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ÍNDICE

APRESENTAÇÃO............................................................................................................................. 03

Lição 1 - SOU MEMBRO E AGORA?................................................................................................ 04

Lição 2 - METODISMO................................................................................................................... 06

Lição 3 - DIREITOS E DEVERES....................................................................................................... 11

Lição 4 - SACRAMENTOS............................................................................................................... 14

Lição 5 - DÍZIMOS E OFERTAS....................................................................................................... 17

Lição 6 - PANORAMA BÍBLICO...................................................................................................... 20

Lição 7 - MINHA MISSÃO............................................................................................................. 24

BIBLIOGRAFIA............................................................................................................................... 26

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APRESENTAÇÃO

Este manual tem por objetivo auxiliar novos/as convertidos/as bem como pessoas que querem ser recebidas
como membro da Igreja Metodista. Visa ainda apresentar em linhas gerais, as principais Doutrinas e Ênfases Bíblicas
a respeito da nossa fé, segundo a visão e tradição do povo chamado por Deus para “espalhar a Santidade Bíblica na
terra e reformar a nação”.
As origens da Igreja Metodista estão relacionadas fortemente com o discipulado. Desde o início, John Wesley
enfatizou os grupos pequenos, os quais no futuro impulsionaram o movimento metodista a um grande crescimento.
Hoje, a prática do discipulado foi resgatada de nossas raízes, e a igreja tem crescido de forma madura e saudável.
Os membros da Igreja Metodista têm a graça e a liberdade de vivenciar esta transformação. Cada novo
membro inserido, não se limita a conhecer seus “direitos e deveres” canônicos, ele é inserido de forma que se
envolva na igreja com o objetivo de crescer e se tornar um líder em potencial, tudo isso porque o discipulado e o
seu envolvimento na célula o possibilita de uma forma dinâmica e frutífera. Sendo cuidado e treinado, o novo
membro vai entender e cumprir a sua missão, não como mero expectador nos bancos da igreja, mas amadurecido
e efetivo para servir.
O INICIE traz para nós sete temas básicos para nos ajudar em nosso desenvolvimento saudável.
Sou membro e agora. Todo membro da Igreja Metodista é chamado por Deus para ser um cristão autêntico,
obediente, fiel e missionário.
Metodismo. Nós metodistas valorizamos a nossa história, doutrina e costumes. Cremos que Deus levantou
esta igreja com um propósito missionário e louvamos ao Senhor por este privilégio.
Direitos e Deveres. A Igreja Metodista reconhece que o membro tem os seus direitos e deveres, e como servo
de Deus, deve participar ativamente das programações da igreja local com amor e dedicação.
Sacramentos. A Igreja Metodista entende que os sacramentos, Ceia e Batismo, foram instituídos por Jesus
Cristo e são sinais da graça e boa vontade de Deus para a igreja, portanto, têm um valor inestimável!
Dízimos e ofertas. É mais do que um dever ser fiel na entrega dos Dízimos e ofertas, pois representa a gratidão
ao Senhor pelas bênçãos alcançadas.
Panorama Bíblico. Para nós metodistas, o estudo da Bíblia é fundamental para a nossa caminhada cristã e
crescimento espiritual.
Minha Missão. Na Primeira Conferência Metodista, na Inglaterra em 1744, foi descrita a nossa missão:
“Reformar a nação, especialmente a Igreja, e espalhar a santidade bíblica sobre toda a terra.”
Nosso desejo é que você seja realmente fiel aos propósitos de Deus e que possa demonstrar frutos desta
aceitação na sua vida, buscando viver com Cristo Jesus a cada dia.
Deus te abençoe!

Câmara Regional de Discipulado - 4ª RE

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Lição 1 - SOU MEMBRO E AGORA?
Pergunta:
Como é a sua experiência familiar?

Ao nos convertermos a Cristo e iniciarmos nossa caminhada na vida cristã, ganhamos uma nova família. Jesus,
na “Oração do Pai nosso”, ensinou os seus discípulos a chamarem a Deus de Pai (Mateus 6.9). O apóstolo Paulo
escreveu para a Igreja de Roma que o Pai nos escolheu e separou para tornarmos parecidos com o seu primeiro
Filho, Jesus, de modo a ter uma grande família de filhos e irmãos semelhantes a Ele (Romanos 8.29).
O nome dessa grande família de Deus, de acordo com a Bíblia Sagrada, é Igreja. A Igreja não é um prédio, uma
instituição ou uma cúpula de líderes religiosos. Não! A Igreja é a união daqueles/as que se converteram a Cristo e,
agora, têm a Deus por Pai. Além de família, outra metáfora referente à Igreja é a do corpo. Por quê? Porque um
corpo é o resultado da união de diversas e diferentes partes com um propósito comum: a vida. O apóstolo Paulo
escreveu: “Cristo é como um corpo, o qual tem muitas partes. E todas as partes, mesmo sendo muitas, formam um
só corpo. Assim, também, todos nós, judeus e não judeus, escravos e livres, fomos batizados pelo mesmo Espírito
para formar um só corpo. E a todos nós foi dado de beber do mesmo Espírito. (...) Pois bem, vocês são o corpo de
Cristo, e cada um é uma parte desse corpo.” (1Coríntios 12.12-13 e 27).
A partir do momento que uma pessoa é batizada em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo ou se já foi
batizada, assume os votos de membro, ela se identifica com a Igreja de Jesus e passa a ter compromisso com uma
Igreja local. Assim, a Igreja pode ser vista de duas maneiras. Primeiramente, a Igreja universal e invisível, termos
que fazem referência aos crentes de todos os períodos da História e de todos os lugares do planeta, com os quais
não convivemos, mas dos quais somos irmãos/ãs em Cristo. Em segundo lugar, a Igreja local e visível, que se refere
aos crentes que se reúnem em determinado tempo e local, com os quais podemos, efetivamente, nos relacionar.
Um exemplo de Igreja local e visível, dentre outros, é a Igreja Metodista local.

1. A IGREJA PEQUENA

A pequena igreja é chamada Célula. As Células acontecem semanalmente, em diversos dias e horários, nas
casas de pessoas que se dispõem a ser anfitriãs, sob a direção de um/a líder. Cada membro, frequentador e visitante
da Igreja Local é fortemente orientado e incentivado a participar regularmente de uma Célula e a receber
capacitação para, um dia, tornar-se líder.
O objetivo da Célula é proporcionar relacionamentos mais próximos, o compartilhar da vida, momentos de
oração e ministração da Palavra de Deus e principalmente falar do amor de Jesus àqueles/as que ainda não fizeram
a opção por Ele a ponto da Célula crescer com os/as novos/as convertidos/as e assim multiplicar em novas Células.
Através das Células podemos alcançar mais e mais vidas com a mensagem da salvação e assim transformar
nossos/as amigos/as, familiares, vizinhos e toda a cidade.
Acreditamos que em breve você, querido/a aluno/a, será também um/a líder de Célula, estará a frente de um
grupo para compartilhar o amor de Deus e levar muitas vidas ao encontro com Cristo Jesus. Esse é o chamado de
Deus para sua vida. Para isso, você será capacitado/a a partir de um trilho de formação (abaixo), na qual receberá
conhecimento e as ferramentas necessárias para iniciar uma Célula. Hoje você está se preparando para ser um
membro da Igreja Metodista, mas amanhã será um/a líder frutífero/a do Senhor Jesus, cumprindo assim o seu
propósito nessa terra.

Trilho de Formação:

Curso INICIE Curso INSPIRE Curso PRATIQUE Curso FRUTIFIQUE


Preparar para se Aprofundamento Desenvolvimento Treinamento em
tornar membro da da vida cristã da Célula Liderança de Célula
Igreja Metodista

INICIE 4
2. A IGREJA GRANDE

A grande igreja se dá nos cultos públicos, eventos e ministérios da Igreja Metodista. Os cultos acontecem
semanalmente no templo da Igreja Local aos domingos e semanalmente; os eventos, de acordo com a agenda de
atividades. Os ministérios existem para servir à igreja em suas necessidades diversas. Assim, a Igreja Grande é
organizada em Dons e Ministérios. Os Dons são presentes que o Senhor nos deu para servi-lo, como também servir
a igreja e ao próximo. Todos/as que entregaram suas vidas a Cristo receberam o Espírito Santo e cada um/a
individualmente foi dotado de dons. Assim, todos/as são chamados/as para desenvolver e ministrar os dons que o
Senhor nos tem concedido. Somente há sentido para os dons quando eles se expressam em serviço.
Os Ministérios foi a maneira que a igreja encontrou de organizar e potencializar os dons recebidos. Eles existem
conforme as necessidades da igreja e da comunidade na qual está inserida. O objetivo dos Ministérios é o serviço
a Deus, ao próximo e a igreja. São responsáveis pela dinâmica do culto, da formação, capacitação dentre outras
áreas de atuação. Todos os membros e participantes da Igreja Metodista devem estar envolvidos nos Ministérios
da Igreja conforme seus dons. Deus nos presenteou com os Dons e Ministérios para que possamos cooperar com
Ele no projeto de salvação.

CONCLUINDO

Como é possível observar, a Igreja é o espaço do serviço a Deus, a sua Igreja e ao próximo. Através dela, cada
participante é envolvido na missão do Senhor, potencializando seus dons, tornando-se um membro ativo e
dinâmico na nova família da fé. Na igreja pequena o desenvolvimento cristão acontece por meio da Célula e na
igreja grande através dos Ministérios.
É importante destacar que o ingresso no Ministério se dá através das áreas na qual o membro se encontra
mais apto, onde o seu dom é mais evidente, onde há maior identificação. Por exemplo, gosta de ensinar, então a
área educacional é mais apropriada; gosta e sabe cantar ou toca algum instrumento, o Ministério de Música é o
mais indicado e assim por diante.
Sendo assim, envolva-se!

