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D. GUALDIM
PAIS
Mestre Templário e das Artes de Guerra
N342
N236
N17
Lousã
2
Penacova
N: Priscos, c. 1118/1120
N236
N2
N2
N347
N342
9 - Castelo de Montemor-o-Velho
Espinhal
3
5 - Castelo do Germanelo
Percurso Circular
Miranda do Corvo
Distância total: 205 Km
N110
7 - Castelo de Pombal
4 - Castelo de Penela
Partida / Chegada: Soure
2 - Castelo da Lousã
6 - Castelo de Soure
Coimbra
A13
Na companhia de Gualdim Pais, este roteiro conduz-nos pelos pri-
A13
N110
4
Penela
so que testemunha as primeiras páginas da História de Portugal
N110
5
A13-1
Ansião
E801
N342
Condeixa-a-Nova
N347-1
em família conquiste o nosso território. Vamos a isto?
N348
N347-1
IC8
N111
IP3
N1-7
N348
N1
Tentúgal
N347
N348-1
D. Sesnando Davides
D. Afonso Henriques
N342
A34
Soure
Pombal
6
N111
N1
N335
N237
Visita aos monumentos: português da Ordem do Templo, cargo que ocupa até à sua
A1
Montemor-o-Velho
M531
Brochura
as estruturas militares, inovações que tiveram, a sul do
ROTEIROS DE
VIAGEM
com figuras históricas
N342
N109
Henriques; ( RGP) Roteiro de 1195, em Tomar, localidade onde encontramos uma lápide
N109-9
8
R OT E I R O D E V I AG E M C O M D . G U A L D I M PA I S • 1
G U A L D I M PA I S / M E S T R E T E M P L Á R I O E DA S A R T E S D E G U E R R A
NEUROBALÍSTICA
2 • R OT E I R O D E V I AG E M C O M D . G U A L D I M PA I S R OT E I R O D E V I AG E M C O M D . G U A L D I M PA I S • 3
2 POMBAL
Em 1156, a Ordem do Templo CASTELO DE POMBAL — (séc. XII)
inicia a construção do Cas- Monumento Nacional
telo de Pombal, a primeira PRIMEIRA INTERVENÇÃO DOS TEMPLÁRIOS (1156-1159)
obra de vulto da iniciativa do Edificado entre 1156 e 1159, o Castelo foi implantado em posi-
seu Mestre D. Gualdim Pais, ção elevada e a sua ampla muralha foi desde o início reforçada
construção que, à época, por fortes torreões retangulares, sobretudo nos pontos em que
correspondeu ao estabeleci- o muro muda de direção, de modo a amplificar o domínio visual
mento de um dos postos de e reforçar os ângulos. Esta opção pela multiplicação estratégica
defesa mais avançados da li- de torres demonstra o cuidado posto na construção deste castelo
nha do Mondego. A estrutura que é, aliás, um excelente exemplo de como, na arte da guerra,
militar, concluída em 1159, as influências se cruzavam e chegavam de origens muito distin-
foi relevante pelo que repre- tas: se a difusão de torreões adossados aos muros encontra claros
sentou em termos de vonta- paralelismos nas fortalezas almorávidas, a Torre de Menagem e o
de de atualização, dado que alambor, em breve erguidos, testemunham a influência do Orien-
doze anos depois, em 1171, te. O interior do castelo contemplava aposentos para os freires,
o castelo sofre uma primeira um paço para o Mestre e uma pequena igreja dedicada a S. Miguel.
reforma, com destaque para
a edificação da Torre de Me- SEGUNDA INTERVENÇÃO DOS TEMPLÁRIOS (1171)
nagem. Recorde-se que a par- Depois da construção do Castelo de Tomar, os Templários inter-
tir de 1159, com a doação do vêm no Castelo de Pombal, deixando memória desse facto numa
Castelo de Ceras (em Tomar) inscrição que desde o séc. XV se encontra guardada no Convento
por D. Afonso Henriques, a de Cristo (Tomar). A construção da Torre de menagem, que domina
atenção da Ordem se focou a o pátio do castelo, é implantada junto à porta de entrada do cas- O ALAMBOR
sul, sobretudo quando decide telo, reforçando este ponto mais frágil. Já a porta da torre, ao nível
construir uma nova e arrojada do segundo piso, rasga-se na face voltada para o pátio, para maior Gualdim Pais foi responsável pela introdução de novos aspe-
estrutura militar defensiva, o segurança dos defensores. Esta torre diferencia-se pelos dois tos arquitetónicos nas estruturas militares defensivas, de- Para
Castelo de Tomar, iniciado a 1 contrafortes que apresenta na fachada principal, voltada ao pá- signadamente a torre de menagem e o alambor. A utilização aproveitar
de março de 1160 e concluído tio, invulgares certamente pelas dificuldades de estabilidade com do alambor é relativamente rara em Portugal. É uma solução em família!
