Você está na página 1de 2

Aula 7- EVANGELIZANDO

Lembre-se que qualquer que seja a trajetória que você, como plantador de igreja, determinar nos
primeiros dias, semanas e meses, será a trajetória na qual você viverá... para sempre! Precisamos
começar bem!

7.1 Rede de relacionamentos evangelís5cos


O termo “rede” (networking) foi criado originalmente como um jargão no mundo dos negócios que se
refere à construção de relacionamentos deliberados para o alcance de objeCvos empresariais. Neste
material esta expressão é empregada para idenCficar toda uma filosofia de ministério baseada em
evangelismo por relacionamentos.
A evangelização por relacionamentos muitas vezes tem sido vista como oposta a um programa de
evangelização da igreja, por dois moCvos principais:
a) Porque os pastores não podiam programar o evangelismo por amizade, e se senCam
impotentes para efeCvá-lo.
b) Além disso, o evangelismo por amizade parecia algo eliCsta – algo que apenas cristãos maduros
poderiam fazer.
Em resposta a este problema, muitas igrejas estão descobrindo que toda uma igreja pode ser
fundamentada em uma filosofia de rede de relacionamentos. Trata-se de uma completa reformulação
de todo o ministério da igreja, dando a todas as partes uma face “de alcance externo”, fazendo com
que virtualmente todas as aCvidades do ministério sejam eventos de evangelismo por amizade. Isto
significa que todas as coisas – cultos, vida em pequenos grupos, educação etc., se unem para criar uma
“cultura corporaCva.” Isto pode ser apoiado por planejamento e programas de ministério, e é algo que
pode ser feito (ESPECIALMENTE) pelo novo crente. (Na verdade, o novo crente é fundamental!)
Uma igreja caracterizada por evangelismo por amizade é desenvolvida primariamente através do
culCvo de uma mentalidade, uma aCtude coleCva, e somente de forma secundária através da
determinação de programas.
1. A chave para os relacionamentos evangelís:cos: uma parceria entre novos cristãos e cristãos
maduros. O problema no evangelismo é o seguinte: os novos crentes têm os relacionamentos
e a credibilidades com os não crentes, mas não têm a habilidade e a capacidade para
apresentar o evangelho adequadamente. Por outro lado, os crentes maduros têm o poder de
arCcular o evangelho, porém não têm mais relacionamentos com não cristãos.
2. O evento crí:co na rede de relacionamentos: a decisão interior que transforma visitantes em
pessoas que tragam outros aos cultos. Eles precisam entender que neste contexto de
comunhão há respostas para a sua vida.
3. O cul:vo de uma mentalidade voltada para o evangelismo por amizade.
Deve exisCr na igreja uma atmosfera de expectaCva de que todos os membros sempre terão de 2 a 4
conhecidos seus na “incubadora”, um campo de força onde tais pessoas são alvo de intercessão,
recebem literatura e convites para eventos da igreja. Existem quatro Cpos básicos de redes de
relacionamentos: familiares, geográficas (bairro), vocacionais (carreira/escolas associadas), relacionais
(amigos que não estejam nas outras redes).
A rede de relacionamento é um compromisso para com o “evangelismo por processo.” A maioria dos
demais programas evangelísCcos é orientada para lidar com situações de “crise”, geralmente levando
a pessoa em questão a uma decisão muito rápida, geralmente com o emprego de ferramentas como
cartões de compromisso ou leis espirituais etc. Pesquisas têm revelado que:
a) Quanto mais variadas forem as formas que uma pessoa ouvir o Evangelho, e
b) Quanto mais frequentemente uma pessoa ouvir o Evangelho, antes de assumir um
compromisso, menor será a possibilidade de tal pessoa “voltar” para o mundo. Muitas pessoas
têm personalidades que necessitam de um “processo” – elas nunca crerão ser forem forçadas
a fazê-lo. Elas precisam aproximar-se aos poucos.
Em uma filosofia de rede de relacionamentos:
a) É esperado que o não cristão seja exposto ao evangelho várias vezes antes do compromisso.
São oferecidas muitas oportunidades para que aqueles que estão buscando “cruzem a linha da
fé” e se comprometam, mas não se deve pressionar tal decisão;
b) São oferecidas muitas oportunidades para aqueles que estão buscando, no senCdo de
apresentar suas questões e dúvidas, e receber respostas honestas para tais questões.
Momentos para perguntas e respostas, encontros em almoços, e leituras etc., podem ajudar
neste senCdo.

7.2 Cultos evangelís5cos


Há hoje um grande conflito com relação ao movimento da igreja “amistosa aos interessados.” Os
proponentes deste movimento criCcam a igreja tradicional como sendo impotente para alcançar
pessoas contemporâneas ou modificar a cultura contemporânea. Por outro lado, as melhores críCcas
da igreja tradicional a culpam não por sua falta de contemporaneidade, mas sim por sua super-
adaptação à modernidade, por sua perda de respeito para com os cultos de adoração e teologia
históricos.
7.2.2. Como atrair não cristãos para nossos cultos
A numeração deste item não está errada. Esta tarefa vem em segundo lugar, mas quase todos pensam
que vem em primeiro! É natural acreditarmos que precisamos trazer não cristãos para nossos cultos
antes que possamos iniciar um “evangelismo doxológico.” Mas o que acontece é o oposto. Não cristãos
não são convidados para os cultos, a não ser que os cultos já sejam evangelísCcos. Os cristãos senCrão
instantaneamente se a experiência de culto será ou não atraente para seus amigos não cristãos. Eles
podem achar um culto específico maravilhosamente edificante para eles mesmos, e mesmo assim
senCr que seus amigos incrédulos iriam reagir de forma negaCva.
7.2.1. Fazendo com que o culto seja compreensível para os não cristãos
Nosso propósito não é fazer com que tudo seja confortável para o não cristão. Nosso objeCvo é sermos
inteligíveis para com eles. Como fazemos isto?
a) Culto e pregação “vernaculares.”
b) Explique o culto à medida que este vai acontecendo.
c) Dirija-se a eles diretamente.
d) Qualidades estéCcas. O poder da arte atrai as pessoas a observá-la. A boa arte e sua mensagem
entram na alma através da imaginação, e começam a apelar para a razão, por a arte torna as
ideias plausíveis. A qualidade da música e da pregação no culto terá um impacto maior em seu
poder evangelísCco.
e) Celebre as obras de misericórdia e jusCça.
f) Apresente as ordenanças de forma a tornar o Evangelho claro.
g) Levando ao compromisso.
Durante os dois a cinco primeiros anos da plantação da igreja, a equipe de ministério deve focalizar
seus recursos no senCdo de levar as pessoas a Cristo. Apesar de que haverá algum esforço no senCdo
de edificar e liberar líderes, este aspecto será implementado somente com o objeCvo de aumentar o
alcance evangelísCco. Este enfoque nas pessoas de fora da igreja é implementado através de três
ministérios primários: cultos evangelísCcos, ministérios comunitários baseados em grupos, e
ministérios da vida da igreja.

Você também pode gostar