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Lição 2 - METODISMO
1. O FUNDADOR DO METODISMO

Nome: John Wesley


Nascimento: 17 de junho de 1703, em Epworth (Inglaterra)
Falecimento: 2 de março de 1791, em Londres (Inglaterra)
Pais: Samuel e Suzana Wesley

Samuel Wesley não era uma pessoa querida pelos seus paroquianos e, por isso, tanto ele como a família
sofreram alguns ataques violentos. Na noite de 9 de Fevereiro de 1709, deitaram fogo à reitoria. Uma das mais
conhecidas histórias sobre John Wesley refere-se ao seu salvamento, quando tinha cinco anos de idade, por um
homem firmado nos ombros de outro, pouco antes de o teto ruir. O grito de Suzana "não é este um tição retirado
do fogo?" tornou-se uma profecia. O próprio John foi, mais tarde, influenciado pela convicção da mãe de que Deus
tinha uma missão especial para ele.
John Wesley viveu na Inglaterra do Século XVII, quando o cristianismo, em todas as suas denominações, estava
definhando. Ao invés de influenciar, o cristianismo estava sendo influenciado de maneira alarmante pela apatia
religiosa e pela degeneração moral. Dentre aqueles que não se conformavam com esse estado paralisante da
religião cristã sobressaiu-se John Wesley. Primeiro, durante o tempo de estudante na Universidade de Oxford,
depois como líder no meio do povo. John Wesley pertencia a uma família pastoral que vivia em Epworth, numa
região afastada de Londres. Em seu lar absorveu a seiva de um cristianismo genuíno.
Ao entrar para a universidade, Wesley não se deixou influenciar pelo ceticismo cínico e nem pela libertinagem.
Como reação a isso formou, junto com outros poucos jovens, o chamado "CLUBE SANTO". Os adeptos dessa
sociedade tinham a obrigação de dar um testemunho fiel da sua fé cristã, conforme as regras da Igreja Anglicana.
Eram rígidos e regulares em suas expressões religiosas, no exercício de ordem espiritual e no auxílio aos pobres,
aos doentes e aos presos. Por causa dessa regularidade, os demais companheiros da universidade zombavam e
ridicularizavam os membros do "CLUBE SANTO" dando-lhes o apelido de "METODISTAS".
Embora cumprisse fielmente a disciplina do "clube", John Wesley não se sentia satisfeito. Durante anos lutou
com esse sentimento de insatisfação até que em 24 de maio de 1738, na rua Aldersgate em Londres, passou por
uma experiência espiritual extraordinária, que é assim narrada em seu diário:

"Cerca das nove menos um quarto, enquanto ouvia a descrição


que Lutero fazia sobre a mudança que Deus opera no coração através da
fé em Cristo, senti que meu coração ardia de maneira estranha. Senti que,
em verdade, eu confiava somente em Cristo para a salvação e que uma
certeza me foi dada de que Ele havia tirado meus pecados, em verdade
meus, e que me havia salvo da lei do pecado e da morte. Comecei a orar
com todo meu poder por aqueles que, de uma maneira especial, me
haviam perseguido e insultado. Então testifiquei diante de todos os
presentes o que, pela primeira vez, sentia em meu coração."

Para John Wesley, clérigo da Igreja Anglicana, esse novo sentir não era como a conversão de um infiel a Cristo.
Era um aprofundar na compreensão do que significa ser cristão. O movimento metodista por muitas décadas não
se organizou em igreja. Na Inglaterra o movimento organizou-se em igreja somente pouco depois da morte de John
Wesley em 22 de março de 1791. Sendo assim, o fundador do movimento metodista morreu Anglicano, sem nunca
ter pertencido à Igreja Metodista.

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2. O METODISMO NA INGLATERRA

A primeira coisa a estabelecer é que o Metodismo é parte integrante do movimento Protestante. Herdeiro da
Reforma, mediante a Igreja da Inglaterra, cujos 39 Artigos formam a base dos Artigos de Religião do Metodismo e
cuja liturgia (O Livro de Oração Comum) exerceu grande influência na liturgia metodista. O Metodismo aceitou as
três colunas principais da Reforma - A autoridade das Escrituras, a Justificação pela Fé e o Sacerdócio Universal dos
crentes.

Metodismo na Inglaterra no tempo de Wesley:


Cinco chaves para compreender nossa herança Metodista

Primeira chave: Experiência do dia 24 de maio de 1738.


A famosa experiência de John Wesley numa reunião à Rua Aldersgate, em Londres, a exemplo de Martinho
Lutero, na torre de Wittenberg, marcou o clímax de uma longa busca de um relacionamento satisfatório com Deus
em Cristo. Qual é o sentido desse evento? Pela descrição do próprio Wesley, os metodistas têm, tradicionalmente,
enfatizado o "coração aquecido". E certamente a emoção faz parte da experiência; afinal, o ser humano não é só
cérebro, mas os sentimentos e emoções lhe são molas de ação. Mas uma das coisas mais importantes da descrição
do próprio Wesley sobre "Aldersgate" é que houve uma íntima ligação entre a experiência religiosa e a sua doutrina.
Uma outra maneira de dizer a mesma coisa seria dizer que a compreensão doutrinária de Wesley (muito embora
profundamente fundamentada na Palavra de Deus) surgiu de sua experiência. Teologia, em Wesley, não é algo
distante, especulativo, divorciado da vida; pelo contrário, ela nasce da vida religiosa, ou seja, da experiência da
salvação. Por isso vale a pena estudarmos o registro de Wesley sobre o que aconteceu no dia 24 de maio. Podemos
fazer isso em poucas linhas, mas cada uma poderia fornecer matéria para uma boa discussão.
(1) A experiência de Wesley nasceu da Palavra de Deus. Alguém lia do Prefácio de Lutero à Epístola aos
Romanos. Foi no momento que Wesley ouviu da "mudança que Deus opera no coração pela fé em Cristo" que ele
experimentou a fé! Confirmou o que Paulo dissera que "a fé é pelo ouvir e o ouvir pela palavra de Deus" (Romanos
10.17).
(2) A experiência foi fundamentalmente do Dom da fé. Mas Wesley aprendeu, com Lutero, de que consiste a
verdadeira fé - é confiança (não crença). "Senti que confiava em Cristo, Cristo tão somente para minha salvação...".
Fé, então, é confiar a vida nas mãos de Cristo, estabelecer aquele relacionamento pelo qual Cristo se torna Senhor
e Salvador pessoal.
(3) Com o ato de confiar sua vida a Cristo, estabelecendo um novo relacionamento, Wesley foi perdoado, ou
seja, percebeu que Cristo havia tirado seus pecados - não era apenas o cordeiro de Deus que tira pecado do mundo,
mas o Salvador que tirava os pecados de John Wesley.
(4) Daquilo que Cristo lhe fizera, o Espírito Santo testificou, pois no mesmo momento "uma segurança" lhe foi
dada de que Cristo havia tirado seus pecados e o havia salvado "da lei do pecado e da morte".
(5) Só? Não, há mais! Wesley diz que começou a orar pelos inimigos e perseguidores! Sem mencionar o Novo
Nascimento, Wesley demonstrava nesta nova capacidade de perdoar que Deus não havia apenas lhe perdoado,
mas também transformado o seu íntimo. Como os metodistas cantam: "Tu não somente perdoas, purificas
também, ó Jesus". Concluímos, então, que uma das principais características do metodismo wesleyano era, ao invés
de teologia especulativa, uma íntima conexão entre a doutrina e a experiência.

Segunda chave: Evangelização.


Devemos lembrar que não foi apenas John Wesley que teve uma experiência religiosa transformadora em
maio de 1738; Carlos, irmão de John Wesley, também, no domingo anterior, recebera o dom da fé. Carlos traduziu
sua experiência, que ocorrera no Domingo de Pentecostes, num hino que lembra as línguas de fogo do primeiro
Pentecostes - "Mil línguas eu quisera ter". Em certo sentido, enquanto John viajava por toda a parte proclamando
através da pregação as boas novas de vida nova em Cristo Jesus, Carlos, através de 6.500 hinos de sua autoria
também evangelizava. Há certas características da evangelização wesleyana que deviam ser notadas:
Primeiro, o século XVIII presenciou o nascimento de uma nova classe social, a dos operários. Os primeiros
representantes dessa nova classe eram mineiros. Oprimidos pelas longas horas de trabalho árduo e baixo salário,
os mineiros não eram levados em conta pela igreja oficial, e poucos deles procuravam a mesma. Foi aos mineiros
de Kingswood e Bristol que os metodistas primeiro foram para lhes oferecer vida em Cristo! Mais tarde, com o
crescimento das fábricas, os operários e operárias seriam objeto da mensagem metodista e fariam parte integrante

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da sociedade e classes metodistas. Muito antes da igreja anglicana tomar consciência da própria existência dessa
nova classe, os metodistas já lhes ministravam.
A segunda coisa a notar é que havia necessidade de descobrirem-se novos métodos e agências para atender a
essa nova situação. A pregação ao ar livre provou ser o meio para atingir essa nova classe. George Whitefield e
Wesley pregavam aos mineiros ao saírem estes das minas, pois os mineiros não procuravam a igreja. Nas praças de
Londres, Bristol e Newcastle, os metodistas ofereciam Cristo ao público atônito com essa inovação! Mas se a
pregação ao ar livre provou ser o instrumento, os agentes, muito mais do que ministros ordenados, passaram a ser
os pregadores leigos (pregadores sem formação teológica). Desde a pregação do jovem Tomas Maxfield, que
trabalhava com Wesley como "filho no evangelho" no seu centro em Londres (a "Fundição") e que Suzana Wesley
considerava tão vocacionado como seu próprio filho John! Pessoas com "graça" (experiência pessoal de fé), "dons"
(capacidade para proclamar claramente as boas novas) e "frutos" (resultados positivos da sua pregação em termos
de despertamento e conversão) e que se dispunham a trabalhar nos lugares onde Wesley indicava, e que se
comprometiam a ler pelo menos 6 horas por dia, militavam como profetas (proclamadores) sob a orientação de
John Wesley.
A terceira coisa a ser notada nesta evangelização metodista é sua estreita ligação com o serviço ao povo e ação
social. Talvez baste lembrarmos que a última carta que o velho Wesley escreveu foi endereçada a William
Wilberforce, encorajando na sua luta no parlamento inglês contra escravidão.