em 1170. A partir deste ano a que os Templários se depararam na sua construção. Ainda relati- construtiva que consiste no reforço da base de uma muralha
Ordem inicia um período de vamente à torre, importa referir o alambor que ostenta em todas ou de uma torre, pela aplicação de uma rampa. Esta opção Entre Pombal e Buarcos
grande atividade construtiva as suas faces. Com o intuito de proteger a entrada no castelo foi procurava satisfazer um conjunto de objetivos: conferir maior aproveite a ciclovia com
nos seus castelos, reformu- ainda acrescentado, pelo exterior, um pequeno muro mais baixo estabilidade e reforçar a estrutura (torre ou muralha) em cuja vários quilómetros de ex-
lando e atualizando os siste- que a muralha principal e que funciona como primeiro obstáculo base era aplicada; oferecer uma maior resistência aos traba- tensão que acompanha a
mas defensivos. à aproximação do inimigo. Corresponde a uma barbacã de porta, lhos de sapa (túnel escavado sob a base da muralha para a fa- Estrada Atlântica!
munida de seteiras, estrutura que só se divulga verdadeiramente zer ruir) e britagem (retirar pedra a pedra para que a estrutura Divirta-se na Praia do Osso
durante o século XIII. desabasse); provocar o ressalto de projéteis e manter à dis- da Baleia (Pombal) ou nas
D. Manuel I (séc. XVI) adaptaria a estrutura militar a residência tância as torres de assalto e as escadas de madeira utilizadas várias outras praias costei-
senhorial dos alcaides-mor. São desta época as janelas nobres que para escalar as muralhas. Esta inovação arquitetónica foi pri- ras que sucedem até chegar
se abrem ao nível superior da muralha e a mudança da porta de meiramente aplicada pelos Templários no Castelo de Tomar, a Buarcos.
Para entrada de sudoeste para noroeste, o que ficou assinalado com a com um alambor observável na sua muralha exterior. Na EN109 faça um pequeno
aproveitar pedra de armas manuelina que a encima.
desvio até à Ilha da Murra-
em família! ceira e visite o Núcleo Mu-
seológico do Sal, em cuja
No Posto de Turismo instala- / GPS: 39º54’50,64’’N; 8º37’30,08”O
envolvente terão a possibi-
do no castelo aprecie em famí- De Pombal para Buarcos lidade de observar as mui-
lia os filmes animados: a Lenda Sugerimos um percurso que permite a utilização de várias tas espécies de aves selva-
do mouro al Pal Omar e Ses- infraestruturas recreativas para aproveitar em família! Utili- gens que utilizam esta zona
nando, o herói improvável… Se ze o IC8 até ao Carriço e aproveite a zona costeira. Já no curso da estuarina.
A NÃO PERDER: EM POMBAL EN109 cruzamos o rio Mondego e atravessamos a Figueira da Foz
o tempo o permitir aproveite o Museu Marquês de Pombal; Igreja de Nª Srª do Cardal (séc.
Panorâmico Aquaparque! até alcançar Buarcos.
XVIII); Festa do Bodo (último fim de semana de julho).
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Penacova
EN 111 IC2
Seixo de Gatões
EN 335
RoxoPenacova D. GUALDIM
EN 109
Torre de Almedina
e Torre de Anto PAIS
Tentúgal
Quiaios
Meãs do Campo
A1
Cronologia
Rio Mondego
Coimbra Bogalhal
EN 347 1118/1120 - Nasce próximo
Castelo de de Braga.
Antiga Torre Montemor-o-Velho
e Fortaleza de Buarcos 4 1139 - Terá sido armado cavaleiro
N17 na Batalha de Ourique.
3
Montemor-o-Velho Reserva Natural
do Paul de Arzila
Antanhol
1144 - Terá ingressado na Ordem
EN 236
Granja do Ulmeiro Assafarge
do Templo.
