A África foi o grande berço da humanidade, como já vimos.
No continente africano nasceram e deram
seus primeiros passos nossos ancestrais mais remotos. Na África se desenvolveu ainda uma das mais antigas civilizações do mundo: o Egito da época dos faraós. O deserto do Saara divide o continente entre a região norte, chamada de África setentrional e que hoje abriga países como Egito, Líbia, Tunísia, Marrocos, e a região sul, conhecida como África subsaariana, que abriga a maior parte das nações africanas. Por suas condições naturais, o deserto do Saara funcionou como uma grande barreira separando essas duas regiões africanas. No passado, o contato entre o norte e o sul do continente era feito principalmente por povos nômades que viviam no deserto, conheciam as rotas e os oásis e conduziam as caravanas que transportavam produtos pelo continente. Situada no norte da África, a cidade de Túnis é a atual capital da Tunísia. No passado, boa parte dessa região foi ocupada por uma das maiores potências comerciais e militares do Mediterrâneo: Cartago, cidade-Estado fundada pelos fenícios no século VIII a.C. Os fenícios praticavam o comércio na região do Mediterrâneo e fundaram diversas colônias no norte da África e no sul da Europa. Cartago foi uma dessas colônias. ROMA CARTAGO Os motivos das guerras entre Cartago e Roma foram disputas pela soberania econômica, política e militar na região do Mediterrâneo: Cartago era a maior potência do Mediterrâneo e Roma começou seu processo de expansão.
Roma tornou-se a principal potência do Mediterrâneo e começou a formar seu
império; Cartago foi destruída e transformada em província romana. Os cartagineses que sobreviveram foram para Roma como escravos. A localização às margens do mar Vermelho e também na rota das caravanas pelas regiões da África, da península Arábica e da Índia foram fatores geográficos que contribuíram para o crescimento de Axum. Atualmente, a região conhecida como Chifre da África, no oeste do continente africano, é ocupada por países como a Somália, Etiópia, Eritreia e Djibuti. Esses países estão entre os mais pobres do mundo. No passado, porém, floresceu ali o poderoso Reino de Axum. Ainda que as evidências não comprovem a existência da rainha de Sabá, seu estudo pode ajudar a compreender o funcionamento da sociedade de Axum e de seu imaginário. Por meio dele, por exemplo, é possível compreender como os reis de Axum justificavam seu poder, entre outros elementos do imaginário dessa sociedade.