Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Identificar uma Seita
Série Apologética – Volume I ICP Instituto Cristão de Pesquisas Página 1
Como Identificar uma Seita
Índice
I ‐ Introdução ........................................................................................................................................................ 03
II ‐ Pluralidade Religiosa ....................................................................................................................................... 04
III ‐ Por Que Estudar as Falsas Doutrinas ............................................................................................................... 05
IV ‐ Definição dos Termos ..................................................................................................................................... 07
‐ Há outras definições sobre o que é seita ............................................................................................................. 07
‐ Façamos um breve comentário sobre o que é doutrina ....................................................................................... 07
V ‐ A Caracterização das Seitas ............................................................................................................................. 09
‐ Adição ................................................................................................................................................................ 09
‐ Subtração ........................................................................................................................................................... 12
‐ Multiplicação ..................................................................................................................................................... 14
‐ Divisão ............................................................................................................................................................... 16
VI ‐ Outras Características .................................................................................................................................... 17
VII ‐ Como Abordar os Adeptos das Seitas ............................................................................................................. 19
Notas Bibliográficas ............................................................................................................................................. 20
Série Apologética – Volume I ICP Instituto Cristão de Pesquisas Página 2
Como Identificar uma Seita
I – Introdução
As pessoas têm o direito de professar a religião de sua escolha. A tolerância religiosa
é extensiva à todos. Isso não significa, porém, que todas as religiões sejam certas. Nos dias
de Jesus havia vários grupos religiosos: os saduceus (Atos 5:17) e os fariseus (Atos 15:05).
“E, levantando‐se o sumo sacerdote, e todos os que estavam com ele (e eram eles da seita dos saduceus), encheram‐
se de inveja,” (Atos 5:17);
“Alguns, porém, da seita dos fariseus, que tinham crido, se levantaram, dizendo que era mister circuncidá‐los e
mandar‐lhes que guardassem a lei de Moisés” (Atos 15:05).
Os dois grupos tinham posições religiosas distintas (Atos 23:08). Mesmo assim, Jesus
não os poupou, chamando‐os de hipócritas, filhos do inferno, serpentes, raça de víboras
(Mateus 23:13‐15, 33). O Mestre deixou claro que não aceitava a idéia de que todos os
caminhos levam a Deus. Ele ensinou que há apenas dois caminhos: o estreito, que conduz à
vida eterna, e o largo e espaçoso, que leva à destruição (Mateus 7:13‐14).
“Porque os saduceus dizem que não há ressurreição, nem anjo, nem espírito; mas os fariseus reconhecem uma e
outra coisa” (Atos 23:08).
“Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem
deixais entrar aos que estão entrando. Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que devorais as casas das
viúvas, sob pretexto de prolongadas orações; por isso sofrereis mais rigoroso juízo. Ai de vós, escribas e fariseus,
hipócritas! pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do
inferno duas vezes mais do que vós. Serpentes, raça de víboras! como escapareis da condenação do inferno?”
(Mateus 23:13‐15, 33).
“Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que
entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem”
(Mateus 7:13‐14).
Os apóstolos tiveram a mesma preocupação: não permitir que heresias, falsos
ensinos, entrassem na Igreja. O primeiro ataque doutrinário lançado contra a Igreja foi o
legalismo. Alguns judeus‐cristãos estavam instigando novos convertidos à prática das leis
judaicas, principalmente a circuncisão. Em Antioquia, havia uma igreja constituída de
pessoas bem preparadas no estudo das Escrituras (Atos 13:01), que perceberam a gravidade
do ensino de alguns que haviam descido da Judéia e ensinavam: “Se não vos circuncidardes
segundo o costume de Moisés, não podereis ser salvos” (Atos 15:01). Esses ensinamentos
eram uma ameaça à Igreja. Foi necessário que um concílio (reunião) apreciasse essa
questão e se posicionasse. Em Atos 15:01‐35, temos a narrativa que demonstra a importância
de considerarmos os ensinos que contrariam a fé cristã. Outras fontes ameaçam a Igreja.
Dentre elas, destacamos a pluralidade religiosa.
“E na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão chamado Níger, e
Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo” (Atos 13:01);
“Então alguns que tinham descido da Judéia ensinavam assim aos irmãos: Se não vos circuncidardes conforme o uso
de Moisés, não podeis salvar‐vos” (Atos 15:01).
Série Apologética – Volume I ICP Instituto Cristão de Pesquisas Página 3
Como Identificar uma Seita
II – Pluralidade Religiosa
A pluralidade religiosa não é exclusiva dos tempos
de Jesus. Atualmente existem milhares de seitas e
religiões falsas, as quais pensam estar fazendo a vontade
de Deus quando, na verdade, não estão. Há dez grandes
religiões principais: Hinduísmo, Jamismo, Budismo e
Siquismo (na índia); Confucionismo e Taoísmo (na China);
Xintoísmo (no Japão), Judaísmo (na Palestina),
Zoroastrismo (na Pérsia, atual Irã) e Islamismo (na
Arábia). Nessa lista, alguns incluem o Cristianismo. Além disso, existem mais de dez mil
seitas (ou subdivisões dessas religiões), estando seis mil localizadas na África, 1200 nos
Estados Unidos e o restante em outros países. Para efeitos didáticos, o ICP ‐ Instituto Cristão
de Pesquisas classifica assim as seitas:
Secretas: Maçonaria, Teosofia, Rosa Cruzcianismo, Esoterismo, etc;
Pseudocristãs: Mormonismo, Testemunhas de Jeová, Adventismo do Sétimo Dia,
Ciência Cristã, A Família (Meninos de Deus), Igreja Apostólica da Santa Vó Rosa, etc;
Espíritas: Kardecismo, Legião da Boa Vontade, Racionalismo Cristão, etc;
Afro‐brasileiras: Umbanda, Quimbanda, Candomblé, Voduísmo, Cultura Racional,
Santo Daime, etc;
Orientais: Seicho‐No‐Ie, Igreja Messiânica Mundial, Arte Mahikari, Hare Krishna,
Meditação Transcendental, Igreja da Unificação (Moonismo), Perfect Libert, etc;
Unicistas: Voz da Verdade, Igreja Local, Adeptos do Nome Yehoshua a suas Variantes
(ASNYS), Só Jesus, Tabernáculo da Fé, Cristadelfianismo, etc.
