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INTRODUÇÃO

Luís Paulo disse que Deus não tem netos; a razão pelo qual ele disse isto,
foi para mostrar que cada indivíduo deve fazer uma decisão para aceitar ou rejeitar
a salvação de Jesus Cristo. Pois para Deus ou és filho através do seu poder e
mediante a fé em Cristo Jesus (João 1:12), ou não és filho. E graças a Deus a
UIEA tem sido abençoada com membros que aceitam e recebem o Senhor Jesus
Cristo como seu Senhor e Salvador.
Ao observarmos as circunstancia vividas em Angola vemos claramente as
bênçãos do Senhor no meio das dificuldades. As Igrejas cheias e muitos membros
sendo jovens com seus programas, é um aspecto bastante importante que realça a
responsabilidade da Igreja para com os jovens.
Uma percentagem elevada da presente Igreja encontra-se na mão de líderes
bastante adultos, por outro lado, a Mocidade é o pilar da Igreja de hoje e do futuro
que dará continuação do crescimento da mesma, por conseguinte a Igreja de hoje
deve se debruçar com maior entusiasmo sobre aqueles que serão seus líderes
amanha para que tenhamos uma Igreja que consiga andar ao compasso do século
XXI firmados na Rocha que é Jesus Cristo.
O presente Manual com sete capítulos é fruto de varias ideias sobre o
trabalho juvenil que teve início em 1985 pelo saudoso pastor Jaime Manjinela com
objectivo de equipar a liderança juvenil da UIEA com bases de gestão de liderança.
Entre os assuntos que compõe o presente Manual destacamos: Os métodos de
trabalho com jovens, a liderança, o papel do pastor e do conselho da Igreja, as
funções dos líderes da Mocidade, tudo com objectivo de garantir maior qualidade
de trabalho tanto no que diz respeito a área espiritual como a área social.
A liderança juvenil em qualquer organização ou instituição é uma questão
preocupante que deve merecer bastante atenção pelos líderes das Igrejas.
Fazemos votos que o presente Manual tenha aplicação prática e sirva de guia para
nós, e seja um meio para nos aproximarmos cada vez mais do trabalho com
jovens, da purificação e da santidade.

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I- CONTEXTO JUVENIL HOJE
Se quisermos ter um ministério para Mocidade e com a Mocidade, é
necessário que saibamos que isto não é uma obra fácil, mas que acarreta serias
dificuldades. Vemos hoje um grupo da Mocidade atenta, pesquisadora, estudantil,
com maior abrangência Universitária e Ensino Médio ou pré-universitária,
trabalhadora e com varias oportunidade de crescimento na vida. Por outro lado um
grupo da Mocidade do campo, alguns alfabetizados e outros analfabetos. Nota-se
também tanto na cidade como no campo, um desejo, vontade e dedicação de
buscar a Deus através da meditação, oração, louvor e adoração. Alguns
abandonam a formação preferindo viver no monte alegando que Cristo não passou
em nenhuma escola, conceito originado pela maliciosa interpretação das Sagradas
Escrituras. Outros sentem-se inferiorizados pela pouca formação académica que
tem e outros se escandalizam por se juntar com o jovem do campo, mas todos são
nossos jovens. Vemos também um certo desentendimento com as respectivas
lideranças das Igreja que as vezes são originadas pela falta de submissão dos
jovens a liderança e falta de sensibilidade da mesma liderança, que por sua vez
não aceita se encarnar no contexto da Mocidade. Cristo teve que se encarnar na
humanidade para alcançar o homem. O jovem Angolano vive sobre o pano de
fundo da incerteza, insegurança e medos, o país está mergulhado em corrupção,
injustiça social e não há muitos bons exemplos a serem seguidos e o pastor deve
ser o modelo para a Mocidade. Em muitos casos, nem mesmo dentro de casa os
pais conseguem responder a certas dificuldades da Mocidade. Paulo vai dizer que
procedi para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus; para os que
vivem sob regime da lei, como se eu mesmo assim vivesse, para ganhar os que
vivem debaixo da lei (1 Coríntios 9:20).
O ministério com a Mocidade e para Mocidade, exige que tenhamos força,
dedicação, coragem, animo, paciência, humildade, honestidade, chamado para a
obra e abertura para ouvir e aprender de todos (adultos e jovens). Precisamos
entender que é uma tarefa não só dos líderes da Mocidade, mas do pastor e do
conselho da Igreja. É importante que o pastor saiba qual é o nível espiritual, social,
cultural, histórico e teológico da Mocidade da sua Igreja, o alvo dos seus
programas juvenis, o que gostam de fazer e ser, quais são os problemas do
contexto que os afectam negativamente e positivamente e como ultrapassa-los. É
necessário que os líderes estejam por dentro dos medos e planos da Mocidade. O

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pastor e o conselho devem saber o que a Igreja é para Mocidade, o que a Igreja
tem feito que os afasta dela e de Deus e o que a Igreja já tem feito e o que vai fazer
para ajuda-los a desenvolver o seu ministério. Isto ira fortalecer para que tenhamos
uma Mocidade segura e segundo a vontade de Deus, na elaboração de programas
voltados na resolução dos problemas da Mocidade e produzir relacionamentos
saudáveis entre a Mocidade e a liderança da Igreja, sendo ambos agentes de
mudança para a sociedade. A Igreja do Senhor Jesus pode e deve fazer diferença
na vida dos jovens Angolano.

II- ALVO DOS PROGRAMAS DA MOCIDADE


Todo e qualquer plano ou programa a ser elaborado para a Mocidade, deve
estar voltado na produção de bons frutos que permanecem para sempre, que
consiste em fazer discípulos. Em João 15:16, Jesus disse para seus discípulos:
″Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que
vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça; a fim de que, tudo quanto em meu
nome pedirdes ao Pai, Ele vo-lo conceda″. É a vontade de Deus que os que
trabalham na obra dêem frutos que permanecem para sempre. Este deve ser o
nosso principal alvo, produzir frutos que permanecem para sempre, através do
evangelismo e discipulado, cumprindo com o idem de Jesus Cristo.
Hoje nas nossas Igrejas, dentro dos grupos da Mocidade observamos alguns
jovens que assistem regularmente aos cultos, cantam no coral da Igreja, assistem
os encontros juvenis e no entanto pouco tempo depois, por várias razões,
desaparecem para não mais voltarem. No nosso ponto de vista é o fruto que não
permanece ou seja o discipulado ministrado (se que existe o discipulado na Igreja)
a estes jovens não permanece, é temporário, não produz mudanças e
compromisso com Deus e a Igreja, mas a vontade de Deus é que os crentes
estejam firmes na fé e permaneçam em Cristo. Uma Igreja que possui ministérios
fortes nas áreas da Mocidade (adolescentes de 12-17 anos, jovens de 18-25 anos
e os jovens adultos acima de 26 anos), tem um crescimento com qualidade
garantido em todas áreas da vida humana. Porem, é necessário que os alvos
estejam bem definidos e que os ajudem no fortalecimento de sua fé.
É necessário também, que os programas estejam bem direccionados,
porque existe Igrejas que estão desprovidos de Jovens em seus cultos e outras
possuem um ministério denominado ministério jovem, mas na realidade é um