Terceira chave: O povo.


Wesley nunca teve a intenção de que o metodismo passasse a ser uma nova igreja, ele pretendia que fosse
um movimento em sua amada igreja anglicana (da qual nunca saiu) para seu despertamento e capacitação para o
exercício da missão de Deus. A preocupação de Wesley era o POVO. Ele dizia que seus seguidores eram "o povo
chamado Metodista". Já vimos acima que deste povo Wesley conseguiu seus pregadores e pregadoras - pois Wesley
permitia que mulheres como Mary Bosanquet pregasse. De Mary, Wesley dizia que sua palavra era tudo "luz e
fogo". Assim Wesley descobriu um modo fácil de expressar a doutrina de Lutero, o "Sacerdócio Universal do
Crente".
Mas a ênfase do povo não para com a pregação de leigos. Por mais importante que fosse o Metodismo via sua
missão como uma realizada pelo povo e em prol do povo. É por isso que nos principais centros do metodismo
wesleyano surgiu escolas, orfanatos, ambulatórios, fundos de empréstimo, centro de artesanato etc. Foi por isso
que Wesley e os Metodistas lutavam contra a escravidão que degradava e explorava o povo africano. Foi para poder
servir o povo que o próprio Wesley procurava ganhar todo dinheiro possível e economizar o máximo - não para
ficar rico, mais para ter recursos para "dar tudo possível". Por isso, já nos seus dias de professor em Oxford, ele
havia economizado dinheiro que normalmente teria gasto com carvão para sua lareira. Ele aguentava o frio dos
invernos ingleses para ter dinheiro para pagar uma professora de uma classe de crianças pobres da cidade de
Oxford.

Quarta chave: Santificação / Perfeição.


John Wesley entendia que a santificação é um processo de crescimento em graça que começa no momento
que, pela fé, Deus perdoa o pecador arrependido e inicia o processo da sua transformação íntima. A perfeição é um
Dom de Deus pelo qual aperfeiçoa sua obra no crente, enchendo-o de amor para com Deus e o próximo. A chave
para entendermos a perfeição é o AMOR. Wesley tinha muitos sinônimos para a perfeição, sinônimos estes que
não inventou, mas achou na palavra de Deus. Perfeição é pureza de coração, é imitação de Cristo, é comunhão
ininterrupta com Deus e com seus propósitos, mas mais do que qualquer outra coisa, é o Amor. O estudo do livro
aos Hebreus o convenceu da absoluta necessidade de santidade na vida do discípulo de Jesus.
Para Wesley, a primeira epístola de João é o melhor do comentário sobre a perfeição cristã. Nesta epístola, a
ligação entre o amor e a vida cristã é patente: "aquele que diz que está na luz mas odeia seu irmão ainda está nas
trevas até agora" (1João 2.9). O mesmo autor adverte: "filhinhos, não amemos de palavras nem de língua mas por
ações e em verdade" (1João 3.18), o que muito nos lembra de Tiago que questiona a fé daquele que nada faz em
prol do irmão sem roupa nem alimento (Tiago 2.14-15).

Quinta chave: Ênfase missionária do Metodismo Wesleyano.


Os/as metodistas definiram sua razão de existência em termos de "Reformar a nação, particularmente a igreja,
e espalhar Santidade Bíblica em toda nação". Acabamos de ver de como serviam impulsionados a levar as boas
novas aos operários e aos pobres, geralmente negligenciados pela igreja oficial. Mas havia também algo dentro do
metodismo que o fez vencer as barreiras dos mares, pois logo ele é levado espontaneamente para a Irlanda, Escócia,
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as Ilhas do Canal, para o continente europeu e para o Novo Mundo - para Antígua no Caribe, para as Colônias que
viriam a ser os EUA, para Terra Nova, parte do atual Canadá. Aliás, uma igreja que não é missionária é ou morta ou
moribunda.

3. O METODISMO NOS EUA

O surgimento do metodismo nos Estados Unidos foi espontâneo. Ocorreu com a imigração de irlandeses,
ingleses e escoceses, na procura de novas oportunidades, por volta de 1760. Tendo o movimento metodista
crescido, passou a solicitar pastores para a assistência espiritual dos fiéis. Assim, são enviados por Wesley, de dois
em dois, a partir de 1769, os missionários Richard Boardman e José Pilmoor; em 1771, Francisco Asbury e Richard
Wright; em 1773, Thomas Rankin e George Shadford; e em 1774, Martin Rodha e James Dempster.
Em 1776 estourou a Guerra da Independência. Todos os missionários enviados por Wesley voltaram para a
Inglaterra, menos Francisco Asbury, que sentiu que seu dever era ficar com as suas ovelhas na América. A partir
daí, a Igreja cresceu, organizando-se em 1784 e expandiu-se pelas treze colônias americanas. Em 1808, elegeu seu
primeiro bispo, Willian MacKendre.
A escravidão foi fator motivador de divisão da Igreja estado-unidense. Surgiram, assim, a Igreja Metodista
Episcopal e a Igreja Metodista Episcopal do Sul. Essa divisão persistiu até o ano de 1868, quando os ramos do
metodismo norte-americano uniram-se novamente, constituindo a Igreja Metodista Unida.
A história da Igreja norte-americana é importante para nós, visto que a Igreja Metodista brasileira foi iniciada
a partir da vinda de missionários norte-americanos para o Brasil. A nossa Igreja é filha da Igreja Metodista dos
Estados Unidos.

4. O METODISMO NO BRASIL

No Brasil a Igreja Metodista se fez presente com a vinda do missionário Reverendo Fountain E. Pitts, que
desembarcou no Rio de Janeiro no dia 9 de agosto de 1835. Esse é o primeiro contato da Igreja Metodista com o
Brasil. No entanto, a primeira comunidade fundada no Brasil data de 17 de agosto de 1871, na região de Santa
Bárbara do Oeste, Estado de São Paulo. Isso explica-se pela ocorrência da Guerra de Secessão nos EUA que motivou
muitos estado-unidenses a imigrarem para o Brasil, e porque as Missões patrocinadas eram as norte-americanas.
Hoje, a Igreja está presente em todo o território nacional, distribuída em oito regiões eclesiásticas e duas
regiões missionárias (norte e nordeste). Possui duas Universidades (em São Paulo) e inúmeras instituições de ensino
que oferecem educação infantil, fundamental, ensino médio, superior e pós-graduação; além das várias instituições
de Assistência Social espalhada pelo Brasil, dentre as quais contam-se lares de crianças, de recuperação de
toxicômanos, ambulatórios, amparo a idosos, creches, etc.
Como vemos, o metodismo é uma religião social. Para Wesley “o Evangelho de Cristo não conhece outra religião
do que a social, nem outra santidade que a social. Este mandamento temos de Cristo, que o que ama a Deus, ame
também seu irmão”.
Por isso, o movimento Metodista está presente em todas as grandes lutas e conquistas sociais. Por exemplo,
no problema dos escravos: foi a Igreja Metodista a grande responsável pelo fim da escravidão negra na Inglaterra
e em suas colônias, mesmo combatendo interesses econômicos mais fortes do que aqueles que apadrinhavam,
quase um século depois, a escravidão no Brasil. O Metodismo lutou também contra a opressão industrial. Wesley,
no início da chamada Revolução Industrial, pregava contra a exploração de mulheres e de crianças, lutava pela
humanização das oficinas, defendia a redução da jornada diária de trabalho que era de 12 horas, e reivindicava
aumento de salários para os trabalhadores. O sindicato de trabalhadores, e o sindicalismo inglês, o pioneiro no
mundo, nasceram na Igreja Metodista. Dos seis primeiros mártires do sindicalismo inglês, no princípio do século
XIX, três eram pregadores metodistas, dois eram membros da Igreja Metodista e o último, pelo testemunho dos
primeiros, também se converteu a Jesus Cristo e tornou-se metodista.
A Igreja Metodista tem, aqui no Brasil, as mesmas preocupações sociais. O povo chamado metodista está
convicto de que o Reino de Deus somente será instalado na Terra quando todos os seres humanos, sem distinção
de nenhuma espécie, puderem desfrutar igualmente das bênçãos da vida em sua plenitude.