Enquanto essas e outras seitas se multiplicam, e seus guias desencaminham milhões
de pessoas, os cristãos permanecem indiferentes, desatentos à exortação de Judas 3:
“batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos”.
“Amados, procurando eu escrever‐vos com toda a diligência acerca da salvação comum, tive por necessidade
escrever‐vos, e exortar‐vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Judas 3).
Série Apologética – Volume I ICP Instituto Cristão de Pesquisas Página 4
Como Identificar uma Seita
III – Por Que Estudar as Falsas Doutrinas
Muitos perguntam por que se devem estudar as
falsas doutrinas. Para esses, seria melhor a dedicação à
leitura da Bíblia. Certamente devemos usar a maior
parte de nosso tempo lendo e estudando a Palavra de
Deus, porém essa mesma Palavra nos apresenta
diretrizes comportamentais relacionadas aos que
questionam nossa fé. Assim sendo, apresentamos as
razões para o estudo das falsas doutrinas:
1 ‐ Defesa própria: Várias entidades religiosas treinam seus adeptos para ir, de porta
em porta, à procura de novos adeptos. Algumas são especializadas em trabalhar com os
evangélicos, principalmente os novos convertidos. Os cristãos devem se informar acerca do
que os vários grupos ensinam. Só assim poderão refutá‐los biblicamente (Tito 1:09).
“Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã
doutrina, como para convencer os contradizentes” (Tito 1:09).
2 ‐ Proteção do rebanho: Um rebanho bem alimentado não dará problemas.
Devemos investir tempo e recursos na preparação dos membros da Igreja. Escolas bíblicas
bem administradas ajudam o nosso povo a conhecer melhor a Palavra de Deus. Um curso
de batismo mais extensivo, abrangendo detalhadamente as principais doutrinas, refutando
as argumentações dos sectários a expondo‐lhes a verdade, será útil para proteger os recém
convertidos dos ataques das seitas;
3 ‐ Evangelização: O fato de conhecermos o erro em que se encontram os sectários
nos ajuda a apresentar‐lhes a verdade de que necessitam. Entre eles se encontram multas
pessoas sinceras que precisam se libertar e conhecera Palavra de Deus. Os adeptos das
seitas também precisam do Evangelho. Se estivermos preparados para abordá‐los, e
demonstrar a verdade em sua própria Bíblia, poderemos ganhá‐los para Cristo;
4 ‐ Missões: Desempenhar o trabalho de missões requer muito mais do que se
deslocar de uma região para outra ou de um país para outro. Precisamos conhecer a cultura
onde vamos semear o Evangelho. Junto à cultura teremos a religiosidade nativa. Conhecer
antecipadamente esses elementos nos dará condições para alcançá‐los adequadamente.
Uma objeção levantada por alguns é esta: ‘Não gosto de falar contra outras religiões.
Fomos chamados para pregar o Evangelho’. Concordamos plenamente, todavia lembramos
que o apóstolo Paulo foi chamado para pregar o Evangelho e disse não se envergonhar dele
(Romanos 1:16). Disse também que Cristo o chamou para defender esse mesmo Evangelho
(Filipenses 1:17).
Série Apologética – Volume I ICP Instituto Cristão de Pesquisas Página 5
Como Identificar uma Seita
“Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê;
primeiro do judeu, e também do grego” (Romanos 1:16).
“Mas outros, por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho” (Filipenses 1:17).
A objeção mais comum é a seguinte: Jesus disse para não julgarmos, pois com a
mesma medida que julgarmos, também seremos julgados. Quem somos nós para julgar?
(Mateus 7:01, 02). Ora, o contexto mostra que Jesus não estava proibindo todo qualquer
julgamento, pois no versículo 15 Ele alerta: “acautelai‐vos, porém, dos falsos profetas”.
Como poderíamos nos acautelar dos falsos profetas se não pudéssemos identificá‐los? Não
teríamos de emitir um juízo classificando alguém como falso profeta? Concluímos, portanto,
que há juízos estabelecidos em bases sinceras, mas, para isso, é preciso usar um padrão
correto de julgamento e, no caso, esse padrão é a Bíblia (Isaías 8:20). Há exemplos nas
Escrituras de que nem todo juízo é incorreto. Certa vez Jesus disse: “julgaste bem” (Lucas
7:43). Paulo admitiu que seus escritos fossem julgados (1º Coríntios 10:15).
Disse mais: “O que é espiritual julga bem todas as coisas” (1º Coríntios 2:15).
“Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida
com que tiverdes medido vos hão de medir a vós” (Mateus 7:01, 02).
“Acautelai‐vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos
devoradores” (Mateus 7:15)
“À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles” (Isaías 8:20).
“E Simão, respondendo, disse: Tenho para mim que é aquele a quem mais perdoou. E ele lhe disse: Julgaste bem”
(Lucas 7:43).
“Falo como a entendidos; julgai vós mesmos o que digo” (1º Coríntios 10:15).