Buarcos A17
Semide
Foz de Arouce
EN 111 A14
IC2 Casal de Ermio 1149/1150 - Parte para a Palestina.
Figueira da Foz
Alfarelos Rio de Vide 1155/1156 - Regressa a Portugal.
Almalaguês
1156/1157 - É nomeado Mestre do
Rio Mondego Pedreira Gândara
Almagreira
A17 Pelariga
x
Guia
Pombal Ansião
Monte Redondo
Travasso
IC8
Chão de Couce
0 5 10 Km
Martim Godim Legenda (vias)
LEGENDA / SÍMBOLOS 400m
_desnível acumulado:
Lousã
300
Montemor-o-Velho Roteiro de viagem
Castelo Monumento Redinha Pombal (automóvel e bicicleta)
200 Coimbra Tentúgal +3765m
Coimbra
Museu Alojamento 100
Auto-estrada
Restaurante 0 -3765m
20 40 60 80 100 120 140 160 180 200Km
Estradas em asfalto
3 BUARCOS
Em Buarcos, no concelho da FORTALEZA DE BUARCOS — (séc. XVI e XVII); Para
Figueira da Foz, assistimos à Monumento de Interesse Público aproveitar
evolução da guerra, por inter- A facilidade de desembarque na enseada de Buarcos e o facto de
em família!
médio das suas torres, depois até à Época Moderna o rio Mondego ser navegável até para além A Figueira da Foz foi, e é, Sol
com a sua fortaleza! Em dado de Coimbra, originou um grande movimento naval e tornou esta e Praia! Por isso, percorra e
momento da história da defe- zona alvo frequente de ataques de frotas inimigas e piratas, o goze em família as praias de
sa costeira verificou-se que as que obrigou a que aqui fossem erguidas estruturas de vigia e Quiaios, Murtinheira, Buarcos,
antigas estruturas castelares defesa. Relógio, Molhe Norte, Cova-
já não se conseguiam adaptar Em 1096 já existiria na povoação de Buarcos uma “boa torre”, Gala, Costa de Lavos e Leirosa!
nem resistir ao armamento no ponto mais alto e com amplo domínio visual sobre a costa. E se gosta de viajar pelo tem-
pirobalístico, dotado de maior No entanto, os avanços na arte da guerra decorrentes da intro- po, não pode perder o Festival
poder destrutivo. É então que dução das armas de fogo, então chamadas trons ou bombardas, Pirata! Em julho os piratas
a arquitetura militar cria um ditaram o fim dos velhos castelos e torres, erguendo-se em seu chegam à baía de Buarcos, com
novo tipo de fortificação: a for- lugar fortalezas abaluartadas. mestrias, feira e festa!
taleza abaluartada. Esta teoria Em Buarcos, a necessidade de modernização tornou-se inadiá-
é aplicada em Buarcos, um vel após o ataque de 1566 da armada inglesa. Embora decidida a
território onde, a partir dos sua construção ainda no séc. XVI, o processo foi lento, arrastan-
sécs. XVI e XVII, começam a do-se por toda a centúria seguinte. Estruturalmente, a Fortaleza
pontuar as fortalezas construí- de Buarcos não foi concebida para envolver todo o casario. Tra-
das junto à foz do Mondego. ta-se, na realidade, de uma longa muralha com quase 700 me-
Destaque-se neste quadro a tros de comprimento, paralela ao mar. A sua espessura, o facto
Fortaleza de Buarcos que, por de ser semienterrada e o perfil inclinado tornou-a particular-
contraste, com idênticas fun- mente resistente ao impacto dos tiros de artilharia disparados
ções atribuídas à Torre de Re- das naus inimigas. Mas a sua eficácia decorria essencialmente
dondos, evidencia a evolução dos três grandes baluartes erguidos espaçadamente: o da Naza-
da arte da guerra. ré,mais a norte, o de S. Pedro, ao centro e o baluarte da Concei-
ção, a sul. A Fortaleza de Buarcos articulava-se com o Forte de DA NEURO À PIROBALÍSTICA
Santa Catarina (início do séc. XVII) e, mais tarde, com o Fortim
A Fortaleza de Buarcos - pela sua arquitetura e componentes
de Palheiros (séc. XIX). ( RSD) – evidencia as diferenças que desde a segunda metade do séc.