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5. CRUZ E CHAMA

A Igreja Metodista não é somente conhecida por sua teologia essencialmente bíblica, por seu
compromisso missionário, educacional ou social, mas também por sua marca: identificamos a Igreja pela
cruz e a chama. Este símbolo da Igreja pode ser utilizado livremente para identificar toda e qualquer
igreja local, instituição, publicação, material ou presença da Igreja Metodista, desde que seja respeitados
e autorizados - www.metodista.org.br/cruz-e-chama.
A Cruz e a Chama marca um momento histórico de fusão entre duas Igrejas (a Metodista e a
Evangélica dos Irmãos Unidos) que, ao se unificarem, formaram a Igreja Metodista Unida. Como resultado dessa
união, criou-se em 1968 o símbolo da Cruz e Chama que identifica a Igreja Metodista dos USA, África e América
Latina. Antes de ser criada a marca, uma equipe designada pelo concílio da nova igreja decidiu que qualquer símbolo
que fosse criado deveria trazer alguma expressão do calor que John Wesley sentiu no coração no dia 24 de maio
de 1738.
O resultado foi bastante feliz: simples, mas de rico significado, o símbolo metodista traz a cruz vazia
(representação do Cristo ressurreto) e a dupla-chama, que representa tanto a junção das duas denominações
americanas, quanto a experiência do coração aquecido.
Assim, o símbolo da Cruz e a Chama foi criado nos Estados Unidos em 1968, ano do nascimento da Igreja
Metodista Unida. Nesse ano, um Concílio da nova Igreja (a Metodista Unida) nomeou uma equipe liderada por
Edward J. Mikula para criar uma marca "oficial" para a nova denominação que surgiu a partir da fusão. Na equipe
de Mikula, trabalhava Edwin H. Maynard, que pesquisou os aspectos simbólicos da marca "oficial". Tanto Mikula
quanto Maynard decidiram que qualquer símbolo que fosse criado deveria carregar alguma expressão de calor
como aquela que John Wesley sentiu em seu coração, na Rua Aldersgate, na Inglaterra, quando da sua experiência
religiosa, em 24 de maio de 1738. Por isso é que a equipe liderada por Mikula assumiu o emblema que contém a
cruz vazia, lembrando o Cristo ressurreto, e a chama, lembrando aquele calor estranho no coração de Wesley,
naquela noite de primavera, na Inglaterra do século 18. Além disso, o simbolismo do emblema nos relaciona com
Deus, o Pai, através da segunda e terceira pessoas da Trindade: o Cristo (cruz) e o Espírito Santo (chama).
A marca foi registrada em 1971 no Departamento de Marcas e Patentes dos Estados Unidos. No Brasil, está
registrada no INPI – Instituto Nacional de Marcas e Patentes. Portanto, esta é uma marca que pertence unicamente
à Igreja Metodista. Qualquer pessoa ou entidade que desejar utilizar este emblema em camisas, bótons e outros
objetos deverá solicitar autorização à Sede Nacional da Igreja Metodista. A AIM - Associação da Igreja Metodista
alerta que é proibido o uso comercial do símbolo sem autorização. A Igreja Metodista, proprietária da Marca, pode
propor medidas administrativas e judiciais para a cessação do uso e requerer judicialmente indenização respectiva
e pedir o pagamento por todas as despesas com o processo. A utilização do emblema requer, também, a
observância de algumas regras. Sua reprodução deve ser fiel à criação original, respeitando-se as cores e as
dimensões.

Pergunta:
O que mais chamou sua atenção na história do metodismo?

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Lição 3 - DIREITOS E DEVERES
A proposta desse estudo é apresentar o processo de admissão do/a novo/a membro, bem como seus direitos
e deveres. O intuito é mostrar o caminho no qual ele/a é submetido/a dentro das normas da Igreja Metodista dando
clareza sobre as implicações que estão sobre ele. A Igreja Metodista possui, dentre os seus vários documentos, os
Cânones onde são encontrados a legislação da Igreja que conduzem sua organização sendo um norteador de suas
ações. O estudo a seguir é uma cópia de parte desse documento. A Igreja Metodista disponibiliza gratuitamente
para download o Cânones 2017-2021 no site www.metodista.org.br.

1. ADMISSÃO DO/A NOVO/A MEMBRO

A Igreja Metodista é regida por princípios coletados e reunidos em um documento que recebeu a designação
de Cânones. Esse volume é um compêndio onde estão relacionadas as doutrinas e normas que a Igreja deve seguir
para o seu bom funcionamento. Dentre essas regras estabelecidas por Concílios Gerais, ao longo da história da
Igreja, estão alguns artigos que dizem respeito, especialmente, aos deveres e direitos do membro da Igreja. São
eles:

Sessão I
Da Admissão e Recepção

Art. 8° - Constituem requisitos para admissão de membro leigo:

1 – aceitar a Jesus Cristo pela fé, como Senhor e Salvador pessoal;


2 – arrepender-se de seus pecados e ter disposição de viver vida nova, de acordo com os ensinos do Evangelho;
3 – aceitar os elementos básicos da Igreja Metodista;
4 – comprometer-se a viver a mordomia cristã;
5 – prometer observar os preceitos do Evangelho e sujeitar-se às leis da Igreja Metodista;
6 – ser batizado/a, ou, se o foi na infância, confirmar o pacto batismal.
Parágrafo primeiro – a impossibilidade de regularização do estado civil não impede a admissão de membro
leigo.
Parágrafo segundo – pessoas vinculadas à Maçonaria e a sociedades secretas devem renunciar a esse vínculo
antes de professarem sua fé e serem batizados para filiarem-se à Igreja Metodista.

Sessão II
Dos Direitos e Deveres

Art. 10 - Os deveres do membro leigo da Igreja Metodista são:

1 – testemunhar Jesus Cristo ao próximo com seus dons;


2 – participar dos Cultos Públicos, da Escola Dominical e demais serviços da Igreja Metodista;
3 – contribuir regularmente com dízimos e ofertas para a manutenção da Missão de Deus por meio dos
ministérios da Igreja Metodista;
4 – pautar seus atos pelos princípios do Evangelho e pelas Doutrinas e Costumes da Igreja Metodista;
5 – sujeitar-se às exortações pastorais;
6 – esforçar-se para iniciar trabalho metodista onde o mesmo não exista;
7 – reconhecer seu chamamento como ministro/a de Deus para as diversas áreas da Missão;
8 – exercer seus dons, participando dos ministérios e serviços da Igreja Metodista e da comunidade;
9 – submeter-se à disciplina eclesiástica da Igreja Metodista.

Art. 11 - Os direitos do membro leigo da Igreja Metodista são:

1 – participar do sacramento da Ceia do Senhor e receber da Igreja os demais meios da graça;


2 – pedir o sacramento do Batismo infantil para seus filhos, e ser instruído/a sobre esse sacramento;
3 – receber a bênção sobre seu casamento, segundo o Ritual da Igreja Metodista, depois de ser preparado/a;
4 – participar de cursos de formação cristã, segundo orientação da Igreja Metodista;
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5 – votar e ser votado/a para ocupar cargos eletivos na Igreja Metodista, respeitando os dispositivos canônicos;
6 – receber assistência pastoral;
7 – transferir-se para outra Igreja Local;
8 – apresentar queixa, nos casos e na forma previstos nos Cânones;
9 – apelar para instância superior, em grau de recurso, respeitados os dispositivos canônicos.

Sessão III
Do Desligamento

Art. 12 - É desligado/a da Igreja Metodista e, por isso, perde seus direitos de membro leigo:

1 – o/a que solicita, por escrito, seu desligamento;


2 – o/a que abdica dos votos feitos assumindo os de outra Igreja, sabida e confirmadamente, sem prévio aviso
de sua decisão à Igreja Local, tendo o seu nome cancelado pela Coordenação Local de Ação Missionária (CLAM) ou
pelo Concílio Local;
3 – o/a que se torna desconhecido/a ou de paradeiro ignorado, tendo o seu nome cancelado pelo Concílio
Local, por indicação da CLAM, após publicação de seu nome no órgão Oficial Regional e no Expositor Cristão;
4 – o/a que, sem justificativa, deixa de comparecer pelo período superior a (um) ano, e, após contato pastoral,
não volte a frequentar as reuniões da Igreja, tendo seu nome cancelado pelo Concílio Local, por indicação da CLAM;
5 – o/a que é excluído/a por julgamento;
6 – o/a que morre.

Sessão IV
Da Readmissão

Art. 13 - É readmitido/a nos direitos e deveres de membro leigo da Igreja Metodista:

1 – o/a que é readmitido/a por voto do Concílio Local;


2 – o/a que, julgando improcedente o ato do Concílio Local que ordenou o cancelamento do seu nome do rol
da Igreja Local, recorre à instância superior e obtém decisão favorável;
Parágrafo primeiro – A readmissão de ex-membro leigo por determinação do Concílio Local é efetuada por
votação da maioria dos membros presentes, mediante solicitação da pessoa interessada e nos seguintes casos:
a) do/a que tiver solicitado, por escrito, seu desligamento;
b) do/a que tiver seu nome cancelado por falta de cumprimento de votos e der prova de reabilitação;
Parágrafo segundo – Nenhuma pessoa cujo nome foi cancelado do rol de uma Igreja Local pode ser arrolada
em outra sem que haja entendimento prévio entre os respectivos pastores ou pastoras.

CAPÍTULO II
Dos Costumes
(*) Redação dada pelo X Concílio Geral realizado em 1971 (2ª Sessão/RJ)

Art. 3° - Como fez John Wesley, no seu tempo, seu pronunciamento em documento que chamou Regras Gerais,
código de conduta cristã para as pessoas que o procuraram em busca de conforto espiritual, no desejo da salvação
e santidade, assim a Igreja Metodista, adaptando a cada época a sua linguagem, conserva os mesmos princípios, os
quais recomenda a todos os seus membros, como prática de vida, a saber:

1. Não praticar o mal.


2. Zelosamente, praticar o bem.
3. Atender às ordenanças de Deus.

Fundamentada nesses princípios, a Igreja confia que os metodistas preservem a sua tradição e continuem a ser
reconhecidos como pessoas de vida regrada. Os metodistas são:

 moderados nos divertimentos;


 modestos no trajar;
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 abstêmios do álcool como bebida;
 empenhados no combate aos vícios;
 observadores do Dia do Senhor, especialmente dedicado ao culto público, ao cultivo espiritual, pelo estudo
da Bíblia, e ao descanso físico;
 observadores dos preceitos da Igreja e dos meios de graça que ela oferece, participando dos ofícios divinos
e da Ceia do Senhor;
 praticantes do jejum e da oração individual e em família;
 honestos nos negócios;
 fraternais nas relações de uns com os outros;
 tolerantes e respeitadores das ideias e opiniões alheias;
 praticantes de boas obras;
 benfeitores dos necessitados;
 defensores dos oprimidos;
 promotores da instrução secular e religiosa;
 e operosos na obra de evangelização.

Perguntas:
Com relação aos direitos e deveres, ficou alguma dúvida?
Sobre os costumes, na sua opinião, quais são os mais desafiadores?