Série Apologética – Volume I ICP Instituto Cristão de Pesquisas Página 6
Como Identificar uma Seita
IV – Definições dos Termos
Antes de apresentarmos os meios para se
identificar uma seita ou religião falsa, saibamos o que
significam as palavras seita e heresia. Ambas derivam da
palavra grega háiresis, que significa escolha, partido
tomado, corrente de pensamento, divisão, escola, etc1. A
palavra heresia é adaptação de háiresis. Quando passada
para o latim, háiresis virou secta. Foi do latim que veio a
palavra seita2.
Originalmente, a palavra não tinha sentido
pejorativo. Quando o Cristianismo foi chamado de seita:
“Temos achado que este homem é uma peste, e promotor de sedições
entre todos os judeus, por todo o mundo; e o principal defensor da seita
dos nazarenos;” (Atos 24:05).
Não foi em sentido depreciativo. Os líderes judaicos viam os cristãos como mais um
grupo, uma facção dentro do Judaísmo.
Com o tempo, háiresis também assumiu conotação negativa, como em:
“E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós” 1º Coríntios 11:19.
“Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias,” Gálatas 5:20.
“E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão
encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina
perdição. E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade” 2º Pedro 2:01‐
02.
Em termos teológicos, podemos dizer que seita refere‐se a um grupo de pessoas
(uma religião) e que heresia indica as doutrinas anti‐bíblicas defendidas pelo grupo.
Baseando‐se nessa explicação, podemos dizer que um cristão imaturo pode estar ensinando
alguma heresia, sem, contudo, fazer parte de uma seita.
Há outras definições sobre o que é seita:
1ª ‐ Um grupo de indivíduos reunidos em torno de uma interpretação errônea da
Bíblia, feita por uma ou mais pessoas3.
2ª ‐ É uma perversão, uma distorção do Cristianismo bíblico e/ou a rejeição dos
ensinos históricos da Igreja cristã4.
3ª ‐ Qualquer religião tida por heterodoxa ou mesmo espúria5.
Façamos um breve comentário sobre o que é doutrina6
A palavra doutrina vem do latim doctrina, que significa ensino. Referindo‐se a
qualquer tipo de ensino ou a algum ensino específico. Existem três formas de doutrina:
a) Doutrina de Deus
Série Apologética – Volume I ICP Instituto Cristão de Pesquisas Página 7
Como Identificar uma Seita
‐ “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações”. Atos 2:42;
‐ “Então o procônsul, vendo o que havia acontecido, creu, maravilhado da doutrina do Senhor”. Atos 13:12;
‐ “Não defraudando, antes mostrando toda a boa lealdade, para que em tudo sejam ornamento da doutrina
de Deus, nosso Salvador”. Tito 2:10;
b) Doutrina de homens
‐ “Mas, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens” Mateus 15:09;
‐ “As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens;” CoIossenses 2:22;
c) Doutrina de demônios
‐ “Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a
espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios;” 1º Timóteo 4:01.
A primeira é boa, as duas últimas são danosas. E preciso distinguir a primeira das
últimas, senão os prejuízos podem ser fatais. O contraste entre a verdade e a mentira é
mais nítido que o contraste entre a verdade e a falsidade. Religiões e seitas pagãs podem
ser analisadas facilmente. Contudo, uma religião ou seita que se apresente como cristã,
mas tem uma doutrina contrária às Escrituras, merece toda nossa atenção. Para tanto,
devemos conhecer os meios adequados para se identificar uma seita.
Série Apologética – Volume I ICP Instituto Cristão de Pesquisas Página 8
Como Identificar uma Seita
V ‐ A Caracterização das Seitas
O método mais eficiente para se identificar uma seita é conhecer
os quatro caminhos seguidos por elas, ou seja, o da adição, subtração,
multiplicação e divisão. As seitas conhecem as operações matemáticas,
contudo, nunca atingem o resultado satisfatório.
1. Adição: O grupo adiciona algo à Bíblia. Sua fonte de autoridade não
leva em consideração somente a Bíblia. Por exemplo:
Adventismo do Sétimo Dia: Seus adeptos têm os
escritos de Ellen Gould White como inspirados tanto quanto
os livros da Bíblia. Declaram: “Cremos que: Ellen White foi
inspirada pelo Espírito Santo, e seus escritos, o produto
dessa inspiração, têm aplicação e autoridade especial para
os adventistas do sétimo dia. Negamos que a qualidade ou
grau de inspiração dos escritos de Ellen White sejam
diferentes dos encontrados nas Escrituras Sagradas”7. Essa
alegação é altamente comprometedora. Diversas profecias
escritas por Ellen Gould White não se cumpriram. Isso põe
em dúvida a alegação de inspiração e sua fonte.
As Testemunhas de Jeová: Crêem que somente com a
mediação do Corpo Governante (diretoria das Testemunhas
de Jeová, formada por um número variável entre 9 a 14 pessoas, nos EUA), a Bíblia será
entendida. Declaram: “Meramente ter a Palavra de Deus e lê‐la não basta para adquirir o
conhecimento exato que coloca a pessoa no caminho diz vida”8. “A menos que estejamos
em contato com este canal de comunicação usado por Deus, não avançaremos na estrada
da vida, não importa quanto leiamos a Bíblia”9. Essa afirmação iniciou‐se com o seu
fundador, Charles Taze Russell. Ele afirmava que seus livros explicavam a Bíblia de uma
forma única. A Bíblia fica em segundo plano nos estudos das Testemunhas de Jeová. E usada
apenas como um livro de referência. A revista A Sentinela tem sido seu principal canal para
propagar suas afirmações. O candidato ao batismo das Testemunhas de Jeová deve saber
responder a aproximadamente 125 perguntas. A maioria nega a doutrina bíblica evangélica.
Certamente, com a literatura das Testemunhas de Jeová, é impossível compreender a Bíblia.