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ministério com adolescente. Este ministério é fundamental, mas atende mais aos
anseios dos adolescentes e acaba não surtindo efeitos no seio da Mocidade.
Quando o jovem alcança a maior idade, passa para uma nova etapa de vida e
enfrenta novos desafios, tais como ingresso a faculdade, onde ele será exposto a
uma vida de promiscuidade já mas vivenciada antes pela maioria deles. Para evitar
desvios dos mesmos, a Igreja precisa exercer influência na vida dos jovens, para
que seus valores sejam reais, fundamentados na Bíblia, por isso é necessário
direccionar bem os programas da Mocidade.
A Igreja tem a responsabilidade de trabalhar na obra do Senhor e produzir
frutos (Evangelização) que fiquem firme (Fazendo discípulos). Para que este
trabalho tenha êxitos, nós temos a autoridade da Bíblia, o poder do Espírito Santo,
o encorajamento e a força da Igreja que é o corpo de Jesus Cristo.

III- MÉTODOS DE TRABALHO COM JOVEM


3.1- Entrar no mundo dos jovens
A luz do evangelho de João capítulo 4 onde encontramos a história de Jesus
e a mulher samaritana, podemos extrair o primeiro método para o trabalho com
Jovens. É sabido que os samaritanos eram inimigos dos judeus. Os judeus
consideravam os samaritanos de uma raça inferior a eles. Mas Jesus sendo judeu
entrou no mundo da mulher samaritana. Cristo mostrou para os judeus e para nós
o principio chave de toda sua obra que é: alcançar todo ser humano
independentemente da condição física. cor, raça, tribo, status uo e a idade.
Se quisermos tocar nos corações dos jovens, é necessário entrarmos no mundo
deles, não importa a tua posição na Igreja, o trabalho com jovem é do pastor da
Igreja, do conselho e dos próprios líderes de jovens.
O apóstolo Paulo disseque: Tornei-me judeu para os judeus, a fim de ganhar
os judeus. Para os que estão debaixo da Lei, tornei-me como se estivesse sujeito à
Lei (embora eu mesmo não esteja debaixo da Lei), a fim de ganhar os que estão
debaixo da Lei. Para os que estão sem lei, torne-me como sem lei (embora não
esteja livre da lei de Deus, e sim sob a lei de Cristo), a fim de ganhar os que não
tem Lei. Pra com os fracos tornei-me fraco, para ganhar os fracos. Tornei-me tudo
para com todos, para de alguma forma salvar alguns. Faço tudo isso por causa do
evangelho, para ser co-participante dele (NVI, 1 Coríntios 9:20-23). Aqui neste
texto vemos o princípio de entrar no mundo daqueles que nós queremos ganhar,

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ouvir as suas dificuldades, seus sentimentos, desejos, aflições, etc. É a
responsabilidade de todos aqueles que tem o evangelho da salvação, comunicar
este mesmo evangelho aos jovens.

3.2- Preparar líderes


Um outro método importante enfatizado pelo apóstolo Paulo, é discípular
líderes. ″E as palavra que me ouviu a dizer na presença de muitas testemunhas,
confie-as a homens fieis que sejam também capazes de ensinar a outros (NVI, II
Timóteo 2:2).″
O apóstolo Paulo naquele tempo esteve preso e sabia que não teria outra
oportunidade para evangelização, e então escreveu estas palavras a Timóteo
dizendo-lhe que era necessário que ele ensinasse estas coisas a outros que não
tinham ouvido. O princípio aqui é que líderes da Igreja ou os crentes mais fortes
devem sempre preparar outros, despertando os seus dons e de uma forma
responsiva usa-los especialmente para edificação da Igreja de Deus.
Reconhecemos que a falta de obreiros capazes que correspondam o actual
contexto, tem dificultado muito o crescimento da Igreja colocando-se mesmo no
principal problema. As Igrejas estão cada vez mais cheias, mas no meio destas
bênçãos ainda há esta problemática da falta de líderes, pastores e professores
capacitados, humildes, tementes e fiéis a Deus e sensíveis ao contexto.
Uma liderança não nasce da noite para o dia, é algo que é forjado por Deus
através de situações e etapas na vida de um Líder. Deus tem levantado líderes
para os mais diferentes ministérios nas mais diversas Igrejas ao redor do mundo.
Louvamos a Deus, pois uma parcela destes líderes está em África e
particularmente em Angola, especialmente na UIEA. De acordo com a Palavra de
Deus, devemos ser líderes hoje, desejando sinceramente honrar e servir ao Senhor
em todos os nossos pensamentos e acções. Paulo disse a Timóteo, um homem
mais jovem na fé: “Ninguém despreze a tua mocidade, mas sê o exemplo dos fiéis,
na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, e na pureza” (I Timóteo 4.12).
Deus ordena especificamente, aos jovens, a serem líderes e a liderar pelo
exemplo. Devemos entender as instruções de Deus para os jovens e deixarmos o
mundo os ver crescer na caminhada espiritual com o Senhor.
Não é uma tarefa fácil pelo contrario é difícil preparar obreiros de hoje e do
amanha, mas vamos olhar para Jesus Cristo e seguir seu exemplo. Gastou a maior