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Lição 4 - SACRAMENTOS
Todas as organizações são reconhecidas por uma marca que as identificam. Pense na logomarca do colégio
e/ou da faculdade em que você estuda ou estudou. Pense na logomarca da empresa em que você trabalha. Pense
na logomarca do time de futebol para o qual você torce.

Pergunta:
Qual logomarca identifica você hoje?

Ao contrário do que se pensa, a cruz não é única marca do cristianismo. Apesar de muitos, corretamente,
identificarem a fé cristã no símbolo da cruz, não é o uso dessa imagem ou objeto que torna cristã uma pessoa. O
que atesta e confirma que alguém é discípulo/a de Jesus é o batismo alicerçado na fé e sua comunhão na
participação do Corpo e Sangue de Cristo simbolizado na Ceia além da sua integração na família Cristã.
Abordaremos esses dois assuntos a seguir.

1. CEIA DO SENHOR

Participar da Ceia do Senhor, nos diz John Wesley (fundador do metodismo): é um dever de todos/as os/as
cristãos/ãs, e isto deve ser feito tão frequentemente quanto puderem. A Ceia não pode tornar-se um fim em si
mesma, separada do corpo, desligada de Cristo, o simples ato de comer o pão e beber o vinho para nada aproveita,
pois ele perderá o seu verdadeiro significado e sentido.
O pão e o vinho são recebidos em memória da preciosa morte e gloriosa ressurreição de Jesus Cristo. Como os
nossos corpos são fortalecidos pelo pão e pelo vinho, assim nossas almas o são pelos símbolos do Corpo e do Sangue
de Cristo. Nós metodistas, segundo Wesley, não temos nenhuma dúvida em aceitar a presença real de Cristo nos
sacramentos. Cristo não vem por intermédio do pão e do vinho. Ele vem através do Espírito, Ele está realmente
presente.
O convite à participação no sacramento da Ceia é estendido a todo aquele que verdadeiramente se arrepende
do pecado, não àquele/a que é membro desta ou daquela denominação em particular. A Ceia do Senhor é um
momento profundamente amplo, fraterno e de comunhão. Ela aproxima a todos/as igualmente de Cristo e uns dos
outros. É um momento de profunda igualdade, unidade, comunhão e espiritualidade.
A Ceia do Senhor deve ser precedida de um momento de profundo arrependimento e de contrição seguido de
confissão de pecados. Deve-se ter um momento específico do culto para realizar a Ceia.
O Novo Testamento conta em diversos lugares que Jesus após ter Ressuscitado se fez conhecido aos discípulos
no partir do pão. A Ceia do Senhor, historicamente, relembra a noite memorável, quando Jesus Cristo, celebrando
a Páscoa na companhia dos doze discípulos, pouco antes de Sua morte, a instituiu como um monumento perpétuo
de fé e de esperança para sua obra redentora. Participar da Mesa é partilhar o amor de Deus. Diante dela somos
todos iguais.

1.1. Ceia para crianças


A criança como herdeira do Reino de Deus, deve participar da Ceia do Senhor, preferencialmente junto com
seus pais, outros familiares, membros da Igreja, ou acompanhadas por pessoas responsáveis, depois de terem sido
orientadas pelos mesmos sobre a relevância da celebração e o seu significado.
A Ceia do Senhor é uma refeição comunitária que celebra uma aliança com Deus. Você deixaria uma criança
sem comer até que ela pudesse compreender a importância do alimento para a sua vida? Claro que Não! Ela não
sabe distinguir carboidrato de proteína, mas intui que o alimento é vital para sua sobrevivência e, mais ainda: ela
pode sentir que este alimento está sendo oferecido com amor. Com o passar do tempo, ela aprenderá sobre a
importância de cada nutriente. Contudo, a primeira lição ela já aprendeu: a criança é alimentada porque seus pais
e responsáveis a amam. Ao redor da Mesa do Senhor, a criança também se sente acolhida pela comunidade de fé.
No exemplo de Cristo que deu sua vida, e no exemplo da comunidade com quem ela partilha o pão, a criança
aprende o significado do amor. Antes que compreendam o significado, as crianças aprendem pela vivência.
Aprendem a falar ouvindo os pais falando. Aprendem gestos, vendo como os adultos gesticulam. Aprendem o que
é comunhão pelo testemunho da Igreja.
O pastor metodista norte-americano Zachary C. Beasly, no texto Preparando as crianças para a
comunhão (publicado no caderno Nós e a Criança, produzido pelo Departamento de Crianças da I Região
Eclesiástica) diz o seguinte: "Por menor que seja a criança, e por menor que seja sua capacidade de compreensão,
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o/a pastor/a ou responsáveis devem afirmar à criança quando ela for participar da Mesa do Senhor que 'você está
participando da Ceia do Senhor porque Deus ama muito a você e sua família'".
A reverência é algo que adultos precisam praticar e que as crianças precisam aprender. Como na prática da
circuncisão no Antigo Testamento, eram os pais (responsáveis legais e espirituais da criança) que deviam ter a fé
em Deus, optar por participar da Aliança com Deus e buscar entender Sua vontade. A Bíblia diz: "educa a criança
no caminho em que deve andar" (Provérbios 22.6). Ou seja: nós "lançamos a semente" e a regamos, mas quem dá
o crescimento é Deus (I Coríntios 3.6-7).
No caso de crianças cujas famílias não participam da Igreja e/ou não são famílias cristãs é sugerido que algumas
famílias da igreja sejam orientadas a "adotar" estas crianças durante a celebração da Ceia do Senhor para estarem
juntas na participação deste meio de graça tão importante. Afinal, a igreja tem de assumir a responsabilidade pelo
cuidado das crianças que fazem parte da comunidade da fé. Se Deus coloca as crianças no meio do povo de Deus,
da família da fé, do rebanho do Senhor, a Igreja tem de amar, acolher, cuidar, educar.

2. BATISMO

A prática do Batismo é testemunhada por toda a literatura no Novo Testamento, embora, Jesus não tenha
batizado. O Batismo cristão não é, desde os seus primórdios, um auto-batismo, mas é realizado por alguém que o
administra. O que é decisivo no Batismo, é em que nome se batiza. O Batismo cristão só se recebe uma vez, é um
evento irrepetível e é feito no Nome de Jesus (Atos 2.38; 8.16). A atitude de rebatizar pessoas é errada e anti-
bíblica.
Quanto ao rito do Batismo, o Novo Testamento não transmite nem uma ordem a ser observada, apenas
testemunha-se o que Deus fez pelo Batismo àquele que é batizado. No Batismo cristão, a pessoa é passiva no seu
ato, ou seja, ela recebe o Batismo e também o perdão dos pecados. Ele é a purificação dos pecados anteriores.
Também tem grande ligação com a comunidade. Logo, não havia Batismo para as pessoas viverem isoladas. Elas
desejavam o batismo porque queriam estar juntas, unidas, lutando pelos mesmos ideais, na doutrina dos apóstolos,
na comunhão, no partir do pão e nas orações como diz Atos 2.42-47.

2.1. Formas de Batismo


A única certeza que se tem é de que Jesus determinou que se batizasse em nome do Pai, do Filho e do Espírito
Santo (Mateus 28.18-20; João 3.5; Atos 8.36-38 e 10.47-48) e que esse Batismo era feito com água. Pelos textos
aqui indicados, nota-se que o Batismo era feito, também, simplesmente “em nome de Jesus” (Atos 10.48). Nada
mais há para se estabelecer: nem que haja necessidade de muita ou de pouca água, nem que a água tenha de ser
tratada de maneira especial. Precisamos ter claro em nossa mente: a água é símbolo e a fórmula usada “em nome
de” não é mágica, só possuindo valor na medida em que se assume a posição de discípulo em relação ao Senhor
dos senhores, o Deus trino, Autor, Senhor e Sustentador da vida verdadeira e eterna.
Existem os que batizam por imersão ou também por efusão (derramamento). A Igreja Metodista recomenda-
se que seja por aspersão, por sua praticidade. Veja por exemplo: Atos 2.41 – 3 mil pessoas foram batizadas em uma
região pobre de água. Atos 9.18 – Paulo foi batizado dentro da casa, simplesmente ficando em pé. Atos 16.25-33 –
o carcereiro, em serviço, não poderia deixar seu posto e levar dois prisioneiros fora da cidade para receber o
Batismo. Textos como Números 19.4-13, 18-21; Levítico 14.7; Ezequiel 36.25 e Hebreus 9.19 mostram a água usada
simbolicamente para as cerimônias de purificação e usadas por aspersão.
Existem três formas tradicionais de batismo: com aspersão (aplicação de água com a mão sobre a cabeça do
batizando), derramamento (com ambas as mãos, derrama-se água sobre a cabeça do batizando, estando este,
geralmente, com parte do corpo dentro da água) e imersão (o batizando é submergido na água). Segundo os
Cânones, a Igreja Metodista pratica comumente a aspersão, mas reconhece como igualmente válido o batismo por
derramamento ou imersão.

2.2. Batismo Infantil


Alguns afirmam que crianças não podem receber este sacramento porque não creem. Mas, vemos inúmeras
provas na Bíblia que lhes assegura o direito no Reino dos Céus, que uma criancinha, ao morrer, não será lançada
no inferno: “das tais é o Reino dos Céus” (Mateus 19.14). Os contrários a este procedimento afirmam que a criança
não crê, então não pode ser batizada, usando Marcos 16.16. Não podemos usar nenhum versículo isolado, para
firmarmos assim, vamos ter que deixar os bebês morrerem de fome, porque a mesma Bíblia diz: “aquele que não
trabalha, não coma” (2Tessalonicenses 3.10).
 A circuncisão era aplicada no 8° dia.
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 Atos 2.39 – a herança é para nós e nossos filhos.
 Vários outros textos mostram famílias inteiras sendo batizadas: Atos 10.47-48, 16.15; 1Coríntios 1.16.
Será que em nenhuma dessas casas havia crianças?

