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“Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações,”

Mateus 28:19a
 As questões: O que fazer para envolver os jovens e mante-los focalizados na
missão da igreja?
 Os jovens de minha igreja estão dispersos.
Ao refletir sobre essas questões me veio a mente o versiculo no titulo desse documento de que Cristo deu uma
missão a Igreja: FAZER DISCÍPULOS. E essa missão não está restrita e exclusivada a apenas o pastor da
igreja local, mas, para a Igreja de Cristo na terra a qual é o corpo espiritual de Cristo onde Ele é o cabeça.
Com esse entendimento de corpo e que cada um de nós cristãos somos membros desse corpo chegamos a
conlusão de que a tarefa de fazer discípulos é para TODOS os cristãos!

Vivemos em comunidade e, como comunidade cristã, devemos cooperar para o crescimento espiritual de
cada membro, pois, como dito anteriormente, a responsabilidade não é apenas do pastor ou do líder, mas de
cada um de nós, pois, somos uma FAMILIA EM CRISTO!

A Igreja recém-formada se destacava justamente por esse sentimento de UNIDADE E PERTENCIMENTO e


isso era bom testemunho para os impios e gerava o desejo nas pessoas de pertencerem àquele grupo.

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na COMUNHÃO, no partir do pão e nas orações. Em cada alma
havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por meio dos apóstolos. TODOS OS QUE CRIAM
ESTAVAM JUNTOS E TINHAM TUDO EM COMUM. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o
produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. DIARIAMENTE PERSEVERAVAM UNÂNIMES
no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando
a Deus e CONTANDO COM A SIMPATIA DE TODO O POVO. Enquanto isso, o SENHOR LHES
ACRESCENTAVA, DIA A DIA, OS QUE IAM SENDO SALVOS.” Atos 2:42-47

E, após refletir sobre essas coisas, entendi que a forma que posso contribuir para auxiliar no desenvolvimento dos
jovens o seguinte:

NÓS, A IGREJA, NOS ENVOLVERMOS COM A VIDA DA IGREJA PARA QUE OS JOVENS SE
ENVOLVAM A VIDA DA IGREJA!

OBJETIVO PARA A VIDA DOS JOVENS:

 Descobrir o relacionamento com Deus e a Sua Palavra;


 Desenvolver aptidões (fazer discipulos) e relacionamentos;
 Dar Testemunho da sua fé.

Desenvolvimento: sob esta visão integrada do fazer discipulo e sob o legado da escritura, a nossa estratégia será
Cristocêntrica.
Cristo é o nosso modelo de discipulador. Apesar da Sua integridade, não era um eremita, misturava-se com as
populações, falava a sua linguagem e providenciava às suas necessidades. Depois desafiava os seus interlocutores
com um convite irresistível: vem e Segue-me. Como o Pai O enviou, igualmente envia-nos a nós, capacitando-nos
com o Espírito Santo a sermos um, para que ancorados na Sua palavra possamos produzir frutos para a eternidade
(João 17). O discipulado que não se desenvolve, morre por inanição. O fazer discipulo não é um ato, mas um
hábito, não é um evento, mas um compromisso com um estilo de vida. O fazer discipulo preconiza fé e fidelidade.
Quando nos dedicamos a este relacionamento daremos fruto em três dimensões:

 O discípulo: descobrirá o relacionamento com Deus e a harmonia de um carácter cristão através do estudo da Sua
palavra.
 Na igreja: desenvolverá aptidões (dons) e relacionamentos para a eternidade.
 Na comunidade: dar-se à missão e ao serviço, respondendo às necessidades dos indivíduos.
COMO FAZER:

 Através dos cultos;


 Através dos discipulados;
 Os envolvendo às atividades da Igreja.

ATRAVÉS DOS CULTOS

Esse é o mínimo que podemos fazer como cristãos, porém, precisamos fazer com que entendam que o culto não é
uma obrigação a ser cumprida, que o culto não é um lugar para ir, que o culto não é algo para ver ou ouvir e que o
culto não é uma atividade para participarmos.

O CULTO É ALGO QUE PRESTAMOS A DEUS COM AMOR, TEMOR, ADORAÇÃO E PRAZER
PORQUE TEMOS PRAZER NELE E EM SUA PALAVRA.