Somente a Palavra de Deus contém ensinos que conduzem à vida eterna. Adicionar‐lhe algo
é altamente perigoso!
“Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar
alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; e, se alguém tirar quaisquer palavras
do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas
neste livro” (Apocalipse 22:18‐19).
Série Apologética – Volume I ICP Instituto Cristão de Pesquisas Página 9
Como Identificar uma Seita
Nessa mesma linha estão os mórmons, que dizem crer na Bíblia, desde que sua
tradução seja correta. Ensinam: “Cremos ser a Bíblia a palavra de Deus, o quanto seja
correta sua tradução; cremos também ser o "Livro de Mórmon" a palavra de Deus” (Artigo
8º das Regras de Fé).
Eles acham que o "Livro de Mórmon" é mais perfeito do que a Bíblia. “Declarei aos
irmãos que o Livro de Mórmon era o mais correto de todos os livros da terra, e a pedra
angular da nossa religião” (Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, página 178). Outros
livros também são considerados inspirados: "Doutrina e Convênios" e "A Pérola de Grande
Valor". Usam também a Bíblia apenas como livro de referência. Se dissermos aos mórmons
que temos a Bíblia e não precisamos do “Livro de Mórmon”, eles responderão com esse
livro: “Tu, tolo, dirás: uma Bíblia e não necessitamos mais de Bíblia! Portanto, porque tendes
uma Bíblia, não deveis supor que ela contém todas as minhas palavras; nem deveis supor
que eu não fiz com que se escrevesse mais” (LM‐2 Néfi 29:910). Citam as variantes textuais
dos manuscritos como argumento de que a Bíblia não seja fidedigna. Ignoram, porém, que
a pesquisa bíblica tem demonstrado a fidedignidade da Palavra de Deus.
Os Meninos de Deus (A Família) dizem que é melhor ler os ensinamentos de David
Berg, seu fundador, do que ler a Bíblia. “E quero dizer‐vos francamente: se há uma escolha
entre lerem a Bíblia, quero dizer‐vos que é melhor lerem o que Deus diz hoje, de preferência
ao que disse 2000 ou 4000 anos atrás! Depois, quando acabarem de ler as últimas Cartas de
MO podem voltar e ler a Bíblia e as Cartas velhas de MO!” (Velhas Garrafas ‐ MO, julho,
1973, página 11 nº 242‐SD). Práticas abomináveis, segundo a moral bíblica, são justificadas
com a Bíblia.
A Igreja da Unificação, do Rev. Moon, julga ser seu "Princípio Divino de inspiração
mais elevado do que a Bíblia. “A Bíblia... não é a própria verdade, senão um livro de texto
que ensina a verdade ... Portanto, não devemos considerar o livro de texto como absoluto
em todos os detalhes” (O Princípio Divino, Introdução, página 7). Outro exemplo da
conseqüência de abandonar as Escrituras é observado nesse movimento. Além da Bíblia,
rejeitam também o Messias e seguem um outro senhor.
Os Kardecistas não têm a Bíblia como base, mas a doutrina dos espíritos, codificada
por Allan Kardec. Usam um ‘Outro Evangelho’ conhecido como "O Evangelho Segundo o
Espiritismo". Dizem: “Nem a Bíblia prova coisa nenhuma, nem temos a Bíblia como
probante. O Espiritismo não é um ramo do Cristianismo como as demais seitas chamadas
cristãs. Não assenta os seus princípios nas Escrituras. Não rodopia junto à Bíblia. Mas a
nossa base é o ensino dos espíritos, daí o nome Espiritismo” (A Margem do Cristianismo,
página 214). Procuram interpretar as parábolas e ensinos de Jesus Cristo segundo uma
Série Apologética – Volume I ICP Instituto Cristão de Pesquisas Página 10
Como Identificar uma Seita
perspectiva espírita e reencarnacionista. A Palavra de Deus é bem clara quanto às
atividades espíritas e suas origens.
A Igreja de Cristo Internacional (Boston) interpreta a Bíblia segundo a visão de Kipp
Mckean, o seu fundador. Um sistema intensivo de discipulado impede outras
interpretações. Qualquer resistência do discípulo, referindo‐se à instrução, desencadeará
uma retaliação social.
Resposta Apologética:
O apóstolo Paulo diz que as Sagradas Letras tornam o homem sábio para a salvação
pela fé em Jesus (2º Timóteo 3:15); logo, se alguém ler a Bíblia, somente nela achará a formula
da vida eterna: crer em Jesus. A Bíblia relata a história do homem desde a antigüidade.
Mostra como ele caiu no lamaçal do pecado. Não obstante, declara que Deus não o
abandonou, mas enviou seu Filho Unigênito para salvá‐lo. Assim, lendo a Bíblia, o homem
saberá que sem Jesus não há salvação. Ele não procurará a salvação em Buda, Maomé,
Krishina ou algum outro, nem mesmo numa organização religiosa; pois a Bíblia é absoluta e
verdadeira ao enfatizar que a salvação do homem vem exclusivamente por meio de Jesus
(João 1:45; 5:39‐46; Lucas 24:27, 44; Atos 4:12; 10:43; 16:30‐31; Romanos 10:09‐10).