3. RECEPÇÃO DE MEMBRO

Existem três maneiras de se tornar membro da Igreja Metodista, conforme cada realidade analisada abaixo:

3.1. Profissão de Fé e Batismo


A palavra profissão, neste caso, significa o ato ou efeito de professar, reconhecer publicamente, abraçar a
doutrina ou fé. Neste ato, diante da igreja, o/a candidato/a a membro professa sua fé, declarando-a de viva voz.
São feitas algumas perguntas que abrangem a doutrina cristã para que sua fé possa ser testemunhada pelos/as
presentes. No ato da pública Profissão de Fé, realiza-se o batismo.

3.2. Confirmação do Pacto Batismal


A recepção de membros da Igreja Metodista, por confirmação será realizada nos casos em que os candidatos
e as candidatas tenham sido batizados/as na infância. A confirmação será realizada quando os candidatos e as
candidatas demonstrarem consciência da dádiva da salvação e o desejo de confirmarem o seu pacto batismal e de
se tornarem membros da Igreja Metodista. A maturidade e o fato de ser membro de um lar cristão deverão servir
aos pastores como critérios para decidir da conveniência ou não da recepção de crianças com idade a partir de 8
(oito) anos.
Os/as candidatos/as à confirmação receberão, do pastor ou pastora local, orientação de acordo com a herança
metodista, segundo conteúdo doutrinário mínimo estabelecido pelo Colégio Episcopal. Os/as candidatos/as serão
confirmados segundo o Ritual estabelecido pela Igreja. O ato litúrgico da confirmação expressará simbólica e
significativamente a experiência do novo nascimento e da inserção plena na comunidade de fé.

3.3. Assunção de Votos


Todas as pessoas que procedam de Igrejas Evangélicas cristãs nas quais estavam integradas e demonstrem o
desejo de se tornarem membros da Igreja Metodista, serão recebidas por assunção de votos na forma do Ritual,
quer apresentem ou não a certidão ou carta de transferência, conforme as disposições canônicas.
As pessoas a serem recebidas como membros da Igreja Metodista por assunção de votos serão previamente
orientadas de acordo com a herança metodista, segundo conteúdo doutrinário mínimo estabelecido pelo Colégio
Episcopal, e instruídas quanto aos deveres e direitos de membro.

Pergunta:
Dentre as três maneiras de se tornar membro, em qual delas você se encaixa?

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Lição 5 - DÍZIMOS E OFERTAS
Pergunta:
Como você enxerga a questão do dinheiro na igreja?

O dízimo e as ofertas foram instituídos por Deus desde o princípio e para todos os tempos. Em Gênesis 4.1-5,
14.20 e 28.22, vemos que Deus havia inserido no coração humano o dízimo e as ofertas. Abel e Caim desejaram
ofertar a Deus e o fizeram. Abraão entregou a Deus o dízimo de tudo. Jacó votou a Deus entregar o dízimo de tudo
o que Deus lhe desse. Assim, o dízimo e as ofertas são desde o princípio e irão até à consumação dos séculos: antes
da lei, período de Adão a Moisés; durante a lei por determinação de Deus, período de Moisés até Cristo
(Deuteronômio 12.11 e 14.22), e no tempo da graça, período desde Cristo e até ao fim do mundo (Mateus 23.23,
Lucas 18.12).

1. DÍZIMOS E OFERTAS

1.1. Oferta de Sacrifícios


Leiamos Deuteronômio 12.6. Aqui temos o dízimo e as ofertas principais que Deus determinou na seguinte
ordem: oferta de sacrifícios, dízimo, oferta alçada e oferta voluntária. A oferta de sacrifícios é mais importante para
Deus do que as outras três. As outras dependem desta. A oferta de sacrifícios é o render-se inteiramente a Cristo
para o culto, louvor e adoração a Deus, e serviço da Sua obra. Quem deseja edificar-se e alimentar-se de Deus,
louvar e adorar em primeiro lugar será mais abençoado, (as bênçãos o alcançarão) e terá prazer em dizimar e
ofertar. Deus quer que a nossa vida seja uma oferta constante de sacrifício em louvor e adoração (Salmos 50.14;
1Pedro 2.5; Hebreus 13.15; Romanos 12.1-2).

1.2. Dízimo
Significa 10% (dez por cento – exemplo: quem ganha cem, entrega de dízimo dez e fica com noventa). Devemos
dizimar como recebemos; seja por semana, por quinzena ou por mês. Quem trabalha por conta própria, deve anotar
tudo que gasta para o seu labor, tudo que recebe e dizimar do lucro que teve. Marido e mulher devem dizimar de
toda a renda. Devemos dar às crianças e aos jovens (enquanto não têm salário), ofertas para entregarem ao Senhor,
para que aprendam e se forme neles o caráter bíblico. O dízimo pertence a Deus. Não devemos usar em relação ao
dízimo as expressões dar o dízimo ou pagar o dízimo mas sim entregar o dízimo, pois estamos entregando a parte
que é de Deus, daquilo que Ele já nos tem dado.

1.3. Oferta Alçada e Oferta Voluntária


Oferta alçada é aquela oferta ou esforço extra, para uma necessidade de momento, além do dízimo e da oferta
voluntária. Exemplo: compra de terreno para a Igreja, construção de templo novo ou reforma do existente, etc.
Voluntária ou de gratidão é aquela oferta que devemos dar com o propósito de agradar a Deus. Tanto a oferta
alçada como a voluntária não têm valores estipulados. Devemos dar conforme sentirmos em nosso coração para
suprir as necessidades da igreja e investir nos seus projetos (2Coríntios 9.6-7).
A construção do Tabernáculo no deserto foi assim: Deus mandou trazer ofertas alçadas (Êxodo 25.1-9). O povo
trouxe tanto que Moisés mandou parar de trazer porque já havia de sobra (Êxodo 35.24; 36.3-7). Esta é a ordem
de preferência de Deus (Deuteronômio 12.6). Primeiro: oferta de sacrifícios (render-se inteiramente a Cristo para
o culto, louvor e adoração a Deus, e serviço da Sua obra). Segundo: dízimo. Terceiro: oferta alçada. Quarto: oferta
voluntária ou de gratidão, etc.

2. FAÇA UMA PROVA COM DEUS

Vejamos Malaquias 3.7-12. Para quem não entrega o dízimo e as ofertas, o v. 8 e 9 diz que está roubando a
Deus. Diz que são amaldiçoados os que assim procedem. Esta maldição é fruto do pecado de ser infiel. Torna-se
vítima do devorador (v.11). Gastam demais com coisas desnecessárias. Parece que recebem o salário num saco
furado (Ageu 1.5-6). O dinheiro não dá para nada. Conhecemos pessoas que viviam assim, mas quando passaram a
entregar a Deus fielmente o dízimo e as ofertas, Deus mudou tudo em suas vidas. Confira Salmos 34.9-10 e 37.25.
Dízimo e ofertas são o único assunto na Bíblia, em que Deus desafia o ser humano a prová-Lo (Malaquias 3.10).
Deus quer que cada um de nós faça de Cristo o Senhor de sua vida. Para que Deus aceite o que Lhe oferecemos,
primeiro devemos nos dar a Ele por inteiro e depois à Igreja para servi-Lo (2Coríntios 8.1-5 e v. 9). Observe que a
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oferta de Abel foi aceita, mas antes o Senhor aceitou o próprio Abel. Caim não foi aceito. Consequentemente, sua
oferta também não foi (Gênesis 4.3-5).
Deus é o dono do Mundo e dos que nele habitam (Salmos 24.1). Quando alguém crê em Jesus e não sente o
desejo de ser fiel a Deus nos dízimos e ofertas, precisa de libertação (João 8.32,36 e 15.3; Lucas 21.34-36). Em
1Coríntios 6.19-20 diz que nós não somos donos/as de nós mesmos, mas somos propriedade exclusiva de Deus.
1Timóteo 6.7-12 diz que nada trouxemos para este mundo e nada podemos levar dele. E ainda, que o amor do
dinheiro é a raiz de todos os males. (Veja em casa Lucas 12.13-34 e atente nos versos 20, 21, 31 e 34). Precisamos
do dinheiro para viver, mas não somos escravos/as dele. Quando entregamos nossos dízimos e ofertas estamos
dizendo que somos livres de toda ganância e egoísmo, estando libertos/as para receber o sustento e a provisão que
vem de Deus.

3. AS BÊNÇÃOS DA FIDELIDADE

Os dízimos e as ofertas são utilizados na manutenção da obra de Deus, para pagar a preparação e o subsídios
dos pastores e missionários (1Coríntios 9.13-14), construir ou reformar os templos, adquirir móveis e utensílios
para a Igreja, despesas gerais de seu funcionamento, ajuda a irmãos necessitados, etc. Os pastores também
entregam a Deus o dízimo do que recebem (Números 18.26-28). A fidelidade é como um atestado de que a vida
espiritual está bem. Todas estas coisas e muitas outras só podem ser realizadas se houver pessoas fiéis nos dízimos
e ofertas.
Foi por isso que Deus disse: "Trazei todos os dízimos e ofertas à casa do tesouro do Senhor, para que haja
mantimento na minha casa..." (Malaquias 3.8-10). É bênção para nós participarmos da obra de Deus com dízimos
e ofertas. Em Malaquias 3.7-12 temos 7 promessas de bênçãos para os que são fiéis e muitíssimas mais em toda a
Bíblia: 1ª (v.7) - Eu me tornarei para vós; 2ª (v.10) - abrirei sobre vós as janelas do Céu; 3ª (v.10) - derramarei bênção
sem medida; 4ª (v.11) - repreenderei o devorador; 5ª (v.11) - a videira vos não será estéril; 6ª (v.12) - sereis felizes
e 7ª (v.12) - sereis terra deleitosa.
Há servos/as de Deus fiéis que gastam no supérfluo, esbanjam e desperdiçam sem medida e vivem em
dificuldade. A Bíblia é contra este tipo de conduta. Peçamos a Deus sabedoria para administrar bem o que
ganhamos e então teremos fartura de tudo.