Enquanto não chegarem a esse entendimento, não conseguirão se envolver no proposito coletivo como Igreja de
cultuar a Deus!

ATRAVÉS DOS DISCIPULADOS

Essa é uma das partes mais importantes da fé, pois, são nos discipulados que é iniciada a edificação da fé e se essa
edificação não for sólida a fé não se sustenta e a pessoa não permanece nela.

Como o discipulado é feito pelo próprio pastor então aquilo que se entende como necessário para a edificação de fé
já está sendo feito conforme a visão a qual a igreja é fundada.

ENVOLVIMENTO NA IGREJA

É nesse terceiro tópico que os dois primeiros são fortalecidos, pois, fazendo com que se envolvam nas atividades da
igreja despertam neles o setimento de pertencimento que para o jovem pode fazer toda a dferença.

É comum o conceito de que o nucleo de jovens de uma igreja ser visto como se fosse um departamento a ser
desenvolvido sem ou com pouca ligação com o restante da vida da igreja local. Olham para os jovens e
adolescentes da igreja como pessoas “em potencial” que precisam ser entretidas ou distraídas para não caírem no
mundo!

Se o jovem é apenas o “futuro” da igreja, então ninguém irá incentivar os jovens a servirem nem assumirem
responsabilidades diante da igreja local HOJE. Ou ainda, se acreditamos que o jovem encontrará seu “potencial”
ingressando num grupo (célula ou culto para jovens) que o aceite como é e que será mantido com entretenimento,
então o foco ficará em programações e eventos cujo foco principal é a diversão, na melhor das hipóteses, livre das
contaminações do mundo – ou seja, um “clube Gospel”.

Não podemos permitir que o jovem, ao invés de servir a igreja e seus propósitos de proclamação do Evangelho,
Fique em um grupo fechado em si mesmo, repleto de pessoas semelhantes. Se isolarmos o grupo de jovens,
tornamos a vida da igreja difícil de ser vivida dentro dos moldes bíblicos. A unidade em meio a diversidade sofre
um golpe brutal. Um grupo exclusivo de jovens reunidos é incapaz de mostrar a beleza da diversidade que o
Evangelho conquistou (Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Atos 2:44). Um grupo
repleto de pessoas da mesma faixa etária deixa de usufruir dos benefícios do ministério intergeracional (crianças,
jovens e adultos).

Na pratica
Criar uma estrutura organizacional semelhante a essa
sugestão:
PASTOR

LIDERANÇAS,
OBREIROS E
COOPERADORES

JOVENS
ESTABELECIDOS

1- Encontro de jovens

Com o auxilio daqueles que já estão estabelecidos (líderes, obreiros e cooperadores) criar um sistema onde possa-se
gerar uma identificação e aproximação dos jovens para que cada vez mais sintam-se receptivos e interajam com os
membros da igreja e vice-versa.

Uma idéia seria pegar as líderanças e utilizar uma forma parecida com a aplicada aos encontros de células
para promover relacionamento entre todos. Talvez ainda criar um encontro periodico de jovens (semanal,
quinzenal ou mensal), porém, com a participação ativa dos jovens.

Nesse estagio os jovens ajudariam não somente na promoção dos encontros, mas, atuariam direta e indiretamente
compartilhando alguma pequena palavra, fazendo orações, participando dos louvores. Seria em um ambiente
controlado justamente pelos membros que constituem a liderança onde a cada encontro um traria o ensino de
reflexão.

Exemplo:
Lucas - Palavra compartilhada - Ana Beatriz - oração - Ana Claudia - louvor e Agda - Ensino.

O objetivo não é criar entretenimento, mas, estimular a vida em comunidade como um todo com uma liturgia
alternativa onde tenha a oportunidade de envolvimento e desenvolvimento de todos.

2 - Culto com jovens


O ponto de partida aqui vem da idéia que já está sendo praticada com a inserção de Bernardo e Lucas no servir a
igreja e fazer com que cada vez mais os jovens se envolvam e participem do culto publico na forma do servir.

Pode-se utilizar uma forma periódica para isso ou ainda acrescentar um culto extra (semanal, quinzenal ou mensal),
mas, a idéia é também envolvê-los ativamente nos cultos e poderia inclusive utilizar uma liturgia propria para esses
cultos específicamente, mas, que contenham os elementos necessários de um culto ao Senhor.