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parte do seu tempo com apenas 12 homens. Jesus fez assim para preparar estes
homens de maneira a darem continuidade com a sua obra assim que Ele fosse
para junto do Pai. Sabemos que estes homens também tinham seus problemas
individuais e suas dificuldades particulares (problema familiar, empregos, etc.), mas
ainda assim conseguiram fazer discípulos que até hoje é possível vermos
resultados desta grande obra. É muito importante inculcar a visão da obra de Deus
aos jovens, mas para isso é necessário que lhes sejam dadas as oportunidades de
fazerem o que sabem fazer e crescerem na palavra do Senhor e acima de tudo os
instruendos levarem sempre bem presente o exemplo de Jesus.
3.3- As dimensões da vida humana
Na vida humana, encontramos quatros dimensões importantes e cada uma destas
dimensões devem ser respeitadas e honradas dentro do contexto juvenil:
1- Dimensão Mental - implica que deve-se manter ou depositar a vontade, os
sentimentos, o entendimento nas mãos de Deus (Fl. 4:7-8; Pv. 4:10-11,23,
16:22).
2- Física - cuidar do corpo feito por Deus (higiene, aparência, saúde e
disciplina), (Gn. 2:7a). Jovens devem ser disciplinados em tudo.
3- Social - velar pelas relações humanas (Gn. 2:18, 21-22). Jovens devem
primar pela unidade em Cristo Jesus.
4- Espiritual - relação entre Deus e o homem pondo em prática a fé, o amor, a
obediência e a oração (Gn. 3:8-13).

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FÍSICA

MENTAL
ES
TU

ACTITUDES
DO
S HIGIENE

APARÊNCI
VONTADE

A
F AMOR
É

ESPÍRITO
SENTIMENTO SANTO SAÚD
S E
OBEDIÊNCI ORAÇÃ
A O
RELACIONAMENT

DISCIPLINA
ESPIRITUA
ASSOCIAÇÕE

SOCIAL
O

FORMAÇÃO
S

3.3.1- Aspectos espirituais da nossa vida


A ilustração acima nos mostra que somos completos em Cristo desde
momento que nos entregamos a Ele. Motivo pelo qual encontramos uma cruz no
centro da nossa vida cristã. Para a nossa vida estar em harmonia e equilíbrio o
centro deve estar firmado em Cristo Jesus. Todas as dimensões são importantes,
mas nós destacamos a dimensão espiritual por ser essencial para o bem-estar de
outras. A cruz no centro de nossas vidas é fonte do poder de Deus em nós e nossa

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direcção. Faremos um breve estudo sobre os quatros aspectos da vida espiritual
que são: Fé, obediência, Amor e Oração.

Em Hebreus 11:1, encontramos uma boa definição de Fé: ″É o firme
fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se vêem″.
Nós temos o privilegio de ter comunhão com Deus o Criador do universo e
está porta esta aberta através de Cristo. Se quisermos conhecer Deus melhor e
cada dia é necessário a Fé; se quisermos guiar outros no caminho recto é
necessário depositarmos a nossa total confiança em Cristo. O apóstolo Paulo em
Romanos 5:1 diz que nós temos a justificação através da fé e por isso temos a Paz.
Que significa que somos justificados não porque somos inteligentes ou esperto ou
porque fizemos alguma coisa para merecer a justificação, mas porque a fé em
Jesus Cristo nos dá esse privilégio e automaticamente esta justificação pela fé vai
produzir em nós uma vida de paz, confiança, amor, segurança e estabilidade. A fé
do líder é muito importante para o alcance dos alvos pretendidos.

Amor
Quando os fariseus perguntaram a Jesus qual era o mandamento mais
importante, Cristo respondeu: ″Amaras ao Senhor teu Deus de todo teu coração e
toda tua alma e de todo teu entendimento. Este é o primeiro e o grande
mandamento. E o segundo semelhante a este é: Amaras o teu próximo como a ti
mesmo″. Segundo as palavras de Cristo nesta passagem vemos claramente a
importância e a utilidade do Amor. O apóstolo Paulo dedicou um capítulo inteiro ao
assunto Amor em 1 Coríntios 13 onde encontramos uma lista de características
que vale apenas serem estudados. Em João 13:31-35 Jesus disse: Um novo
mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei a
vós, que também vos ameis uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus
discípulos se vos amardes uns aos outros. Aqui temos a chave para o mundo saber
que somos discípulos de Jesus Cristo; é através da maneira como demonstramos o
nosso amor pela comunidade que nos rodeia. É necessário encorajar a Mocidade
sobre o amor genuíno uns com os outros.

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Obediência
Ao lado da fé e do Amor, a obediência a Deus e a sua palavra vai dar a
nossa vida aquele equilíbrio e harmonia necessária para dar força ao trabalho com
a Mocidade. Jeremias 7:23 diz: ″Mas isto lhes ordenei dizendo: dai ouvidos a minha
voz e eu serei vosso Deus e vós sereis meu; e andai em todo caminho que eu vos
mandar, para que vos vá bem.″ É necessário que os que são líderes e modelo para
os jovens conheçam e obedeçam à palavra de Deus. Por isso é essencial priorizar
a oração, leitura e meditação diária da palavra de Deus. O homem de Deus deve
primar por esta disciplina e perseverança. A palavra de Deus é nossa força, poder
e autoridade para quaisquer situações de nossa vida. Vale apenas obedecer do
que sacrificar. A obediência tem que fazer parte da vida dos jovens, obediência a
Deus, aos pais, a Igreja, aos líderes eclesiásticos e governamentais e a todos que
fazem parte da nossa vida.

Oração
Juntamente com a meditação Bíblica, a oração é o caminho para ter
comunhão com Deus. Podemos imaginar quão grande é este privilegio que temos
de falar directamente com Deus. Uma liderança cristã deve primar pela oração
porque uma direcção que não ora, não tem comunicação com o dono da obra que
é Deus. A oração liga o homem com Deus e deve ser feita sem cessar como nos
diz o apóstolo Paulo em 1 Tessalonicenses 5:17.
Em Hebreus 4:16 diz: ″Cheguemos pois com confiança ao trono da graça,
para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados
em tempo oportuno.″ É a obediência de Cristo que nos dá esta liberdade e com
amor e exortação do Espírito Santo podemos entrar nesta imensa graça. Vamos
ser o modelo para outros, mas nossa vida, precisamos ter tempo diariamente para
entrarna presença de Deus com confiança e nos comunicarmos com Ele, ouvindo a
sua voz em nossos corações.

IV- LIDERANÇA
Liderança é algo que fazemos e não o que somos. Não existe líder nato, é
forjado por Deus como nos referimos anteriormente, através do poder Deus e da
entrega pessoal do crente. A liderança exige resposta e não há liderança sem que
haja seguidores. Logo liderança é a arte que se aprende, pois na liderança

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trabalha-se com os seguidores que são pessoas que devem ser bem
encaminhadas para os alvos colectivamente traçados. Todas as pessoas possuem
qualidades de liderança, dependendo claro daquilo que os seguidores acham útil.