“Filipe achou Natanael, e disse‐lhe: Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas: Jesus de
Nazaré, filho de José” (João 1:45);
“Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam; e não quereis
vir a mim para terdes vida. Eu não recebo glória dos homens; mas bem vos conheço, que não tendes em vós o amor
de Deus. Eu vim em nome de meu Pai, e não me aceitais; se outro vier em seu próprio nome, a esse aceitareis. Como
podeis vós crer, recebendo honra uns dos outros, e não buscando a honra que vem só de Deus? Não cuideis que eu
vos hei de acusar para com o Pai. Há um que vos acusa, Moisés, em quem vós esperais. Porque, se vós crêsseis em
Moisés, creríeis em mim; porque de mim escreveu ele” (João 5:39‐46);
“E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava‐lhes o que dele se achava em todas as Escrituras. E
chegaram à aldeia para onde iam, e ele fez como quem ia para mais longe. E eles o constrangeram, dizendo: Fica
conosco, porque já é tarde, e já declinou o dia. E entrou para ficar com eles. E aconteceu que, estando com eles à
mesa, tomando o pão, o abençoou e partiu‐o, e lho deu. Abriram‐se‐lhes então os olhos, e o conheceram, e ele
desapareceu‐lhes. E disseram um para o outro: Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho,
nos falava, e quando nos abria as Escrituras? E na mesma hora, levantando‐se, tornaram para Jerusalém, e acharam
congregados os onze, e os que estavam com eles, os quais diziam: Ressuscitou verdadeiramente o Senhor, e já
apareceu a Simão. E eles lhes contaram o que lhes acontecera no caminho, e como deles fora conhecido no partir do
pão. E falando eles destas coisas, o mesmo Jesus se apresentou no meio deles, e disse‐lhes: Paz seja convosco. E eles,
espantados e atemorizados, pensavam que viam algum espírito. E ele lhes disse: Por que estais perturbados, e por
que sobem tais pensamentos aos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai‐
me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. E, dizendo isto, mostrou‐lhes as
mãos e os pés. E, não o crendo eles ainda por causa da alegria, e estando maravilhados, disse‐lhes: Tendes aqui
alguma coisa que comer? Então eles apresentaram‐lhe parte de um peixe assado, e um favo de mel; o que ele tomou,
e comeu diante deles. E disse‐lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se
cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos” (Lucas 24:27, 44);
“E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens,
pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4:12);
Série Apologética – Volume I ICP Instituto Cristão de Pesquisas Página 11
Como Identificar uma Seita
“A este dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu
nome” (Atos 10:43);
“E, tirando‐os para fora, disse: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar? E eles disseram: Crê no Senhor
Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa” (Atos 16:30‐31);
“A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os
mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação”
(Romanos 10:09‐10).
2. Subtração: O Grupo tira algo da pessoa de Jesus Cristo.
A Maçonaria vê Jesus simplesmente como mais um
fundador de religião, ao lado de personalidades mitológicas,
ocultistas ou religiosas, tais como, Orfeu, Hermes,
Trimegisto, Krishina (o deus do Hinduísmo), Maomé (profeta
do Islamismo), entre outros. Se negarmos o sacrifício de
Jesus Cristo a sua vida, estaremos negando também a Bíblia
que o menciona como Messias.
“Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e
dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel” (Isaías 7:14);
“E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o
seu povo dos seus pecados. Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que
foi dito da parte do Senhor, pelo profeta, que diz; eis que a virgem
conceberá, e dará à luz um filho, E chamá‐lo‐ão pelo nome de EMANUEL,
Que traduzido é: Deus conosco” (Mateus 1:21‐23);
“Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e
dirigiu‐se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele. E foi‐lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos
os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que
não será destruído” (Daniel 7:13‐14).
Ou cremos integralmente na Palavra de Deus como revelação completa e, portanto,
nas implicações salvíficas que há em Jesus Cristo, ou a rejeitamos integralmente. Não há
meio termo.
A Legião da Boa Vontade (LBV) subtrai a natureza humana de Jesus, dizendo que
Jesus possui apenas um corpo aparente ou fluídico, além de negar sua divindade, dizendo
que ele jamais afirmou que fosse Deus10.
“Jesus não poderia nem deveria, conforme as imutáveis Leis da Natureza, revestir o
corpo material do homem do nosso planeta, corpo de lama, incompatível com sua natureza
espiritual, mas um corpo fluídico” (Doutrina do Céu da LBV, página 108).
“Agora, o mundo inteiro pode compreender que, Jesus, o Cristo de Deus, não é Deus
nem jamais afirmou que fosse Deus” (Doutrina do Céu da LBV, página 112).
Outros grupos também subtraem a divindade de Jesus: as Testemunhas de Jeová
dizem que Ele é o arcanjo Miguel na sua pré‐existência, sendo a primeira criação de Jeová.
Série Apologética – Volume I ICP Instituto Cristão de Pesquisas Página 12
Como Identificar uma Seita
Os adventistas ensinam que Jesus tinha uma natureza pecaminosa, caída. Dizem,
“Santificar o sábado ao Senhor importa em salvação eterna” (Testemunhos Seletos, volume
III, página 22, 2ª edição, 1956).
Os Kardecistas ensinam que Jesus foi apenas um médium de Deus. Dizem que
“Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus” (A Gênese, página 311).
Resposta Apologética:
A Bíblia ensina que Jesus é Deus:
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” João 1:01;
“E Tomé respondeu, e disse‐lhe: Senhor meu, e Deus meu!” João 20:28;
“Aguardando a bem‐aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus
Cristo;” Tito 2:13;
“E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é
verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” 1º João 5:20.
Assim sendo, não pode ser comparado meramente a seres criados, humanos ou
mitológicos, nem mesmo com os anjos, que o adoram:
“E outra vez, quando introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem” Hebreus 1:06.
A Bíblia atesta a autêntica humanidade de Jesus, pois nasceu como homem (Lucas 2:07),
cresceu como homem (Lucas 2:52), sentiu fome (Mateus 4:02), sede (João 19:28), comeu e bebeu
(Mateus 11:19; Lucas 7:34), dormiu (Mateus 8:24), suou sangue (Lucas 22:44), etc. Foi gerado pelo
Espírito Santo no ventre da virgem Maria, sendo portanto, santo, inocente e imaculado
(Hebreus 7:26). É verdadeiramente Deus (João 5:18; 10:30‐33; 1º João 5:20) e verdadeiramente
homem (Lucas 19:10).
