maiores responsabilidades,
como também, ajudarem na instrução de outros missionários.
Desta maneira, nada pode ser realizado por indivíduos que estejam isolados,
por isso, a vocação comum dos indivíduos, os reuni em um instituto, nos qual, pelo
esforço comum, se forme convenientemente e executem a tarefa de evangelizar em
nome da Igreja e segundo a vontade da autoridade hierárquica.
O quinto capítulo do decreto, fala sobre a organização da atividade
missionária. Para a organização da atividade, existe um dicastério que coordena e
oriente no mundo inteiro a atividade e a cooperação missionária. Ele venha a ser
tanto instrumento de administração, como também órgão de direção dinâmica, tendo
à frente os Bispos. Neste dicastério esteja a disposição também um grupo de
peritos, de reconhecida ciência e experiência. Estejam convenientemente
representados os Institutos de religiosas, as obras regionais a favor das missões, e
as organizações de leigos, sobretudo as internacionais.
Na organização local das missões, o bispo local, constitua um conselho
pastoral, em que participem por meio de delegados escolhidos, os clérigos, os
religiosos e os leigos. Deve-se frisar que a ação missionário não se resuma somente
aos convertidos, mas deve voltar-se principalmente aos não-cristãos. Na
organização regional, as Conferências episcopais em comum acordo, resolvam as
questões mais graves e os problemas mais urgentes, sem menosprezarem as
diferenças dos locais. Recomenda-se a fundação de obras comuns que sirvam o
bem de todos, como: seminários, escolas superiores e técnicas, centros de pastoral,
catequética, liturgia e dos meios de comunicação social.
O ordinário do local também deve coordenar as atividades dos institutos que
estão em sua jurisdição. Territórios confiados a um instituto missionário, deve ser
cuidado por ele para que se transforme em uma igreja local, no qual, no momento
certo será governada pelo pastor próprio, com o seu clero. Na coordenação dos
institutos missionários, as Conferências de religiosos e as Uniões de religiosas são
de grande importância, mantendo estreitas relações com as Conferências
episcopais. E como também a missão exigem operários que também se preparem
cientificamente, colaborem entre si todos os institutos que trabalhem missiologia e
outra disciplinas ou arte das missões.
Por fim, no sexto e último capítulo do decreto, observa-se o ponto da
cooperação. É dever de todos os fiéis o cuidado do crescimento e desenvolvimento
do Corpo a que pertencem, com o intuito de leva-lo à sua plenitude. Devem oferecer
orações e penitencias em vista de tornar fecunda a atividade missionária, suscitar
vocações missionárias e não permitir que faltem os recursos necessários à missão.
É dever também da comunidade cristã, pois se manifesta como povo de
Deus, por isso deve dar testemunho de Cristo. Toda comunidade deve orar,
cooperar e aturar missionariamente, em intercessão daqueles que Deus escolhe,
que saem de seu próprio seio.
É também dever missionário dos bispos, que foram consagrados para a
salvação do mundo e não apenas para uma determinada diocese. O mandamento
de Cristo de pregar o Evangelho, lhes foi dado diretamente, em união com Pedro e
sob Pedro. Unido à diocese, o bispo que suscita, promove e dirige o espírito e o
ardor missionário do povo de Deus, torna missionária a diocese, de maneira atual e
visível.
É dever missionário também dos sacerdotes. Os padres representam a
pessoa de Cristo, e são cooperadores dos bispos da tríplice missão da Igreja. No
trabalho pastoral, farão por excitar e alimentar entre os fiéis o zelo pela
evangelização do mundo, instruindo-os com a catequese e a pregação sobre o
dever que a Igreja tem de anunciar Cristo aos gentios; persuadindo as famílias
cristãs da necessidade e da honra de cultivar as vocações missionárias entre os
próprios filhos e filhas; fomentando o fervor missionário entre os jovens das escolas
e associações católicas, de maneira a saírem dentre eles futuros arautos do
Evangelho. Ensinem os fiéis a orar pelas missões e não tenham vergonha de lhes
pedir esmolas, feitos como que mendigos por Cristo e pela salvação das almas.
É dever missionário também dos institutos de perfeição, pois exercem um
relevante papel missionário. Por suas orações, penitencia e sofrimentos, os institutos
de vida contemplativa desempenham papel importantíssimo na conversão das
almas, pois é Deus que manda operários.
É dever missionário dos leigos também, pois cooperam com a obra da
evangelização da Igreja, participam da missa salvadora ao mesmo tempo como
testemunhas e seus instrumentos vivos.
Portanto, referente à missão, se ressalta esses pontos do decreto, que são de
extrema importância e necessidade e que nos ensinam que missão, tem um
sentindo muito mais amplo do que aquele que já conhecemos. Deus enviou o seu
Filho, a fim de realizar uma missão, e da mesma forma, Jesus, o Senhor, envia os
seus Apóstolos, a fim também que continuassem a sua missão, levando a salvação
a todos as nações. E diante do mandamento do Senhor, o mecanismo missionário
se faz necessário. O quanto é urgente o dever de difundir o reino de Deus em toda a
parte. A missão está no seio da igreja e faz parte de sua essência.

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