4.1- O líder ou Dirigente


O líder ou dirigente para corresponder ao trabalho a que se propôs, tem que
possuir algumas características indispensáveis. Em suma a pessoa do líder deve
aprender a liderar, isto é: deve actualizar-se na área de liderança porque senão fica
ultrapassado, pois com os dias que correm, os liderados recebem muita instrução e
educação que representam uma barreira intransponível para quem não se preparar
para tais desafios.
4.2- Estilos de liderança
Há vários estilos de liderança. Que opções a tomar ante a vários estilos de
liderança? É importante considerar que o líder não deve depender de um só estilo
de liderança, mas escolher o estilo apropriado para uma determinada situação. Até
o estilo democrático tem falhas na metodologia, seus estilos não se tornam
aplicáveis a todas culturas e situações. Os autores Vroom e Yalton, aconselham o
seguinte:
1- O método de liderança mais eficaz… depende da situação.
2- Nenhum estilo é mais eficaz numa determinada situação.
3- Os líderes que têm êxito são os que podem aproveitar na realidade
vários estilos de liderança dependendo da realidade que os cerca e, por sua vez da
realidade dos seus seguidores. Eis alguns estilos:

4.2.1- Autoritário ou Ditador


Este líder toma decisão e anuncia. Não se importa em saber o que seus
liderados ou subordinados pensam, possui autoridade máxima. Os outros são
meros executores das ordens. Identifica um problema, aprecia soluções com
alternativa, escolhe uma e, a seguir diz para os outros o que fazer. Pouco importa
com o que o grupo pensa sobre a decisão.

4.2.2- Liberal/Laissez-faire, deixa-andar, deixa-correr, deixa-fazer


Este guia-se pelo estilo de que deixa como está para ver como fica. Cada
um de seus membros faz o que quer e como bem entende. Participada discussão

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como ″um outro membro qualquer do grupo″. Concorda desde do início em
respeitar a decisão do grupo. Os únicos limites impostos são aqueles dados pelos
superiores do líder.
4.2.3- Paternalista
Representa a figura paterna. Todos dependem dos seus conselhos e, pelo
menos aparentemente, faz tudo para o bem do grupo.
4.2.4- Patriárquico
Como velho em idade ou na responsabilidade: Todos têm os olhos postos
nele. Ele sempre é que tem a última palavra.
4.2.5- Carismático
Faz tudo para ser seguido. Na sua ausência o grupo dispersa-se.
4.2.6- Politico
É um vendedor ou persuasivo. Decide sem consultar o grupo. Em vez de
simplesmente anunciar a sua decisão, experimenta persuadir os membros do
grupo para que aceitem a decisão feita. Mostra como a decisão é importante e
como os membros serão beneficiados com a decisão tomada.

4.2.7- Avaliativo
Identifica um problema e propõe uma tentativa de solução. Antes porem de
finaliza-la, procura obter reacções do grupo para implementa-la.

4.2.8- Participativo
Dá uma oportunidade para que os membros do grupo influenciem, desde
início da decisão. O grupo é convidado a apresentar diversas alternativas.
Finalmente, o líder selecciona a solução que lhe parecer mais promissora.
4.2.9- Autocrático
Distribui as tarefas, tem em mente experimentar e treinar os liderados.
Possibilita formação através de conhecimento prático, firmando principalmente na
experiencia do líder. Este tende a pensar que o mundo gira em torno de si e corre o
risco de transformar os liderados em imagem de si próprio.

4.2.10- Livre
O líder da poucas directrizes e exerce o controlo mínimo. Cada um faz o que
quer e como bem entende por irresponsabilidade e falta de orientação do líder. O

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estilo exige maior capacitação de liderados. Só se aplica a pessoas seguras,
criativas, realizadoras e de grande responsabilidade. Alguns líderes usam este
estilo para justificar sua incapacidade na arte de liderar.
4.2.11- Democrático
Permite que o grupo decida. Toda sua atenção está concentrada para as
decisões colectivas do grupo que dirige. É inclusivo e aberto para todos liderados
opinarem.
Salientar que a estilos altamente centralizados no líder e a outros altamente
centralizados no grupo ou liderados.

4.3. Líder de jovens ou da Mocidade


O líder de jovens precisa saber o que eles pensam sobre eles mesmos,
família, futuro, política, namoro, sexo, casamento, profissão, finanças, Bíblia, Igreja
e outros assuntos relacionados com jovens. Isso só é possível se relacionando com
eles, pondo em prática o aconselhamento pessoal, leitura sobre seus interesses e
necessidades e também relembrando as experiências vividas em nossa própria
Mocidade. Relembrar nossos medos, sonhos e outros anseios pode nos ajudar a
conviver melhor e mais com os jovens.

4.3.1- Características ou qualidades do líder de jovens ou da


Mocidade
Entre as características ou qualidade de um líder da Mocidade destacamos
as seguintes:
1- Saber viver
O líder de jovem deve saber viver e aplicar os princípios Bíblicos sobre
liderança e os princípios expostos neste manual.
2- Conhecer seus liderados
O bom líder, deve conhecer seus liderados caminhando com eles. O bom
pastor conhece as suas ovelhas e elas o ouvem e o seguem (João 10:14).

3- Ter coragem
Ter coragem não significa que nunca vai ter medo, ter coragem é fazer o que
é certo, independentemente das circunstâncias, contexto e lugar.

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4- Ser aberto para aprender
Ser aberto para aprender, significa não ser orgulhoso a ponto de não ser
capaz de aceitar a correcção. Não menosprezar aqueles que consideram fracos,
mas ouvi-los.