Lucas 2:07 “E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu‐o em panos, e deitou‐o numa manjedoura, porque
não havia lugar para eles na estalagem”.
Lucas 2:52 “E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens”.
Mateus 4:02 “E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;”
João 19:28 “Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se
cumprisse, disse: Tenho sede”.
Mateus 11:19 “Veio o Filho do homem, comendo e bebendo, e dizem: Eis aí um homem comilão e beberrão,
amigo dos publicanos e pecadores. Mas a sabedoria é justificada por seus filhos”.
Lucas 7:34 “Veio o Filho do homem, que come e bebe, e dizeis: Eis aí um homem comilão e bebedor de vinho,
amigo dos publicanos e pecadores”.
Mateus 8:24 “E eis que no mar se levantou uma tempestade, tão grande que o barco era coberto pelas
ondas; ele, porém, estava dormindo”.
Lucas 22:44 “E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou‐se em grandes gotas de
sangue, que corriam até ao chão”.
Hebreus 7:26 “Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores,
e feito mais sublime do que os céus;”
João 5:18 “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva‐
se a si mesmo, e o maligno não lhe toca”.
Série Apologética – Volume I ICP Instituto Cristão de Pesquisas Página 13
Como Identificar uma Seita
João 10:30‐33 “Eu e o Pai somos um. Os judeus pegaram então outra vez em pedras para o apedrejar.
Respondeu‐lhes Jesus: Tenho‐vos mostrado muitas obras boas procedentes de meu Pai; por qual destas obras me
apedrejais? Os judeus responderam, dizendo‐lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia;
porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo”.
1º João 5:20 “E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é
verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna”.
Lucas 19:10 “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido”.
Série Apologética – Volume I ICP Instituto Cristão de Pesquisas Página 14
Como Identificar uma Seita
“Somos salvos por mais do que apenas crer na mensagem do Reino de todo o nosso
coração; também temos de declarar publicamente esta mensagem do reino a outros, para
que estes também possam ser salvos para o novo mundo de Deus” (Do Paraíso Perdido ao
Paraíso Recuperado, página 249, Sociedade Torre de Vigia).
Resposta Apologética:
A Bíblia declara que todo aquele que nega a existência do pecado está mancomunado
com o diabo, o pai da mentira (João 8:44 comparado com 1º João 1:08). A eficácia do sangue de Cristo
para cancelar os pecados nos é apresentada como a mensagem central da Bíblia. E a base
do perdão dos pecados.
“Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça,”
(Efésios 1:07);
“Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu
Filho, nos purifica de todo o pecado. Se dissermos que não temos pecado, enganamo‐nos a nós mesmos, e não há
verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de
toda a injustiça” (1º João 1:07‐09);
“E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos e o príncipe dos reis da terra.
Àquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados,” (Apocalipse 1:05).
Com respeito à salvação pelas obras, a Bíblia é clara ao ensinar que “somos salvos
pela graça, por meio da fé, e isso não vem de nós, é dom de Deus, não vem das obras para
que ninguém se glorie” (Efésios 2:08‐09). Praticamos boas obras não para sermos salvos, mas
porque somos salvos em Cristo Jesus, nosso Senhor.
As obras são o resultado da salvação, não o seu agente. O valor das obras está em nos
disciplinar para a vida cristã (Hebreus 12:05‐11; 1º Coríntios 11:31‐32). Paulo declara em CoIossenses
2:14‐17 que o sábado semanal fazia parte das ordenanças da lei que foram cravadas na cruz e
que não passavam de sombras, indicando assim que o verdadeiro descanso encontramos
em Jesus (Mateus 11:28‐30).
“E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do
SENHOR, E não desmaies quando por ele fores repreendido; porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer
que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não
corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos. Além
do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos
muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos? Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam
como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade. E, na verdade,
toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de
justiça nos exercitados por ela” (Hebreus 12:05‐11);
“Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando somos julgados, somos
repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo” (1º Coríntios 11:31‐32);
“Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a
tirou do meio de nós, cravando‐a na cruz. E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles
triunfou em si mesmo. Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da
lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo” (CoIossenses 2:14‐17);
Série Apologética – Volume I ICP Instituto Cristão de Pesquisas Página 15
Como Identificar uma Seita
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de
mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave
e o meu fardo é leve” (Mateus 11:28‐30).
Série Apologética – Volume I ICP Instituto Cristão de Pesquisas Página 16
Como Identificar uma Seita
“Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” (1º Coríntios 3:11)
VI – Outras Características
Falsas profecias: As Testemunhas de Jeová, os adventistas, os mórmons e outros já
proclamaram o fim do mundo para datas específicas.
Resposta Apologética:
A Bíblia nos adverte contra os que marcam datas para eventos como fechamento da
porta da graça, a vinda de Jesus (Deuteronômio 18:20‐22; Mateus 24:23‐25; Ezequiel 13:01‐08; Jeremias
14:14).