4. ONDE ENTREGAR O DÍZIMO E OFERTAS

O/a membro da Igreja não deve dividir seu dízimo ou reduzir suas ofertas para ajudar em outra Igreja. Se fizer
isto, estará administrando os recursos de Deus por conta própria, contrariando a Bíblia. A administração é feita por
pessoas eleitas e aprovadas pela Igreja, investidas dessa autoridade, que recebem orientação de Deus para esse
ministério. Todo crente, seja batizado/a ou não, membro da Igreja ou não, deve ser fiel a Deus no dízimo e ofertas.
Em Atos 20.35 diz: “Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber”. Portanto, entregue o seu dízimo e
ofertas na Igreja de onde você é membro, pretende ser ou está frequentando (Malaquias 3.10). Porém se sentir
desejo de ajudar alguma pessoa em particular, deve fazê-lo, mas com recursos extras, sem diminuir o que costuma
entregar em sua Igreja.

5. A QUEM E COMO ENTREGAR O DÍZIMO E OFERTAS

Esteja consciente de que quando você coloca seus dízimos e ofertas no gazofilácio, está entregando nas mãos
de Deus. Os recursos passam a ser de Deus que os entrega à Igreja para administrá-los na Sua obra (Números 18.26;
Malaquias 3.10). Devemos entregar com alegria, amor, prazer e ações de graças, como parte do culto a Deus.
Consagrar a Deus o que Lhe entregamos e agradecer por tudo que nos tem dado (2Coríntios 9.7). Estudando a Bíblia
e orando, seremos quebrantados e libertados para sermos fiéis a Deus nos dízimos e ofertas.

6. PARA FIM DE CONVERSA

O dízimo e as ofertas foram instituídos por Deus desde o princípio e para todos os tempos. Dízimo é 10% do
que se ganha. As ofertas serão conforme a nossa decisão. A principal oferta que Deus quer de nós é a nossa própria
vida doada a Ele, é a oferta do sacrifício de louvor e adoração. Destas dependem as outras porque o dízimo é uma
questão espiritual.

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Cristo quer ser Senhor de nossa vida, em todas as áreas, inclusive financeira, para nos usar na Sua obra.
Todos/as que são infiéis a Deus nos dízimos e ofertas vivem debaixo da maldição deste pecado. Porém os/as que
são fiéis vivem felizes e de nada têm falta. Faça uma prova com Deus. A manutenção da obra de Deus é realizada
com os dízimos e as ofertas. Separe o dízimo e as ofertas antes de suas despesas. Entregue-os a Deus na Igreja com
alegria e gratidão e seja abençoado.
O/a cristão/ã é chamado/a a viver em amor, inclusive no que diz respeito aos dízimos e ofertas. Num mundo
capitalista, onde não se coloca dinheiro onde não há possibilidades de lucros, somos chamados/as a dar sem
esperar nada em troca, por gratidão. Não se trata de uma conta que devemos a Deus, nem mensalidade, mas fruto
de uma vida transformada, que experimentou a graça de Jesus, e tem alegria e satisfação de contribuir na
continuidade da obra de Cristo.

Pergunta:
Em sua opinião, qual é a importância dos dízimos e ofertas na vida cristã? Qual é a sua
importância na Igreja?

INICIE 19
LIÇÃO 6 - PANORAMA BÍBLICO
A Bíblia é para John Wesley, fundador do metodismo, a constante e última fonte de conhecimento e
autoridade. Assim como o/a recém-nascido/a precisa de uma alimentação especial que lhe permita alimentar-se
regularmente, também o/a cristão/ã necessita, em sua nova vida em Cristo, de alimentar-se regularmente das
Escrituras: seu alimento espiritual. A Bíblia é inspiração Divina, sua leitura nos aponta ao passado, ao presente e
nos indica uma grande expectativa do futuro. “Seca-se a erva e caem as flores, mas a Palavra de nosso Deus
permanece eternamente.” (Isaías 40.8).
Para nós Metodista a Bíblia é a Palavra de Deus e nossa Única Regra de Fé e Prática.

1. O VALOR DAS ESCRITURAS

É notável e surpreendente o valor que tem a Palavra de Deus. Alguns nomes a ela atribuídos expressam de
forma bem objetiva o seu inestimável valor: Sagradas Escrituras; Palavra de Deus; Livro Sagrado; Livro da Revelação;
etc. Esse valor se dá uma vez que seu conteúdo liberta, esclarece, aponta caminhos. Ela é um livro que
constantemente está trazendo novas revelações, pois sua mensagem não se estagnou no tempo, pelo contrário,
Deus revelou e ainda continua se revelando através de sua Palavra.
Para muitos/as a Bíblia pode até ser apenas mais um livro, mas para nós, é a Palavra de libertação da parte de
Deus, é a regra cristã do certo e do errado. Algumas pessoas têm preferência por alguns textos e livros em
detrimento de outros, entretanto, nós Metodistas, entendemos que há convincentes razões que justificam o uso
da Bíblia toda (Antigo e Novo Testamento) como Escrituras Sagradas dos cristãos.

2. CARACTERÍSTICAS DA PALAVRA DE DEUS

a) Fonte de revelação – Salmo 19. Deus revelou-se ao ser humano de diversas formas: através da natureza; de
um povo (Israel); dos profetas; de seu filho (Jesus); através da Palavra. Nela está contido tudo o que um/a cristão/ã
precisa saber sobre a regra de fé e de conduta diante de Deus e dos homens.
b) Fonte de vida – João 6.66-71. Vida e morte é o eixo de todas as religiões. E se há algo que desafia e assusta
o ser humano é a contradição entre estes dois termos. Após um longo discurso, os/as seguidores/as de Jesus
começam a abandoná-lo. Jesus disse então os discípulos: “quereis vós também retirar-vos” (v.67). Pedro responde:
“para quem iremos nós? Tu tens as palavras de vida eterna” (v.68).
c) Fonte de entendimento – Salmo 119.99. A Bíblia não contém tratados profundos sobre biologia, genética,
física nuclear. Mas o salmista não hesita em dizer que tem mais entendimento do que todos os seus mestres porque
medita na Palavra de Deus. A Bíblia é fonte inesgotável de entendimento, porque ela trata de questões que
permeiam a vida do ser humano, questões como: moral, vida, morte, antropologia (ser humano), Deus. Conhecer
estas coisas torna o ser humano sábio. Não adianta ser um excelente físico nuclear, um biólogo se não há respeito
com a vida, com o ser humano e sua dignidade como “pessoa” e “ser” criado/a a imagem e semelhança de Deus.
Valorizar o ser humano e a vida é o que produz entendimento.
d) Estudo contra o mal – Mateus 4.1-11. O conhecimento das Escrituras nos protege contra o mal, contra as
investidas do diabo e do mundo corrompido em que vivemos. Na tentação de Jesus no deserto, percebemos com
clareza que em todos os momentos em que Ele foi tentado desviou e derrotou as investidas do inimigo citando
apenas a Palavra de Deus.

3. A BÍBLIA E A DIVISÃO DE SEUS LIVROS

3.1. Antigo Testamento – é chamado assim pela tradição cristã por conter a memória da nossa tradição que é
anterior a vinda de Jesus Cristo (talvez uma designação mais apropriada fosse “Primeiro Testamento” uma vez que
o AT continua atual). O AT, divide-se em quatro partes ou coleções.

a) Pentateuco: são os cinco (do grego: penta = cinco) primeiros livros da Bíblia, que tratam dos princípios da Criação
e contêm as leis que Moisés recebeu de Deus. São eles:

INICIE 20
Livro Abrev. Caps.
Gênesis............................................. Gn 50
Êxodo................................................ Êx 40
Levítico............................................. Lv 27
Números........................................... Nm 36
Deuteronômio.................................. Dt 34

b) Históricos: nessa coleção estão incluídos doze livros que contam a história de Israel quando da posse da terra
de Canaã, durante a Monarquia e o Cativeiro (Exílio).
Livro Abrev. Caps.
Josué................................................ Js 24
Juízes............................................... Jz 21
Rute.................................................. Rt 4
1 Samuel........................................... 1Sm 31
2 Samuel.......................................... 2Sm 24
1 Reis................................................ 1Rs 22
2 Reis................................................ 2Rs 25
1 Crônicas......................................... 1Cr 29
2 Crônicas......................................... 2Cr 36
Esdras............................................... Ed 10
Neemias............................................ Ne 13
Ester................................................. Et 10

c) Poéticos: essa coleção contém cinco livros que têm por objetivo mostrar o culto e as celebrações litúrgicas do
povo de Israel em suas diversas expressões de alegria, luto e vitórias nacionais, além de conterem reflexões
filosóficas sobre os grandes temas da humanidade.
Livro Abrev. Caps.
Jó..................................................... Jó 42
Salmos............................................. Sl 150
Provérbios....................................... Pv 31
Eclesiastes....................................... Ec 12
Cantares.......................................... Ct 8

d) Proféticos: é preciso ter em mente, quando vamos estudar os textos proféticos da Bíblia, que tais livros são os
registros das mensagens orais proferidas por homens especiais, que exerceram seu ministério durante a
monarquia de Israel e de Judá. Podemos dividi-los em profetas Pré-exílicos, Exílicos e Pós-exílicos. Isto é, aqueles
que atuaram antes, durante e depois dos exílios sofridos pelo povo hebreu.
Livro Abrev. Caps.
Isaías............................................. Is 66
Jeremias........................................ Jr 52

INICIE 21
Lamentações ................................ Lm 5
Ezequiel...................................... Ez 48
Daniel......................................... Dn 12
Oséias......................................... Os 14
Joel............................................. Jl 3
Amós.......................................... Am 9
Obadias...................................... Ob 1
Jonas ......................................... Jn 4
Miquéias.................................... Mq 7
Naum......................................... Na 3
Habacuque................................ Hc 3
Sofonias..................................... Sf 3
Ageu.......................................... Ag 2
Zacarias..................................... Zc 14
Malaquias.................................. Ml 4

Observação: a Bíblia adotada pelos católicos romanos contém os mesmos livros da adotada pelos
protestantes, com a inclusão de outros seis livros, os chamados apócrifos, considerados sem autoridade canônica
por protestantes e judeus; tais livros foram incluídos em 1557 pelo Concílio de Trento, numa tentativa de
neutralizar o avanço da Reforma Protestante do século XVI e também de fundamentar certas doutrinas que não
tinham apoio nos outros 66 livros. Tais livros não são aceitos plenamente por não terem sido escritos em hebraico
ou aramaico e por não terem autenticidade comprovada. Podem, entretanto, servir para o aumento do
conhecimento, mas não têm o mesmo peso dos livros canônicos para o conforto, edificação, ensino e crescimento
espiritual dos fiéis.