5- Ser generoso
Dar de si mesmo sem esperar retorno. Encorajar, incentivar e fortalecer os
outros para que tenham sucesso.
6- Buscar orientação de Deus
O líder deve buscar a orientação de Deus em todas as áreas da vida, como
líder e como pessoa ″vitórias reais em nosso trabalho como líder, vem dos
momentos a sós em comunhão com o Pai″.
7- Equilíbrio emocional
O líder não deve perder o controlo de suas emoções diante da crise ou
pressão. O desespero, nervosismo ou perplexidade do líder dificultam a obra e
intranquilizam os liderados.
8- Ter visão ampla
Ter visão ampla com o seu grupo ou organização que dirige. Conhecer
também outras organizações congéneres de âmbito local, provincial, Nacional e
internacional.
9- Ter boas atitudes
″As vitórias sobre as dificuldades dependem das nossas atitudes; tais como:
Submissão (1 Pe. 5:5), Humildade (1 Pe. 5:6), Confiança no Senhor (1 Pe. 5:7),
Compromisso com Deus, a família, Igreja e a sociedade (Josué 24:14-15, João
15:14)e Temor a Deus(Pv. 1:7, 9:10, 14:27, 19:23; Isaías 8:13).″
10-Ser pessoa de Espírito criador nas áreas de:
1- Sensibilidade - Capacidade de reconhecer que existe um problema e
deve ser resolvido de acordo com os princípios Bíblicos sem ignorar o
contexto e as circunstâncias.
2- Influência de ideias - Ter capacidade de ouvir ideias do corpo
directivo, e de outros líderes e elaborar um sem-número de ideias
com solução a dado problema.

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3- Originalidade – ter habilidade de descobrir novos ou diferentes meios
de solucionar um problema beneficiando ambos os lados, sem culpar
ninguém, mas leva-los ao perdão um do outro.
4- Flexibilidade – disposição para considerar ampla variedade de meios
de abordar um problema sem ser rígido nem liberar de mais.
5- Força impulsionadora - atitude que tem sido descrita como querer.
Se uma pessoa quer muito ser criadora, encontra um meio para isso.

11-Ter temperamento controlado pelo Espírito Santo


Que seu temperamento não influencie negativamente a sua liderança. Seja
qual for seu temperamento (Colérico, fleumático, sanguíneo ou melancólico), tem
que ser temperado pelo Espírito Santo, porque de outra forma torna-se uma
barreira intransponível.
12-Ter espírito de cooperação
Possuir a faculdade de cooperar com os outros em diversos serviços.
13-Ter preparação espiritual, teológica, técnica e profissional.
O líder de jovem do século XXI deve estar preparado em todas estas áreas e
todos estes níveis ou áreas devem estar equilibrados para um bom desempenho
de liderança.
14-Ser Fiel
Ser fiel em tudo (fiel a Deus, família, igreja, serviço) e sobretudo na
prestação de conta dos serviços prestado com os jovens.
15-Dar gloria a Deus em tudo
Toda a acção do líder (incluindo a acção laboral) tem que estar virada ou
direccionada para glorificação do nome de Deus; ou seja: para honra e glória de
Deus.
4.3.2- Velar pelas necessidades dos Jovens
O líder da Mocidade precisa saber o que os jovens querem ou precisam.
Normas claras, transparência, aconselhamento, educação sexual séria
(abstinência), aprender a dizer não, obstrução no divórcio, incentivo ao trabalho
como voluntários, investimento em sua vida e em seu futuro: esses devem ser
princípios observados pelo líder dos jovens.
Um líder de jovens precisa também estar ligado nos gostos e hábitos da
Mocidade contemporânea: que músicas eles estão ouvindo? Que livros estão
lendo? Quais ambientes estão frequentando? Em que companhia estão andando?

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O que estão usando? O mundo da tecnologia ou da informação não é estático, é
dinâmico. Os jovens ouvem músicas variadas, fazem cultos em diversas Igreja ou
denominações e ministérios, frequentam cinemas, tem encontros escolares,
praticam desportos variados e as vezes de alto risco (Boxe, tekuando, carate), e
queremos analisar o comportamento deles com padrões pré-estabelecidos
esquecendo que esta geração não está presa a estilos, ordens, classes ou famílias.
Acreditamos nós que se o líder da Mocidade considerar todos estes aspectos,
teremos um ministério juvenil saudável.
4.3.3- O que é um ministério juvenil saudável?
É um ministério onde encontramos:
1- Jovens motivados – têm que ser em maior número, com espírito de
voluntariedade, tementes a Deus, obedientes a liderança, pais e as
autoridades governamentais.
2- Objectivos claros – Os objectivos de qualquer programa ou actividade a
ser realizado tem que estar claro, olhando no seguinte: O que fazemos,
como fazemos ou dirigimos e onde queremos chegar.
3- Programas contextualizados – O que tivermos que fazer com os jovens
para alcançarmos os objectivos tem que ser do contexto da Mocidade local.
4- Relacionamentos – Realizar encontros como tarde juvenil, picnic,
consertos, viagens missionárias, encontros de profissionais, sentadas de
jovens casados, discipulado de férias, desportos, e outras actividades
relacionadas com a Mocidade, ira ajudar a termos um relacionamento
saudável.
5- Contexto cultural/social – Compreender a cultura local e contexto social da
Igreja onde estamos a trabalhar para melhor alcançar os jovens.
4.3.4- Investir em líderes potenciais, comprometidos com Deus e
responsáveis
A maior dificuldade desta geração é ter compromisso e responsabilidade.
Parece que eles só se comprometem com coisas do seu interesse e que tenham
valor para eles. É necessária a capacitação porque quem têm uma liderança
capacitada, tem um ministério saudável e obtém alto grau de compromisso.
Liderança é sem dúvida o segredo de um ministério produtivo.
Fui observando que em algumas Igrejas nossas da UIEA, encontramos
adultos liderando jovens. Durante o tempo em que comecei a liderar jovens,

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aprendi que uma liderança maioritariamente jovem tendo adultos somente como
apoio em tarefas específicas, tais como conselheiro de jovens solteiros, casais,
namorados, acompanha-los em acampamentos, viagens e direcciona-los em como
viver (quando necessário), produz melhores resultados.
4.3.5- Necessidades no líder
1- Bom Carácter.
2- Influenciador.
3- Responsabilidade.
4- Paixão por jovens.
5- Comprometido com Deus.
6- Caminhar junto com os jovens.
7- Discutir com eles seus planos.
8- Criar sonhos em conjunto com os jovens.
9- Compartilhar com eles suas principais preocupações.
10- Estabelecer regras e limites.
4.3.6- Conselho para o líder de jovem
1- Não tenha medo de ser avaliado. Jovens são muito sinceros.
2- Ande cercado de “críticos” inteligentes e não murmuradores.
3- Seja contextualizado em suas ministrações.
4- Leia artigos e pesquisas sobre jovens e seus comportamentos.
5- Parceria com líderes de sua cidade e denominação faz muita diferença.
6- Inove sempre que for necessário, seja sensível a mudanças estruturais.
7- Seja flexível, Jovem tem muita coisa a ensinar.
8- Nunca pense que já aprendeu tudo, isso nunca vai acontecer.
9- O novo nem sempre é profano, o jovem gosta do novo.
10-Não lute contra carne nem sangue, existe batalha espiritual.
11-Ore muito antes de decisões importantes.
12-Seja fortalecido no SENHOR e na força do SEU poder.