“Porém o profeta que tiver a presunção de falar alguma palavra em meu nome, que eu não lhe tenha mandado falar,
ou o que falar em nome de outros deuses, esse profeta morrerá” (Deuteronômio 18:20‐22);
“Então, se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não lhe deis crédito; porque surgirão falsos cristos e
falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Eis que eu
vo‐lo tenho predito” (Mateus 24:23‐25);
“E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Filho do homem, profetiza contra os profetas de Israel que profetizam,
e dize aos que só profetizam de seu coração: Ouvi a palavra do SENHOR; assim diz o Senhor DEUS: Ai dos profetas
loucos, que seguem o seu próprio espírito e que nada viram! Os teus profetas, ó Israel, são como raposas nos
desertos. Não subistes às brechas, nem reparastes o muro para a casa de Israel, para estardes firmes na peleja no dia
do SENHOR. Viram vaidade e adivinhação mentirosa os que dizem: O SENHOR disse; quando o SENHOR não os
enviou; e fazem que se espere o cumprimento da palavra. Porventura não tivestes visão de vaidade, e não falastes
adivinhação mentirosa, quando dissestes: O SENHOR diz, sendo que eu tal não falei? Portanto assim diz o Senhor
DEUS: Como tendes falado vaidade, e visto a mentira, portanto eis que eu sou contra vós, diz o Senhor DEUS”
(Ezequiel 13:01‐08);
“E disse‐me o SENHOR: Os profetas profetizam falsamente no meu nome; nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem
lhes falei; visão falsa, e adivinhação, e vaidade, e o engano do seu coração é o que eles vos profetizam”
(Jeremias 14:14).
Negam a ressurreição corporal de Cristo: Admitindo que Jesus Cristo tenha
ressuscitado apenas em espírito: As Testemunhas de Jeová, Ciência Cristã, Igreja da
Unificação, Kardecismo ensinam uma ressurreição espiritual de Jesus, afirmando que seu
corpo físico simplesmente foi escondido, ou que se evaporou; outros dizem que nem
sequer ressuscitou (LBV), a ainda outros não acreditam que tenha morrido na cruz (Rosa
cruz, Islamismo, etc).
Resposta Apologética:
Quanto à morte e a ressurreição de Jesus, a Bíblia afirma que:
1. Jesus morreu realmente. Eis o processo de sua morte:
a) A agonia no Getsêmani (Lucas 22:44);
b) Açoitado brutalmente (Mateus 27:26; Marcos 15:15; João 19:01);
c) Mãos e pés cravados na cruz (Mateus 27:35; Marcos 15:24);
d) Morte comprovada (João 19:33‐34);
Série Apologética – Volume I ICP Instituto Cristão de Pesquisas Página 17
Como Identificar uma Seita
e) Sepultamento (João 19:38‐40).
“E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou‐se em grandes gotas de sangue, que corriam até
ao chão” (Lucas 22:44);
“Então soltou‐lhes Barrabás, e, tendo mandado açoitar a Jesus, entregou‐o para ser crucificado” (Mateus 27:26);
“Então Pilatos, querendo satisfazer a multidão, soltou‐lhe Barrabás e, açoitado Jesus, o entregou para ser
crucificado” (Marcos 15:15);
“Pilatos, pois, tomou então a Jesus, e o açoitou” (João 19:01);
“E, havendo‐o crucificado, repartiram as suas vestes, lançando sortes, para que se cumprisse o que foi dito pelo
profeta: Repartiram entre si as minhas vestes, e sobre a minha túnica lançaram sortes” (Mateus 27:35);
“E, havendo‐o crucificado, repartiram as suas vestes, lançando sobre elas sortes, para saber o que cada um levaria”
(Marcos 15:24);
“Mas, vindo a Jesus, e vendo‐o já morto, não lhe quebraram as pernas. Contudo um dos soldados lhe furou o lado
com uma lança, e logo saiu sangue e água” (João 19:33‐34);
“Depois disto, José de Arimatéia (o que era discípulo de Jesus, mas oculto, por medo dos judeus) rogou a Pilatos que
lhe permitisse tirar o corpo de Jesus. E Pilatos lho permitiu. Então foi e tirou o corpo de Jesus. E foi também
Nicodemos (aquele que anteriormente se dirigira de noite a Jesus), levando quase cem arráteis de um composto de
mirra e aloés. Tomaram, pois, o corpo de Jesus e o envolveram em lençóis com as especiarias, como os judeus
costumam fazer, na preparação para o sepulcro” (João 19:38‐40).
2. Ressuscitou corporalmente.
a) Ressurreição predita (João 2:19‐22);
b) O túmulo vazio comprova a ressurreição (Lucas 24:01‐03);
c) Suas aparições (Lucas 24:36‐39; João 20:25‐28).
“Jesus respondeu, e disse‐lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei. Disseram, pois, os judeus: Em
quarenta e seis anos foi edificado este templo, e tu o levantarás em três dias? Mas ele falava do templo do seu corpo.
Quando, pois, ressuscitou dentre os mortos, os seus discípulos lembraram‐se de que lhes dissera isto; e creram na
Escritura, e na palavra que Jesus tinha dito” (João 2:19‐22);
“E no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham
preparado, e algumas outras com elas. E acharam a pedra revolvida do sepulcro. E, entrando, não acharam o corpo
do Senhor Jesus” (Lucas 24:01‐03);
“E falando eles destas coisas, o mesmo Jesus se apresentou no meio deles, e disse‐lhes: Paz seja convosco. E eles,
espantados e atemorizados, pensavam que viam algum espírito. E ele lhes disse: Por que estais perturbados, e por
que sobem tais pensamentos aos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai‐
me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lucas 24:36‐39);
“Disseram‐lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse‐lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas
mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei. E
oito dias depois estavam outra vez os seus discípulos dentro, e com eles Tomé. Chegou Jesus, estando as portas
fechadas, e apresentou‐se no meio, e disse: Paz seja convosco. Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as
minhas mãos; e chega a tua mão, e põe‐na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente. E Tomé respondeu, e
disse‐lhe: Senhor meu, e Deus meu!” (João 20:25‐28).