XV foram sendo introduzidas nas estruturas de defesa, quan-
Para / GPS: 40º09’51,35’’N; 8º52’45,78’’O
do a pólvora começou a revolucionar o armamento de guerra
aproveitar e a artilharia passou a ser rainha nos campos de batalha. A
em família! neurobalística deu lugar à pirobalística (ciência dedicada aos
POTERNA dispositivos e tecnologias de tiro cuja propulsão é feita atra-
Não perca a observação do vés da pólvora). Em Portugal as primeiras referências ao uso CANHONEIRA
voo dos flamingos! de bocas de fogo, como o canhão ou a pistola, datam dos fi-
Pequena porta e passagem dissimulada na cortina de uma for-
Frequentam a malha geomé- nais do séc. XIV. Assim, a torre deu lugar ao baluarte: as estru- Abertura entre os merlões
taleza abaluartada, geralmente localizada próxima dum paiol.
trica das salinas da Ilha da turas militares deixaram de se desenvolver em altura para se de uma fortaleza abaluar-
Possibilita a circulação de infantaria entre o interior da praça
Murraceira, na foz do Rio desenvolverem na horizontal, defendendo-se mais facilmente tada, que permitia a pas-
e uma estrutura de defesa situada no seu exterior.
Mondego. Atualmente jun- do impacto de projéteis. Por outro lado, os baluartes ou corpos sagem do fogo de artilha-
tam-se em grupos de algumas pentagonais salientes onde se acolhiam as peças de artilharia, ria disparado por canhões,
centenas de indivíduos. revelavam-se altamente eficazes por permitirem o tiro cruzado bombardas ou outras bo-
Phoenicopterus ruber é o seu e a anulação dos ângulos mortos, assim impedindo a aproxi- cas de fogo colocadas na
nome científico, tendo ruber mação do inimigo. sua plataforma.
a ver com as tonalidades ver-
A NÃO PERDER: NA FIGUEIRA DA FOZ
melho-rosado que adquirem Capela de Nª Senhora da Conceição (séc. XVI) em Buarcos;
as suas penas. Uns binóculos e Museu Municipal Dr. Santos Rocha;
uma conduta não perturbado- Torre do Relógio (1947);
ra é o que basta. Forte de Santa Catarina (séc. XVII). De Buarcos para Montemor-o-Velho
Um espetáculo! Aceda à A24 à saída da Figueira da Foz e efetue o troço até Montemor-o-Velho (gratuito).
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4 Montemor-o-Velho
Para aproveitar em família!
Se a paisagem sobre os cam-
Aproveitando o percurso entre Montemor-o-Velho e Coimbra, faça uma paragem em Ten-
pos próximos do Baixo Mon- túgal e delicie-se em família assistindo à preparação da massa fina do pastel de Tentúgal...
dego por si só justificava uma Já que passará pela cidade, beneficie do conjunto de estruturas ideais para os mais novos: o Portugal dos
visita ao castelo de Montemor Pequenitos, o Exploratório Infante D. Henrique e o Museu da Ciência com o seu Laboratório Chimico, oferecem
-o-Velho, o facto de a partir experiências em família memoráveis!
desta estrutura se conseguir
avistar em dias limpos a Torre
na Serra da Estrela, a Serra do
Açor, a Serra da Lousã e a Serra
de Sicó, torna a subida a esta
fortificação num passeio obri-
5 LOUSa
gatório!