V- A IGREJA
A Igreja é um corpo vivo e também um organismo. Hoje a palavra Igreja é
usada para designar o prédio, a construção ou o lugar de cultos. Geralmente
dizemos que vamos à Igreja quando na realidade nós é que somos a Igreja. Cada

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cristão é membro da Igreja, cada crente é uma parte muito importante no corpo de
Jesus Cristo.
O apóstolo Paulo usou a ilustração do corpo humano para descrever a Igreja
(1 Coríntios 12:12-28). No nosso corpo cada parte ou membro tem a sua
importância particular e podemos imaginar as dificuldades que temos quando
perdemos um membro como um braço ou uma perna ou um olho. Com esta
ilustração, o apostolo mostra claramente que todo membro da Igreja é útil e tem a
sua importância particular quando fala dos nossos dons individuais concedidos pelo
Espírito de Deus. Cada um tem a responsabilidade particular na edificação da
Igreja de Cristo, por isso é bom que cada um de nós descubra o seu dom e
aplique-o onde melhor poderá servir ao Senhor sem criar desvios no seio do povo
de Deus.
5.1- A responsabilidade da Igreja
É responsabilidade da Igreja velar pela: Adoração, proclamação do
evangelho, instrução cristã, serviço cristão em geral, assistência espiritual e moral,
governar-se, manter-se fiel as Sagradas Escrituras e aos princípios que regem esta
Igreja, planejar a sua programação, provendo meios para a sua execução;
integração de seus membros em suas actividades, levando-os a plena realização
de sua vida cristã; formação de liderança capaz para a obra do evangelho;
integração e cooperação ministerial no nível local e denominacional.

VI- Organização da Mocidade


Quando se pensa sobre da Mocidade e a sua direcção ou corpo directivo é
necessário definir a responsabilidade de cada membro e dos órgãos deliberativos
que a gerem.
6.1- Assembleia
É órgão máximo que delibera todas decisões ligadas a vida do Ministério
juvenil Nacional, Regional e do departamento da Igreja Local e as mesmas serão
executadas através da Direcção Nacional, as assembleias regionais, sub-região e
os departamentos locais.

6.2- Corpo Directivo da Mocidade


O corpo directivo ou conselho da Mocidade é a organização base e de
direcção onde são deliberados todos assuntos e dai extrair conclusões e

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recomendações para o período de trabalho seguinte (Mensal, trimestral, semestral
ou anual). É o órgão de direcção que reúne mensal ou trimestralmente e
extraordinariamente quando for necessário. A composição do corpo directivo deve
obedecer ao seguinte esquema:
1- Presidente
2- Vice-Presidente
3- Secretario
4- Vice-secretário
5- Tesoureiro
6- Vice-Tesoureiro
7- Conselheiro e alguns responsáveis das áreas de apoio a serem criados caso
o contexto justifique.
É eleito pela assembleia da Mocidade de quatro em quatro anos ou de dois em
dois anos de acordo com o contexto e submetidos a assembleia-geral (Igreja, sub-
região, regional e Nacional), podendo alguns deles serem reeleitos caso o seu
trabalho anterior justifique para o mandato seguinte. No que respeita a votação, é
bom que esta seja em voto secreto para cada um dos membros a ser eleito.
Salientar que uma obra dá fruto quando seus líderes produzem frutos espirituais e
tem Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador; para isto é necessário lembrar que
só tem acesso a este corpo, jovens que tenham experimentado a salvação no
Senhor Jesus Cristo.

6.3- Funções específicas dos líderes da Mocidade


Presidente
1- Assistir as reuniões do conselho da Igreja, da sub-região, da região ou do
Secretariado Geral, isto para o presidente Nacional e apresentar um relatório
do trabalho da Mocidade quando necessário.
2- Presidir as reuniões do corpo directivo e as assembleias
3- Verificar se os livros e actos dos dirigentes estão em ordem
4- Ser exemplar no comportamento, aplicação e amizade
5- Conhecer as necessidades da Mocidade e aplica-las no seu programa
6- Elaborar temas a serem pregados nos cultos e estudos juvenis.
7- Desempenhar todas as demais funções inerentes ao cargo como:

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a)- Visitar os membros, dar trabalho adequado ao carácter de cada um,
instrui-los e mostrar apreciação pelo trabalho.
b)- Instruir os dirigentes acerca dos seus deveres, ajuda-los com ideias e
planos especialmente estimulá-los no trabalho.
c)- Convidar externos a assistirem às reuniões da Mocidade e aos cultos.
d)- Representar a Mocidade em encontro com outros grupos juvenis e
estabelecer uma cooperação saudável sem contrariar os princípios que
regem a denominação.
e)- Ser membro em plena comunhão com Deus e a Igreja e ter no mínimo 18
aos 35 anos para a Igreja Local e 18 aos 40 anos para direcção Regional e
Nacional.

Vice-Presidente
1- Estar a par de todo o trabalho da Mocidade
2- Substituir o Presidente na sua ausência ou sempre que houver um
impedimento.
3- Ajudar o Presidente sempre que estiver ocupado.
4- Ser membro em plena comunhão com Deus e a Igreja.
5- Fazer qualquer trabalho dado pelo corpo directivo.

Secretário
1- Tomar e guardar todos os apontamentos das Reuniões.
2- Registar as presenças e faltas dos membros às reuniões.
3- Cuidar de todas as correspondências com outros grupos juvenis e incentivar
a correspondência inter-denominacional.
4- Manter o grupo devidamente organizado.
5- Avisar ou relembrar as datas das reuniões do corpo directivo.
6- Elaborar e ler as actas das reuniões anteriores quer do corpo directivo quer
das assembleias da Mocidade.
7- Elaborar escalas de pregadores e dirigentes dos programas juvenis e
submete-los ao presidente.
8- Assinar juntamente com o Presidente os, relatórios a serem elaborados.
Vice-secretário
1- Estar a par de todo o trabalho da Mocidade