3.2. Novo Testamento – é chamado assim por significar a nova aliança que Deus estabeleceu, em Jesus Cristo,
com seu povo, também está dividido em quatro partes.

a) Evangelhos: são o testemunho narrativo do nascimento e do ministério de Jesus. Dos quatro, três são
chamados, pelos pesquisadores, de Sinópticos (do grego “que têm a mesma ótica”), dada a semelhança dos
conteúdos – são eles Mateus, Marcos e Lucas – e o Evangelho de João – por sua peculiaridade é considerado a
parte.

Livro Abrev. Caps.


Mateus.............................................. Mt 28
Marcos............................................... Mc 16
Lucas................................................. Lc 24
João................................................... Jo 21

b) Histórico: no Novo Testamento somente o livro de Atos dos apóstolos (abrev. At com 28 capítulos) se enquadra
na categoria de histórico. Sua narrativa procura dar consistência ao movimento cristão, apresentando-o desde o
início como uma nova religião, desvinculada do Judaísmo, enfatizando as personalidades e ministérios de Pedro
e Paulo. É um relato que apresenta duas principais tradições: a da Igreja de Jerusalém e a da Igreja de Antioquia.

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c) Epístolas: são diversas correspondências que estão contidas no NT, colecionadas e preservadas pelas igrejas
que as receberam. São vinte e uma cartas.
Livro Abrev. Caps.
Romanos....................................... Rm 16
1Coríntios...................................... 1Co 16
2Coríntios...................................... 2Co 13
Gálatas......................................... Gl 6
Efésios.......................................... Ef 6
Filipenses...................................... Fp 4
Colossenses.................................. Cl 4
1Tessalonicenses.......................... 1Ts 5
2Tessalonicenses.......................... 2Ts 3
1Timóteo...................................... 1Tm 6
2Timóteo...................................... 2Tm 4
Tito............................................... Tt 3
Filemom....................................... Fm 1
Hebreus........................................ Hb 13
Tiago............................................. Tg 5
1Pedro.......................................... 1Pe 5
2Pedro.......................................... 2Pe 3
1João............................................ 1Jo 5
2João............................................ 2Jo 1
3João............................................ 3Jo 1
Judas............................................ Jd 1

d) Livro de Apocalipse: do grego “Revelação” – o Apocalipse de João (abrev. Ap com 22 capítulos) é o livro mais
controvertido da Bíblia, e o que mais comentários produziu. Seu conteúdo trata da Igreja atribulada e perseguida,
que triunfará sobre o mal. Foi escrito em gênero literário apocalíptico, com farta utilização de símbolos que,
embora conhecidos pelo escritor e pelos destinatários de então, hoje são difíceis de decifrar.

Pergunta:
Qual a importância da Bíblia na vida do/a cristão/ã?

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LIÇÃO 7 - MINHA MISSÃO
Pergunta:
Você já teve a oportunidade de fazer algum trabalho de cunho social? Como foi essa
experiência? Como se sentiu depois disso?

Jesus disse: “É mais feliz quem dá do que quem recebe” (Atos 20.35). Aos ouvidos egoístas de nossa
sociedade, essa frase pode soar estranha. O que seria realmente melhor? Dar ou receber, por exemplo, um
presente? Segundo Jesus, dar é melhor. Por quê? Duas razões, pelo menos, podem ser dadas para isso.
Primeiramente, porque quem dá, pressupõe-se, está suprido para si e para compartilhar com outros. Ninguém
pode dar o que não tem. Em segundo lugar, porque o ato de dar, até mesmo de acordo com a ciência, traz mais
satisfação à alma, felicidade, do que o de receber.

1. O MAIOR PRESENTE

Pergunta:
Qual é o maior presente que uma pessoa poderia receber? Por outro lado, qual é o maior
presente que essa pessoa poderia dar?

Se uma pessoa só pode dar aquilo que já recebeu, o maior presente que ela poderia dar é o maior que poderia
receber. E vice-versa. O maior presente que poderia receber seria o maior que ela poderia dar. Que presente é
esse? O apóstolo João nos dá a resposta: “Porque Deus amou o mundo tanto, que deu o seu único Filho, para que
todo aquele que nele crer não morra, mas tenha a vida eterna.” (João 3.16)
O maior presente que alguém poderia receber é a salvação pela fé em Jesus. Esse foi o grande presente que
Deus Pai deu ao mundo por meio da morte de seu Filho.

2. DESENVOLVA SUA MISSÃO

Pergunta:
Você, de fato, já recebeu esse grande presente de Deus Pai?

Se já recebeu o grande presente de Deus Pai ao mundo, esse é o maior presente que você pode dar a alguém.
E é isso que Ele espera de você. O apóstolo Paulo escreveu: “E Deus nos deu a tarefa de fazer com que os outros
também sejam amigos dele. A nossa mensagem é esta: Deus não leva em conta os pecados dos seres humanos e,
por meio de Cristo, ele está fazendo com que eles sejam seus amigos. E Deus nos mandou entregar a mensagem
que fala da maneira como ele faz com que eles se tornem seus amigos.” (2Coríntios 5.18-19).
Se a conversão a Cristo é uma grande alegria que um ser humano pode experimentar, levar uma pessoa a se
converter a Cristo é uma alegria igual. É como a alegria de se gerar um filho. Note como Paulo se referiu a algumas
pessoas que ele havia levado a Cristo: “Meus queridos filhos, eu estou sofrendo por vocês, como uma mulher que
tem dores de parto. E continuarei sofrendo até que Cristo esteja vivendo em vocês.” (Gálatas 4.19).
Se você é discípulo/a de Jesus, Ele lhe deixou uma ordem: “Portanto, vão a todos os povos do mundo e façam
com que sejam meus seguidores, batizando esses seguidores em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e
ensinando-os a obedecer a tudo o que tenho ordenado a vocês. (...) Vão pelo mundo inteiro e anunciem o
evangelho a todas as pessoas.” (Mateus 28.19-20; Marcos 16.15). Entretanto, você pode se perguntar: “Eu?! Mas
eu acabei de me converter a Cristo! O que eu poderia dar às pessoas?!”

3. COMPARTILHE

Você, que acabou de se converter a Cristo, tem algo muito especial para dar às pessoas: o seu testemunho
de conversão. Agora que você está para ser batizado/a ou se já batizado/a, para se tornar membro da Igreja
Metodista e assim consolidar a sua fé em Cristo, está na hora de desafiá-lo/a para levar o Evangelho de Jesus de
maneira viva e prática às pessoas que você conhece. Conforme o apóstolo Paulo escreveu, nós somos livros vivos;
as pessoas deste mundo devem ler o Evangelho de Jesus Cristo por meio de nossa vida (2Coríntios 3.2-3).

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Foi isso que fez uma mulher da província da Samaria após ter um encontro com Jesus. O texto bíblico diz que
“a mulher deixou ali o seu pote, voltou até a cidade e disse a todas as pessoas: - Venham ver o homem que disse
tudo o que eu tenho feito. Será que ele é o Messias? Muitas pessoas saíram da cidade e foram para o lugar onde
Jesus estava. (...) Muitos samaritanos daquela cidade creram em Jesus porque a mulher tinha dito: ‘Ele me disse
tudo o que eu tenho feito’. (...) E muitos outros creram por causa da mensagem dele. Eles diziam à mulher: - Agora
não é mais por causa do que você disse que nós cremos, mas porque nós mesmos o ouvimos falar.” (João 4.28-30,
39, 41-42).
Aquela mulher, que acabara de ter um encontro com Jesus, dispôs-se a compartilhar com outras pessoas a
experiência que tivera e, por causa disso, muitos também puderam se encontrar com Cristo e ter a vida
transformada. Assim também seu papel nesse mundo é ser testemunha viva do grande amor de Deus expresso
em Jesus Cristo. Faça uma lista de pessoas nas quais você pode compartilhar desse amor. Ore por elas e creia que
o Senhor estará com você e o ajudará nessa missão.

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BIBLIOGRAFIA

Apostila do Centro de Capacitação Ministerial, Curso Lidere, Igreja Batista Central de Belo Horizonte, 2016.

Apostila do Centro de Capacitação Ministerial, Curso Vida Cristã, Igreja Batista Central de Belo Horizonte, 2011.

Cânones da Igreja Metodista 2012-2016. Piracicaba: Equilíbrio, 2012.

Carta Pastoral do Colégio Episcopal da Igreja Metodista: Dízimo. 2ª ed. São Paulo, 1999.

Carta Pastoral sobre Dons e Ministérios. Colégio Episcopal da Igreja Metodista. 2ª ed. São Paulo, 2001.

COMISKEY, Joel. Multiplicando a Liderança. Curitiba: Ministério Igreja em Células, 2008.

HENDERSON, D. Michael. Um modelo para fazer discípulos. A reunião de classes de John Wesley. Curitiba:
Ministério Igreja em Células, 2015.

Manual Regional de Discipulado e Células. Ministério Regional de Discipulado - 4ª Região Eclesiástica, Belo
Horizonte, 2013.

Site: www.metodista.org.br.

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