O termo Cruzada aparece pela primeira vez no século XIII. A Derivação do nome está no fato dos soldados cristãos usarem uma cruz bordada na roupa. As cruzadas foram expedições militares, apoiadas pela igreja contra os povos infiéis. Para J. Riley Smith foi uma guerra sacra e penitencial. Quem financiava as cruzadas? A igreja, nobres, senhores feudais, os cruzados e os soberanos (reis, imperadores). Uma guerra onerosa: altos gastos militares com (cavalos, armaduras e armas). Alimentação dos cruzados: ervilhas, lentilha, Feijão, carne, ovos e leite. No ano 1.000 a Europa tinha 36,3 milhões de habitantes, em 1.100 44,6 milhões, em 1200 61,8 milhões e 1.300 83,3 milhões. Dados do Our world in data. Veneza comercializava com Bizâncio trigo, vinho, madeira sal e peixe. Genova era rival Veneza, obteve proeminência no século XI, inclusive com conquistas territoriais, (Elba, Sardenha e Córsega). Motivos para as pessoas lutarem cruzadas: Espirito aventureiro, situação de pobreza, penitencias, endividamento. A igreja a era maior possuidora de terras do ocidente. Inimigos vistos como “exércitos do mal”. Objetivos das cruzadas: a conquista de terras roubadas pelos infiéis diga-se (Jerusalém), busca por (indulgencias) ou seja o perdão divino, pelos pecados cometidos. A obtenção dos lugares sagrados, libertar os cristãos oprimidos na “terra santa”. A primeira Cruzada (1.096-1.099) A primeira incursão capitaneada por Pedro, o eremita, reuniu franceses e alemães, na qual cavaleiros, maltrapilhos, e religiosos fracassou. Denominou-se essa incursão de cruzada popular. A primeira cruzada: Comandante era o papa, Urbano II, formada por exércitos feudais. Entre seus líderes estavam Hugo de Vermandois e Godofredo de Bulhão. Cerco a cidade de Nicéia ( na atual Turquia), depois passou pela Siria, conquistaram Antioquia em 1.098, depois de 7 meses de cerco. 1.099 conquista de Jerusalém. Tropas ocidentais foram chamadas de francos. Estabelecimento de quatro estados francos: o reino de Jerusalém, Condado de Edessa, Principado de Antioquia e o Condado de Tripoli. Estes estados também eram denominados de latinos. Segunda cruzada (1.147-1.149) Articulada pelo papa, para retomar a cidade de Edessa na atual Turquia. Ocorrência de batalhas na península ibérica e no Báltico. Lideradas pelo rei Conrado III do sacro império romano-germânico e pelo rei Luiz VII, da França. Um exército de quase 50 mil homens foi posto em ação. A cruzada fracassou em seu objetivo, pois as tropas dos monarcas foram derrotadas em Damasco. Terceira cruzada (1.189-1.192) O papa concedeu indulgencias, as pessoas que queriam participar da cruzada. Cruzadas dos reis: Participaram Frederico Barba ruiva (Sacro Império Romano- Germânico) Filipe II (França) e Ricardo Coração de Leão (Inglaterra). Objetivo: reconquistar Jerusalém Acordo entre Saladino e Ricardo Coração de Leão, o litoral sírio pertenceria, a partir do acordo com os ocidentais e os cristãos também poderiam circular por Jerusalém. Quarta cruzada 1.202-1.204 Papa Inocêncio III convocou o inicio da cruzada. Cruzadas contra os cristãos. Disputa comercial entre o ocidente e o império bizantino e entre Veneza e Genova. Cruzados atacam Constantinopla. Objetivos desse ataque: beneficiar os venezianos e também a igreja do ocidente, tentar desestabilizar a igreja bizantina. Cruzadas das crianças 1.212: Liderada por um menino alemão. Reuniu milhares de crianças. Alcançou Genova. As crianças foram sequestradas e escravizadas. Quinta cruzada (1.217-1.219) Participaram húngaros, austríacos, noruegueses e outros. Os cruzados atacaram o Egito. Derrotados pelos egípcios. Sexta cruzada (1.228-1.229) Liderada pelo imperador do Sacro Império Romano-Germânico Frederico II. Tratado de Jafa: Jerusalém vira cidade aberta, na qual os cristãos tinham acesso livre aos seus templos e monumentos sagrados, assim como os muçulmanos tinham os mesmos direitos. A cidade passa novamente para o domínio dos latinos. Sétima e oitava cruzadas Sétima cruzada (1.248-1.250): objetivo era o Egito, comandados pelo rei francês Luís IX, o São Luís. Os cruzados foram derrotados no Cairo. O rei francês foi aprisionado e logo depois libertado. Oitava cruzada (1.270): novamente liderado liderados por São Luís, os cruzados partiram em direção a Tunísia, porém o rei acabou acometido por uma epidemia e morreu. Consequências das cruzadas O comércio ao mesmo tempo se beneficiou e prejudicou por causa das cruzadas. A cristandade ficou ainda mais dividida. Muçulmanos e cristãos se relacionaram e alguns momentos abriram um canal diálogo. Aumento do antissemitismo. Critica a igreja. As cruzadas ganharam um sentido depreciativo. Diminuição do número de famílias nobres. A burguesia desejava o fim das guerras, a centralização política e a menor interferência da igreja nos temas econômicos. A recuperação de territórios na península ibérica pelos cristãos, anteriormente sobre domínio muçulmano. Surgimento das universidades. Renovação das artes. Monarquias fortalecidas. Nascimento e consolidação de bancos. Distanciamento do ocidente, do oriente.