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2- Substituir o Secretario sempre que houver um impedimento ou na sua
ausência.
3- Ajudar o Secretario sempre que estiver ocupado.
4- Ser membro em plena comunhão com Deus e a Igreja.
5- Fazer qualquer trabalho dado pelo corpo directivo.
Tesoureiro
1- Receber e guardar com segurança todos os fundos da Mocidade.
2- Registar todos os movimentos financeiros em livros apropriados.
3- Ser o responsável pelas ofertas, quotas e ofertas especiais.
4- Fazer juntamente com o corpo directivo o orçamento da Mocidade.
5- Fazer o pagamento de todas as despesas autorizadas pelo corpo directivo.
Vice-Tesoureiro
1- Estar a par de todo o trabalho da Mocidade
2- Substituir o Tesoureiro sempre que houver um impedimento ou na sua
ausência.
3- Ajudar o Tesoureiro sempre que estiver ocupado.
4- Ser membro em plena comunhão com Deus e a Igreja.
5- Fazer qualquer trabalho dado pelo corpo directivo.
Conselheiro
1- Alguém idóneo e de preferência casado
2- Estar presente em todas as reuniões do conselho ou corpo directivo e da
direcção da Mocidade.
3- Participar activamente nas actividades a serem realizadas pela Mocidade e
aconselha-los.
4- Inteirar-se da vida espiritual, social, emocional e material dos jovens e ajuda-
los em aconselhamento.
5- Ser amigo dos jovens
6- Ter confiança na Mocidade e estar firme com eles, esclarecendo certas
dúvidas, interpretar as ideias e atitudes dos jovens e dos adultos.
7- Fazer criticas construtivas se for necessário, acerca dos programas afim de
ajuda-los a melhorar a sua prestação de serviço.
8- Ser o porta-voz do programa da Mocidade a outros adultos, colher
informações a fim de melhorar os programas juvenis e as relações entre
jovens e adultos.

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9- Ver se a Mocidade cresce na perspectiva do alvo programado.
10-Visitar os jovens, os pais dos mesmos e mostrar-lhes a necessidade da
assistência regular aos programas juvenis.

6.4- O pastor da Igreja


O pastor da Igreja é o Conselheiro principal dos jovens de qualquer Igreja. O
progresso do programa da Mocidade depende da atenção do pastor e dos adultos
da Igreja.
É necessária a sua presença regular nos encontros da Mocidade e estar inteirado
do trabalho e planos da Mocidade. Um dos mais sagrados deveres do bom pastor é
ser amigo das suas ovelhas incluindo os jovens da sua Igreja. Deve estar a par das
suas dificuldades gerais e particulares e inspira-los como o apóstolo Paulo inspirou
Timóteo.
6.5- Programa das reuniões do corpo directivo
1- Boas vindas, hino, oração para abertura da reunião e meditação para criar
um ambiente de paz.
2- Apresentar agenda da Reunião, ser apreciada e aprovada pelos membros
presentes.
3- Leitura e aprovação da acta da reunião anterior.
4- Leitura do movimento financeiro.
5- Discussões dos assuntos da reunião passada que não foram terminadas.
6- Diversos
7- Encerramento com um hino e a bênção.
Obs: As reuniões devem ser organizadas para se ouvir as necessidades e a
preocupação dos jovens, evitar discussões fortes e desvios do alvo da reunião ou
do assunto em análise. O Presidente e os conselheiros, devem actuar como os
moderadores das discussões. É dever dos líderes saber ouvir e ficar em silêncio
quando um deles estiver a falar e para além disso, só se deve falar com
autorização do Presidente ou da pessoa que estiver a presidir a reunião; só assim
é que teremos ardem na reunião.

6.6- Aspectos gerais


1- Pedir licença ao presidente sempre que deseja intervir e deseja sair.
2- Comentar apenas sobre o assunto ou ideia que for apresentada na reunião.

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3- Nunca interromper outro membro. O líder que fizer isto mais de três vezes
deve abandonar a reunião. Nem mesmo o Presidente deve interromper
ninguém.
4- Depois de ser autorizado pelo Presidente, o membro tem direito de
apresentar a sua proposta ou ideia sobre o assunto em análise, pergunta ou
pedir explicado sobre o assunto apresentado.
5- É importante que todos assuntos sejam discutidos na reunião devendo cada
um dos membros ser franco para evitar que se comece a comentar fora da
reunião.
6- Em certos assuntos é conveniente recorrer a votação.
7- Cada membro tem direito á um voto.

6.7- Dever do Corpo directivo


1- Reunir-se semanalmente ou mensalmente de acordo com o contexto da
Igreja e extraordinariamente quando necessário para seus programas
normais.
2- Avaliar os frutos do trabalho já realizados.
3- Propor programas para serem apresentados aos jovens.
4- Organizar um plano geral de trabalho e apresenta-lo ao conselho da Igreja.
5- Preparar um orçamento sobre as receitas das despesas.
6- Propor em cada reunião da direcção os assuntos a serem tratados na
próxima reunião, se for possível (Agenda).
7- Cumprir com as deliberações saídas nas reuniões.
8- Apresentar aos jovens as conclusões e recomendações saídas na reunião
ou assembleia quer do conselho da Igreja, da sub-região, regional, ou
nacional.
9- Cultivar o hábito de comunicação entre líderes e liderados.
10-Os departamentos juvenis locais, devem realizar cultos semanais onde se
aprende a palavra do Senhor, a momentos recreativo e recolha de ofertas
tudo para honra e gloria a Deus.

6.8- Convites de pregadores e corais

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Todos os departamentos que constituem a Igreja, gozam de direito e imunidade
no que concerne os convites de pregadores e corais a fazerem parte de suas
actividades desde que:
1- Façam a proposta ao conselho da Igreja um mês antes para sua apreciação.
2- Seja alguém que não contrarie a doutrina Bíblica e os princípios que regem
a denominação provocando dúvidas aos membros.
3- Seja recomendado pela sua Igreja.
4- A prioridade dos corais seja de Igrejas membros da UIEA, AEA e algumas
do CICA que tenham relações com a UIEA em termo de princípios Bíblicos e
prática de fé.
6.9- Saídas
1- O coral só deve sair com autorização do pastor e do conselho da Igreja.
2- Os convites devem chegar duas semanas antes a direcção da Mocidade na
pessoa do Presidente e este por sua vez encaminhar ao conselho ou ao
pastor para o seu visto.
3- Todo jovem que tiver de viajem deve solicitar ao secretário da Igreja para
que lhe seja passada a carta de recomendação e dar a conhecer a direcção
da Mocidade.
4- Os sub-departamentos e grupos existentes nas Igrejas, só devem sair com
autorização da direcção da Mocidade e do pastor ou direcção da Igreja.
5- Devem submeter-se as orientações da direcção da Mocidade.
6- A Mocidade da UIEA pode manter relações de intercâmbio com jovens de
outras denominações e ministérios reconhecidos e com princípios Bíblicos
como: a MPC, GBECA e outras com boa reputação desde que observem o
que esta escrito no ponto 2 das saídas.