3. Negar a ressurreição de Jesus é ser falsa testemunha contra Deus, pois:
a) Essa é a mensagem do Evangelho (1º Coríntios 15:14‐17);
Série Apologética – Volume I ICP Instituto Cristão de Pesquisas Página 18
Como Identificar uma Seita
b) A expressão Filho do Homem designa a forma da sua segunda vinda e testifica que
Jesus mantém seu corpo ressuscitado (Atos 7:55‐59; Mateus 24:29‐31; Filipenses 3:20‐21);
c) Jesus com corpo glorificado está no céu (1º Timóteo 2:05).
“E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. E assim somos também
considerados como falsas testemunhas de Deus, pois testificamos de Deus, que ressuscitou a Cristo, ao qual, porém,
não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não ressuscitam. Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo
não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados”
(1º Coríntios 15:14‐17);
“Mas ele, estando cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à direita
de Deus; e disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus. Mas eles
gritaram com grande voz, taparam os seus ouvidos, e arremeteram unânimes contra ele. E, expulsando‐o da cidade,
o apedrejavam. E as testemunhas depuseram as suas capas aos pés de um jovem chamado Saulo. E apedrejaram a
Estêvão que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito” (Atos 7:55‐59);
“E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as
potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se
lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os
seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à
outra extremidade dos céus” (Mateus 24:29‐31);
“Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará
o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si
todas as coisas” (Filipenses 3:20‐21);
“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (1º Timóteo 2:05).
VII – Como abordar os adeptos das Seitas
O pesquisador Jan Karel Van Baalen afirma: “Os adeptos das seitas são as pessoas
mais difíceis de evangelizar”15. Dentre as razões apresentadas por Van Baalen, apontamos
as seguintes:
a) Os adeptos das seitas não são pessoas que devem ser despertadas para a religião.
O herege deixou a fé tradicional em que foi criado e adotou, segundo pensa, coisa melhor,
chegando até mesmo a hostilizá‐la. Ele renunciou ao plano de Deus para salvação em troca
de algum sistema de auto‐salvação. Assim, para ele, a afirmação do profeta, todas as nossas
justiças são como trapo de imundícia (Isaías 64:06) não reflete a verdade de Deus.
“Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos
como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam” (Isaías 64:06).
b) O sectário bem informado é consciente das falhas da religião protestante e
evangélica. Ele não consegue entender a variedade denominacional. Além disso, pensa que
sabe tudo sobre sua fé e está convencido de que conhece mais acerca do que cremos do
que nós mesmos.
c) Muitos adeptos fizeram sacrifícios, contrariaram os seus familiares, suportaram a
zombaria dos amigos etc. Como reconhecer agora que estão errados e a paz que
encontraram não é verdadeira?
Série Apologética – Volume I ICP Instituto Cristão de Pesquisas Página 19
Como Identificar uma Seita
Conhecendo a nossa Fé
Diante do exposto, diz o pesquisador: “Antes de entramos nessa discussão, estejamos
bem seguros do nosso terreno. A resposta escolar: Eu sei, mas não sei explicar engana
somente o estudante. Se não soubermos responder ao argumento do sectário, é só porque
não dominamos os fatos. É nosso conhecimento inadequado que nos obriga à abandonar o
campo derrotados, desonrando o Senhor”.
Concordamos não apenas com Van Baalen, mas também com Lutero, que disse: “Se
não houvesse seitas, pelas quais o diabo nos despertasse, tornar‐nos‐íamos
demasiadamente preguiçosos e dormiríamos roncando para a morte. A fé e a Palavra de
Deus seriam obscurecidas e rejeitadas em nosso meio. Agora, essas seitas são para nós
como esmeril para nos polir; elas nos amolam e estão lustrando nossa fé e nossa doutrina,
para se tornarem limpas como um espelho brilhante. Também chegamos a conhecer
Satanás e seus pensamentos e seremos hábeis em combatê‐lo. Assim a Palavra de Deus
torna‐se mais conhecida.
Notas Bibliográficas
1. Histórias das Heresias, (séculos I‐VII). Roque Frangiotti, 1995, Editora Paulus, página 6.
2. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, R. N. Champlin e J. M. Bentes. Volumes 3 e 6, 4ª edição, Editora
Candeia, 1991.
3. O Império das Seitas, Walter Martin, Volume 1, Belo Horizonte, Betânia 1992, página 11.
4. Entendendo as Seitas, um Manual das Religiões de Hoje, Josh MacDowill e Don Stwart, Editora Candeia, 1992,
página 9.
5. O Caos das Seitas, um Estudo Sobre os “lsmos” Modernos, J. K. Van Baalen, 8ª edição, São Paulo, Imprensa
Batista Regular, 1986, página 282.
6. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, R. N. Champlin e J. M. Bentes, Volume 2, 4ª edição, Editora Candeia,
1991.
7. Revista Adventista, fevereiro de 1994, Editora Casa Publicadora Brasileira, página 37.
8. A Sentinela, de 1º de setembro de 1991, Sociedade Torre de Vigia, página 19.
9. A Sentinela, de 1º de agosto de 1982, Sociedade Torre de Vigia, página 27.
10. Livro de Jesus, José Paiva Netto, 10ª Edição, páginas 108‐112.
11. Kanro no hoou, I‐II‐III, Chuvas de Néctares, Masaharu Taniguchi, São Paulo, Igreja Seicho‐No‐le do Brasil, 1979
(sem numeração de páginas).
12. Journal of Discourses, BrighamYoung, Volume VII, EUA, 1869, página 289.
13. A Teologia da Unificação, Young Moon Kim, São Paulo, AES, UCM, 1986, página 276.
14. Nosso Ministério do Reino, dezembro de 1984, página 1.
15. O Caos das Seitas, um Estudo Sobre os “Ismos” Modernos, J. K. Van Baalen, 8ª edição, São Paulo, Imprensa
Batista Regular, 1986, página 282.
Série Apologética – Volume I ICP Instituto Cristão de Pesquisas Página 20