Embrenhado na Serra da Lou-
sã, a implantação do Castelo de
CASTELO DE MONTEMOR-O-VELHO — (séc. XII e XIII) Arouce neste local do concelho
FOI AQUI QUE ... Monumento Nacional serviria para controlar eventuais
Desconhece-se se este Castelo foi obra cristã ou muçulmana, pelo fac- passagens pelas serranias. De
A 6 de janeiro de 1355 D. to deste território ter mudado frequentemente de mãos entre 711 e resto, as condições deste espaço
Afonso IV reuniu no paço 1064. O certo é que a parte mais antiga deste edificado é posterior à – com declives muito acentua-
do castelo com os seus conquista de al-Mansur, em 991. Conquistada definitivamente pelos dos – tornaram muito difícil o
conselheiros. Nessa reu- cristãos em 1064, Montemor-o-Velho assumiu papel fundamental na estabelecimento de um povoa-
nião foi decidida a sorte defesa do baixo-Mondego, o que explica as várias intervenções en- do. Em contraponto, os terrenos
de Inês de Castro, a nobre tretanto realizadas. A D. Afonso Henriques e ao seu filho, D. Sancho mais planos e férteis e melhores
galega com que D. Pedro, deve-se muito provavelmente a torre de menagem quadrangular im- acessos, vieram a ditar o abando- CASTELO DE AROUCE — (séc. XI)
seu filho, vivia e com quem plantada num dos ângulos do castelejo. Nos séculos seguintes, acres- no de Arouce e a fixação de um Monumento Nacional
teve quatro filhos, conside- centou-se um potente alambor, aumentou-se o perímetro da cerca novo povoado no local de im- Desconhecendo-se o promotor ou a data exata, mas certamente já
rada pelo monarca como dotando-a de várias torres quadrangulares, ergueu-se uma extensa plantação da atual vila da Lousã. depois das intervenções ocorridas em Pombal e Soure, o Castelo de
uma influência nefasta. No barbacã e, por último, um grande cercado para, em caso de ataque, Arouce sofre uma reforma românica na qual é erguida uma porten-
dia seguinte, Álvaro Gon- albergar as populações das aldeias vizinhas, o seu gado e os seus bens. tosa torre de menagem dotada de alambor. A torre domina o flanco
çalves, Diogo Lopes Pache- No interior da muralha, o velho paço do séc. XI, profundamente remo- que topograficamente criava uma situação de maior vulnerabilidade
co e Pedro Coelho, partiram delado pelas filhas de D. Sancho I, senhoras de Montemor, foi atualiza- à estrutura. A porta da torre está ao nível do segundo piso, voltada
daqui para Coimbra. Inês do no séc. XV quando a vila e o seu castelo fez parte dos domínios do para o seu pátio interior. No seu piso inferior foi instalada a cisterna.
seria assassinada no Paço regente D. Pedro, Duque de Coimbra. Para ( RSD)
do mosteiro de Santa Cla- Ainda intramuros e certamente no local anteriormente ocupado aproveitar
ra. Anos depois, D. Pedro I, pela mesquita, encontra-se a igreja de Santa Maria da Alcáçova, em família! / GPS: 40º06’01,72’’N; 8º14’07,66’’O
já rei, com o cognome de O fundada pelo alvazil D. Sesnando. A feição atual, todavia, deve-se à
Justiceiro, vingaria, à sua Na zona do Castelo de Arou-
grande reforma promovida pelo bispo de Coimbra D. Jorge de Almei-
maneira, este ato. ce desça até à piscina fluvial da
da e executada pelo arquiteto Francisco Pires, no início do séc. XVI. Sra. da Piedade e mergulhe nas
( RSD e RAH) águas frescas da Serra! Após o A NÃO PERDER: NA LOUSÃ
desvio para o castelo e um pou- Santuário de Nª Srª da Piedade (séc. XV ao séc. XVIII);
/ GPS: 40º10’33,22’’N; 8º40’57,40’’O co mais acima não perca o Mi- Ecomuseu da Serra da Lousã; Centro Histórico, com des-
A NÃO PERDER: radouro de N.ª Sr.ª da Piedade! taque para as casas solarengas e para a Capela da Misericórdia
EM MONTEMOR - (séc. XVI).
-O-VELHO No caminho entre a Lousã e
De Montemor-o-Velho para a Lousã
Penela é obrigatório visitar o
Centro Histórico; Rede Natura Utilize a EN111 até Coimbra e depois a EN17 até à Lousã.
Para chegar ao Castelo de Arouce tome a EN236 em direção a Parque Biológico da Serra da Da Lousã para Penela
2000 - Paul do Taipal (birdwa- Lousã (em Miranda do Corvo),
Castanheira de Pera, com desvio à direita, à saída da Lousã. Com tempo, Seguimos para sul pelo novo traçado da EN342.
tching), com destaque para as onde ursos, veados, sacarrabos Ao abandonar esta via para tomar a EN17-1 em direção a
poderá aproveitar e fazer uma paragem no Centro Histórico de Coimbra (para
cegonhas-brancas e para os conhecer a Alta, Baixinha e Rua da Sofia) e na Foz de Arouce (para visitar o e raposas preencherão o ima- Penela, sugere-se uma paragem em Miranda do Corvo para visitar a
milhafres que por aqui espa- solar, a ponte e o memorial). ginário de miúdos e graúdos… Torre e Cisterna do antigo Castelo do Alto do Calvário!
lham encanto!