VII- SUBDEPARTAMENTOS E GRUPOS


7.1- Adolescentes
É responsabilidade da direcção da Mocidade cuidar e acompanhar os
adolescentes. O líder deve ser escolhido pela direcção da Mocidade com
aprovação do conselho da Igreja. O mesmo deve fazer parte da direcção da
Mocidade e prestar contas nas reuniões e apresentar o plano de actividades.
7.2- Grupos
Os grupos juvenis existentes na Igreja, devem:

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1- Obedecer as orientações da direcção da Mocidade.
2- Devem apresentar um projecto onde descrevem o porque da criação ou
existência do grupo, publico alvo, objectivo, visão do grupo, área de
actuação e o líder.

Obs: Todo e qualquer ministério ou grupo que não trabalhe para auxiliar o
ministério da Igreja, será destituído.

VIII- FINANÇAS E PATRIMÓNIO


Toda e qualquer organização precisa de sustento para sua sobrevivência.
Assim sendo, o nosso sector para além do sustento espiritual, também precisa de
meios financeiro e material para a sua sobrevivência e concretizar os objectos
traçados.
O sector da Mocidade UIEA, não possui outra fonte de receita que não seja o
membro. Consideram-se receitas do sector da Mocidade o seguinte:
1- Apoio financeiro concedido pela Direcção Geral da UIEA, regional ou da
Igreja local com vista ao desenvolvimento das suas actividades;
2- Contribuição mensal de 50% das receitas mensais de cada membro;
3- Ofertas dos domingos trimestrais e ofertas especiais;
4- Ofertas voluntárias, doações e legados compatíveis com o carácter de suas
finalidades.
5- Quota anual de 500.00kz para todos membros; Cada Igreja é livre de
adaptar este valor a sua realidade desde que não esteja abaixo do mínimo
estabelecido e do número de jovem existente na Igreja.
6- Os valores serão movimentados da seguinte forma: a quota anual divide-se
100.00kz para o departamento local, 100.00kza sub-região que por sua vez
dividira 50.00kz para a sua caixa e 50.00kz para a região e 300.00kz para o
Sector Nacional. Quanto as ofertas 50% ficam na caixa do departamento
local 10% para a sub-região 15% para a região e 25% para o Sector
Nacional. Os domingos trimestrais serão movimentados da seguinte forma:
50% fica na caixa do departamento local, 50% para a região (dos quais 25%
serão enviados ao Sector Nacional da Mocidade), segundo a acta da
Assembleia Nacional da Mocidade realizado na região de Luanda, Bengo e

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Malanje concretamente na Província de Luanda em 4 a 7 de Setembro de
2014.
7- As despesas do Sector ou departamento somente serão efectuadas na
promoção e execução de seus objectivos regimentais segundo o orçamento;
8- O fundo do Sector ou departamento é gerido pelo Tesoureiro da Mocidade,
supervisionado pela Administração Geral da Igreja, da região ou Nacional;
9- As contas bancárias, terão pelo menos quatro signatários, sendo
necessárias duas assinaturas para o seu movimento;
10-O fundo permanente anual, deve ser entregue por todos jovens dos 18 a 38
anos de idade corista ou não corista.

Obs: É importante salientar que a principal fonte de receita da Mocidade são as


ofertas e as cotas.

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CONCLUSÕES

Com estas pequenas considerações, acreditamos que o corpo directivo


estará melhor equipado para desenvolver as suas actividades e terá uma visão
mais ampla da obra. É importante que a direcção da Mocidade se lembre que faz
parte de toda Igreja e que eles têm um grande papel no desenvolvimento da Igreja.
Cada Igreja tem o seu corpo directivo que trabalha juntamente com o seu pastor; o
Presidente deve fazer parte do corpo directivo da Igreja.
É importante termo em conta que na direcção da Mocidade, o Presidente
não é o mais importante nem o mais inteligente, devendo todas as decisões serem
deliberadas na reunião do corpo directivo. Em alguns casos como jovens queremos
ser independente e quando não acontece mostramos atitudes menos boas,
independência não significa fazer as coisas com libertinagem, mas ter a autonomia
de decidir as coisas por si mesmo respeitando as opiniões dos adultos. A Mocidade
da UIEA é autónoma, independente, mas que observa a Bíblia, os documentos que
regem a denominação e os conselhos de pessoas adultas. A comunicação é muito
importante para qualquer instituição ou família. De forma a mantermos uma boa
relação entre jovens e adultos, é necessário que haja comunicação. Hoje nota-se
pouco comunicação entre adultos e os mais novos, os assuntos são resolvidos com
base no estatuto, que não é errado porque é o documento que nos orienta para
além da Bíblia, mas devíamos sentar e analise a origem do problema e dar solução
em vez recorrer logo no estatuto que de vez em quando os jovens entendem como
refúgio dos mais velhos. Tenho a plena certeza que se investigarmos a origem e
juntos (Jovens e adultos) atacarmos o problema e não as pessoas e primarmos
pelo discipulamento de líderes, pela comunicação e pela sensibilidade, e fidelidade
a Deus, estaremos construindo uma Mocidade forte e unida pelo Espírito Santo,
capaz de enfrentar todas as tempestades e dar o seu fruto na estação própria
olhando para a nossa visão que é:

As Igrejas da UIEA tenham jovens discípulos de Jesus Cristo, que assumem


um compromisso verdadeiro com o reino de Deus, a Igreja e a sua missão e
a sociedade; e promovem a unidade e o crescimento do jovem Angolano
enquanto ser humano integral.

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BIBLIOGRAFIA
Bíblia de Estudo Genebra SBB 2009.
Bíblia de Estudo a Capelania NVI 2010.
Chiquete E.N.A.2013. Material de apoio as aulas da cadeira de Jovens e Crianças.
Lubango.
ISTEL.
Concordância Bíblica. SBB 1975.
Fonseca J. Dicas para trabalhar com os jovens. Disponível em: www.google.com.br
Manjinela J. 1985. Manual da Mocidade da UIEA 1ª Edição.
Mussango J.F.2013. Reflexão Teológica sobre o Ministério Juvenil na UIEA.
Lubango:
ISTEL.
www.ebdonline.com.br

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