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SAARIANA
Limites Territoriais:
Norte: Mar Mediterrâneo
Noroeste: Estreito de Gibraltar
Nordeste: Mar Vermelho
Oeste: Atlântico
Leste: Índico
O Rio Nilo em contraste com o Saara, propicia
áreas férteis à África, fornecendo água e solos
agricultáveis em suas margens, além da água para
irrigação das áreas adjacentes ao vale do rio.
Em suas margens temos grandes aglomerações
urbanas, como Cairo e Alexandria.
O Nilo foi o principal eixo comercial através do
deserto, permitindo a aproximação entre os povos
do Sul e do Norte.
O SAARA DIVIDE A ÁFRICA
SUDÃO
Etiópia e Somália, situadas na estratégica
região denominada “Chifre da África”, lutaram
ferozmente durante anos pela posse da região
de Ogaden. Essa região é considerada um
ponto estratégico por se encontrar na rota
internacional do petróleo vindo do Oriente
Médio e também por se encontrar próxima de
uma das regiões mais instáveis do mundo em
termos de conflitos étnicos e religiosos.
Os Estados Africanos e a Conferência
de Berlim
A África foi retalhada em territórios coloniais a partir
da Conferência de Berlim (1884/85).
A reunião convocada pelo chanceler alemão Otto Von
Bismarck, envolveu 15 nações européias, além dos
EUA.
O foco das discussões foram os direitos de navegação
e comércio no Níger e no Congo (rios) e os problemas
da partilha do continente.
Essa Conferência não dividiu o continente em
colônias, mas fixou princípios para evitar conflitos
entre as potências européias que se lançavam à
partilha da África.
Grã-Bretanha e França tornaram-se as potências
coloniais predominantes;
Alemanha, Portugal, Espanha e Itália ocuparam
territórios marginais;
O Congo foi uma colônia privada do rei Belga até o
início do século XX, passando à soberania da Bélgica;
Os europeus traçaram fronteiras sobre espaços étnicos
e culturais dos quais pouco conheciam , sempre
levando em conta objetivos práticos, como o
escoamento de mercadorias, desse modo inventaram
territórios que não tinham raízes nas experiências
históricas africanas.
A libertação da maioria das colônias africanas ocorreu
na década de 1960.
Em alguns casos a independência foi conquistada em
virtude de guerras e movimentos armados. Em outros
foram feitos acordos de cooperação econômica,
política e militar.
O alicerce dos novos Estados africanos foi
constituído, quase sempre, pelo aparelho
administrativo criado pela colonização européia, ou
seja o poder político e militar acabou nas mãos de
elites nativas urbanas, que instalaram regimes
autoritários.
Nos novos Estados africanos, destacaram-se
líderes respeitados, contudo as estruturas de
poder não surgiram de processos democráticos
e revelaram-se incapazes de superar as
rivalidades étnicas e clânicas.
De modo geral, isso ajudou a provocar os
sucessivos golpes de Estado, a violência e a
corrupção.
No fim, grande parte dos líderes da
independência, se tornaram ditadores e
frustraram os sonhos de libertação.
As potências européias, após a independência de suas
colônias africanas, continuaram ajudando
financeiramente as elites dirigentes dos novos Estados.
Essa ajuda permitia que governos autoritários
esmagassem qualquer movimento interno.
Com o final da Guerra Fria , a África perdeu a
importância para as potências.
As fontes externas de financiamento secaram e os
governos africanos perderam a capacidade de silenciar
a contestação étnica e política pela violência. Em
consequência, alastraram-se guerras civis e, pela
primeira vez, o princípio da intangibilidade das
fronteiras ficou seriamente ameaçado.
No início do século XXI, a ascensão econômica e comercial
da Ásia, despertou um novo interesse pela África,
especialmente por suas reservas de petróleo e de minérios
metálicos.
O aumento generalizado dos preços dos combustíveis,
matérias-primas e gêneros tropicais no mercado mundial
beneficiou uma série de produtores africanos.
A China tem investido grandes quantias no desenvolvimento
de campos de petróleo, na mineração e na implantação de
fábricas e infra-estrutura de transporte e comunicação.
Em grande parte do continente a China firmou acordos
econômicos e políticos e seus investimentos passaram a
concorrer por influência e negócios com os EUA e a EU.
E. E. Dr. RAUL VENTURELLI
GEOGRAFIA
2011
FONTES: MATERIAL DE APOIO SÃO PAULO FAZ ESCOLA; GEOGRAFIA PARA O
ENSINO MÉDIO – DEMÉTRIO MAGNOLI/ ED. SARAIVA;