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A TORRE DE MENAGEM
Surgida em Portugal em
6 Penela A NÃO PERDER:
EM PENELA
Da Penela para Soure
Seguimos pela EN347 até ao cruzamento que nos leva ao
meados do séc. XII, cor- O roteiro do Mestre Templá- Castelo do Germanelo; Castelo do Germanelo. Atravessamos a Serra de Sicó até
responde à principal ino- Soure. Pelo caminho sugerem-se paragens para contemplar as pai-
rio Gualdim Pais não poderia Pedra da Ferida (Espinhal);
vação do castelo români- sagens da Serra e saborear o delicioso Queijo Rabaçal!
terminar sem uma passagem Praia fluvial da Louçainha.
co. Erguendo-se ao centro pelo Castelo de Penela. Das
do pátio do castelo, iso- suas ameias podemos admi-
lada das muralhas, cons- rar o desenvolvimento da face
tituía um último reduto ocidental da Serra da Lousã,
defensivo onde a guarni- desde as encostas sobrancei- Para aproveitar em família!
ção se refugiava caso o ras à Lousã e a Miranda do
castelo fosse tomado. A Corvo, até ao seu prolonga- PERCURSOS PEDESTRES * Pombal
mento para sul, onde surgem Figueira da Foz GR26 - Terras de Sicó - Troço Pombal
porta de acesso situava- PR1 FIG - Rota de Maiorca - Redinha
se ao nível do segundo as proeminências quartzíti- CICLOTURISMO E BTT PR2 FIG - Rota de Seiça Trilho da Baleia Verde (Praia do Osso
piso, alcançada através de cas de São João do Deserto e Pombal PR3 FIG - Rota da Boa Viagem da Baleia)
uma escada de madeira da localmente denominada Estrada Atlântica / Ciclovia Carriço PR5 FIG - Rota do Megalitismo Trilho da Lagoa S. José - Carriço
Serra de São João. Para oci- (após o apeadeiro ferroviário Matos- PR6 FIG - Rota das Salinas
que se recolhia no seu in- Carriço) - Praia do Osso da Baleia (para
dente surge o Monte de Vez e oeste) ou Lagoa da Ervideira (para sul). Lousã
terior após a entrada das outras elevações integradas PRAIAS FLUVIAIS
tropas. A torre de mena- PR1 LSA - Caminho do Xisto da Lousã 1 Lousã
na formação calcária da Serra Figueira da Foz - Rota dos Moinhos Praia Fluvial da Senhora da Piedade
gem, mais alta e forte que de Sicó. Este enquadramento Ciclovia Figueira da Foz - Buarcos PR2 LSA - Caminho do Xisto da Lousã 2 Praia Fluvial da Bogueira
todas as outras que se er- geológico, de acentuados de- - Rota das Aldeias do Xisto da Lousã Praia Fluvial da Senhora da Graça
guiam nos muros, tornou- Lousã PR3 LSA - Rota da Levada
clives na envolvente, e sobre- Centro de BTT da Lousã
se o elemento-chave de PR4 LSA - Rota das quatro aldeias Penela
tudo a zona da Ladeia fez des-
PR5 LSA - Rota dos serranos Praia Fluvial da Louçainha
onde eram comandados ta região uma zona de grande Miranda do Corvo
todos os órgãos da forta- atividade militar ao longo dos Sector do Gondramaz dos Centros de Miranda do Corvo
séculos. BTT das Aldeias do Xisto PRAIAS COSTEIRAS
leza. Esta inovação foi ra- PR1 - MCV - Caminho do Xisto Acessí-
A evolução da arte de guerra é, vel do Gondramaz Figueira da Foz
pidamente adotada pela Penela PR2 MCV - Caminho do Xisto do Gondra- Praia de Quiaios / Praia da Murtinheira
arquitetura militar portu- por isso, evidente no Castelo Centro de BTT de Ferraria de São João maz - Nos passos do moleiro Praia de Buarcos / Praia do Relógio
guesa, mas sofre, ela pró- de Penela. Vamos conhecê-la? (Aldeia do Xisto) Praia do Molhe Norte / Praia da Cova
pria, uma evolução… ( RAH) Penela Gala / Praia da Costa de Lavos
PR1 PNL - Caminho do Xisto de Praia da Leirosa
Na segunda metade do Ferraria de São João - Trilho do rebanho
séc. XII e na primeira do CASTELO DE PENELA — (séc. XII) Pombal
séc. XIII, as torres de me- Monumento Nacional * PR - Pequena Rota e GR - Grande Rota Praia do Osso da Baleia
nagem eram quadradas e Pequenas reformas foram efetuadas nesta estrutura defensiva
normalmente situavam- para a adaptar às novas armas de ataque e aos novos mecanis-
se no centro dos caste- mos de defesa, utilizando o tiro com armas de fogo (pirobalística). POSTOS DE TURISMO / CONTACTOS
los. No entanto, a partir Em algumas partes desta estrutura há elementos que evidenciam
de meados ou fins do séc. Posto de Turismo Municipal de Coimbra (Turismo do centro) Posto de Turismo Municipal de Miranda do Corvo
essa adaptação, nomeadamente as troneiras circulares abertas Tel.: 239 488 120 / Email: info.coimbra@turismodocentro.pt Tel.: 239 530 316 / Email: turismo@cm-mirandadocorvo.pt
XIII começam a construir-
na zona das seteiras na torre de menagem/castelejo.