Esses cultos podem ter um carater próprio mais alinhado com o perfil jovem sem que haja a distinção de ser um
culto de jovens ou para jovens somente justamente para que não haja a separação entre jovens e adultos e que a
igreja como um todo possa estar envolvida.

A intensão não é criar motivação de estar na igreja para fazer as atividades (trabalhos) da igreja, mas, estimular a
estar na igreja e querer participar das atividades (trabalhos).

Mais uma vez a responsabilidade e direção ficam a cargo da liderança madura (pastor, líderes, obreiros e
cooperadores) e contam com o apoio dos jovens que estão há mais tempo e já estabelecidos para a execução e
promoção disso.

Para a execução disso será necessário ainda mais responsabilidade espiritual de cada envolvido onde é preciso ainda
mais consagração, revestimento espiritual, oração e crescimento em conhecimento da Palavra.

Em ambas sugestões acima ( encontro de jovens e cultos com participação dos jovens) a idéia central é gerar
discipulos aptos a dar continuidade a obra que a nós foi confiada por Deus criando assim:

 Participação ativa de jovens e adolescentes no culto publico;


 Criar identificação entre o jovem e a equipe pastoral, liderança e diversidade da igreja (crianças, jvens e
adultos);
 Criar referencias entre o grupo de jovens e a liderança da igreja;
 Estimular o interesse pela verdade biblica, crescimento em discernimento;
 O desejo e disposição de servir o restante da igreja (em termos de faixa etária);
 Estimular o desejo de criar relacionamentos com outros grupos da igreja, aprendendo com os mais velhos e
ensinando os mais novos.

PONTO DE VISTA PASTORAL (REFLEXÃO MINHA E NÃO OBRIGATÓRIA)

O jovem e adolescente precisa de uma teologia pastoral bíblica. O que significa cuidar/pastorear ovelhas? O que
significa pastorear ovelhas jovens e adolescentes? São perguntas que precisam de respostas bíblicas. É comum
lançar a juventude da igreja e reduzir a um ministério de jovens e adolescentes onde na maioria das vezes tem-se
NA PRÁTICA uma mentalidade de “babá”, com bastante entretenimento e repleto de superficialidades que não
promovem maturidade.
O objetivo pastoral é a edificação da Igreja promovendo maturidade individual à semelhança de Cristo
(Colossenses 1.28, 29). O pastor faz isso ensinando e aconselhando. Expandindo um pouco a ideia, o pastor precisa
de uma visão ministerial centrada na Pessoa e obra de Cristo, anunciada por meio do ensino e do aconselhamento e
assim temos a visão do fazer discipulo. Tanto no ministério público como individual (Atos 20.20).

Devemos considerar o envolvimento de adultos maduros no discipulado de jovens e adolescentes. Nem todos os
jovens e adolescentes irão contar com pais interessados no cumprimento de suas responsabilidades ou terão pais
comprometidos com Cristo. Em situações como essas, vemos a participação da igreja local como família espiritual
de jovens e adolescentes criando o ambiente propício para relacionamentos saudáveis intergeracionais (Tito 2; 1
Pedro 5.5).

Não se trata apenas de um modelo a ser implementado, mas uma cultura a ser desenvolvida ao redor das
verdades da Escritura. Precisamos construir uma mentalidade capaz de enxergar o jovem e o adolescente de
forma bíblica. O Evangelho deve ser visto na vida da igreja, pregado para os jovens da igreja e cuidadosamente
usado na construção de relacionamentos dentro do contexto da igreja e na formação de discipulos.

De forma prática, precisaremos considerar os seguintes passos iniciais:

 Orar para que Deus levante líderes (entre os jovens). Quando o trabalho pareceu maior que a capacidade dos
trabalhadores, Jesus nos chamou a orar;

 Treinar homens líderes no grupo de jovens;

 Enfatizar o estudo da Palavra de Deus de forma sistemática e relevante;

 Encorajar os jovens e adolescentes a viverem a Palavra de Deus, implementando mudanças em suas decisões e
relacionamentos;

 Ensinar sobre a importância da igreja local.

 Refletir sobre as diferenças entre “reunião de jovens x culto público da igreja local”. As diferenças irão ajudar a
aproveitar as oportunidades da reunião de jovens que não estão disponíveis no culto local sem criar uma
competição danosa para a unidade da igreja.

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