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Antecedentes
Depois da morte de Maomé (632), vagas
de exércitos árabes lançaram-se com
novo fervor à conquista dos seus antigos
dominadores, o Império Bizantino e
Império Sassânida, que vinham de
décadas de guerra. Os sassânidas, após
serem esmagadoramente derrotados em
algumas batalhas, levaram 30 anos para
ser destruídos, devido mais à extensão
do seu império do que à sua resistência
militar: o último xá Isdigerdes III
(r. 632–651) morreu em Merve em 651.
Os bizantinos resistiram bem menos:
cederam uma parte da Síria, a Palestina,
o Egito e o norte da África, mas ao fim
sobreviveram e mantiveram sua capital
Constantinopla.
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]
Depois da Quarta Cruzada: Império Latino, Império de Niceia, Império de Trebizonda e o Despotado do Epiro. As
fronteiras são incertas
Origens
A Primeira Cruzada foi um evento
inesperado para os cronistas
contemporâneos, mas a análise histórica
demonstra que teve suas raízes em
desenvolvimentos no início do século XI.
Clérigos e leigos cada vez mais
reconheciam Jerusalém como digna de
peregrinação penitencial. O desejo dos
cristãos por uma igreja mais eficaz era
evidente no aumento da piedade. A
peregrinação à Terra Santa expandiu-se
após o desenvolvimento de rotas mais
seguras pela Hungria a partir de 1000.
Havia uma piedade cada vez mais
articulada dentro da cavalaria e as
práticas devocionais e penitenciais em
desenvolvimento da aristocracia criaram
um terreno fértil para apelos de
cruzadas.[10] O declínio do papado em
poder e influência o deixou pouco mais
que um bispado localizado, mas sua
afirmação cresceu sob a influência da
Reforma Gregoriana no período de 1050
a 1080. A doutrina da supremacia papal
conflitava com a visão da igreja oriental
que considerava o papa apenas um dos
cinco patriarcas da Igreja Cristã, ao lado
dos Patriarcados de Alexandria,
Antioquia, Constantinopla e Jerusalém.
Em 1054, diferenças de costume, credo e
prática estimularam o Papa Leão IX a
enviar uma delegação ao Patriarca de
Constantinopla, que terminou em
excomunhão mútua e um Cisma Oriente-
Ocidente.[11]
Ordens militares
Miniatura do século XIII de Balduíno II de Jerusalém concedendo a Mesquita de Al Aqsa capturada a Hugo de
Payens
Os Hospitalários e os Templários
tornaram-se organizações
supranacionais à medida que o apoio
papal levou a ricas doações de terras e
receitas em toda a Europa. Isso, por sua
vez, levou a um fluxo constante de novos
recrutas e à riqueza para manter várias
fortificações nos estados cruzados. Com
o tempo, eles se tornaram poderes
autônomos na região.[13]
Envolvimento feminino
Legado
As Cruzadas criaram mitologias
nacionais, contos de heroísmo e alguns
nomes de lugares.[18] O paralelismo
histórico e a tradição de inspirar-se na
Idade Média tornaram-se pedras
angulares do Islã político, encorajando
ideias de uma jihad moderna e uma luta
secular contra os estados cristãos,
enquanto o nacionalismo árabe secular
destaca o papel do imperialismo
ocidental.[19] Pensadores, políticos e
historiadores muçulmanos modernos
traçaram paralelos entre as cruzadas e
os desenvolvimentos políticos, como o
estabelecimento de Israel em 1948.[20]
Os círculos de direita no mundo
ocidental traçaram paralelos opostos,
considerando o cristianismo sob uma
ameaça religiosa e demográfica islâmica
análoga à situação da época das
cruzadas. Símbolos cruzados e retórica
anti-islâmica são apresentados como
uma resposta apropriada. Esses
símbolos e retórica são usados para
fornecer uma justificativa religiosa e
inspiração para uma luta contra um
inimigo religioso.[21]
A jiade
No início do século XII, o mundo
muçulmano tinha praticamente
esquecido a jiade, a guerra religiosa
travada contra os inimigos do Islão. A
explosiva expansão da sua religião
durante o século VIII tinha-se reduzido às
memórias de grandeza dessa época.
Após a queda de Jerusalém, muitos
proeminentes líderes religiosos, como o
qadi Abu Sa’ ad al-Harawi, tentaram
convencer o califa abássida a preparar a
Jihad contra os firanjes (de francos, que
era como os muçulmanos se referiam
aos europeus). No entanto, somente
perto de duas décadas depois é que o
sultão turco designou um proeminente
militar, um atabegue chamado Zengui,
para resolver o problema firanje.
Inimigos dos Cruzados, por Gustave Doré
As cruzadas na reconquista
de Portugal
Quando surgiu o reino de Portugal, a
cristandade agitava-se no fervor das
Cruzadas do Oriente. Os portos de
Galiza, que davam acesso a Santiago de
Compostela, a barra do rio Douro e a
vasta baía de Lisboa, eram pontos de
escala das frotas de cruzados que do
Norte da Europa seguiam para a Terra
Santa. Quando, em 1140, Afonso I tentou
a conquista de Lisboa, fê-lo com o auxílio
de estrangeiros: setenta navios
franceses que tinham entrado a barra do
Douro e aportado a Gaia. Mas a
conquista não foi possível devido às
poderosas defesas que rodeavam
Lisboa.
Ver também
Cruzadas do Norte
Notas
1. Veja especialmente The Origins of
European Dissent de R.I. Moore, e a
coleção de ensaios Heresy and the
Persecuting Society in the Middle
Ages: Essays on the Work of R.I.
Moore para uma consideração sobre
a origem dos cátaros, e prova contra
a identificação anterior de heréticos
no Ocidente, tal como aqueles
identificados em 1025 em Monforte
d'Alba, próximo a Turim, como
cátaros. Ver também Heresies of the
High Middle Ages, uma coleção de
documentos pertinentess às
heresias ocidentais na Alta Idade
Média, editada por Walter Wakefield
e Austin P. Evans.
Este artigo foi inicialmente traduzido,
total ou parcialmente, do artigo da
Wikipédia em inglês cujo título é
«Crusades», especificamente desta
versão (https://en.wikipedia.org/w/inde
x.php?title=Crusades&oldid=10801348
52) .
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18) (Requer Subscrição ou ser sócio da
biblioteca pública do Reino Unido (http://www.ou
p.com/oxforddnb/info/freeodnb/libraries/) .)
Ligações externas
«O Portal da História» (http://www.arq
net.pt/portal/universal/cruzadas/inde
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«ORB Online Encyclopedia» (http://ww
w.the-orb.net/encyclop/religion/crusad
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«RUNCIMAN, Steven - A History of the
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inglês)
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?
title=Cruzada&oldid=65234750"