se adossadas às muralhas Posto de Turismo Municipal de Coimbra (Universidade) Posto de Turismo Municipal de Montemor-o-Velho
dos castelos e até fre- Tel.: 939 010 201 / Email: universidade@turismodecoimbra.pt Tel.: 239 680 380 / Email: geral@cm-montemorvelho.pt
/ GPS: 40º01’53,36’’N; 8º23’23,38’’O
quentemente em posições Posto de Turismo Municipal de Coimbra (Praça da República) Posto de Turismo Municipal de Penela
de canto. Todavia, em Tel.: 939 010 084 / Email: info@turismodecoimbra.pt Tel.: 239 561 132 / Email: turismo@cm-penela.pt
muitos casos, como Arou-
Posto de Turismo Municipal da Figueira da Foz (Buarcos) Posto de Turismo Municipal de Pombal
ce e Soure, a localização Tel.: 233 433 019 / Email: figueiraturismo@cm-figfoz.pt Tel.: 236 210 556 / Email: turismo@cm-pombal.pt
da torre de menagem foi
encostada ao muro logo Para aproveitar em família! Posto de Turismo Municipal da Figueira da Foz (Avenida) Posto de Turismo Municipal de Soure
Tel.: 233 422 610 / Email: figueiraturismo@cm-figfoz.pt Tel.: 239 507 132 / Email: turismo@cm-soure.pt
num primeiro momento, Desça a vila e divirta-se com as crianças no
pela diminuta dimensão Parque das Águas Romanas, um local que recria Posto de Turismo Municipal da Lousã
em imaginário a Villa Romana do Rabaçal! Em dezembro o Castelo Tel.: 239 990 040 / Email: posto.turismo@cm-lousa.pt
do pátio de armas. A par-
tir do séc. XIII começam a de Penela acolhe o Penela Presépio, evento que não vai querer perder!
surgir com plantas penta- Na Aldeia do Xisto de Ferraria de São João encontra para os mais Castelos e Muralhas do Mondego
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1 2 • R OT E I R O D E V I AG E M C O M D . G U A L D I M PA I S
TÚMULO DE Quando em 1118, em Jerusalém, Hugues de Payens, Godefroy de Saint-
D. GUALDIM PAIS Omer e outros cavaleiros franceses fundavam a Ordem do Templo, em
Priscos, próximo de Braga, nascia D. Gualdim Pais. O destino quis que a
coincidência o ligasse de forma enigmática a esta Ordem. A 13 de outubro
Séc. XVII – TOMAR
(Encontra-se na Igreja de Santa de 1195, D. Gualdim perece em Tomar, exactamente no mesmo dia do ano
Maria do Olival, classificada como em que, 112 anos mais tarde, o rei francês, Filipe, o Belo e a cúria papal or-
Monumento Nacional) denavam a violenta perseguição e prisão de todos os cavaleiros templários.
A adensar o mito, do túmulo de Gualdim Pais apenas resta uma lápide, hoje
embutida numa das paredes da Igreja de Santa Maria do Olival, exaltando:
morreu Frei Gualdim, Mestre dos Cavaleiros do Templo em Portugal, na
era de 1233 (1195), terceiro dos idos de Outubro. Este castelo de Tomar, como
muitos outros, povoou. Foi neste templo, panteão templário, erguido por
iniciativa de D. Gualdim, que todos os Mestres da Ordem foram sepultados.
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