Estado-nação , uma política soberana territorialmente limitada - ou seja, um Estado –
que é governado em nome de uma comunidade de cidadãos que se identificam como nação. A legitimidade do domínio de um Estado-nação sobre um território e sobre a população que o habita decorre do direito de um grupo nacional central dentro do Estado (que pode incluir todos ou apenas alguns dos seus cidadãos). Como modelo político, o Estado-nação funde dois princípios: o princípio da soberania do Estado, que reconhece o direito dos Estados de governarem os seus territórios sem interferência externa e o princípio da soberania nacional, que reconhece o direito das comunidades nacionais de se governarem. A soberania nacional, por sua vez, baseia-se no princípio moral-filosófico da soberania popular, segundo o qual os Estados pertencem aos seus povos. Isso não significa que sejam democráticos. O ideal de um Estado de e para uma nação é reforçado não só através de regimes de cidadania, mas também através de mecanismos que promovam a integração nacional e desenvolvam e sustentem o compromisso emocional com a pátria. Formação da França
O reino da França descendia diretamente do reino franco ocidental, cedido a Carlos, o
Calvo, em 843. Só em 987 a linhagem dinástica carolíngia foi posta de lado, mas houve interrupções portentosas. O império reunificado de Carlos, o Gordo (reinou de 884 a 888) revelou-se impraticável. O rei revelou-se incapaz de gerir as defesas, que caíram naturalmente nas mãos dos magnatas regionais. Os reinados capetíngios: de Hugo Capeto fundador da dinastia e que reinou de 987 a 996 e de seu filho Roberto II, que governou de 996 a 1031, buscaram unificar o reino da França, mas tinham pouco apoio da nobreza e da aristocracia rural. A França passou durante os séculos X e XI, pelo comando de uma série de reis com poderes limitados, dependentes do apoio de marqueses, barões, condes. Filipe II, iniciou o processo de centralização monárquica, que daria origem ao Estado Frances no século XII. Filipe II foi rei da França de 1180 a 1223. Filipe II, conseguiu formar um poderoso exército e conquistar a Normandia (norte da França) então sobre o domínio inglês. O reinado de Filipe II, enfraqueceu o poder dos senhores feudais. Reinado de Luís IX, que governou a França de 1226 até 1270. Conhecido por São Luís. Promoveu uma importante reforma na administração pública, procurando moralizar a atuação dos funcionários, observados até então como ineficientes e desonestos. Entre as medidas adotadas por Luís IX, para aperfeiçoar administração pública, está a proibição de funcionários de frequentar tabernas ou de jogar e atividades comerciais como a compra de terras ou o casamento das filhas dos funcionários só podiam ser realizadas com o consentimento do rei. Outras ordenanças proibiam a prostituição, os duelos judiciais e a provação por batalha. O rei Luís IX, também estabilizou a moeda e obrigou a circulação de moedas reais. Joana D`Arc (1412-1431) - heroína nacional da França, uma camponesa que, acreditando estar agindo sob orientação divina, liderou o exército francês em uma importante vitória em Orléans que repeliu uma tentativa inglesa de conquistar a França durante a Guerra dos Cem Anos. Capturada um ano depois, Joana foi queimada até a morte pelos ingleses e seus colaboradores franceses como herege. Herege (visto como um infiel, alguém que atentava contra os princípios da igreja). No século XVI inicia–se o processo de centralização política da França, mediante o governo do Cardeal Richelieu (1585 – 1642), primeiro ministro francês que liderou uma reforma no sistema político e centralizou o poder executivo. Em 1661, Luiz XIV assume o trono Francês e estrutura o absolutismo monárquico, elevando a doutrina do direito divino do governo dos reis, tornando a autoridade do rei irrevogável.
Formação do Estado nacional da Inglaterra
Em 1066, Guilherme o conquistador, derrotou os anglo saxões, dando origem a um inicio de governo centralizado, instituindo os chamados shires, que eram condados, divisões administrativas, onde encarregados de sua confiança exerciam o poder. Dinastia Platageneta: No reinado de Henrique II, (1154-1189) estabeleceu a composição de um regime jurídico, com a instauração de tribunais por toda a Inglaterra. Ricardo coração de Leão rei da Inglaterra de 1189-1199, ocorreu um enfraquecimento da monarquia motivada pelas guerras externas, promovidas pelo monarca, como por exemplo as cruzadas. Reinado de João Sem Terra 1199-1216, ocorreram distúrbios por toda Inglaterra, decorridos dos altos impostos cobrados junto a população para a manutenção das guerras. João Sem Terra, perdeu tanto prestigio que foi obrigado a fazer concessões a aristocracia, entre estas concessões estava o fato das de leis só poderem entrarem em vigor, a partir da aprovação dessa aristocracia, surgiu neste momento o grande conselho, uma medida embrionária daquilo que seria a monarquia constitucional (parlamentarista) no final do século XVI. Guerra das Rosas, (1455–85) série de guerras civis dinásticas cuja violência e conflitos civis precederam o forte governo dos Tudors. Luta entre as casas de Lancaster e York pelo trono inglês. As guerras foram nomeadas muitos anos depois a partir dos supostos emblemas das partes em conflito: a rosa branca de York e a rosa vermelha de Lancaster. Henrique VII, fundador da dinastia Tudor. Ao se casar com a filha de Eduardo IV, Elizabeth de York, em 1486, Henrique uniu as reivindicações das casas de York e Lancaster, encerrando a guerra.